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Plástico substitui matéria prima animal e se populariza na indústria musical
De acordo com Rica Mello, líder da Câmara de Descartáveis, o material é versátil e pode oferecer facilidades para artistas e consumidores

Amplamente utilizado em diversas indústrias, como a de embalagens, construção civil e automotiva, o plástico mostra sua importância, também, na indústria musical. Considerado versátil, durável e de baixo custo, o material possibilitou a criação de novas tecnologias, aprimorou a qualidade dos equipamentos e aumentou a durabilidade de produtos, tornando a música mais acessível a um público cada vez maior.
De acordo com Rica Mello, líder da Câmara de Descartáveis, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação, os plásticos são uma alternativa sintética e humana para instrumentos musicais. “Historicamente, instrumentos como pianos, baterias e guitarras eram feitos de produtos animais, e a substituição desses elementos pelo plástico ajudou a preservar espécies ameaçadas de extinção e a reduzir práticas de caça predatória. Um exemplo disso são os instrumentos de cordas feitos de ‘catgut’, como violões, que originalmente usavam intestinos de animais. Agora, esses itens usam cordas de metal ou nylon, portanto, nenhum animal é prejudicado para produzir boas músicas”, relata.
Vale lembrar que até mesmo as cordas de violão confeccionadas em metal também são revestidas com um polímero plástico, que as faz durar mais tempo e reduz a frequência de substituição.
Existem, historicamente, diversos exemplos de uso animal na criação de instrumentos musicais. Os primeiros tambores eram feitos esticando a pele de cabras, vacas ou outros animais domésticos. No entanto, esses produtos exigiam afinação frequente e apresentavam mau desempenho em ambientes úmidos. Desde então, as peles de tambor feitas com tereftalato de polietileno, o famoso pet, tornaram-se cada vez mais populares devido à sua durabilidade e som mais consistente.
As teclas para a produção de pianos também apresentaram um grande impacto na natureza ao longo dos anos. Inicialmente eram produzidas com o marfim retirado dos dentes de elefantes, um material altamente criticado e controverso, geralmente adquirido por meio de práticas de caça desumanas e, em muitos casos, ilegais.
Na década de 50, as teclas de marfim do piano foram substituídas por plástico branco e, em 1989, o uso de marfim novo nas teclas do piano foi proibido completamente. Não só as teclas de piano de plástico são seguras para a vida selvagem, como também são mais acessíveis e de fácil cuidado. Atualmente, mais de 98% dos pianistas que atuam em concertos usam pianos com teclas de plástico branco, provando que o material pode substituir, tranquilamente, a matéria prima animal.
É possível ressaltar, também, que a reciclagem de produtos é facilitada com o uso do plástico, dando ao mesmo material uma nova vida, porém como um produto diferente.
O plástico também tem um papel crucial no processo de gravação das músicas, tendo em vista que muitas cabines são isoladas com folhas de plástico de cloreto de polivinila (PVC), um material de alta densidade que bloqueia os sons para garantir que a música seja captada de forma clara, sem interrupções ou ruídos de fundo. Mesmo em estúdios de gravação portáteis, o plástico é preferido devido ao seu design leve e resistente, o que facilita o transporte e gravações nos mais diversos lugares.
Os clássicos e icônicos discos de vinil também usam plástico em sua produção, e estão ressurgindo em popularidade com níveis de demanda que não são vistos desde seu auge, nos anos 80. LPs coloridos e edições com design especial tornam-se itens de colecionador e são orgulhosamente exibidos em prateleiras, com capas interessantes e encartes ricos em informações.
Para os músicos, o vinil também é mais rentável do que o streaming. Isso porque 450.000 streams no Spotify rendem aos artistas o mesmo lucro que eles teriam com apenas 100 vendas de um vinil de preço médio.
Notando esse crescimento, a indústria da música passou a buscar meios sustentáveis para a confecção de discos. Uma colaboração recente, envolvendo a Universal Music Group e o cantor/compositor Nick Mulvey resultou na criação de discos “Ocean Vinyl”, feitos com plástico retirado do oceano e reciclado. Este é o primeiro vinil comercialmente disponível feito de material reciclado do mar.
Para Rica Mello, a indústria da música contemporânea depende do plástico para produzir as trilhas sonoras que tocam em nosso dia a dia. “Isso permite que músicos aprimorem sua arte e que ouvintes tenham uma experiência de alta qualidade. O uso de plásticos em discos de vinil e instrumentos livres de crueldade também mostra como o material é versátil e importante”, finaliza.
Sobre Rica Mello
Ricardo Mello é líder da Câmara de Descartáveis, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação. Encabeça, junto com outros membros, o projeto Plástico Amigo, que busca aumentar a conscientização sobre as propriedades benéficas do material.
Para saber mais, acesse https://www.plasticoamigo.com.br/

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A Sexta Onda da Tecnologia: Transformando o Futuro com Sustentabilidade e ESG
A busca por práticas sustentáveis e critérios ESG impulsiona a inovação e redefine os paradigmas da sociedade

Ao longo da história, a inovação tecnológica tem impulsionado o progresso humano e transformado a sociedade. Desde a Revolução Industrial até as redes de comunicação modernas, cada onda tecnológica trouxe avanços significativos. Atualmente, estamos vivendo a sexta grande onda da inovação, que se concentra na sustentabilidade e no ESG (Environmental, Social and Governance). Neste artigo, exploraremos como a busca por práticas sustentáveis e a valorização dos critérios ESG estão moldando o futuro e já gerando demanda por profissionais especializados.
A Sexta Onda da Inovação: Sustentabilidade e ESG:
A sexta onda da inovação, que deve perdurar até 2045, está impulsionada pela necessidade de enfrentar os desafios ambientais, sociais e de governança que a humanidade enfrenta. A sustentabilidade, com foco na preservação do meio ambiente e no uso responsável dos recursos naturais, tornou-se uma prioridade global. Além disso, a ênfase em critérios ESG, que envolvem preocupações ambientais, sociais e de governança corporativa, ganhou destaque como uma abordagem abrangente para avaliar a sustentabilidade de empresas e investimentos.
A Revolução ESG:
A revolução ESG está se desdobrando em várias frentes, com governos, empresas e executivos reconhecendo a importância de incorporar práticas sustentáveis e responsáveis em suas operações e estratégias de negócios. A adoção de medidas para reduzir a pegada de carbono, promover a diversidade e inclusão, garantir a transparência e a responsabilidade nas operações e fortalecer a governança corporativa são algumas das áreas-chave dessa revolução.
Demandas por Profissionais Especializados:
A transição para a sustentabilidade e a integração de critérios ESG nas operações empresariais estão criando uma demanda crescente por profissionais especializados. Esses especialistas desempenham um papel crucial no desenvolvimento e implementação de estratégias de sustentabilidade, bem como na integração dos critérios ESG em todas as áreas de uma organização. Profissionais com conhecimento em energias renováveis, gestão de resíduos, responsabilidade social corporativa, finanças sustentáveis, entre outros campos relacionados, estão sendo cada vez mais procurados para ajudar as empresas a se adaptarem às demandas da sexta onda da inovação.
Impacto da Sexta Onda da Inovação:
A sexta onda da inovação está revolucionando a maneira como as empresas operam, os governos legislam e a sociedade como um todo interage com o meio ambiente. A busca por práticas sustentáveis e a valorização dos critérios ESG estão mudando a forma como os negócios são conduzidos, promovendo a responsabilidade socioambiental e a criação de valor compartilhado. Além disso, a sustentabilidade e o ESG estão impulsionando a inovação em setores como energia limpa, transporte sustentável, tecnologias de eficiência energética e muito mais, criando novas oportunidades econômicas.
A sexta onda da inovação, focada na sustentabilidade e no ESG, está transformando a sociedade e a maneira como as empresas e governos operam. A revolução ESG está se desdobrando em todo o mundo, impulsionada pela necessidade de enfrentar os desafios ambientais e sociais. A demanda por profissionais especializados está crescendo à medida que as empresas buscam integrar a sustentabilidade e os critérios ESG em suas estratégias e operações. À medida que avançamos nessa onda de inovação, é fundamental priorizar ações sustentáveis e responsáveis para construir um futuro mais resiliente e equitativo para todos.
Ondas da tecnologia:
1ª onda (1785 – 1845): Revolução Industrial
A Revolução Industrial marcou o início da mecanização da produção, com o surgimento de máquinas movidas a vapor. Essa onda trouxe mudanças significativas na indústria têxtil, na fabricação e na agricultura, transformando a economia e a sociedade.
2ª onda (1845 – 1900): Idade do Vapor
A segunda onda foi caracterizada pelo aprimoramento das tecnologias movidas a vapor, como locomotivas e navios a vapor. Isso possibilitou o desenvolvimento das ferrovias, a expansão do transporte e a integração regional e global.
3ª onda (1900 – 1950): Era da Eletricidade
A terceira onda foi marcada pela eletrificação e pela disseminação da energia elétrica. A invenção da lâmpada incandescente e a construção de redes elétricas permitiram a iluminação urbana, o desenvolvimento de novas indústrias e o avanço das comunicações.
4ª onda (1950 – 1990): Produção em Massa
A quarta onda foi caracterizada pelo advento da produção em massa, impulsionada pelo uso de linhas de montagem e automação industrial. Essa onda permitiu uma maior eficiência na produção, levando a um aumento significativo na produção de bens de consumo.
5ª onda (1990 – 2020): Redes e Tecnologias da Informação e Comunicação
A quinta onda foi impulsionada pelo surgimento da Internet e das tecnologias da informação e comunicação (TIC). Isso trouxe a conectividade global, a disseminação da informação e a transformação de vários setores, como o comércio eletrônico, as redes sociais, a computação em nuvem e a inteligência artificial.
6ª onda: Sustentabilidade e ESG (2020 – 2045)
A sexta onda, como discutido anteriormente, está focada na sustentabilidade e nos critérios ESG. Essa onda está impulsionada pela necessidade de enfrentar os desafios ambientais e sociais, promovendo práticas sustentáveis e responsáveis em todos os setores da sociedade.
Cada onda da tecnologia trouxe avanços significativos e impactos transformadores em diferentes aspectos da vida humana. A sexta onda, em particular, está moldando o futuro com uma ênfase na sustentabilidade e no ESG, buscando equilibrar o progresso tecnológico com a responsabilidade socioambiental.
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