Reportagens
Atividade econômica do DF cresceu no terceiro trimestre de 2023
O 26° Boletim de Conjuntura mostra que a economia local foi puxada pela recuperação do setor de serviços e comércio

Agência Brasília* | Edição: Igor Silveira
O volume de vendas do comércio varejista ampliado aumentou 1,4% em 12 meses (encerrados em setembro), em relação ao mesmo período do ano anterior
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou, nesta quarta-feira (10), a 26ª edição do Boletim de Conjuntura do DF, referente ao terceiro trimestre de 2023. Divulgado trimestralmente, o boletim busca analisar um conjunto de indicadores econômicos, permitindo a contextualização do desempenho das atividades econômicas locais com base em dados agregados tanto do Distrito Federal quanto do cenário nacional e internacional.
Segundo o levantamento, a atividade econômica da capital, nos meses de julho, agosto e setembro, foi marcada por uma recuperação no volume de serviços e nas vendas do comércio varejista ampliado.
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) indica que a maioria dos segmentos do comércio cresceu. O volume de vendas do comércio varejista ampliado aumentou 1,4% em 12 meses (encerrados em setembro), em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar de representar uma queda em relação aos meses de julho (2,0%) e agosto (1,9%), o resultado é melhor do que o observado ao fim do segundo trimestre (1,0%), o que representa uma tendência de melhoria no indicador.

No que se refere ao volume de vendas do comércio (acumulado em 12 meses), o DF se encontra na 16ª posição entre as unidades da Federação (UF). O resultado da capital federal ficou abaixo do indicador nacional, que cresceu 1,6%. Os extremos foram marcados pelos estados do Maranhão, que registrou o maior crescimento, de 9,8%, e de Mato Grosso do Sul, com a maior retração no volume de vendas do comércio, de 4,9%.
Com uma expansão de 3,2% em 12 meses (encerrados em setembro), em relação ao mesmo período homólogo, o setor de serviços do DF também se destacou na análise do boletim. O resultado sinaliza uma continuidade da recuperação após as sucessivas quedas desde dezembro de 2022. No contexto nacional, embora o setor de serviços também tenha desacelerado, o cenário apresenta crescimento de 4,4% na mesma base de comparação. Comparado com os estados brasileiros, o DF registrou a 4ª menor variação do volume de serviços. Todos os estados registraram variações positivas, sendo o maior e o menor crescimento observados nos estados de Mato Grosso (19,4%) e Amapá (0,5%), respectivamente.
Análise de preços
No terceiro trimestre de 2023, houve uma aceleração na inflação em relação ao segundo trimestre do mesmo ano. O grupo Transportes impulsionou o cenário inflacionário no período, refletindo as altas nos preços da gasolina (6,05%), do óleo diesel (22,31%), da passagem aérea (14,33%) e das taxas de emplacamento e licença (3,48%). O desempenho trimestral foi contrabalanceado pela deflação do grupo Alimentação e bebidas.

A análise por faixas de renda, realizada com a metodologia do IPEDF, apontou inflação mais intensa para as famílias de renda alta, dada a diferença nos pesos dos grupos de bens e serviços no orçamento familiar. Já o Índice de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou alta de 0,71% nos preços dos bens e serviços para as famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, enquanto a inflação, medida pelo IPCA, registra aumento de 1,32% nos preços, indicando inflação menos intensa para as famílias de renda mais baixa.
Mercado de trabalho
O estudo conjunto da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) aponta uma tendência de estabilidade no mercado de trabalho. A PED sinalizou um aumento da taxa de desemprego e a queda na taxa de participação da população no mercado de trabalho entre o segundo e terceiro trimestre de 2023. Por outro lado, o Novo Caged aponta um aumento de 26,4% no saldo de empregos formais, com a criação de 12.202 novas vagas no mesmo período.
Vale lembrar que essa diferença observada nos resultados das duas pesquisas se dá pela PED abranger a população de 14 anos ou mais residente no DF, enquanto o Novo Caged concentra-se nos vínculos formais registrados na capital federal. Acesse o boletim completo.
*Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)
Reportagens
Ativista Thiago Ávila está a caminho do Brasil, diz Freedom Flotilla
Ele deve chegar ao Aeroporto de Guarulhos nesta sexta

Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, que foi preso em Israel ao tentar levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza está a caminho do Brasil, segundo a organização Freedom Flotilla. Ele deve chegar ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta sexta-feira (13), às 5h25.
Thiago está há quatro dias em greve de fome em protesto contra sua detenção, que considera um sequestro por ter ocorrido em águas internacionais. O caso é tratado como crime de guerra pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do Brasil. O Itamaraty, que acompanha o caso, considera que houve violação do direito internacional e pede a libertação de Thiago.
O ativista brasileiro foi enviado ontem (11) para uma cela solitária como punição pela greve de fome, informaram ainda os advogados que acompanham o caso. Sua família, no Brasil, está sem contato com ele desde a última segunda-feira (9), quando o grupo de ativistas foi interceptado pelas forças israelenses.
Israel ainda mantém na cadeia de Givon dois ativistas, Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi, ambos da França. Segundo a Adalah, eles devem ser deportados nesta sexta-feira.
Oito dos 12 ativistas se negaram a assinar documento reconhecendo que cometeram o crime de tentarem entrar de forma ilegal no país, como queriam as autoridades israelenses. Isso impediu a deportação imediata dessas pessoas.
Segundo a Flotilha, o grupo concordou que a ambientalista Greta Thunberg e outros três ativistas assinassem o documento para que, voltando a seus países, pudessem denunciar a situação.
Entenda
O grupo de 12 ativistas da Flotilha da Liberdade tentou desembarcar em Gaza na última segunda-feira para levar alimentos e remédios para população palestina, denunciar o cerco de Israel e tentar abrir um corredor humanitário para Gaza.
Cerca de 2 milhões de palestinos vivem mais de três meses de bloqueio de Israel, que permite apenas que empresa sediada nos Estados Unidos forneça alimentos à população.
A Organização das Nações Unidas (ONU) condena o bloqueio de outras organizações e alerta que 6 mil caminhões com ajuda humanitária estão na fronteira com o Egito aguardando para ingressar em Gaza.
Os centros de distribuição e alimentos controlados por Israel são tidos como insuficientes e, durante as entregas, são registradas dezenas de assassinatos de palestinos.
Reportagens
Estandes na Expotchê mostram atrativos e produtos de Brasília
Estruturas montadas pela Secretaria de Turismo contam, entre outras coisas, com peças de artesanato, chocolates e cachaças produzidos no DF; feira fica no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade até domingo (15)

Por
Fernando Jordão, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader
Um dos mais tradicionais eventos do Distrito Federal, a Expotchê tem como objetivo principal celebrar a cultura gaúcha. Mas também há espaço para mostrar as belezas e os produtos da capital federal. Esse é exatamente o objetivo de dois estandes montado no local pela Secretaria de Turismo (Setur-DF).
“A Secretaria de Turismo sempre esteve presente na Expotchê, que já faz parte do calendário oficial de eventos de Brasília. Nesta edição, teremos um estande institucional [batizado de Viva Brasília] com divulgação das rotas turísticas, como as do vinho e do queijo, e a oportunidade de conhecer a produção local do café, chocolate e cachaça. Essas rotas revelam não apenas a qualidade da nossa produção, mas também o grande potencial turístico da capital em nível nacional e internacional. No segundo estande, a experiência é dedicada ao artesanato local, com peças que refletem a identidade cultural da capital”, contou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo.
“Na Expotchê, nós recebemos, durante dez dias, mais de 100 mil pessoas. Então, é uma oportunidade não só para o Rio Grande do Sul e para os produtores de lá. É uma oportunidade também para que o público conheça o trabalho dos nossos produtores, o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Turismo com esse projeto de incentivo. É uma troca, um intercâmbio de cultura, de tradição, de comércio, de tudo. Você vai achar os produtos gaúchos, mas você vai achar também produtos de outros estados, aproveitando esse grande público que a gente reúne”, emendou Leda Simone, diretora-executiva da Rome Eventos, empresa que organiza a feira.
Carlos Magnum, fundador da cachaçaria Ararauna e um dos integrantes do grupo Brasília Cachaça Tasting — que reúne produtores locais —, está entre os expositores do Viva Brasília. “O DF possui cachaças premiadas nacionalmente e internacionalmente. Apesar de ainda ser pequena, é uma produção de alta qualidade”, pontua.
Ele diz que os visitantes da feira se surpreendem ao provar os produtos locais. “O público não acredita que Brasília produz alguma coisa. Todo mundo acha que Brasília é só política e arquitetura, e, na verdade, não é. Hoje a gente tem que abastecer o nosso quadradinho e a produção local tem se mostrado efetiva, de qualidade. O terceiro polo gastronômico do Brasil é Brasília. Então, produzir coisas de qualidade aqui, para a gente, é satisfatório. E saber que as pessoas estão conhecendo esses produtos, graças à ajuda da Setur, torna-se mais satisfatório ainda.”
A designer Luciana Dias foi uma das visitantes que conheceram — e aprovaram — as cachaças produzidas no DF. “Aprovadíssima, gostei muito. Conheci agora e é muito bom, porque é um produto de Brasília, feito em Brasília mesmo, e um produto de qualidade, que é reconhecido internacionalmente. Acho superválido [expor os produtos locais na feira], porque as pessoas vão conhecendo, e, principalmente, em um evento desse, que é tão grande”, avaliou.
A 32ª edição da Expotchê fica no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade até domingo (15). De segunda a quinta-feira, o evento funciona das 16h às 23h. De sexta a domingo, das 11h às 23h. Além da presença de mais de 100 expositores, o público pode conferir shows e apresentações. Os ingressos custam R$ 20 (R$ 10 a meia), com entrada gratuita na primeira hora da feira.
Reportagens
Lei busca preservar empregos ao restringir portarias virtuais em condomínios do DF
Foto: Reprodução/Web

Os condomínios habitacionais do Distrito Federal têm prazo de 90 dias para se adequarem à Lei 7.686/2025, publicada nesta quinta-feira (12) no Diário da Câmara Legislativa. De autoria do deputado distrital Robério Negreiros (PSD), a norma restringe o uso de portarias virtuais em condomínios habitacionais que excedam a quantidade de 45 unidades. O objetivo da proposta, além de garantir a segurança dos moradores e visitantes, é preservar milhares de vagas de porteiros que estão a caminho da extinção.
De acordo com o parlamentar, o uso do sistema de automação de portaria remota, por meio da internet, vem crescendo na medida em que cresce a demanda por moradia em condomínios. Em sua justificativa, Robério Negreiros destacou que este sistema traz impactos sociais, na medida em que visa suprimir os trabalhadores que atuam em portarias, e de segurança, pois permite a entrada de pessoas sem que ninguém perceba, além de outros problemas operacionais.

“O ideal seria poder unificar o porteiro e a tecnologia. Não obstante a tecnologia ser primordial para as atividades dos dias atuais, não podemos perder de vista que jamais um sistema de computador substituirá a capacidade humana, pois, além de uma possível falha e de vulnerabilidade do sistema de portaria à distância, ainda podemos citar o fato de que os porteiros são treinados para agir nas situações de emergências”, ressaltou.
Exceção
Para condomínios com número inferior a 45 unidades habitacionais, cabe autorização para a aplicação do sistema de portaria virtual somente nos casos em que haja apenas uma portaria de entrada e saída de pedestres e uma para saída e entrada de veículos. Nos locais em que a portaria virtual esteja implantada, fica obrigatória a contratação de seguro específico para sinistros decorrentes de acidentes envolvendo veículos e o sistema de automação dos portões, bem como sinistros ocasionados por roubos e furtos nas dependências do respectivo condomínio.
Bruno Sodré – Agência CLDF
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