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Livro “Sol, água e hidrogênio, que combinação é essa?” apresenta projeto inovador de energia hidrossolar no Brasil

 

Sol, água e hidrogênio, que combinação é essa? O questionamento bem resume o conteúdo feito pela Base Energia Sustentável para o projeto de Furnas  Centrais Elétricas na Usina Hidrelétrica de Itumbiara (GO), que une as fontes hidrelétrica e solar com armazenagem de energias sazonais e intermitentes. A usina recebeu placas fotovoltaicas flutuantes somando a força da água e do sol para gerar energia verde.

Sob a coordenação do jornalista Enio Campoi, da Mecânica de Comunicação, a obra foi escrita por Gladis Berlato e Sylvia Mie, a partir de dezenas de entrevistas com especialistas num trabalho de busca de informações ao longo da pandemia.

Com prefácio do ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, e artigos dos presidentes de Furnas, Clóvis Torres Jr e da Base, Demostenes Barbosa da Silva, a publicação de 112 páginas ricamente ilustradas teve editoração eletrônica de Alcibíades Godoy.

O conteúdo da obra resume o Projeto de P&D ANEEL PD 00394- 1606/2016  da Chamada de Projetos de P&D Estratégicos no 21/2016, que ensejou importantes resultados, no esforço de Furnas e da BASE Engenharia Sustentável, em busca de soluções para a adaptação do SIN (Sistema Interligado Nacional) ao contexto das mudanças do clima, no qual já se tornaram evidentes alterações impactantes da distribuição das afluências hidráulicas e capacidade de armazenamento de energia e de geração no parque gerador hidrelétrico no Brasil.

O projeto, que foi inaugurado nesta quarta-feira, dia 8 de dezembro, contou com investimentos de cerca de R$ 46 milhões, com recursos do fundo de P&D do setor elétrico brasileiro, e envolveu  60 profissionais de instituições brasileiras e estrangeiras, e de empresas brasileiras e estrangeiras. Além de Furnas e da BASE, participaram a Unicamp; UNESP; USP, Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – Eletrobras CEPEL; Fundação Parque Tecnológico de Itaipu – PTI; Instituto SENAI de Tecnologia e Inovação de Goiás; Universidade de Brandenburgo, da Alemanha; Canadian Nuclear Laboratory (CNL), do Canadá; Cummins/Hydrogenics; WEG; e DBTEC.

Como principais resultados, pode-se destacar: a patente de plantas fotovoltaicas flutuantes (UFVF) depositada junto ao INPI. Considerada uma das mais avançadas e robustas tecnologias no mercado internacional, permite o ajuste do ângulo dos módulos de acordo com a latitude, e suporta ventos superiores a 240 km/h.

Outro ponto importante foi a demonstração e replicabilidade em larga escala da Sinergia Hidrossolar, com ganhos energéticos e econômicos. Estima-se que é possível instalar-se até 95 GWp nas maiores usinas hidrelétricas do SIN utilizando-se menos de 10% da área dos reservatórios, permitindo quase dobrar a capacidade instalada de geração do SIN, sem aumento expressivo de investimentos em conexões à rede básica.

Além disso, o armazenamento em larga escala com hidrogênio e baterias de lítio demonstrou ser possível assegurar-se plena normalização das sazonalidades e intermitências das fontes renováveis, em sinergia com as Usinas Hidrelétricas no SIN.

Nesse sentido, mostrou a capacidade de realizar parcerias estratégicas entre setores elétrico e de fertilizantes, na medida em que se pode utilizar o hidrogênio para produção de amônia e ureia, que permitirão a agricultura do Brasil contar com fertilizantes “verdes”, e reduzir as importações anuais de ureia que chegam a USD 37 bilhões anuais. Também é possível desenvolver uma estratégica e promissora infraestrutura de transporte rodoviário de cargas com base em hidrogênio no Brasil. A superposição dos mapas de localização das fontes de geração do SIN, com o mapa da malha rodoviária no Brasil aponta que o hidrogênio verde poderia ser usado como combustível limpo para abastecer uma frota de caminhões do tamanho da que hoje é operada no Brasil.

Sobre a BASE Energia Sustentável

Fundada em 1998, a BASE Energia Sustentável é uma empresa brasileira, com sede em Brasília e filial em São Paulo, dedicada a oferecer consultoria, engenharia, construção e montagem eletromecânica, e a propor e desenvolver soluções e projetos sustentáveis, em especial no âmbito energético. A extensa experiência profissional de seus fundadores inclui projetos desenvolvidos no Brasil e internacionalmente, juntamente a concessionárias, produtores independentes de energia, órgãos governamentais em diferentes esferas, instituições financeiras multilaterais, e instituições governamentais multilaterais. Entre suas áreas de atuação estão sinergia hidro-solar, geração sustentável de energia na Amazônia, restauração florestal com créditos de carbono, transporte urbano sustentável, desenvolvimento de autoprodução de energia sustentável, gestão de sustentabilidade ambiental corporativa, regulação na área de energia e cálculo de impactos de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Site oficial: https://basengenharia.com.br/

 

 

 

 

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Cine Brasília fará exibição especial de reabertura no dia 22 de abril

Na data em que celebra 60 anos de história, espaço tradicional da cultura brasiliense terá filme sobre JK na telona

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Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

 

No marco dos 60 anos de história do Cine Brasília e em meio às comemorações do 64º aniversário da capital, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) traz uma grande novidade para os amantes do cinema. No dia 22 de abril, às 11h, o Cine Brasília reabrirá as portas com uma sessão especial, apresentando pela primeira vez nas telonas o longa-metragem JK – O Reinventor do Brasil.

O Cine Brasília será reentregue à população | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília

Produzido pela TV Cultura, o filme resgata e celebra a vida e o legado do ex-presidente Juscelino Kubitschek, responsável pela fundação da jovem capital brasileira. Narrado no estilo podcast, o documentário integra um projeto amplo da emissora dedicado ao ex-presidente, incluindo exposições e uma fotobiografia com imagens inéditas de Juscelino, figura central na história do Brasil como o fundador de Brasília e líder do país entre 1956 e 1961.

Além da exibição do filme, os visitantes do Cine Brasília poderão visitar a exposição e a fotobiografia exclusiva do ex-presidente. O evento marca não apenas a reabertura do Cine Brasília, mas também oferece aos brasilienses uma oportunidade única de explorar a trajetória inspiradora de JK e sua influência no cenário político e cultural do país.

*Com informações da Secec

 

 

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TV Câmara Distrital leva aos brasilienses o melhor da música instrumental

Lançado no dia do aniversário de Brasília, o programa será um tributo aos músicos locais. A estreia será com o Duo Mandrágora.

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Foto: Reprodução/ TV Câmara Distrital

A partir deste domingo – 21 de abril –, a TV Câmara Distrital levará ao ar o programa “Brasília Instrumental”, série de pocket shows que apresentará, a cada edição, músicos do DF em performances exclusivas. A estreia será com o Duo Mandrágora, que traz, como convidada especial, a percursionista Bety Vinyl.

Formado pelos violonistas Daniel Sarkis e Jorge Brasil, o dueto tem uma trajetória de mais de duas décadas, com temporadas em cidades brasileiras e de outros países. Na estreia do “Brasília Instrumental”, os músicos vão tocar composições autorais: “Sideral” (Brasil); “Paralelo 31” (Sarkis e Brasil); “Espiral” (Sarkis e Brasil), além de “Pega mata e come”, também da dupla.

O programa vai ao ar sempre às 21h30 de domingo e, a cada semana, será lançado um novo episódio, com duração de 30 minutos. Haverá reprises diárias – segunda, quarta e sexta, às 18h30; terças e quintas, 23h; e aos sábados, com início às 14h50.

Próximas atrações

Depois do Duo Mandrágora, será a vez do teclado de José Carrera e do contrabaixo de Paulo Dantas (28/4); de Oswaldo Amorim e Paulo André Tavares (5/5), contrabaixo e guitarra, respectivamente; Félix Junior, com seu violão 7 cordas (12/5); da gaita de Pablo Fagundes e do violão de Marcus Moraes (19/5); e da apresentação de Reco do Bandolim acompanhado do Grupo Choro Livre (26/5).

A TV Câmara Distrital é acessada pelo canal 9.3 (aberto), 11 da NET/Claro e 9 da Vivo. Também está disponível no YouTube.https://www.youtube.com/channel/UCq1lyhE02Q9I0x8gBDM9lOQ

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Programa “Brasília Instrumental”
Duo Mandrágora e Bety Vinyl
TV Câmara Distrital
Domingo (21/4), às 21h30 (com reprises)

Agência CLDF

 

 

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Anvisa discute nesta sexta regulamentação de cigarro eletrônico

Fabricação e comercialização são proibidas no país desde 2009

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A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute nesta sexta-feira (19) a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil. A reunião estava prevista para a última quarta-feira (17), mas foi adiada por causa de problemas técnicos e operacionais identificados no canal oficial de transmissão da agência no YouTube.

Desde 2009, uma resolução da agência proíbe a fabricação, comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como vape. No ano passado, a diretoria colegiada aprovou, por unanimidade, relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos e a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular, como ações de fiscalização e campanhas educativas.

Entenda

Os dispositivos eletrônicos para fumar são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, eles podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.

Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças: produtos descartáveis ou de uso único; produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém, em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; produtos de tabaco aquecido, que possuem dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, entre outros.

Consulta pública

Em dezembro, a Anvisa abriu consulta pública para que interessados pudessem participar do debate sobre a situação de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil, “com argumentos científicos e relatos relevantes relacionados ao tema”. A proposta de resolução colocada em discussão pela agência foi a de manutenção da proibição já existente. A consulta foi encerrada em fevereiro. Pouco antes do prazo ser encerrado, a Anvisa havia recebido 7.677 contribuições sobre o tema.

Perigo à saúde

Com aroma e sabor agradáveis, os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com a promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum. Entretanto, a Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.

De acordo com a entidade, nos cigarros eletrônicos, a nicotina se apresenta sob a forma líquida, com forte poder aditivo, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório. “Foram identificadas centenas de substâncias nos aerossóis, sendo muitas delas tóxicas e cancerígenas.”

Ainda segundo a AMB, o uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, além de aumentar a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio, da mesma forma que os cigarros tradicionais. Em estudos de laboratório, o cigarro eletrônico se mostrou carcinógeno para pulmão e bexiga.

Surto de doença pulmonar

Entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020, foi registrado um surto de doença pulmonar em usuários de cigarros eletrônicos. Apenas nos Estados Unidos, foram notificados quase 3 mil casos e 68 mortes confirmadas.

Congresso Nacional

Além do debate no âmbito da Anvisa, tramita no Senado o Projeto de Lei (PL) 5008/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke, que permite a produção, importação, exportação e o consumo dos cigarros eletrônicos no Brasil.

Jovens

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 22,6% dos estudantes de 13 a 17 anos no país disseram já ter experimentado cigarro pelo menos uma vez na vida, enquanto 26,9% já experimentaram narguilé e 16,8%, o cigarro eletrônico.

O estudo ouviu adolescentes de 13 a 17 anos que frequentavam do 7º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio das redes pública e privada.

Controle do tabaco

O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco. Em julho de 2019, tornou-se o segundo país a implementar integralmente todas as medidas previstas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no intuito de reduzir o consumo do tabaco e proteger as pessoas das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).

Edição: Graça Adjuto

ebc

 

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