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Cultura e esporte com grandes obras e reformas nos próximos anos
Investimentos no Teatro Nacional, na Praça dos Três Poderes, na Piscina com Ondas e a descentralização do Fundo de Apoio à Cultura são prioridades para as áreas

O Teatro Nacional é a prioridade número um da Cultura: reforma começará pela Sala Martins Pena, no valor de R$ 54 milhões | Foto: Arquivo Agência Brasília
Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes
A cultura, o esporte e o lazer no Distrito Federal vão receber grandes investimentos nos próximos anos. Só de reformas, o governo local prevê a entrega do Teatro Nacional, da Praça dos Três Poderes, da Piscina com Ondas e de novos campos sintéticos, quadras de areia e até de um skate park.
As ações foram confirmadas pelos secretários de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, e de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira, durante os trabalhos de planejamento de governo no Centro Internacional de Convenções do Brasil na sexta-feira (18).
“Vamos dar muita ênfase à periferia do DF, que hoje é um aglomerado urbano, o terceiro mais expressivo do país. Precisamos atender comunidades que não têm acesso à ajuda do governo, do dinheiro público. O FAC é para todos”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa
O Teatro Nacional é a prioridade número um da Cultura. Após anos de imbróglio jurídico, o projeto andou, tem empresa vencedora e a reforma começará pela Sala Martins Pena, no valor de R$ 54 milhões. Além disso, o governo já trabalha para reformar a Sala Villa-Lobos em parceria com o Banco de Brasília (BRB).
“Vamos começar pela Sala Martins Pena, que é uma sala importantíssima do teatro e, com fé em Deus, nós vamos ter neste segundo mandato as obras do teatro concluídas e ele de volta ao cenário nacional”, comenta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “A próxima obra que vem aí é a Praça dos Três Poderes. É determinação também do governador Ibaneis Rocha recuperarmos a praça”, adianta.
O investimento na economia criativa, potencializando a moda, o design e a gastronomia, também será tratado com carinho pela pasta. Outra missão para os próximos anos é dar continuidade à descentralização dos recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC).
“Vamos dar muita ênfase à periferia do DF, que hoje é um aglomerado urbano, o terceiro mais expressivo do país. Precisamos atender comunidades que não têm acesso à ajuda do governo, do dinheiro público. O FAC é para todos”, acrescenta Bartolomeu Rodrigues, lembrando que, quando a atual gestão assumiu, havia três mil artistas cadastrados e hoje esse número está próximo de nove mil.
Esporte
Grandes obras também vão atender a Secretaria de Esporte e Lazer, que, assim, poderá ampliar o seu caráter de transformação social.
Nos centros olímpicos, por exemplo, quatro piscinas já foram reformadas e outras oito estão em processo. Há também a previsão de construção de um centro no Paranoá, que aguarda a liberação de recursos da Caixa Econômica Federal para ser licitada.
Os campos sintéticos e quadras de areia também vão ganhar atenção e novos endereços no segundo governo de Ibaneis Rocha. “Já entregamos mais de dez novos campos sintéticos, reformamos mais de 40 e temos em licitação mais 29 campos. Entregamos 20 quadras de areia e vamos construir mais”, detalha a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira.
A aguardada obra da Piscina com Ondas está sendo analisada pelo Tribunal de Contas e aguarda liberação para ser licitada. A construção de um skate park no Parque da Cidade também é aguardada para o próximo ano.
“Nós dividimos a atuação em cinco eixos: esporte e a transformação social; esporte e obras de resgate social; nossos estádios que amamos, que reformaremos; investimento no atleta; e grandes eventos esportivos. Esses são os nossos cinco eixos”, explica Gisele Ferreira.
Ainda está prevista a criação do programa Areninha DF, no qual alunos da rede pública terão aulas de futebol nos campos sintéticos e também reforço escolar. Outros projetos de bolsa para atletas e entrega de uniformes e chuteiras serão mantidos.





Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma
O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).
Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.
A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.
“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.
Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.
“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.
Chuvas
Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.
“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.
Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.
Edição: Heloisa Cristaldo
EBC



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