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ANITA STUDER
ADEUS À ORNITÓLOGA E AMBIENTALISTA
Estudos e pesquisas da ornitóloga Anita Studer foram fundamentais no processo de regularização da Reserva Biológica de Pedra Talhada, hoje uma UC federal.
Homenagem à criadora da Reserva Biológica de Pedra Talhada
Aos 36 anos, a ornitóloga suíça, Anita Studer, revolveu conhecer o Brasil para pesquisar o canto de alguns pássaros na região da Serra da Canastra, em Minas Gerais, onde nasce o Rio São Francisco. Anita era apenas uma estudante de pós-graduação quando integrou o grupo de pesquisa ligada à Unicamp – Universidade Estadual de Campinas. Era 1980. Anita Studer, imitando as águas do Velho Chico, voou para o Nordeste brasileiro e fez do Brasil sua segunda morada. A ornitóloga e ambientalista faleceu na madrugada do dia 15 de setembro, aos 81 anos, em Genebra, na Suíça.
RUMO AO NORDESTE
Da Serra da Canastra, a missão científica rumou para o nordeste e chegou à região de Pedra Talhada, na divisa dos estados de Alagoas e Pernambuco. O local é habitat de um pássaro conhecido como Anumará. Anita e seu grupo não gostaram do que viram. A destruição ambiental da região – principalmente por causa da derrubada das matas para a extração de madeira e para o aumento da pecuária e agricultura – ameaçava tanto a floresta quanto o pequeno pássaro que Anita queria estudar. Um sobrevoo, na época, despertou a vontade da pesquisadora de preservar a Mata Atlântica que havia nos arredores da cidade de Quebrangulo para, assim, salvar também os pássaros. A missão parecia impossível. Ninguém tinha a consciência da importância da preservação. O primeiro grande trabalho era a mudança de mentalidade. E Anita Studer iniciou um trabalho com este objetivo. Criou uma ONG, buscou recursos na Suíça e iniciou um trabalho de educação tanto com moradores e fazendeiros como junto às autoridades locais.
HISTÓRICO DA CRIAÇÃO DA
RESERVA DE PEDRA TALHADA
A Ornitóloga e ambientalista Anita Suder, que nos deixou dia 15 de setembro, lembra que as primeiras conversas com os moradores da mata, fazendeiros e autoridades sobre a preservação da área, não foi nada fácil. Era consenso entre eles que “a floresta era bonita, mas não tinha muito valor e eles não poderiam assumir qualquer compromisso para a sua preservação. E que o destino da mata era mesmo desaparecer”. O esforço e a determinação de Anita Studer foram fundamentais para mudar a mentalidade. Ela conseguiu organizar reuniões públicas com prefeitos, vereadores, fazendeiros e sindicatos de trabalhadores rurais. O argumento maior que ela usou para a mudança era a importância da mata para sustentabilidade da represa da Carangueja, que fornece água à cidade de Quebrangulo e cinco outros municípios limítrofes. Todas as nascentes estão na área florestal. Só a partir de 1985, a mentalidade de proteção da Reserva começou a ganhar força entre moradores e autoridades locais.

Numa área de 50 km2 encontram-se 165 nascentes que formam riachos e brejos que abastecem a zona rural adjacente. Nesse maciço foram registradas 22 espécies de aves pertencentes à lista vermelha das 227 espécies de aves brasileiras ameaçadas de extinção no Brasil. (Fotos: ICMBio)
RESERVA BIOLÓGICA DE PEDRA TALHADA
Os trabalhos científicos na área começaram com Anita Studer em 1980. Nessa época, a estimativa é que havia cerca três centenas de pássaros na região. Hoje, depois de todo o replantio florestal feito com ajuda dos moradores, a população de aves está na casa dos 3 mil. Localizada no agreste do Nordeste, nos estados de Alagoas e Pernambuco, a Reserva de Pedra Talhada é um dos maiores fragmentos de Mata Atlântica, preservando importantes trechos das Florestas do Interior de Pernambuco.
A Reserva Biológica Federal de Pedra Talhada é uma verdadeira ‘ilha florestal’ de Mata Atlântica que hospeda 10% de todas as aves brasileiras ameaçadas de extinção.
Segundo estudo botânico da Universidade de Genebra – uma ONG suíça patrocinou a pesquisa – hoje a reserva tem uma rica diversidade biológica de plantas, rãs, aves e cogumelos, mostrando que a floresta se recuperou e as árvores retêm água enriquecendo o solo que já conta com 169 nascentes.

O replantio da floresta, a preservação dos mananciais e o trabalho de proteção elevou muito biodiversidade da reserva.

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Prêmio Candango de Literatura 2025 abre inscrições em maio
Segunda edição da premiação reforça o papel de Brasília como referência na literatura em língua portuguesa
O Prêmio Candango de Literatura chega à sua segunda edição em 2025, reafirmando o papel de Brasília como um dos principais polos de produção e difusão literária da lusofonia. Promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com o Instituto Casa de Autores, o prêmio é voltado para escritores, designers e projetos de incentivo à leitura de países de língua portuguesa.
O lançamento oficial da premiação será no dia 9 de maio, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional, marcando um momento simbólico para a cena cultural da capital. Já as inscrições estarão abertas de 10 de maio a 25 de junho, período em que autores e criadores poderão submeter suas obras e projetos.
Celebração da literatura em língua portuguesa
Mais do que uma competição, o Prêmio Candango busca fortalecer a integração cultural entre países e regiões que compartilham a língua portuguesa, estimulando a troca de experiências, a valorização das identidades locais e a visibilidade internacional de novas vozes literárias.
“Brasília sempre foi um berço de grandes escritores e projetos culturais. O Prêmio Candango é uma forma de projetar essa força criativa para além das fronteiras do Distrito Federal e do Brasil”, destaca a organização do evento.
Reconhecimento e incentivo
Em sua primeira edição, o prêmio já se destacou pela diversidade de categorias e pela qualidade das obras inscritas, abrangendo diferentes gêneros literários e áreas relacionadas à cadeia do livro. Além de autores e designers, o Candango reconhece iniciativas de promoção da leitura, valorizando quem trabalha para democratizar o acesso à literatura.
Um prêmio que aproxima autores e leitores
Com o sucesso da estreia, a segunda edição promete ampliar o alcance e o impacto do prêmio, reforçando Brasília como um centro de criação, encontro e difusão literária. A expectativa é reunir talentos de todas as regiões do Brasil e de outros países lusófonos, fortalecendo laços culturais e incentivando novas produções.
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WALTER MELLO, O OPERÁRIO DA CULTURA COMPLETA 95 ANOS.
SEU LEGADO A BRASÍLIA É PATRIMÔNIO PARA A ETERNIDADE.

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WEBINAR 2025 NA ENGENHARIA FLORESTAL
Empreendedorismo e Inovação Tecnológica na Engenharia Florestal trazem sustentabilidade e ganhos expressivos.
O Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná – UFPR, em cooperação com a Faculty of Forestry da University of British Columbia e o Trade Office de Porto Alegre do Consulado do Canadá está programando a realização do Webinar sobre Empreendedorismo e Inovação Tecnológica na Engenharia Florestal. O curso, de forma virtual, será realizado no dia 27/11/2025. Para participar é essencial providenciar a reserva pelo email <seaflorufpr@gmail.com>.

O mundo é uma rede e a rede traz uma facilidade tecnológica para se debater e ampliar o conhecimento. Nessa rede, nasceu a Webconferência ou, melhor dizendo, um vídeo que pode ser transmitido ao vivo ou gravado, permitindo interação e até cursos on-line com infinitas possibilidades de audiências. Vem do inglês “web-based seminar”, ou seja, um seminário através da WEB.
O evento internacional deste ano é sobre” Empreendedorismo e Inovação Tecnológica na Engenharia Florestal” será aberto e requer a inscrição de cada participante. No ano passado, o evento tratou sobre os incêndios florestais e as mudanças climáticas. Neste ano, como no passado houve palestrantes brasileiros e canadenses.
GANHOS EXPRESSIVOS
Segundo os organizadores do evento, as inovações tecnológicas e o planejamento na engenharia florestal geram ganhos expressivos de eficiência, pois contribuem significativamente para a estabilidade e a sustentabilidade operacional, ambiental e social. Essas tecnologias avançadas nas operações florestais da empresa elevam a gestão e os padrões de cuidado ambiental de várias maneiras:
- Os drones e nanossatélites permitem uma monitorização mais precisa e abrangente das florestas, o que ajuda a detectar problemas de proteção florestal, que tais como sinistros provocados por ventos, pragas ou incêndios florestais, em tempo real. Isso permite uma resposta mais rápida e eficaz para mitigar danos econômicos e ambientais.
- A automação proporcionada pelos drones e outras tecnologias reduz a necessidade de intervenção humana direta nas operações florestais, maximizando a assertividade operacional e melhorando a eficiência.
- Com o desenho das linhas de plantio e o uso de piloto automático, o número de manobras feitas pelos tratores é menor, com redução considerável do uso de combustível.
- O uso de imagens aéreas de alta resolução e modelos em 3D ajuda a identificar áreas críticas de conservação e a tomar decisões informadas sobre o manejo das florestas.
- A implementação de programas de excelência florestal e controle de qualidade reforça o compromisso da empresa com práticas sustentáveis e o fornecimento de produtos de alta qualidade.
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