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Férias escolares: atenção deve ser redobrada para evitar acidente com pipa

Risco maior envolve a realização da brincadeira em locais inadequados, com grande circulação de pessoas e próximo a redes elétricas

 

Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Carolina Lobo

 

Com a chegada das tão esperadas férias escolares, é comum observar ruas preenchidas pelas crianças que aproveitam ao máximo o tempo livre. Muitas vezes, o clima descontraído incentiva atividades ao ar livre e, entre elas, uma das favoritas é empinar pipa. No entanto, é preciso redobrar os cuidados para evitar que os momentos de lazer coloquem em risco a segurança dos pequenos, especialmente quando a brincadeira ocorre próximo de redes elétricas.

O alerta é urgente, uma vez que, somente este ano, a concessionária de distribuição de energia do Distrito Federal já registrou 329 ocorrências relacionadas à empinada de pipas – média de quase um incidente por dia. O número é equivalente ao do ano anterior, quando houve 325 incidentes.

Os casos costumam ocorrer quando a linha dos brinquedos se prende aos postes de iluminação, transformadores ou cabos elétricos. “É muito comum que nessa época as crianças recorram à pipa como uma alternativa de lazer. Mas é preciso que a diversão ocorra de forma sadia, segura e em locais adequados”, enfatiza o tenente Mauro Coimbra, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

Somente em 2023, o DF já registrou 329 ocorrências relacionadas à pipas – média de quase um incidente por dia | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O militar orienta os praticantes a não utilizar as conhecidas linhas chilenas e de cerol artesanais. “Além de serem extremamente cortantes, é comum vermos linhas confeccionadas com pó metálico, que funciona como um condutor de eletricidade, amplificando o risco do choque elétrico”, explica.

Segundo o militar, o ideal é que a brincadeira seja realizada, de preferência, em campos abertos, em parques, distantes de redes elétricas e de grandes centros, onde o fluxo de pessoas é maior. “Não solte pipa em dias nublados, armando chuva ou com tempestades de raio. A pipa pode virar um verdadeiro para-raios, atraindo descargas elétricas”, alerta.

O que fazer em situações de risco?

Não devem ser utilizadas as conhecidas linhas chilenas e de cerol artesanais

Ao adotar medidas simples e conscientes, é possível garantir que as férias ocorram de maneira segura para os pequenos. Caso a pipa enrosque no poste ou na fiação elétrica, é crucial não tentar retirá-la por conta própria. Isso aumenta o risco de curto-circuito na rede e, consequentemente, de choques elétricos.

Socorro imediato pelos telefones de emergência 193, do Corpo de Bombeiros, e 192, do Samu

Se alguém receber uma descarga elétrica, a primeira orientação é desligar a fonte de energia, se possível. Caso contrário, é essencial sinalizar o risco de choques. Essas práticas ajudam a evitar que mais pessoas se tornem vítimas do acidente.

Em seguida, busque socorro imediatamente pelos telefones de emergência 193 (CBMDF) e 192 (Samu). Choques leves geralmente resultam em formigamentos breves, enquanto os mais graves podem ocasionar queimaduras, desmaios, arritmias cardíacas e até paradas respiratórias.

 

 

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Eleições 2024: PF e universidade fazem teste em urnas eletrônicas

São os últimos testes antes das eleições municipais, em 6 de outubro

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Investigadores da Polícia Federal (PF) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) realizam nesta quarta-feira (15) os últimos testes de segurança na urna eletrônica antes das eleições municipais deste ano, que estão marcadas para 6 de outubro, com eventual segundo turno em 27 de outubro.

Até a próxima sexta-feira (17), na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as equipes farão uma série de testes de confirmação para verificar se falhas encontradas no ano passado foram corrigidas.

O chamado Teste Público de Segurança (TPS) faz parte de cada ciclo eleitoral. Em anos não eleitorais, é aberto um edital para que qualquer interessado se inscreva a fim de examinar os códigos-fonte e realizar ataques com o objetivo de encontrar vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação.

No atual ciclo eleitoral, o TPS foi realizado entre 27 de novembro e 2 de dezembro do ano passado, quando 33 investigadores, incluindo seis investigadoras, executaram 35 planos de ataques contra as urnas, após ter acesso ao código-fonte de todos os sistemas de votação.

Na ocasião, uma comissão avaliadora selecionou cinco inconsistências encontradas que deveriam ser trabalhadas pelo TSE para serem examinadas novamente no teste iniciado agora.

Segundo o relatório do TPS, os ataques realizados no ano passado não conseguiram fragilizar a integridade ou o sigilo do voto, mas encontraram possíveis falhas, por exemplo, na inicialização da urna, com a ocorrência de uma mensagem de erro não prevista.

Outra falha imprevista foi encontrada pela PF no procedimento de carga da urna, quando são inseridas as informações sobre os candidatos e o eleitorado, por exemplo. A equipe formada por um professor e três alunos da UFMS encontrou ainda duas falhas envolvendo o controle e privilégios de acesso de aplicações executadas na urna.

“As nossas equipes técnicas se debruçaram sobre esses achados, melhoraram esses temas e aqui, neste teste de confirmação, apresentamos os dois códigos-fonte, o que tínhamos antes e as melhorias que foram feitas”, explicou o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente.

O diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, descreveu o TPS como “fundamental para o sistema eleitoral, pois possibilita essa transparência e essa evolução constante”. Cada achado dos investigadores “se transforma em evolução”, completou.

Durante o teste de confirmação, serão executados os firmwares (programas de controle do hardware) e as mídias dos modelos 2022 e 2020 da urna eletrônica.

Serão testados:

Gerenciador de dados, aplicativos e interface com a urna eletrônica;

Software de carga;

Software de votação;

Sistema de apuração;

Kit JE-connect; entre outros.

Também participam dos testes de confirmação sete pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). “Os acadêmicos darão suporte às investigadoras e aos investigadores durante a execução dos planos de reteste”, informou o TSE.

Edição: Graça Adjuto

ebc

 

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Método Canguru é técnica bem-sucedida com prematuros

Hospital Regional de Santa Maria trabalha há um ano com essa prática na UTI neonatal

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Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

 

Nesta quarta-feira (15) é celebrado o Dia Mundial de Sensibilização do Método Canguru. Transformado em política pública de saúde em 1999, o procedimento foi adotado no ano seguinte pela rede pública do Distrito Federal. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o método foi implementado em 2023.

Contato direto com o corpo da mãe ou do pai é a base do método, que deve ser aplicado sob orientação | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF

A prática consiste em manter o recém-nascido em contato com o corpo da mãe ou do pai, na posição vertical, o tempo mínimo necessário para respeitar a estabilização do bebê e pelo tempo máximo que ambos entenderem ser prazeroso. A orientação deve ser feita por equipe de saúde adequadamente capacitada.

“Este método é utilizado para aumentar o vínculo do bebê que era para estar dentro da barriga da mãe, mas acabou saindo antes; então, esse vínculo tem que ser mantido devido ao tempo prolongado de internação dessa criança”

Phabyana Pereira de Araújo,chefe do Serviço de Neonatologia do HRSM

O método é praticado nas unidades de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), que conta com 20 leitos, e Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin), com 15 leitos. Atualmente, o HRSM é referência na Região Sul de Saúde e no Entorno Sul para atendimento de gestantes de alto risco. Por conta disso, a média de nascimentos de bebês prematuros no hospital é de 40% a 50%.

Pele a pele

O método canguru começa dentro da UTI neonatal. Se o bebê estiver estável, mesmo em estado grave, é colocado em contato com a mãe ou com o pai na hora da visita. “Este método é utilizado para aumentar o vínculo do bebê que era para estar dentro da barriga da mãe, mas acabou saindo antes; então, esse vínculo tem que ser mantido devido ao tempo prolongado de internação dessa criança”, explica a chefe do Serviço de Neonatologia do HRSM, Phabyana Pereira de Araújo.

Segundo a neonatologista, há estudos científicos que comprovam que o contato pele a pele leva melhorias ao recém-nascido, que se sente mais protegido. “Ele ganha peso mais rápido, fica mais estável, porque o contato afetivo entre os pais e o bebê gera essa segurança”, resume Phabyana. “O método Canguru diminui o tempo em ventilação mecânica e o tempo de internação”.

Encaminhamento

Para ser encaminhado à Ucin, o bebê precisa estar estável, sem suporte ventilatório, atingir 1,250 kg e ter alimentação plena, trófica, ou seja, quando já estiver mamando, em treinamento de sucção, conseguindo deglutir.

“É lá dentro da Ucin que o bebê entra na fase de ganhar peso”, explica a médica. “Quando atinge 1,900 kg e está bem, sem nenhum problema com a amamentação, se alimentando direitinho, é que damos alta para este bebê ir para casa. O método Canguru prevê a alta com 1,600 kg, mas não seguimos essa orientação por conta da alta vulnerabilidade da população atendida aqui no HRSM. Por segurança, mandamos [para casa] só quando estão mais pesados, para evitar que eles retornem ao hospital com desnutrição.”

Benefícios 

Conforme o manual desenvolvido pelo Ministério da Saúde, o método Canguru é um modelo de atenção perinatal voltado para a atenção qualificada e humanizada, que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial com uma ambiência que favorece o cuidado ao recém-nascido e à sua família.

O procedimento promove a participação dos pais e da família nos cuidados neonatais. Faz parte da iniciativa o contato pele a pele, que começa de forma precoce e crescente desde o toque, evoluindo até a posição canguru.

Entre as vantagens da iniciativa estão reduzir o tempo de separação dos pais e da criança, facilitar o vínculo afetivo, incentivar a confiança dos pais no cuidado do filho inclusive após a alta hospitalar e estimular o aleitamento materno, permitindo maior frequência, precocidade e duração, além de manter o adequado controle térmico do bebê.

O método ainda contribui para a redução do risco de infecção hospitalar, do estresse e da dor, propiciando melhor relacionamento da família com a equipe de saúde. Também favorece ao recém-nascido uma estimulação sensorial protetora em relação ao seu desenvolvimento integral e melhora a qualidade do desenvolvimento neuropsicomotor do recém-nascido.

*Com informações do IgesDF

 

 

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Comissão Geral debate o PPCUB hoje na Câmara Legislativa

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal realiza nesta quarta-feira (15), uma comissão geral para debater o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). O evento acontece no âmbito da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) e tem início previsto para 15h no plenário.

“Debater o PPCUB com a população é crucial para garantir um ordenamento urbano que respeite a preservação do patrimônio, assegure a qualidade de vida dos cidadãos, preserve as áreas verdes, crie espaços públicos acessíveis e promova uma mobilidade urbana eficiente”, destacou o organizador dos debates e presidente da CESC, deputado Gabriel Magno (PT).

 

O PPCUB é um instrumento regulatório. A proposta congrega três aspectos: plano de preservação; legislação de uso e ocupação do solo; e Plano de Desenvolvimento Local (PDL). Este último, reunindo plano de projetos, de ações e de obras. Assim, o PPCUB abrange todas as normas de ordenação urbanística e preservação de Brasília, estabelecendo mecanismos de proteção do patrimônio, normas de uso e ocupação do solo e diretrizes para o desenvolvimento, qualificação, modernização e complementação sustentável do conjunto urbano de Brasília.

Para Gabriel Magno, da forma como está proposto, o projeto apresentado pelo GDF tem contornos de um plano de investimento, quando deveria priorizar aspectos importantes de acesso à cidade e da preservação das características que renderam a Brasília o título de Patrimônio da Humanidade, garantido pela Unesco. “Vamos reunir representantes de todos os segmentos para buscarmos garantir que o PPCUB cumpra sua função”, afirmou o parlamentar.

Convidados

O debate estará aberto à participação popular. Estão confirmadas as presenças da arquiteta Maria Emília Stenzel (Icomo/Unesco), Marcelo Vaz Meira da Silva (Seduh), Angelina Nardelli Quaglia (Condepac), José Leme Galvão Júnior (Fórum das Entidades em Defesa do Patrimônio), Benny Schvarsberg (FAU/UnB), a ex-deputada distrital e vice-presidente do PT, Arlete Sampaio, além de representantes do Iphan, Supac/Secec, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e integrantes de movimentos da sociedade civil.

Serviço

Evento: Comissão Geral
Data: 15 de maio de 2024
Horário: 15hLocal: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF)

* Com informações da assessoria do deputado Gabriel Magno

Agência CLDF

 

 

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SRTV Sul, Quadra 701, Bloco A, Sala 719
Edifício Centro Empresarial Brasília
Brasília/DF
rodrigogorgulho@hotmail.com
(61) 98442-1010