Artigos
ABEEÓLICA: 2023 DEVE ENCERRAR COM 29 GW DE CAPACIDADE INSTALADA
Quando até os grandes navios cargueiros começam a ser movidos a vela (energia eólica) a Empresa de Pesquisa Energética anuncia que, em 2020, a energia eólica foi a terceira maior fonte de geração de energia elétrica no Brasil. Ela foi responsável por 8,8% do total consumido pelo País (a hidrelétrica foi a principal, com 65,2%, seguida da biomassa, com 9,1%). É a modernidade. E a Abeeólica anuncia que este ano deve encerrar com 29 GW de capacidade instalada.

Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica, está entusiasmada como o setor: “No ano passado, batemos recorde de 4 GW instalados e, para este ano, esperamos atingir novo recorde, superando esse número”. Segundo a dirigente da Abeeólica, o ano de 2023 deve encerrar com 29 GW de capacidade instalada. “Essa é a nossa previsão em termos de potência, e isso é superior a R$ 28 bilhões, porque cada gigawatt de eólica instalada é da ordem de R$ 7 bilhões”, explica Elbia Gannoum.
DADOS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENERGIA EÓLICA:
- A geração de energia passou da marca de 20 GW de capacidade instalada em novembro de 2021. São 751 parques eólicos e mais de 8,8 mil aerogeradores no País. A entidade ainda estima que, até 2026, o Brasil terá pelo menos 32 GW de capacidade instalada, considerando os contratos já assinados.
- Em 2020, a energia eólica foi a terceira maior fonte de geração de energia elétrica no Brasil, responsável por 8,8% do total consumido pelo País, sendo a hidroelétrica a principal, com 65,2%.
- Em dias de geração recorde, a energia eólica já chegou a abastecer cerca de 20% do País durante todo o dia.
CONSTRUÇÃO – Como se produz energia elétrica a partir dos ventos? Bem, uma usina eólica é composta por uma torre e todo o equipamento que ela precisa para gerar energia elétrica. Por partes: a torre é a principal e mais complexa para ser instalada, pois podem atingir diversas alturas. Precisa ser alta o suficiente para alcançar os ventos mais fortes da região onde vai ser instalada. É feita de metal ou de concreto. A segunda opção é mais utilizada para projetos mais altos, já que é preciso sustentar o peso do resto da estrutura. As pás eólicas são lâminas em forma de aerofólio que aproveitam a energia eólica e acionam o rotor de uma turbina.
Pás para torres que geram energia eólica.
Com 29 parques eólicos e 327 aerogeradores, o município de João Câmara (RN) é um dos maiores complexos de energia eólica do Brasil.
CAPTAÇÃO – A captação e utilização da energia eólica para geração elétrica é feita por meio de aerogeradores (turbinas eólicas), que são alimentadas pelas hélices (ou pás) da usina. Elas têm o papel central de se movimentar com a força do vento para o rotor e o eixo principal, o qual está conectado a uma caixa multiplicadora que aumenta a velocidade de rotação.
ROTAÇÃO – A rotação transforma a energia cinética dos ventos em força mecânica e, então, em energia elétrica, por meio dos aerogeradores. Dentro deles há dois ímãs que fazem o processo de indução eletromagnética para gerar eletricidade em corrente alternada.
BRASIL NO RANKING
Segundo a presidente da Abeeólica, o Brasil ocupa desde 2021 a sexta posição no ranking mundial em capacidade instalada de energia eólica. “Agora fica mais desafiador para o país ultrapassar essa marca e se aproximar dos dois primeiros colocados, que são a China e os Estados Unidos”, comenta Elbia Gannoum.
De 2011 a 2020, foram feitos investimentos no setor eólico de US$ 35,8 bilhões. Esses recursos movimentaram na economia brasileira em R$ 321 bilhões, dos quais R$ 110,5 bilhões foram investimentos diretos na construção de parques eólicos.
Segundo Elbia, para cada megawatt instalado, são criados 10,7 empregos. No período de 2011 a 2020, foram gerados quase 190 mil empregos no setor.
Artigos
Dia do Turismo, 27 de setembro: Brasília, uma cidade de encanto e diversidade
De janeiro a julho deste ano 3.112.597 visitaram a capital do país, entre transportes aero nacional, internacional, rodoviário e CAT

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, a capital do Brasil, é um destino que oferece uma rica combinação de beleza, sabor e entretenimento para seus habitantes e visitantes em todas as estações do ano. De janeiro a julho deste ano, o Distrito Federal recebeu um total de 3.112.597 pessoas por meio de diversos meios de transporte, incluindo aéreo nacional, internacional, rodoviário e o Centro de Atendimento ao Turista (CAT). Em 2022, esse número alcançou 5.420.142 turistas. Desde sua inauguração em 1960, Brasília se destaca pela arquitetura moderna e icônica projetada por Oscar Niemeyer.
Entre os principais pontos turísticos visitados ao longo dos anos, destacam-se a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, o Memorial JK, o Pontão do Lago Sul, a Ponte Juscelino Kubitschek, o Museu Nacional da República, o Congresso Nacional, o Parque da Cidade Sarah Kubitschek, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o Santuário São João Bosco, o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada, a Praça dos Três Poderes, o Estádio Mané Garrincha, o Museu do Catetinho, o Jardim Zoológico de Brasília, o Parque Nacional de Brasília – Água Mineral, a Torre de TV, o Planetário de Brasília e o Museu do Catetinho. A Fundação Jardim Zoológico de Brasília, considerada um patrimônio cultural, recebeu sozinha 335.839 visitantes até julho deste ano, enquanto em 2022 recebeu 922.547 pessoas.
O Estádio Mané Garrincha, sob a gestão da Arena BRB, não apenas hospeda jogos de futebol, mas também shows e outras atrações. Em 2023, cerca de 1 milhão de pessoas já passaram pelo Complexo, enquanto no ano anterior foram 1,5 milhão de visitantes.
O Congresso Nacional recebeu 61.246 convidados de janeiro a setembro deste ano, em comparação com 64.330 em 2022. O CCBB Brasília atraiu mais de 1 milhão de visitantes desde o ano passado. O Parque Nacional de Brasília – Água Mineral registrou 198.485 visitantes em 2023. O Museu do Catetinho recebeu 25.772 visitantes este ano, enquanto no ano passado foram 29.244.
Esses números demonstram a atratividade de Brasília como um destino turístico repleto de pontos de interesse e encanto. Ronaldo Martins, coordenador do Programa de Visitação Institucional e de Relacionamento com a Comunidade, destaca que o Palácio do Congresso Nacional é um dos locais mais visitados de Brasília, atraindo turistas de todo o Brasil e do exterior.
Wilson Nobre, superintendente de Educação e Uso Público do Zoológico, enfatiza a importância dos zoológicos como destinos turísticos que encantam visitantes de todo o mundo, proporcionando uma oportunidade única de interagir com animais selvagens majestosos e explorar seus habitats.
Richard Dubois, presidente da Arena BRB, destaca que mais de um milhão de pessoas passaram pelo complexo da Arena em 2023, impulsionando diversos setores da capital, incluindo a rede hoteleira, o turismo e eventos corporativos.
A Secretaria de Turismo do DF trabalha em parceria com representantes do setor para desenvolver ações e projetos que coloquem Brasília no centro do turismo. Entre essas iniciativas estão o desenvolvimento da Lei do Turismo, a regulamentação do espaço para o Motorhome, a implementação do calendário de eventos e o retorno do festival Festa dos Estados. A cidade também está destacando novas tendências do turismo local, como o Enoturismo, o Turismo Rural, o Turismo de Aventura e o Ecoturismo.
Cristiano Araújo, secretário de Turismo, enfatiza a transformação de Brasília em uma cidade vibrante, com diversas opções para atender às expectativas de seus visitantes, desde sua cena gastronômica até a oferta de atividades de lazer e entretenimento.
Neste Dia do Turismo, 27 de setembro, e durante todo o ano, Brasília oferece inúmeras oportunidades para conhecer ou revisitar seus pontos turísticos. Até mesmo os moradores locais, como o professor Anderson José e a secretária Keyla Freitas, encontram motivos para explorar a cidade, seja pelos museus que contam a história da capital ou pelos parques que proporcionam momentos de paz e beleza. Brasília é verdadeiramente um tesouro a ser explorado.
Artigos
Em Brasília, mulheres indígenas celebram diversidade cultural e marcham por lutas comuns
Na III Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, representantes de todos os biomas do Brasil celebram sua diversidade, denunciam violência de gênero e dizem não ao Marco Temporal.

Marcha das Mulheres Indígenas de 2023, em Brasília — Foto: Amanda Magnani
O som de cantos e dos maracás ecoa de todos os lados do acampamento à medida que grupos de mulheres dos mais diferentes cantos do Brasil se aproximam da tenda principal na concentração para a III Marcha Nacional de Mulheres Indígenas. São 8h00 e o sol seco de Brasília parece realçar as cores dos mais variados trajes tradicionais.
A marcha, que foi do Complexo Cultural da Funarte, onde estavam acampadas, até o Congresso, a cerca de 5km de distância, reuniu mais de 5 mil mulheres. Ela aconteceu no último dia de um evento que, ao longo de três dias, foi marcado por celebrações e denúncias.
Sob o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais”, indígenas de diferentes partes do Brasil tiveram a oportunidade de dar voz às demandas específicas vividas pelos povos de seus biomas.
Para o povo Kiriri, da Caatinga, a cerca de 300 km de Salvador, um dos maiores problemas é a seca e a consequente falta de segurança alimentar. “Nossa região é muito seca, e as mudanças climáticas aumentam o impacto na insegurança alimentar”, diz Fabiana Kiriri.
Ela conta que o trabalho coletivo na comunidade e a reserva de alimentos vêm como uma forma de tentar contornar o problema. Mas uma colheita suficiente depende de muitos elementos, que vão da quantidade de chuvas à presença de pragas.
“O que realmente precisamos é de um olhar especial do governo, que proponha projetos para ajudar as comunidades a terem autonomia”, defende.
Já para o povo Kaingang do Pampa, no Rio Grande do Sul, as demandas passam principalmente pelos enfrentamentos com o agronegócio e pelos arrendamentos de áreas dentro das terras indígenas, que acabam levando monoculturas e agrotóxicos para dentro a terra.
“Nós precisamos dar visibilidade às nossas lutas e sensibilizar a nossa comunidade, para que possamos encontrar estratégias para atender as demandas dos nossos territórios”, diz Priscila Gore Emílio, psicóloga do povo Kaingang.
Enquanto isso, em Santa Catarina, os Xokleng são protagonistas no debate sobre o Marco Temporal. “Nossa região foi tradicionalmente ocupada pelos povos indígenas e o nosso território já foi muito maior. Hoje, vivemos em uma área muito reduzida, mas continuamos vivendo muitas tensões e conflitos”, diz Txulunh Gakran.
Contudo, embora povos dos diferentes biomas tenham suas demandas específicas, são muitas as lutas comuns às mulheres indígenas do Brasil como um todo. Grande parte delas gira ao redor da garantia do direito ao território e ao fim da violência de gênero.



-
Reportagens2 semanas ago
Lula participa de reunião com empresários em Nova York
-
Artigos3 meses ago
ALYSSON PAOLINELLI PARTIU
-
Entrevistas3 meses ago
Kátia Queiroz Fenyves fala a respeito de sustentabilidade e meio ambiente
-
Reportagens3 meses ago
Cine Brasília recebe mostra latino-americana
-
Reportagens3 meses ago
Alerta do INPE: Inverno mais quente devido ao El Niño no Brasil
-
Reportagens3 meses ago
Escolas de samba fecham desfile e reforçam diversidade presente na capital
-
Artigos4 meses ago
A Sexta Onda da Tecnologia: Transformando o Futuro com Sustentabilidade e ESG
-
Reportagens2 meses ago
GDF elabora Plano Distrital pela Primeira Infância para 2024 a 2034