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O que há para comemorar?

Marcos Terena, a maior liderança brasileira da causa indígena, fala sobre as comemorações do Dia do Índio.

 

De filho pródigo em Mato Grosso do Sul à liderança internacional, Marcos Terena tornou-se um líder respeitado e o ponto de equilíbrio entre autoridades brancas e os povos indígenas. Índio, piloto e cacique, Marcos Terena foi fundador da União das Nações Indígenas – UNIND, primeiro movimento político da juventude indígena no Brasil, Articulador dos direitos dos Pajés e os Conhecimentos Tradicionais, Piloto de Aeronaves da FUNAI aposentado e Coordenador Internacional dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Marcos Terena também é Guerreiro da Cultura: de 2007 a 2010, ele foi o Diretor do Museu do Índio, em Brasília.

Marcos Terena: “A pandemia do COVID’19 está ensinando ao mundo como a voz indígena e a Mãe Terra são importantes para a qualidade de vida, sempre respeitando a natureza.”

 

MARCOS TERENA – Entrevista

Folha do Meio – Há o que comemorar neste 19 de Abril, dedicado ao Dia do Índio?

Marcos Terena – Toda vez que chegamos na semana dos Povos Indígenas volta a tona aquela velha indagação: “Temos algo para comemorar o 19 de Abril?”  Realmente, se considerarmos os últimos anos da questão indígena e o poder público nacional, nada temos para festejar. Mas eu sou da linhagem, agora que estou mais velho, dentro das tradições dos índios Terena, como um Xumono. Não se trata de um título cedido ou determinado, mas como um status natural. E assim, eu gosto de considerar o dia 19 de abril como um simbolismo criado pelo Governo Federal para fazer uma homenagem ao Índio Brasileiro, mas comemorar algo nunca tivemos.

FMA – Você acha que essa caminhada dura da luta pelas causas indigenistas pode ser desprezada?

Terena – De jeito nenhum. Mas temos que considerar os tempos atuais como uma pandemia sociocultural e de total desrespeito aos valores para com as mais de 300 sociedades indígenas existentes e mais de 220 línguas. Os Povos Indígenas são sociedades que morreram, mas não fugiram do inimigo invasor das terras. Não somos como “párias da sociedade nacional”. Veja que, inclusive, por meios legais como o Estatuto do Índio, somos considerados “relativamente incapazes”. Até o sistema educacional oficial nos coloca como gentes do passado, muitas vezes sem Deus e sem civilização organizada. Não podemos deixar de lado as demarcações territoriais que conquistamos ao longo dos últimos anos, que a sociedade maior ignora, onde estão concentradas as grandes reservas potáveis, a biodiversidade e os recursos minerais. Eu penso que nada pode ser menosprezado na caminhada indígena, pois ela não parou e deve prosseguir como aquilo que a ONU chama de Metas 2030.

Marcos Terena: “Temos que considerar os tempos atuais como uma pandemia sociocultural e de total desrespeito aos valores para com as mais de 300 sociedades indígenas existentes e mais de 220 línguas.

 

 

FMA – Como você vê a relação indígena diante do mundo atual, com tantas tecnologias disponíveis que favorecem as condições de vida?

Terena – Olha, se você olhar para o mundo moderno, o mundo da tecnologia e das fakenews, podemos perceber que a sociedade está perdida, desconectada em si mesma e dos valores humanos. Por consequência, avançando para um mundo de autômatos, seres inteligentes, preparados cientificamente, mas sem alma, sem força espiritual.

Nossas lideranças espirituais, aqueles indígenas que vivem em constante conexão com seus biomas é o mais importante valor de nossas vidas. Os saberes, as filosofias tradicionais não se podem traduzir em textos acadêmicos ou rodas de conversas, afinal, são doutrinas e princípios que só se aprendem dentro daquele habitat. Nós precisamos, como indígenas, mostrar isso como um bem comum.

FMA – E sobre o Dia do Índio em 19 de abril?

Terena – Tenho para mim que o Dia do Índio então passa a ter uma outra motivação: gerar uma nova consciência ecológica e compromissos com o meio ambiente. Mas, o sistema estatal, institucional não têm essa conexão. Parece fugir, ter medo de buscar, de desconsiderar, de menosprezar e de destruir os valores indígenas para aquilo que chamamos de bem comum. Temos que considerar os direitos coletivos e a reciprocidade na preservação ambiental. O ciclo continua. O mundo, a vida há que melhorar, afinal depois de nós virão nossos filhos e nossos netos.

 

FMA – A Funai ajuda?

Terena – Ajuda. Mas houve um tempo que nossa afirmação como cidadãos da selva passava necessariamente pela Funai (Fundação Nacional do Índio) pois era e continua sendo, deve-se salientar, como a única instituição a representar as questões indígenas na relação com ao Estado, nos governos estaduais e federal. Mas com o crescimento do acesso indígena a novas informações e novos conhecimentos, por exemplo, o acesso à universidade, fomos percebendo que se quiséssemos ser parte do Governo como gestores, tínhamos que nos educar e educar as pessoas que compõem o governo.

 

FMA – O que fazer com os recursos naturais, sobretudo minerais, existentes nas terras indígenas?

Terena – Essa talvez seja a discussão mais importante da atualidade. Os índios são riquíssimos em recursos naturais e pobres em condições de vida. Um dilema. Veja que até para plantar e colher na sua própria terra existe polêmica. Infelizmente, isso ainda está indefinido. Antes, qualquer pessoa podia assumir a Funai e fazer o que bem entendesse… Menos o Índio. Então avançamos para a garantia dos direitos. No cenário internacional conseguimos uma Declaração da ONU sobre os Direitos Indígenas e um Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, mas infelizmente no Brasil, não conseguimos reproduzir essas conquistas.

FMA – Como preservar os saberes indígenas?

Terena – Este é um ponto importante. Claro que sempre existe esperança para novas vitórias indígenas no futuro, por exemplo, no ano de 2022, a ONU começa a chamada “Década Internacional das Línguas Indígenas”. O Brasil é um país megadiverso. A língua indígena não é apenas uma forma de falar, mas um código, uma forma de conduta que começa com as mulheres e seus filhos, suas terras e seus direitos a serem considerados bilingues e interculturais.

 

FMA – Sim, mas qual a recomendação?

Terena – Sim, minha recomendação para a juventude indígena é respeitar os anciãos, os mais velhos e aprender a escutá-los. O índio, e também o chamado homem branco, que não sabe escutar a voz dessas pessoas, nunca entenderá o valor dos saberes, dos conhecimentos tradicionais. Portanto, nunca saberão preservar ou contar esses valores às novas gerações. Muitos desses sábios estão indo embora como o Lucio Mamaindé, Tabata Kuikuro, Aritana Yawalapiti, Isarire Karajá, Laurita Krenak, que não são porta-vozes, mas fiéis detentores reais de suas ancestralidades.

 

Terena: “Minha recomendação para a juventude indígena é respeitar os anciãos, os mais velhos. Temos que aprender escutá-losMuitos desses sábios, como Aritana Yawalapiti, estão indo embora”.

 

FMA – Qual provocação você deixa para essa Semana dos Povos Indígenas 2001?

Terena – Olha, tudo começa com uma reflexão sobre dois pontos importantes: demarcação das terras e como inserir a comunidade indígena nos benefícios e ganhos do mundo moderno. O Secretário Geral da ONU sempre faz uma reflexão que eu gosto muito, dizendo que as línguas são o veículo que utilizamos para comunicarmos e estão intimamente ligadas à nossa cultura, história e identidade. Quase metade dos 6.700 idiomas do mundo, na maioria indígenas, corre o risco de desaparecer. Cada idioma que desaparece representa uma perda de riqueza de conhecimento tradicional.

Vale celebrar o Dia do Índio, mas vale também refletir e levar em conta essas provocações.

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Proposta de regulamentação do trabalho de motoristas de aplicativo causa polêmica no Plenário

As divergências sobre a proposta do governo incluem a forma de remuneração, a contribuição previdenciária e representação da categoria por sindicatos

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Comissão geral no Plenário da Câmara sobre o trabalho de motoristas de aplicativo

O projeto de lei complementar do governo que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativos (PLP 12/24) causou polêmica em debate no Plenário da Câmara dos Deputados. O Plenário foi transformado em comissão geral nesta quarta-feira (17) para discutir a proposta.

Centenas de motoristas de aplicativo estiveram na Câmara para acompanhar o debate, mas apenas 100 puderam ingressar no Plenário, o que gerou diversas reclamações durante a comissão geral.

O debate foi pedido pelo coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Motoristas de Aplicativos, deputado Daniel Agrobom (PL-GO). Ele celebrou a retirada da urgência, pelo governo, do PLP 12/24. A proposta do Executivo trancaria a pauta de votação do Plenário da Câmara a partir do dia 20, mas foi feito acordo com o governo para que o texto seja previamente analisado nas comissões de Trabalho, Indústria e Comércio e Constituição e Justiça, com prazo máximo de 20 dias em cada colegiado, totalizando 60 dias.

O PLP 12/24 é resultado de um grupo de trabalho que funcionou durante dez meses com a participação de representantes do governo, dos trabalhadores e das empresas. Agrobom reclamou que requisitou a participação nesse grupo de trabalho, mas não foi atendido.

Outra proposta
Segundo Daniel Agrobom, a proposta do governo não atende à categoria e confere muitos poderes às empresas. “A legislação apresentada traz que os motoristas são autônomos, porém confere poderes às plataformas de punir, dispensar, disciplinar, controlar ofertas, estipular preços”, disse. “Nesse texto, os motoristas não serão autônomos e não terão direitos, passando a ser subordinados”, completou.

Além disso, o parlamentar defende a remuneração não por hora trabalhada (R$ 32,10 por hora), como prevê o projeto do governo, mas por km rodado. Agrobom defende a votação de outro projeto, o PL 536/24, formulado pela frente. De acordo com esse texto, o motorista teria que receber R$ 1,80 por km rodado e R$ 0,40 centavos por minuto, enquanto o cálculo não fosse aprovado localmente.

 

 

Visão do governo
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou de audiência pública na Comissão de Trabalho e frisou que o projeto é fruto da negociação entre empresas e trabalhadores. Ele pediu que o projeto seja lido, antes de criticado.

Na comissão geral, o secretário-executivo do ministério, Francisco Macena da Silva ressaltou que a proposta traz transparência para o trabalhador, conforme reivindicado pela categoria. “O projeto de lei prevê que as empresas têm que entregar um extrato para o trabalhador, e ao final do mês ele vai saber exatamente quanto tempo trabalhou, qual foi a remuneração que ficou com ele, qual foi a remuneração que ficou com a empresa, qual foi a tarifa cobrada”, destacou.

Ele também defendeu a inclusão, na proposta, da contribuição previdenciária para os trabalhadores, o que hoje não é obrigatório. “Escolhemos um modelo em que o trabalhador contribui com uma parcela, e a empresa também”, informou. O texto institui contribuições previdenciárias dos motoristas e das empresas operadoras de aplicativos, equivalentes a 7,5% (motoristas) e a 20% (empresas) do salário de contribuição (R$ 8,03/hora).

Atualmente, o motorista de aplicativo que quer algum benefício previdenciário tem que pagar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como Microempreendedor Individual (MEI), com contribuição de 5% sobre os ganhos. Porém, essa contribuição não é obrigatória.

Divisão da categoria
Presidente do Sindicato dos Motoristas de Aplicativos do Estado de São Paulo, Leandro Medeiros, que participou do grupo de trabalho que formulou o texto, defendeu a melhora da proposta do governo no Parlamento por meio da apresentação de emendas. Representantes de outras federações e associações de motoristas, porém, rejeitaram o PLP 12, argumentando que não participaram do grupo que discutiu a proposta e não se sentem representados pelo sindicato.

“Temos mais de 20 mil processos contra essas plataformas por desligamento, e todos os que falam mal do PLP, quando estão bloqueados, vão procurar o sindicato, e o sindicato representa sim a classe trabalhadora, porque faz parte da Constituição”, rebateu Medeiros. Para ele, o PLP 12 traz diversos benefícios para o trabalhador, como seguridade social, acordo coletivo e participação do trabalhador em assembleia para defender os próprios direitos. Enquanto ele falava, diversos trabalhadores ficaram de costas nas galerias do Plenário.

Presidente da Federação dos Motoristas por Aplicativos do Brasil, Paulo Xavier Junior, que participou de apenas uma reunião do GT, disse que depois foi expulso e sua participação vetada. “O PLP 12 já nasceu  morto. É um projeto que não tem aceitação, a rejeição é muito grande porque ele é ruim para o motorista”, opinou. Segundo ele, uma proposta adequada trará remuneração baseada no quilômetro rodado, “e não como foi apresentado pelo governo”. Ele defendeu mais transparência para a taxa de retenção da plataforma, hoje flutuante. E criticou os impostos para o motorista previstos no PLP e “a amarração ao sindicato”.

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Debater a Regulamentação dos Motoristas de Aplicativos
Representantes da categoria protestaram contra o projeto nas galerias do Plenário da Câmara

Sindicatos
A proposta do governo prevê que os motoristas serão representados por sindicato nas negociações, assinatura de acordos e convenção coletiva, em demandas judiciais e extrajudiciais.

“O governo consegue colocar os sindicatos, que são um puxadinho da esquerda ,não representam os motoristas, dentro da Uber e ainda desconta do trabalhador”, criticou o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP). Para ele, a proposta é um acordão entre a Uber com o governo e vai impactar o preço para os usuários.

Contribuição previdenciária
Já o deputado Merlong Solano (PT-PI) apoiou a proposta do governo embora acredite que possa ser melhorada. “Jornada de trabalho definida, mínima e máxima, salários incluindo custos, remuneração, previdência social mediante contribuição do trabalhador de 7,5% e da empresa de 20%”, citou. Ele observou que na proposta do deputado Daniel Agrobon, por sua vez, a contribuição começa em 5%, mas pode chegar a 20%.

Porém, o projeto recebeu críticas dentro do próprio PT. A deputada Dandara (PT-MG), por exemplo, criticou a base salarial prevista e observou que existem entendimentos múltiplos dentro da própria categoria, que devem ser ouvidos na Câmara. “Não podemos considerar a hora trabalhada, o pneu rodando, não podemos considerar R$ 32 quando temos uma diversidade de ganhos no País que é muito grande”, apontou.

“Não é o suficiente colocarmos a contribuição previdenciária de 7,5%, já que hoje grande parte dos motoristas estão cadastrados como MEI e contribuem com 5%”, completou. “É fundamental que haja um debate do valor a ser contribuído”, acrescentou. Ela defendeu a inserção na proposta de um dia de folga remunerado e de décimo terceiro salário.

Presidenta do Sindicato dos Motoristas de Aplicativos do Rio Grande do Sul, Carina Trindade observou que somente 23% dos trabalhadores hoje têm MEI, e, desses, 40% não pagam o MEI em dia e estão desprotegidos. “O MEI não dá direito ao auxílio acidente. E o que está previsto no PLP 12 é o auxílio acidente. Isso é muito importante para uma categoria que roda 10, 12, 14 horas por dia, como eu rodo, suscetível a acidente e assalto”, afirmou.

Conforme ela, quase 500 motoristas foram assassinados nos 10 anos que as plataformas funcionam no País. Ela lembrou que um trabalhador sem Previdência, quando morre, deixa a família sem nada e acusou as associações de motoristas de não dialogar com os sindicatos.

 

 

Visão das empresas
Presidente da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, que reúne empresas do setor, André Porto participou do grupo de trabalho que formulou a proposta e acredita que o projeto está equilibrado e merece ser discutido pelos deputados. Para as empresas, uma das reivindicações é a segurança jurídica e o tratamento das plataformas como intermediadoras, o que também estaria contemplado no projeto.

“Vamos defender a construção de uma regulamentação que garanta flexibilidade, garanta autonomia dos trabalhadores, traga segurança jurídica, a efetiva inclusão previdenciária dos trabalhadores, sejam eles motoristas ou trabalhadores, e a neutralidade competitiva” , disse

Outras críticas
Na visão do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), um projeto positivo para os trabalhadores vai gerar rejeição das empresas, e não apoio.

O procurador do Trabalho Renan Kalil manifestou preocupação com a estrutura do projeto do governo. “Alguns conceitos apresentados não são adequados e estão distantes da realidade”, disse, citando, por exemplo, a definição de plataforma contida no projeto.

Professor da Universidade Estadual de Campinas, Ricardo Luiz Antunes considera o PL um grave erro. “Quando se olha a diretiva europeia que acabou de sair, há um mês e pouco atrás, regulando a situação de trabalho na Europa, a orientação é os trabalhadores e trabalhadoras devem ser entendidos como empregados e empregadas, e não autônomos”, citou, entre as críticas.

O deputado André Fernandes (PL-CE) reclamou que os celulares dos motoristas foram recolhidos para que pudessem acompanhar o debate, o que seria inédito na Casa.  Já o deputado Gilvan Maximo (Republicanos-DF) defendeu a isenção de IPVA sobre veículos automotores  para motoristas de aplicativo.

 

 

 

Reportagem – Lara Haje
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

 

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Crematório do DF recebe licença para começar a funcionar

Nova estrutura amplia ações da Secretaria de Justiça e Cidadania quanto aos serviços funerários, além dos seis cemitérios da capital

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Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

 

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) recebeu, do Instituto Brasília Ambiental, a licença que faltava para o funcionamento do crematório do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ocupando um espaço de 289 m², o espaço já está pronto e conta com câmara fria para armazenar até seis urnas funerárias, câmara ardente, depósito de resíduos para descarte de materiais como luvas e aventais dos funcionários, entre outros itens, sanitário com acessibilidade e uma sala de despedida com capacidade para 40 pessoas.

Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, “esta é uma entrega importante da Sejus à população do DF porque, além de ser o primeiro crematório, oferece uma nova estrutura de excelência às famílias enlutadas, que não vão mais precisar buscar o serviço no Entorno, pois agora há uma alternativa aos seis cemitérios existentes”.

As obras do crematório do Campo da Esperança da Asa Sul já foram concluídas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O DF realiza uma média de 1.046 sepultamentos por mês e a pasta é responsável por regular e fiscalizar os serviços cemiteriais e funerários.

Projeto original

O desenho arquitetônico do crematório acompanha o mesmo princípio da concepção que o urbanista Lúcio Costa adotou para o desenho do cemitério, formado por uma espiral definida a partir do octógono. Dessa forma, no momento da despedida do ente querido, há a entrada de luz em todas as fachadas, por meio das aberturas e janelas.

Segundo a recepcionista Karen Lorrane Moreira, o crematório é a resposta a uma demanda dos residentes da capital. “Meus avós queriam ser cremados. Quando faleceram, mesmo com a dor que sentíamos, ainda tivemos que resolver toda a questão de traslado para o Entorno porque não havia crematórios no DF. Além de cumprir o desejo deles, a cremação é menos prejudicial ao meio ambiente do que o enterro em caixão, portanto, mais ecologicamente correta”, afirma.

Confira a tabela de preços

⇒ Serviços de cremação – R$ 6 mil

⇒ Cremação de restos mortais e/ou membros humanos, inclusive os provenientes de exumação – R$ 1.206,16

⇒ Adicional de urgência para entrega das cinzas em até 24 horas – R$ 967,50

*Com informações da Sejus

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Definidos os 16 confrontos de ida e volta da 3ª fase da Copa do Brasil

Esta etapa, com 32 times, ocorrerá no período de 1º a 22 de maio

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Foram definidos nesta quarta-feira (17) os 16 confrontos e mandos de campo da terceira fase (ida e volta) da Copa do Brasil. O sorteio ocorreu na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Os jogos ocorrerão de 1º a 22 de maio.

Além dos 20 times classificados na fase anterior, outros 12 ingressam na terceira etapa do torneio. É o caso do Atlético-MG, Palmeiras, Bragantino, Grêmio, Fluminense, Botafogo, Flamengo, São Paulo, Athletico-PR, Ceará, Goiás e Vitória.

Atual campeão da Copa do Brasil, o São Paulo estreia fora de casa contra o Águia de Marabá-PA. Entre os duelos regionais, estão Internacional x Juventude; Palmeiras x Botafogo-SP; Ceará x CRB; e Cuiabá x Goiás. No Rio de Janeiro, Flamengo e Botafogo farão o jogo da volta em casa: o Rubro-Negro contra o Amazonas, e Alvinegro contra o Vitória, recém-campeão baiano.

Só avançarão às oitavas de final do torneio os times com maior soma no placar agregado (resultados das partidas de ida e volta). Em caso de empate, a classificação sairá após cobrança de pênaltis. Os clubes que passarem de fase receberão prêmio de R$ 3,5 milhões, concedido pela CBF.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

ebc

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