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O SOLSTÍCIO DE INVERNO
Evaristo de Miranda, Embrapa Territorial

Vivemos os dias mais curtos do ano. Em 21 de junho ocorre o solstício de inverno. No Hemisfério Sul é a noite mais longa do ano. E o dia mais curto. O solstício é determinado pelo cosmos, um fenômeno astronômico. Dada a inclinação do eixo rotacional terrestre, o sol nunca nasce, nem se põe, exatamente no mesmo local. Ele está em permanente deslocamento. O sol nasce sempre a Leste, mas cada vez mais em direção ao Norte, durante o outono. Em dado momento, o sol para nesse movimento aparente. Ele estaciona, sol sistere, não se mexe. O sol estaciona no solstício. E marca o início do inverno. No dia seguinte, ele começa a “voltar”, em sentido oposto, direção ao Sul. Esse evento cósmico é observável em todo o planeta.
No dia 21 de junho, o sol está com um deslocamento máximo ao Norte. Da varanda da casa ou da janela do apartamento marque o local onde o sol surge ou desaparece no horizonte. Pode ser na véspera ou mesmo um dia depois do solstício. É a marcação do sol, dos agricultores. Depois compare, em dezembro por exemplo, onde ele andará. Uma diferença enorme, imperceptível no dia a dia. Esse ciclo celeste do caminhar do sol dá para ver “da janela lateral”. Basta contemplar.
No solstício de inverno, a projeção do caminho do sol, no chão, sobre a Terra, “traça” o Trópico de Câncer, a 23 graus e 27 minutos de Latitude Norte. Os raios solares incidem perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer. O sol passará a pino sobre Taiwan (onde há um belo monumento ao Trópico de Câncer), China, Índia, Emirados, Egito, Líbia, Argélia, Bahamas, Sul dos EUA e México. No Brasil, ao contrário, ele estará bem baixo na abóbada celeste. Ao meio dia, pessoas, edifícios e postes projetarão as sombras mais longas do ano, em direção ao Sul. O sol penetrará pelas janelas voltadas à face Norte. Seus raios iluminarão ao máximo o interior das casas.
Para os antigos gregos, a beleza dos céus estava na precisão matemática dos ciclos celestes. Cosmos = beleza, como na palavra cosmética. Na agricultura, as principais colheitas (soja, milho, laranja, arroz, algodão…) já ocorreram. Mais de 270 milhões de toneladas de grãos. É tempo de entressafra. Com a passagem do solstício de inverno, a luz retorna. Inexoravelmente. Os dias durarão cada vez mais. Essa vitória progressiva da luz –comemorada nas festas e fogueiras juninas – convida todos, no campo e na cidade, a se prepararem para o futuro plantio, para serem fecundos, crescerem e darem muitos frutos, como no chamado do início da Criação (Gn 1,28).
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TUPI GUARANI e o PORTUGUÊS

Pensando alto: os Yanomami, outrora longe dos ‘homens brancos’, eram felizes na Floresta Amazônica. Atualmente, enfrentam a ameaça da destruição pela intensa presença de garimpeiros ilegais.
Na verdade, o Brasil de 1500 era dos índios. Aqui viviam mais de 5 milhões deles. Depois da Descoberta por Cabral, a população indígena foi se definhando e a ocupação e exploração de suas terras virou uma triste realidade.
A propósito dos índios Ianomami, estava pensando na contribuição do Tupi Guarani à nossa Língua Portuguesa.
De acordo com o Censo, que leva em consideração pessoas com mais de 5 anos de idade que usam o idioma em seu próprio domicílio, as línguas mais usadas no Brasil são o tikuna (com 34 mil falantes), o guarani kaiowá (com 26,5 mil), o kaingang (22 mil), o xavante (13,3 mil) e o yanomami (12,7 mil).
O TUPI diz respeito à língua Tupinambá, que era falada pelas comunidades indígenas existentes no Brasil quando o território foi colonizado pelos portugueses.
O GUARANI, por sua vez, é a língua falada pelas nações que são encontradas na Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil.
O tema TUPI-GUARANI, origem de um mundo de palavras hoje no nosso Português, é um assunto fascinante.
O tupi-guarani é uma das mais importantes línguas indígenas da América do Sul. O tronco TUPI é o maior, com alguns dialetos por todo o litoral brasileiro.
O padre jesuíta José de Anchieta pesquisou e chegou a redigir até uma gramática de tupi-guarani. Daí que muitas palavras têm origem no tupi-guarani.
O português se firmou no Brasil por uma sucessão de fatores: a expulsão dos jesuítas do Brasil no século 18 pelo marquês de Pombal, a chegada da corte portuguesa em 1808 e o acelerado processo de urbanização. Ainda assim, o português acabou sendo marcado para sempre pelo TUPI GUARANI.
Até hoje, centenas de palavras que nós falamos no Brasil têm origem indígena.
É interessante estudar a origem do nome de muitas cidades brasileiras.
Exemplos:

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LEMBRANÇA DE PELÉ EM BRASÍLIA.

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