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MUSEU DA EXTENSÃO RURAL CONTA HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO DE MINAS

Belo Horizonte inaugurou o espaço Alysson Paolinelli para contar a trajetória do meio rural em Minas Gerais e propor as perspectivas para o futuro.

 

Quer acompanhar a evolução do meio rural em Minas Gerais? É só visitar o Museu Mineiro da Extensão Rural Alysson Paolinelli em Belo Horizonte, inaugurado em outubro. O acervo do Museu Alysson Paolinelli foi catalogado por estudantes do curso de Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais. A equipe foi coordenada pelo professor e vice-diretor da Escola de Ciência da Informação da UFMG, Jezulino Mendes Braga, também é responsável pelo conteúdo do espaço museológico, onde estão os temas: Vida no Campo, Clube 4 S, Extensão Rural e Perspectivas Futuras.

 

O Museu Mineiro da Extensão Rural recebeu o nome do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, falecido em junho deste ano. A homenagem foi iniciativa da Emater-MG. Ex-ministro da Agricultura entre os anos de 1974 e 1979, Alysson Paolinelli é um dos maiores nomes da agricultura mundial e grande defensor da segurança alimentar no planeta por meio da produção eficiente e sustentável. Por duas vezes foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz. (Foto: Diego Vargas)

 

ALYSSON PAOLINELLI

 

Dois gigantes da Extensão Rural de Minas Gerais: o ex-presidente da Embrapa, Eliseu Roberto de Andrade Alves, e o professor e ex-ministro Alysson Paolinelli.

Em mensagem por vídeo, durante a inauguração do Museu, o governador Romeu Zema destacou: “É com muita satisfação que inauguramos hoje o Museu Mineiro de Extensão Rural, que leva o nome de Alysson Paolinelli. Esta é uma homenagem muito apropriada para um grande mineiro que nos deixou em junho deste ano. Alysson Paolinelli sempre buscou equilibrar a produção agrícola com a preservação do meio ambiente. No Governo de Minas, nós compartilhamos da mesma visão de futuro. Por isso, estamos sempre trabalhando para que o estado se desenvolva de maneira sustentável. Esse museu guarda a história pioneira do trabalho da extensão rural para o desenvolvimento agrícola em Minas Gerais e em todo o Brasil. Tenho certeza de que vai ser um espaço de aprendizado e inspiração”.

PAOLINELLI – Engenheiro agrônomo e professor universitário, ele foi um dos principais responsáveis pela introdução da tecnologia na produção agrícola, contribuindo para que o Brasil se tornasse uma potência no setor, em especial na região do Cerrado, que se tornou grande celeiro de alimentos para o mundo.
Para Thales Fernandes, secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas, o trabalho dos extensionistas rurais foi fundamental para o desenvolvimento da economia do estado. “O agronegócio mineiro é um dos principais motores da economia do estado, porque o serviço de assistência técnica e extensão rural, iniciado em 1948 pela ACAR, que deu origem à atual Emater-MG, levou aos produtores rurais mineiros as tecnologias para aumento da produção, a importância dos cuidados sanitários de rebanho, as técnicas para o processamento de alimentos, dentre outras ações pioneiras. Homenagear o ex-ministro Alysson Paolinelli, nesta iniciativa de preservação da história do agro mineiro, é honrar todo o seu legado e esforço para que Minas e o país sejam protagonistas na produção de alimentos”, afirmou.
Otávio Maia, diretor-presidente da Emater-MG, enfatizou a importância histórica da extensão rural mineira e o legado de Paolinelli. “O museu resgata a memória da extensão rural mineira e brasileira. É uma alegria eternizar o nome do Alysson Paolinelli junto a esse museu. Homenagem muito apropriada ao pai da agricultura tropical sustentável, que sempre defendeu o desenvolvimento rural sustentável, com base na produção de alimentos para alimentar a população mundial, aliada à preservação e conservação ambiental”, disse.

 

O Museu Mineiro da Extensão Rural Alysson Paolinelli está aberto ao público de segunda a sexta-feira (exceto feriados), de 13h às 17h. O endereço é o mesmo da sede da Emater-MG, na Avenida Raja Gabaglia, número 1.626, bairro Luxemburgo, em Belo Horizonte. (Foto: Diego Vargas)

 

ESPAÇO ORIGINAL

Para o curador do conteúdo do museu, Jezulino Braga, a ideia é proporcionar uma experiência especial para os visitantes. Para contar essa história, além de veículos, objetos e fotografias, são utilizados textos explicativos e vídeos com depoimentos de extensionistas e produtores rurais.
Entre os destaques do acervo está o Jeep Willys MB. O veículo, de 1951, desempenhou um papel estratégico no tempo da ACAR. Com os primeiros extensionistas a bordo, o Jeep Willys ultrapassou várias barreiras físicas para acessar famílias que viviam em locais de difícil acesso.

“Nenhuma instituição no Brasil possui acervo tão rico sobre o tema da extensão rural”, explica Jezulino Braga. E destaca a originalidade do acervo do museu: “O projeto conceitual da exposição foi feito partindo da ideia de que os saberes dos homens e mulheres do campo e os saberes propostos pelos técnicos e pelas técnicas da Emater foram partilhados para a melhoria da qualidade da vida rural. É preciso entender esse processo de partilha”.

O Museu Mineiro da Extensão Rural Alysson Paolinelli está aberto ao público de segunda a sexta-feira (exceto feriados), de 13h às 17h. O endereço é o mesmo da sede da Emater-MG, na Avenida Raja Gabaglia, número 1.626, bairro Luxemburgo, em Belo Horizonte.

 

 

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Fundo Constitucional é essencial para Brasília, defende ministra Daniela Teixeira

Primeira brasiliense no STJ alerta sobre os impactos de cortes no FCDF, destacando a importância da segurança e dos serviços essenciais na capital do País

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Ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Daniela Rodrigues Teixeira foi advogada em Brasília e participou de sabatina na CCJ / Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

A ministra Daniela Teixeira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), defendeu, na segunda-feira (9), a manutenção do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Ela se posicionou contra possíveis cortes propostos pela equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como parte de medidas para redução de gastos.

Primeira brasiliense a ocupar uma cadeira nos tribunais superiores, Daniela destacou que qualquer redução nos recursos destinados à segurança pública no Distrito Federal comprometeria a capacidade de operação e manutenção da capital do Brasil. Para ela, Brasília não pode ser tratada como uma cidade comum.

“Brasília é a capital de todos os brasileiros. Isso precisa ser levado em conta. Não somos apenas mais uma cidade, mas a capital do País. O episódio de 8 de janeiro deixou isso evidente”, declarou, fazendo alusão aos ataques violentos ocorridos em 2023, após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por manifestantes radicais.

Em entrevista ao portal GPS|Brasília, a ministra ressaltou que a segurança da capital requer investimentos específicos devido à sua importância política, econômica e ao fato de abrigar representações internacionais.

“Brasília depende do Fundo Constitucional. Não somos uma cidade industrial nem possuímos recursos próprios em abundância. Abrigamos todas as representações diplomáticas e dependemos do FCDF para funcionar adequadamente”, afirmou.

Daniela Teixeira também alertou que eventuais alterações nos critérios de reajuste do Fundo poderiam prejudicar a capacidade do Distrito Federal de garantir a ordem e a segurança da população, além de proteger representações governamentais e diplomáticas.

 

Preocupações sobre o impacto dos cortes

A possibilidade de redução no FCDF preocupa autoridades locais e especialistas, que apontam riscos para a manutenção de serviços públicos essenciais no Distrito Federal.

Instituído na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Fundo Constitucional é previsto na Constituição e recebe recursos da União para financiar segurança, educação e saúde na capital. Em 2025, por exemplo, o orçamento previsto para o DF é de R$ 66,6 bilhões, dos quais R$ 25 bilhões virão do Fundo.

Atualmente, o FCDF é reajustado anualmente com base na variação da receita da União. No entanto, o governo federal propôs que o reajuste passe a seguir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida que poderia comprometer os cálculos e investimentos futuros.

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Materiais inflamáveis na Sala Martins Pena são substituídos pelos antichamas

A troca dos itens era uma exigência do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público do DF para garantir o cumprimento das normas de segurança e combate a incêndio

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Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Carolina Caraballo

 

Quando foi fechado em 2014, o Teatro Nacional Claudio Santoro descumpria mais de 100 normas de segurança e combate a incêndio. Uma das irregularidades constatada pelos órgãos fiscalizadores foi a presença de materiais inflamáveis, entre eles, a mesma espuma tóxica presente no teto e no revestimento da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que pegou fogo em janeiro de 2013 e resultou na morte de 242 pessoas.

“O Ministério Público estava muito preocupado, porque os mesmos revestimentos da Boate Kiss estavam no Teatro Nacional. Isso fazia com que as pessoas estivessem correndo risco se houvesse algum sinistro, porque o que se descobriu nesses incidentes, tanto da Boate Kiss como em outra boate em Buenos Aires, é que a aglomeração de produtos inflamáveis, com o fogo, soltam uma chama tóxica”, lembra a diretora executiva da Solé Associados, empresa responsável pelo projeto, Antonela Solé.

As poltronas da Sala Martins Pena, antes confeccionadas em material inflamável, foram trocadas por modelos antichamas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Dentro da Sala Martins Pena, que está em obras, a preocupação ficou por conta do carpete, das poltronas e das cortinas, que continham itens inflamáveis e tóxicos na composição. Todos precisaram ser substituídos por alternativas antichamas, que retardam a disseminação de fogo em caso de incêndio. Também foi instalada uma cortina d’água para contenção das chamas e sensores de fumaça.

“As poltronas precisaram ser trocadas por havia dentro delas, em sua composição, uma espuma altamente inflamável e tóxica. Então qualquer princípio de incêndio poderia gerar um acidente muito grande”, revela o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Felipe Ramón.

Para além da instalação de itens antichamas, o restauro do teatro cumpriu outras normas de segurança contra incêndio, como a criação de duas saídas de emergência e a construção de um reservatório com capacidade para 350 mil litros de água, de uma escada pressurizada e salas de exaustão de ar.

Obra

O Teatro Nacional Claudio Santoro foi fechado em 2014 após descumprir normas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CMBDF) e do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT). Na época, foram enumeradas mais de 100 irregularidades.

Além da troca das poltronas, a sala foi equipada com uma cortina d’água para contenção das chamas e sensores de fumaça

A obra de restauração teve início pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em dezembro de 2022 pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas.

Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consiste na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como a recuperação de uma das salas. As demais vão se concentrar nos outros espaços: as salas Villa-Lobos e Nepomuceno, o espaço Dercy e o anexo.

 

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ALDO REBELO ALERTA

“Essa cúpula que está sendo organizada em Belém é contra o Brasil”.

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O ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo não está para brincadeiras quando o assunto é o desenvolvimento sustentado da Amazônia. Ele se preparou para tomar decisões. Estudou, viajou e escreveu livros para ter argumentos e justificar sua luta na defesa do desenvolvimento sustentável da região. Relator do novo Código Florestal Brasileiro, Aldo Rebelo também foi o primeiro relator da comissão especial que discutiu o projeto de lei da Biossegurança – os transgênicos. Do alto de sua experiência de seis vezes deputado federal, presidente da Câmara e quatro vezes ministro, Aldo Rebelo faz um alerta contundente: “Essa COP30 2025, em Belém, é contra o Brasil”.

 

ALDO REBELO: exemplo de político da esquerda que estudou profundamente o Brasil e a História para se reciclar e reformular suas ideias.

 

O deputado Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL) gosta de chamar a atenção para as importantes revelações e posições de Aldo Rebelo: “Durante a audiência pública que o deputado Aldo Rebelo compareceu na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara Federal, ele deu uma verdadeira aula de Brasil e de como as ONGs trabalham para impedir o nosso desenvolvimento nacional”.

Relator do Código Florestal Brasileiro, Aldo Rebelo é autor do livro ‘O Quinto Movimento’, que propõe iniciativas para a “reconstrução material e espiritual do Brasil”. O novo Código Florestal estabelece as áreas de preservação (Reserva Legal) para proteger nascentes e cursos d’água e áreas remanescentes em percentuais diferentes dependendo da região e do bioma.

O ex-deputado foi, também, o primeiro relator da comissão especial que discutiu o projeto de lei da Biossegurança – os transgênicos. Ele deixou a relatoria quando assumiu o cargo de ministro da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República.

Recentemente, Aldo Rebelo fez uma série de viagens à Região Norte, visitando comunidades indígenas e ribeirinhas, e se disse surpreso com a situação da Amazônia atual. Rebelo afirmou que as ONGs, por meio de governos e empresas estrangeiras, e o crime organizado são “Estados paralelos ao governo brasileiro e ameaçam a soberania e o desenvolvimento da Amazônia”. Dessa viagem de quaro meses, resultou um livro-documentário: “Amazônia: a maldição de Tordesilhas: 500 anos de Cobiça Internacional”.

Aldo Rebelo: “A política ambiental de Lula é um fracasso. O resultado é uma situação de penúria das populações indígenas e o maior índice de fome no Amazonas e no Pará. Como você pode ter uma situação de fome na região mais rica do País?

 

ESTADO FANTOCHE DAS ONGs

Além de alertar que a COP30-2025, em novembro do ano que vem, em Belém do Pará, é contra os interesses do Brasil, Aldo Rebelo chamou Estado brasileiro de fantoche governado por ONGs estrangeiras.

 

OS ALERTAS DE ALDO REBELO:

 

–  Essa cúpula que está sendo organizada em Belém (COP-30) é contra o Brasil. Na sua avaliação, a COP30 pretende colocar o Brasil no banco dos réus. “A nossa diplomacia não pode se comportar como malandro em delegacia”, advertiu.

 

– As celebridades de Hollywood têm mais influência na Amazônia que o Estado brasileiro. É um fiasco a atuação do governo brasileiro nos fóruns internacionais.

 

–  Percorri toda a Amazônia para escrever o livro “Amazônia: a maldição de Tordesilhas: 500 Anos de cobiça Internacional”. Posso garantir que os piores indicadores sociais do Brasil estão na Amazônia, onde as escolas não têm água e nem energia elétrica, enquanto os chefes das ONGs vivem em Paris e Londres.

 

– Faço uma denúncia grave: onde não tem atividade econômica, o que prospera é o crime. O aparato das ONGs na Amazônia se destina a perseguir quem cria vaca e planta roça, asfixiando a atividade econômica, fortalecendo o narcotráfico e a prostituição infantil.

 

– Não vamos relativizar a nossa soberania sobre a Amazônia. Temos direito ao desenvolvimento. Vamos proteger as populações indígenas. Temos sim que proteger o meio ambiente, mas não como defendem essas ONGs estrangeiras que apenas querem resguardar os interesses dos países que as apoiam. Por isso elas não aceitam o acesso dos índios aos serviços básicos de água, luz e educação.

 

– O que causa temor ao mundo, aos donos do mundo, não são os nossos defeitos, mas nossas virtudes e o que a natureza nos deu: a Amazônia, maior reserva de biodiversidade do mundo, maior reserva de água doce e a maior usina de energia do Planeta.

 

– O Brasil não governa a Amazônia. Lamento que, apesar de possuir enormes reservas de potássio, por exemplo, o Brasil ainda importa 95% de tudo o que necessita. Pior:  importamos potássio de uma área indígena do Canadá. Se fizermos um choque de concessões de mineração, o Brasil não vai ter onde colocar dinheiro.

 

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