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OURO PRETO E MARIANA

História e Cultura no coração de cada visitante

 

Ouro Preto e Mariana – cidades históricas e das artes mineiras, ali uma do lado da outra – faz cada visitante, cada turista, brasileiro ou estrangeiro, perder o fôlego. Além de ser um lugar especial para quem procura beleza, charme e tranquilidade, Ouro Preto e Mariana (como também Congonhas do Campo e Tiradentes) se abraçam num circuito de onde jorra uma cascata de História do Brasil colonial e imperial. Em Ouro Preto, a mais importante cidade do Circuito do Ouro, nasceu Minas Gerais. A região é fascinante. Ali se misturam todos os tipos de turismo: histórico, cultural, de eventos, pedagógico, religioso, patrimonial e turismo de aventura. As artes, o folclore e o artesanato desaguam no coração e na alma de todos os moradores e visitantes. Por este caleidoscópio de propriedades, Ouro Preto é Cidade Monumento Nacional desde 1933. E, desde 1980, é Patrimônio Cultural da Humanidade, chancelado pela Unesco.

 

A origem de Ouro Preto está no arraial do Padre Faria, fundado pelo bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo Padre João de Faria Fialho e pelo Coronel Tomás Lopes de Camargo, e um irmão deste, por volta de 1698. Para o jornalista e ex-ministro da Cultura, Ângelo Oswaldo Araújo dos Santos, atual prefeito de Ouro Preto, (eleito no seu quarto mandato) o Brasil pode ter sido iniciado no litoral. E começou em vários pontos do litoral como Porto Seguro, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, São Luís do Maranhão, mas a concepção do Brasil como nação foi forjada em Vila Rica. Por vários motivos: pela produção do ouro e diamante que movimentou a engrenagem dos interesses econômicos e de riquezas dos tempos coloniais e pelos sonhos libertários dos inconfidentes. Nesse rol estão Felipe dos Santos, Pascoal Guimarães e os membros da Inconfidência Mineira capitaneados por Joaquim José Francisco da Silva Xavier. Todos eles plantaram a semente da Liberdade e da Independência. Por isso, o sábio conselho do historiador Marcelo JB Resende para quem percorre as ladeiras da velha Vila Rica: “Apure seus ouvidos ao andar pelas ruas de Ouro Preto. Sem muito esforço e alguma imaginação é possível ouvir os sussurros conspiratórios, os ideais subversivos e as intrigas palacianas”.

 

Ouro Preto tendo ao fundo o Pico do Itacolomi (foto: Mylena Lira)

 

 

BOA POUSADA E SUSTENTABILIDADE
As cidades históricas de Minas Gerais, como Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Tiradentes e São João d’el Rei têm bons serviços de hotelaria. A rede de hotéis e pousadas é grande e de ótima qualidade. Aliás, o Brasil tem se destacado no setor hoteleiro, ocupando lugar de destaque no mundo. O turismo – conhecido como a indústria da paz – exige uma constante modernização, pois o setor hoteleiro é a alavanca para o desenvolvimento econômico local e regional.
De acordo com a pesquisa Meios de hospedagem – Estrutura de Consumo e Impactos na Economia, além da geração de emprego e de colaborar para o aumento de negócios em outros setores que dependem do turismo, os hotéis também contribuem para outras áreas, como ao consumir bens industriais. A hotelaria consome milhares de televisores, aparelhos elétricos e eletrônicos, roupas de cama e banho, cosméticos e tantos outros itens, que movimentam as economias dos estados e municípios.

 

 

 

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Festa do Divino, circo e brincadeiras de rua fazem parte da agenda cultural deste fim de semana

Confira as atrações fomentadas pelas secretarias de Cultura e Economia Criativa e de Turismo que compõem a programação de sexta (17) a domingo (19) no Distrito Federal

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Por Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger

 

De festivais de rua a espetáculos de circo, diversas programações contam com o fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, por meio de recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), além do apoio da Secretaria de Turismo do DF. Confira as atrações que preenchem a agenda dos brasilienses de sexta-feira (17) a domingo (19).

Festa do Divino

No sábado (18), os cavaleiros que participam dos festejos em homenagem ao Divino Espírito Santo, em Planaltina, vão ter um grande almoço preparado por voluntários | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

De sexta (17) a domingo (19), das 7h às 20h, Planaltina recebe a etapa final da segunda maior celebração religiosa de Brasília, reunindo fiéis para dias de festejos, cavalgadas e missas em homenagem ao Divino Espírito Santo.

No sábado (18), às 13h, as novenas se reúnem para o Encontro das Bandeiras na Praça da Paróquia São Sebastião para o Giro da Folia, o ponto alto da Festa do Divino. Neste encontro, é servido um grande almoço para os cavaleiros, preparado por voluntários e entusiastas das festividades.

No domingo de Pentecostes, a Procissão da Coroa aproxima-se da igreja matriz, celebrando com fogos de artifício e músicas. O Imperador do Divino e seu cortejo entram pela porta principal e se colocam junto ao altar, de frente para o povo, dando continuidade ao festejo até a celebração da missa pelo padre. Após a missa, as tradicionais cantigas da festa são cantadas e tocadas.

Circo e brincadeiras de rua

Fercal vai receber, neste sábado (18), a partir das 15h, a segunda edição rural do Festival de Brincadeiras de Rua | Foto: Divulgação

A segunda edição rural do Festival de Brincadeiras de Rua vai acontecer neste sábado (18) no Córrego do Ouro, região rural da Fercal. Com início às 15h, serão estações de brincadeiras onde crianças e adultos poderão brincar de pular corda, futebol, corrida de tampinha, queimada, bola de gude, bete e outras brincadeiras populares.

Aproveitando a data, o Conselho Tutelar da Fercal fará uma palestra sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Para finalizar o dia, o Coletivo Ambidestro apresentará o Palco Aberto, um espetáculo de variedades circenses. Haverá, ainda, sorteio de brinquedos populares ao final do evento.

Espetáculo com palhaços vai animar a Estrutural nesta sexta-feira (17) | Foto: Divulgação

E para quem gosta de circo, os palhaços Chaubraubrau e Raquaquá se preparam para mais uma caravana, que começa nesta sexta (17), na Estrutural. As apresentações são às 10h no Centro de Educação Infantil 01 e às 17h no Coletivo da Cidade.

Shows

Neste sábado (18) e no domingo (19), ocorre o encerramento da segunda edição do Afro em Movimento, uma grande celebração da cultura e do empreendedorismo negro no Sesc 504 Sul, com entrada gratuita.

A programação conta com DJ, shows, aulas abertas e a Feira Afro – que vai reunir moda, artesanato e diversos outros artigos de 12 produtores negros que estarão em exposição nos dias 18 e 19 de maio, a partir das 14h. A programação musical tem abertura do DJ Áfrika e também contempla artistas como Flor Furacão e Ellen Oléria.

 

 

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Aberta consulta pública sobre requalificação do Centro Urbano de Planaltina

Até o dia 16 de junho, a população poderá contribuir com sugestões para o desenvolvimento do projeto; formulário online está disponível no site da Seduh

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Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo

 

O Centro Urbano de Planaltina contará com um projeto de requalificação elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal (Seduh). A população terá a oportunidade de contribuir com sugestões para a formulação desta proposta por meio de consulta pública virtual, disponível até o dia 16 de junho. A participação efetiva dos cidadãos permitirá que as demandas da comunidade sejam atendidas no projeto.

A área para qual o projeto será elaborado tem aproximadamente 600 mil m² | Imagem: Divulgação/ Seduh

Para participar, basta que o interessado acesse o formulário online disponível no próprio site da Seduh, na aba Consultas Públicas. Nele, serão analisados os problemas identificados pela população, assim como o que se deseja implantar em cada um dos trechos.

A área para qual o projeto será elaborado tem aproximadamente 600 mil m², abrangendo o Setor Recreativo Cultural, o Terminal Rodoviário e Setor de Hotéis e Diversões, a Praça do Estudante, o Setor Educacional e o Setor Comercial.

“Trata-se de uma área urbana consolidada, com grande circulação de pessoas. Nosso objetivo com o projeto é a criação de rotas acessíveis, revitalização dos espaços livres e reordenamento dos estacionamentos”, adiantou o subsecretário de Projetos e Licenciamento de Infraestrutura da Seduh, Vitor Recondo.

Após análise técnica das contribuições enviadas durante a consulta pública, o projeto será elaborado pela Seduh. Em seguida, deverá ser aprovado por portaria.

*Com informações Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh)

 

 

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INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO

A VERDADE, O TEMPO E A HISTÓRIA

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Muito bom ver uma Testemunha Ocular da História, como Maria Estela Kubitschek Lopes, filha de JK, escrevendo sobre Brasília, que ela considera sua irmã caçula.
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO:
A VERDADE, O TEMPO E A HISTÓRIA
Maria Estela Kubitschek Lopes.
Arquiteta e filha do ex-presidente JK.
Ser filha de um grande brasileiro – de um tempo com exuberâncias, realizações e intempéries – sempre me trouxe um misto de contentamento, apreensão e um justo orgulho.
O ex-presidente Juscelino Kubitschek, meu pai, teve a coragem exuberante e a determinação poética de construir Brasília, a nossa capital no Planalto Central. Um sonho que acompanhou nosso debate político ainda no século XVIII e que se estabeleceu na República.
Hoje sabemos que a proposta de edificar uma nova capital no interior do Brasil já existia na corte portuguesa, com Marquês de Pombal. E, no Século 18, pelos Inconfidentes.
O Patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva também trouxe o tema para a Constituinte de 1823. Mas a ideia tomaria forma e decisão política na Constituição republicana de 1891. Portanto, construir Brasília não surgiu com Juscelino. Tanto quanto um sonho constitucional, era também um sonho geopolítico de Nação.
A Constituição de 1934, no artigo quarto das Disposições Transitórias, deixou claro: “Será transferida a Capital da União para um ponto central do Brasil”. O mesmo sonho foi registrado com destaque pela Constituição de 1946, justamente pelo deputado federal e constituinte, Juscelino Kubitschek, que alertou os constituintes para a manutenção desse artigo.
Um sonho que meu pai soube acalentar, carregar no brilho dos seus olhos, na consistência dos seus gestos, no pulsar do seu coração que existir pelo Brasil. Sim, e no seu sorriso cativante que chegava aos brasileiros como uma suave sinfonia de convocação. Não raro, sempre que vou ao Memorial JK, visita que não descarto de fazer todas as vezes que vou a Brasília, essas lembranças e sentimentos difusos acolhem e acalmam a minha alma.
Ao mesmo tempo, no silêncio íntimo, a bênção de ser sua filha, percebo que JK foi e continua sendo amado pela grande maioria dos seus compatriotas. O seu lugar na História é exemplar e intocável.
Na semana passada, fui surpreendida por uma manifestação do meu amigo querido e excelente jornalista Silvestre Gorgulho. “O que a Câmara Legislativa está fazendo é ofender a História, a memória do DF e do Brasil”, denunciou o ex-Secretário de Estado de Cultura do Distrito Federal na coluna do Correio Brasiliense, assinada por Ana Maria Campos.
Naquele momento, Silvestre Gorgulho, com sua admirável coragem e zelo pela História da nossa cidade, se insurgiu contra a anunciada Sessão Solene que pretendia celebrar os supostos 60 anos do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, quando na verdade deveríamos celebrar os 64 anos de sua criação.
O IHG-DF, como consta no Diário Oficial, foi criado por JK em oito de dezembro de 1960 “Dia do Culto à Justiça”. Naquela tarde, um grupo de notáveis reuniu-se no Brasília Palace Hotel, para dar início à organização formal desse espaço clássico da nossa Memória.
Em 1962, numa reunião similar, seu primeiro presidente era eleito: o ex-ministro do Trabalho, Júlio Barata. Assinaram a Ata, nomes como Israel Pinheiro, Paulo Tarso Santos, Tancredo Neves, Oswaldo Aranha, Lucio Costa, Cassiano Ricardo, Gilberto Freire, o escritor francês André Malraux entre outros.
O rompimento institucional em 1964, a destituição de João Goulart, as perseguições a JK, sua posterior cassação e exílio, são fatos por demais conhecidos e objetos de justo esclarecimento, reflexão e análise da nossa academia e estudiosos.
O que nos surpreende é que o resgate da verdade e da História não tenha sido feito na sua devida dimensão. É possível que a primeira ofensa à nossa cidade e a JK, então patrocinada por alguns, tenha sido a “criação” de um novo Instituto no dia 03 de junho de 1964, dois meses apenas após a destituição do ex-presidente João Goulart.
Sabemos que nos anos tensos que se seguiram, brasileiros e brasilienses honrados e dignos, presidiram e ingressaram como membros do nosso IHG-DF. Ninguém representa melhor a tentativa permanente desse resgate do que o saudoso Coronel Affonso Heliodoro, amigo e aliado incondicional de JK, e que dirigiu por um longo período o Instituto. Entretanto, se nos dias de hoje, dentro de uma instituição tão nobre como a Câmara Legislativa, alguém tentou mudar essa data e a História, é porque algo permanece errado.
Sei muito bem que um amigo, o escritor Paulo Castelo Branco, autor do livro “A Morte de JK” (1997), que preside hoje o IHG-DF, está fazendo jus à sua alma de intelectual e honradez para resgatar a História e restabelecer a verdade.
Outra verdade que poucos sabem. Quando houve a tentativa de golpe, em 11 de novembro de 1955, para impedir a posse de JK, a obstinação de meu pai por Brasília era tanta que ele deixou redigido um decreto da criação de Brasília, pensando “podem me derrubar, mas pelo menos cumpri minha palavra”.
Fotos:
Sede do IHG-DF na 903 Sul em Brasília
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Reportagens

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