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AVIFAUNA DO PANTANAL

Tuiuiú, a ave símbolo

 

O tuiuiú (Jabiru mycteria) é uma cegonha nativa das Américas Central e do Sul e muito comum no Pantanal Matogrossense. Foto: Renato Glemm

 

Ele tem muitos nomes e é encontrado também fora do Pantanal. Mas a maior população de tuiuiú – jaburu,  tuiuguaçu, tuiú-quarteleiro, tuiupara, rei-dos-tuinins, tuim-de-papo-vermelho e cauauá – está em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

 

A maior ameaça aos tuiuiús é a expansão urbana, as queimadas florestais e o desmatamento, ou seja, a perda de seu habitat. Segundo biólogos do SESC-Pantanal, O tuiuiú (Jabiru mycteria) é uma cegonha nativa das Américas Central e do Sul e comum no Brasil. Ele vive às margens de cursos d’água em áreas úmidas abertas, sendo o Chaco oriental, no Paraguai, e o Pantanal seus principais habitats. O tuiuiú é considerado a maior ave voadora do bioma brasileiro.

A ave pesa em torno de oito quilos e suas asas, quando abertas, podem chegar a três metros. Suas pernas são esguias, conferindo-lhe cerca de um metro e meio de altura, e possuem a mesma tonalidade negra no pescoço e bico. O restante do corpo detém plumagem branca, com exceção do papo vermelho, que é isento de penas.

O tuiuiú tem o pescoço negro, nu e um papo avermelhado sem penas.

 

ALIMENTAÇÃO – Alimenta-se de moluscos, répteis, insetos, pequenos mamíferos e peixes. Na estação seca também se alimenta de pescados mortos por falta de oxigênio, impedindo a proliferação de doenças e contaminação da água. Para detectar suas presas prefere utilizar o tato ao invés da visão. Como é comum em sua família, voa com pescoço e pernas esticados, diferentemente das garças.

 

 

AVIFAUNA

A fauna pantaneira é muito rica, provavelmente a mais rica do planeta. Além dos tuiuiús, há outras 650 espécies de aves. No Brasil inteiro estão catalogadas cerca de 1800. A mais espetacular é a arara-azul-grande, uma espécie ameaçada de extinção. Há ainda os, tucanos, periquitos, garças-brancas, beija-flores (os menores chegam a pesar dois gramas), socós (espécie de garça de coloração castanha), jaçanãs, emas, seriemas, papagaios, colhereiros, gaviões, carcarás, curicacas, canários, bem-te-vis, sabiás e tantas outras.

 

 

No Pantanal já foram catalogadas mais de 1.100 espécies de borboletas. Contam-se mais de 80 espécies de mamíferos, sendo os principais a onça-pintada (atinge a 1,2 m de comprimento, 0,85 cm de altura e pesa até 150 kg), capivara, lobinho, veado-campeiro, veado catingueiro, lobo-guará, macaco-prego, cervo do pantanal, bugio (macaco que produz um ruído assustador ao amanhecer), porco do mato, tamanduá, cachorro-do-mato, anta, bicho-preguiça, ariranha, suçuarana, quati, tatu etc.

 

 

A região também é extremamente piscosa, já tendo sido catalogadas 263 espécies de peixes: piranha (peixe carnívoro e extremamente voraz), pacu, pintado, dourado, cachara, curimbatá, piraputanga, jaú e piau são algumas das espécies encontradas.

Há uma infinidade de repteis, sendo o principal o jacaré (jacaré-do-pantanal e jacaré-de-coroa), cobra boca-de-sapo (Jararaca), sucuri, Jiboia, serpentes diversas, lagartos (iguana, calango-verde) e quelônios (jabuti e cágado).

A FLORA do PANTANAL

 

 

A vegetação pantaneira é um mosaico de cinco regiões distintas: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Chaco (paraguaio, argentino e boliviano). Durante a seca, os campos se tornam amarelados e constantemente a temperatura desce a níveis abaixo de 0 °C, e registra geadas, influenciada pelos ventos que chegam do sul do continente.

 

 

Como o próprio solo, a vegetação do Pantanal não é homogênea. Há um padrão diferente de flora de acordo com o solo e a altitude. Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas, que são áreas de pastagens naturais para o gado — a pecuária é a principal atividade econômica do Pantanal. A vegetação de cerrado, com árvores de porte médio entremeadas de arbustos e plantas rasteiras, aparece nas alturas médias. Poucos metros acima das áreas inundáveis, ficam os capões de mato, com árvores maiores como angico, ipês e aroeira.

 

 

 

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Brasília pelo Sul arrecada mais de 100 toneladas de alimentos e água para vítimas das chuvas

Segunda remessa de doações foi entregue na Base Aérea nesta quinta-feira (9) com a presença da primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha

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Por Ana Paula Siqueira, da Agência Brasília | Edição: Ígor Silveira

 

A campanha Brasília pelo Sul já arrecadou mais de 100 toneladas de alimentos para as vítimas das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Os itens foram entregues nesta quinta-feira (9) pela primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, na Base Aérea de Brasília em 10 caminhões e três vans.

A primeira-dama ressaltou a força da solidariedade da população da capital. Ela avalia que a quantidade de itens arrecadados mostra que o Distrito Federal demonstra mais uma vez que quando a população se une em torno de uma causa, consegue fazer a diferença. “Mostramos que não existem fronteiras para a empatia e a solidariedade. Em menos de uma semana, temos essa doação expressiva”, afirmou Mayara, que coordena, por meio da Chefia-Executiva de Políticas Sociais, as ações do Comitê de Emergência criado pelo GDF para organizar o auxílio aos gaúchos.

Durante a entrega, a primeira-dama lembrou a necessidade de os itens doados estarem em bom estado. “O importante é se colocar no lugar de quem vai receber. Doação não é descarte. Doe aquilo que você usaria, não doe roupa suja ou rasgada”, enfatiza Mayara.

O tenente-coronel Moraes, subcomandante da Base Aérea de Brasília, ressalta a participação da população do DF na arrecadação. De acordo com ele, tudo o que é recebido é separado e enviado à medida em que é solicitado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, que avalia o que é mais necessário e também como serão armazenados e distribuídos.

A entrega dos itens arrecadados contou com o apoio do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e Polícia Penal | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

“Hoje somos um facilitador e enviamos o que foi arrecadado pelo modal aéreo. Em cinco dias, arrecadamos (na Base Aérea) mais de 500 toneladas, número que deve dobrar hoje com a arrecadação do GDF”, avalia o subcomandante.

A entrega dos itens arrecadados contou com o apoio do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e Polícia Penal.

O Comitê de Emergência Brasília pelo Sul foi criado pelo governador Ibaneis Rocha na última terça-feira (7). Integram o grupo as secretarias de estado, órgãos e agências públicas, como a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa), Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), e serão convidados também para compor a equipe representantes de associações e federações da sociedade civil, do Tribunal de Contas do DF e da Câmara Legislativa do DF (CLDF). Todas as ações são coordenadas pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais.

Orientações para quem quiser doar

Quem tiver interesse em ajudar a população do Rio Grande do Sul, pode levar as doações para os pontos de coleta nos grupamentos do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), nas administrações regionais, nas estações do Metrô e na Base Aérea de Brasília.

Neste momento, os itens de primeira necessidade são água, roupas, agasalhos, cobertores e alimentos não perecíveis de fácil consumo, como leites e biscoitos. As roupas devem ser separadas e identificadas por tamanho e tipo, e os calçados amarrados para que não se percam durante a separação e envio das doações.

A aposentada Lindinalva Braga Costa, de 77 anos, mora em Taguatinga e se uniu aos filhos e vizinhos para arrecadar itens que podem ajudar à população afetada pelas inundações no RS.

“Juntamos roupas, toalhas, alimentos como biscoitos. Temos que estar unidos sempre. É hora de todo mundo estar conscientizado que pode acontecer com todos nós”, observa a aposentada que foi à Base Aérea entregar as doações.

 

 

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IHG-DF – UM PRESENTE de JK AO BRASIL.

O IHGDF foi criado dia 8 de dezembro de 1960. Tem 63 anos e vai fazer 65 no ano que vem.

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A ATA da criação do IHGdf FOI ASSINADA pelo presidente JK, pelos ex-prefeitos de Brasília Israel Pinheiro, Paulo de Tarso Santos, Sette Câmara e ainda por Lucio Costa, Gilberto Freire, André Malraux e até por João Goulart.
O primeiro presidente foi o ex-ministro do Trabalho, Júlio Barata.
Regate muito importante: as fotos de JK, fundador e presidente emérito do IHGDF, e do primeiro presidente, ministro Júlio Barata, precisam constar na GALERIA DOS PRESIDENTES.
A HISTÓRIA deve e precisa ser preservada.
FOTOS:
Notas da coluna de Ana Maria Campos, no Correio Braziliense, fac-símile da ATA da fundação do Instituto em 8 de dezembro de 1960.
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VAGALUMES, PIRILAMPOS OU UAUÁS?

EURICO SANTOS: o grande divulgador da natureza

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A rigor, pirilampo não é sinônimo de vagalume. São espécies de famílias diferentes. Para quem quiser saber mais detalhes sobre as diferenças entre pirilampos, vagalumes ou uauás, o pesquisador Eurico Santos, em sua Zoologia Brasílica, esclarece: Pirilampo (Pyrophorus nyctophanus) – Coleópteros da família dos elaterídeos e subfamília dos pirophorineos. É conhecido por tuco na Argentina, nas Guianas e mesmo em algumas partes do Brasil. Há centenas de espécies, mas a P. Nyctophanus é a mais vulgar entre nós. Os órgãos luminescentes, dois discos branco-amarelados com aspecto de olhos, localizam-se nas laterais da base do pronoto. Suas larvas são também luminescentes e seus órgãos fotógenos espalham-se pelo corpo em numerosas pequenas áreas.

 

VAGALUME – Recebem este nome as várias espécies de coleópteros da família dos lampiridídeos (Lampyrididade) muito conhecidos pela luminescência branca esverdeada de que são dotados. A luminescência é exteriorizada através de áreas claras e translúcidas do tegumento do antepenúltimo (5°), do penúltimo e, às vezes, do último urosternito. Em algumas espécies, as fêmeas são ápteras.
UAUÁ – Reminiscência do linguajar tupi, que ainda persiste em algumas partes do Brasil. O mesmo que dizer pisca-pisca na língua gentílica.

 

A LINGUAGEM PISCA-PISCA

 

No mundo dos seres vivos, as linguagens são muitas. A linguagem do fogo, das bandeiras, dos sinais, dos gestos, dos sons e das luzes. Quando uma pessoa está dirigindo um carro e quer indicar que vai entrar à direita, ela liga o pisca-pisca para a direita. Pronto! Quem está na rua, pedestre ou automóvel, já sabe o que significa aquele sinal. Os animais também têm suas linguagens. Das mais variadas, como o homem. Por exemplo, a lanterninha do vagalume também tem suas funções. A vagalume fêmea pisca para avisar ao macho que ele pode se aproximar dela para o acasalamento. O pisca-pisca também serve para espantar os inimigos, pois toda vez que a luz pisca, produz-se uma substância tóxica no corpo do vagalume.

 

Os cientistas buscam explicar melhor a função da lanterna dos vagalumes, que, certamente, funcionam como a forma de comunicação do pisca-pisca dos carros. O que se sabe é que um vagalume macho sobrevoa a vegetação à procura da fêmea para o acasalamento. Enquanto voa, vai piscando num ritmo próprio de sua espécie. Lá embaixo, a fêmea da mesma espécie vagalumia no mesmo ritmo, como que para avisar que o macho pode se aproximar.

Um inseto chega perto do vaga-lume e ele está apagado. O vagalume dá o bote e faz sua refeição. Mas o pisca-pisca funciona também ao contrário. Como os vaga-lumes têm toxina em seu corpo, os predadores quando veem o pisca-pisca já sabem que eles são presas indigestas.

 

PISCA-PISCA DOS BESOUROS ESPECIAIS

 

Na verdade, segundo os cientistas, os vagalumes não passam de besouros. Besouros especiais por emitirem luz. E eles formam três famílias diferentes: os elaterídeos, os fengodídeos e os lampirídeos. O que os diferencia são o lugar onde ficam os órgãos luminescentes, a frequência e, também, a cor da luz emitida.

 

QUEM FOI EURICO SANTOS

O grande divulgador da natureza brasileira

 

 

Jornalista por formação e cientista por vocação, ele se dedicou promover o conhecimento sobre a nossa fauna e flora para o público leigo

 

NOMES DA CIÊNCIA DA NATUREZA

O Brasil tem vários divulgadores de sua exuberante natureza. Para citar alguns: Fritz Müller, Adolfo Lutz, Hermann von Ihering, Emílio Goeldi. Johan Dalgas Frisch, Sebastião Salgado, Harri Lorenzi, entre outros, e o grande e eclético Eurico de Oliveira Santos.

 

Algumas publicações de Eurico Santos: ele criou jornais, revistas e escreveu vários livros

 

 

   

Carioca, Eurico Santos nasceu no Rio de Janeiro em 1883. Faleceu em 1968 e, como jornalista, botânico e cientista, deixou uma obra fantástica sempre dedicada à natureza e educação ambiental. Eurico Santos tinha o dom da comunicação. E todo seu trabalho tinha inventividade e despertava interesse geral. Ele escrevia para técnicos, para crianças e para professores de uma forma didática, curiosa e científica. Era um escritor pleno. Escreveu para jornais, criou quatro revistas de agronomia e publicou cerca de 50 livros sobre animais e plantas do Brasil. Com certeza, foi um dos maiores – senão o maior – divulgador da fauna e da flora brasileira.

 

 

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