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CEREAIS, GRÃOS E SEMENTES
Qual a diferença entre eles?

É importante saber as características e propriedades de cada grupo. Afinal, a cevada é grão ou é cereal? E o arroz é um grão ou um cereal? E o milho? E a linhaça é uma semente? Como classificar cada grão, cada semente e cada cereal. Apesar de serem muito parecidos, grãos, sementes e cereais têm características distintas e merecem atenção especial na nossa dieta. Vamos explicar a diferença entre eles tomando por base um estudo da Fundação Cargill.
GRÃOS
Os grãos são o resultado da colheita, servem para o consumo humano ou animal e podem ser usados como matéria-prima de diversos produtos na indústria. Os grãos são ricos em carboidratos, minerais e proteínas vegetais e são constantemente utilizados como substituto da proteína animal na dieta vegetariana.
Base de uma dieta equilibrada e nutritiva, os grãos estão presentes nas refeições não apenas dos brasileiros, mas de diversas culturas ao redor do mundo. Os grãos mais comuns são:
Feijão – Soja – Ervilha – Grão-de-bico – Lentilha.
Os grãos proporcionam a sensação de saciedade, reduzem a absorção de gorduras e glicose, e tem funções analgésicas, anti-oxidantes e cardioprotetoras.
SUPER GRÃOS
Existe um grupo de grãos, chamados super grãos ou grãos ancestrais que são considerados alimentos completos, devido a quantidade e qualidade de seus nutrientes.
Alguns exemplos de super grãos são amaranto, chia, quinoa, linhaça e painço.
Os super grãos são cultivados da mesma maneira há milhares de anos e mantêm suas propriedades nutritivas ao longo do tempo. Eles são ricos em proteínas, vitaminas, fibras e antioxidantes.
QUINOA – A quinoa foi, por muitos anos, a base da alimentação dos povos Incas, que viveram na Cordilheira dos Andes – entre Peru, Chile, Equador e Bolívia – aproximadamente de 3.000 a.C. a 1.500 d.C. Sendo considerada um grão sagrado e utilizada não apenas como alimento, mas também para a cura de resfriados, problemas gastrointestinais e até picadas de insetos
COMO CONSUMIR – A forma tradicional de uso dos grãos é cozida com caldo, mas também podem ser consumidos na sopa, nas saladas ou como apanhamento de inúmeras receitas
SEMENTES
Cultura do gergelim é destaque em vitrine de tecnologias da Embrapa
A semente é um organismo vivo, um óvulo maduro que pode ser germinado se estiver em condições ideais, gerando, assim, uma nova planta.
As sementes são ricas em fibras, vitaminas do complexo B, ômega 3, 6 e 9.
Alguns exemplos de sementes são:
Abóbora – Chia – Gergelim – Girassol – Linhaça.
As sementes auxiliam na redução do colesterol, possuem ação anti-inflamatória, previne Alzheimer e contribuem para o bom funcionamento do sistema imunológico.
COMO CONSUMIR?
Por não alterar muito o sabor dos alimentos, as sementes podem ser consumidas de diversas maneiras:
- In natura;
- Trituradas para serem adicionadas a massas ou molhos;
- Misturadas no iogurte, sucos ou vitaminas;
- Acrescidas em saladas;
- Salpicadas nas frutas.
Atenção – Se consumidas em excesso, as sementes podem ser prejudiciais para a saúde, trazendo desconforto abdominal e irritação da parede intestinal, contribuindo para o ganho de peso. A quantidade ideal para o consumo de sementes é de uma a duas colheres de sopa por dia.
CEREAIS
Os cereais pertencem a um tipo específico de planta, as gramíneas. Desta forma, quando nos referimos ao cereal, estamos falando da planta como um todo. Alguns exemplos de cereais são:
Arroz – Aveia – Trigo – Milho – Cevada – Sorgo – Centeio.
Apesar dos cereais serem ricos em vitaminas e minerais, o carboidrato é, de longe, o principal nutriente deste alimento, proporcionando energia para nosso organismo.
Não por acaso, as dietas restritivas em carboidratos, as chamadas ‘low carbs’ podem proporcionar sensação de fraqueza e cansaço, devendo sempre ser acompanhadas por um profissional de nutrição.
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ADEUS A PEDRO NEHRING O PAISAGISTA DE INHOTIM
Referência do paisagismo tropical, Nehring deixa um legado na beleza das paisagens.

Tudo que o paisagista Pedro Nehring tocava virava flor. Se era terra, virava jardim. Se era gente, virava amizade. Aos 67 anos, em 13 de janeiro, faleceu o paisagista Pedro Nehring, um dos idealizadores do paisagismo do Inhotim, em Brumadinho-MG, e um dos mais respeitados paisagistas tropicais, com referência internacional. Seu último trabalho em Inhotim foi o “Jardim Sombra e Água Fresca”. Pedro Nehring (1955-2023) é conhecido nacional e internacionalmente como referência em paisagismo tropical contemporâneo. Ele foi figura central na construção da coleção botânica do Inhotim, uma das mais importantes do mundo, e de muitos outros jardins espalhados por várias partes do Brasil.
Autodidata, Pedro Henrique Nehring Cesar nasceu em Teresópolis, RJ, em 25 de maio de 1955, em uma família de paisagistas: seu irmão e seu pai também praticavam a arte da jardinagem. Em constante expansão, o Jardim Botânico do Inhotim tem muitas obras de Nehring, mas seu último trabalho é o jardim ‘Sombra e Água Fresca’, resultado de um processo criativo de quase dez anos. Construído em uma antiga área de pastagem de 32 mil m², o maior jardim temático do Inhotim é carregado de elementos que simbolizam o trabalho de Nehring: paisagens repletas de história permeadas por momentos de descanso e de fruição, árvores frutíferas, além de uma potente vocação para a educação ambiental.
Jardins de Pedro Nehring, um artista do paisagismo tropical.
JARDIM VEREDAS
Complexo e diverso, outro jardim assinado por Pedro Nehring é o Jardim Veredas – reflexo do desenvolvimento prático de Nehring, que afirmava que é preciso entrar na mata para entender o paisagismo. Equilibrando o rigor da forma e a impermanência da natureza, Pedro buscava compreender e, principalmente, refletir os ciclos do ano na materialização dos seus projetos. O Jardim Veredas, e todos os seus projetos no Inhotim, são frutos de observações periódicas, conhecimento ímpar sobre os ciclos das plantas e de percepção do tempo da natureza.
Na véspera de seu falecimento, o paisagista Pedro Nehring esteve no ‘Viveiro Educador’, coração do Jardim Botânico de Inhotim, em reunião sobre os próximos trabalhos em áreas que serão abertas ao público no futuro. Estava descontraído, despediu-se das equipes com alegria.
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Para o paisagista Pedro Nehring é preciso entrar na mata para entender o paisagismo e, assim, equilibrar o rigor da forma e a impermanência da natureza: “Há que se compreender e refletir os ciclos das plantas e a percepção do tempo”.
O INSTITUTO INHOTIM
Encontro entre natureza e arte
Vista aérea de Inhotim
Sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior museu a céu aberto do mundo, Inhotim é um parque de escultura, jardim botânico e museu situado no município de Brumadinho-MG, a 60 km de Belo Horizonte. Hoje é uma RPPN – Reserva Particular de Patrimônio Natural, tem 145,37 hectares com domínio de Mata Atlântica com enclaves de Cerrado. A instituição surgiu em 2004 para abrigar a coleção de arte modernista do empresário Bernardo Paz, então casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão. Todo acervo está hoje em Inhotim, que recebeu ao longo do tempo muitas outras obras de arte, jardins, galerias, exposições e shows musicais.
SAIBA MAIS:
Endereço: Rua B, 20 – Fazenda Inhotim, Brumadinho – MG, 35460-000
Telefone: (031) 3571-9700
https://www.inhotim.org.br/
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Lá se foram 135 anos.
m 31 de janeiro de 1888, aos 73 anos, falecia em Turim, na Itália, São João Bosco. Vale uma homenagem em poesia ao Sonhador de Brasília.



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OS YANOMAMIS PEDEM SOCORRO
Aumento do garimpo ilegal nas terras indígenas levou à tragédia sanitária

O povo Yanomami, outrora longe dos ‘homens brancos’ eram felizes na Floresta Amazônica. Atualmente, enfrentam a ameaça da destruição pela intensa presença de garimpeiros ilegais. A verdade é que uma combinação de crise na gestão da saúde no território Yanomami e o aumento do garimpo ilegal nas terras indígenas levou à tragédia sanitária.
A terra Yanomami tem 9,6 milhões de hectares entre os estados de Amazonas e Roraima. É uma das populações mais isoladas do país, e a região é rica em minérios sobretudo o ouro. Segundo pesquisa da Fiocruz, em 4 % da população analisada havia concentrações acima de 6 microgramas de mercúrio por grama de cabelo, considerado o limite de tolerância biológica do corpo humano a essa substância.
HISTÓRICO – Os Yanomamis são de recente contato e não têm a memória coletiva imunológica como a da maior parte da população das cidades. A circulação maior de pessoas de fora acabou provocando uma profusão de viroses. Os riscos com a saúde da população indígena só aumentaram.
Com tantas questões de saúde, não há força de trabalho nas aldeias para manter as atividades de pesca, caça e cultivo das roças, enquanto, os jovens indígenas são aliciados por garimpeiros com armas, bebidas e até drogas.
A chegada do COVID também contribuiu, como explica pesquisador Estêvão Benfica Senra: “Ainda que o pai da família estivesse trabalhando, se a criança tem malária, duas, três vezes ao ano, mais COVID, fica muito complicado. A quantidade de crianças que morrem por doenças evitáveis é uma coisa absurda, impossível de se ver em outros lugares do mundo”.
ETNIA YANOMAMI
A etnia Yanomami é a sétima maior etnia indígena brasileira, com 15 mil pessoas distribuídas em 255 aldeias relacionadas entre si em maior ou menor grau. A noroeste de Roraima, estão situadas 197 aldeias que somam 9 506 pessoas e, a norte do Amazonas, estão situadas 58 aldeias que somam 6 510 pessoas.
Agora, no início de 2023, o governo federal divulgou que cerca de 570 crianças Yanomamis (entre um a quatro anos) morreram em razão do avanço do garimpo ilegal. Entre as causas das mortes estão a desnutrição, a pneumonia e a diarreia. Em 20 de janeiro último, o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública para combater à desassistência sanitária das populações Yanomamis. O governo federal também estabeleceu um Comitê de Coordenação Nacional com o objetivo de discutir e adotar medidas para articulação entre os poderes para prestar atendimento aos indígenas.
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