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CLDF celebra os vencedores do 2° Prêmio Paulo Freire de Educação

Cerca de 1,4 mil pessoas lotaram a Praça dos Servidores e o auditório para prestigiar o evento

 

Foto: Divulgação/Gab. Gabriel Magno

 

A Câmara Legislativa sediou nesta quinta-feira (27) a segunda edição do Prêmio Paulo Freire de Educação em solenidade com a presença de mais de 1,4 mil pessoas, entre estudantes, professores e profissionais do ensino. A premiação é realizada pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc), presidida pelo deputado Gabriel Magno (PT), que destacou o evento como sendo “uma celebração à educação pública, gratuita e de qualidade”.

Nesta edição, 264 projetos foram inscritos ao Prêmio, que tem como objetivo reconhecer iniciativas educacionais inovadoras, transformadoras e alinhadas aos princípios formulados pelo pensador e educador Paulo Freire. Desse total, 25 projetos foram selecionados como destaques (veja relação), representando uma diversidade de ações e práticas que buscam enriquecer o processo de ensino e aprendizagem nas escolas do Distrito Federal. Seus representantes receberam troféus e certificados em reconhecimento ao trabalho realizado. Todos os inscritos foram contemplados com menções honrosas pela CLDF.

As propostas apresentadas que vão desde o desenvolvimento de metodologias ativas de ensino, como a aprendizagem por projetos e o uso de tecnologias digitais, até ações de fortalecimento da educação inclusiva, da promoção da igualdade de gênero, raça e etnia, e da valorização da cultura local. Exemplo deles foi a Escola Classe Beija Flor (Asa Norte), que promoveu uma apresentação musical com um grupo formado por alunos, professores e membros da comunidade. “Cada iniciativa destacou o poder transformador da educação e a capacidade de impactar positivamente a vida dos estudantes e suas famílias”, afirma Gabriel.

“Quero agradecer a todos aqui. Este evento está muito maior do que planejamos e isso é um sinal, pois quando nós começamos a sonhar com esse prêmio era uma forma de ocupar essa Casa com educação pública de qualidade e democrática representado por cada um de vocês”, afirmou Gabriel Magno. O deputado enfatiza que, mesmo o prêmio não fornecendo valores financeiros, é uma forma de celebrar as mobilizações no país em torno da educação.

“Quando olhamos para a rede pública, temos muita capacidade porém dificuldades. Muitos desses projetos são frutos do esforço coletivo, porém individual. Aproveitando que está o MEC aqui do lado, nós precisamos de mais dinheiro para escolas públicas, professores. É inadmissível que na capital do país os professores estão na beira de salários públicos do GDF.” Gabriel Magno criticou a ausência de pessoal nas instituições de ensino.

Confira a lista dos Vencedores do 2° Prêmio Paulo Freire 
Em seu pronunciamento, a diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Rosilene Corrêa, destacou a homenagem da CLDF ao legado de Paulo Freire e a dedicação dos profissionais de ensino. “Estes projetos apresentados foram no sacrifício, mas meu desejo é que todas as escolas tivessem condições de desenvolver projetos. Aqui há muito amor, mas também muito profissionalismo e que essa educação seja para mudança.”

Já Alexandre Mupurunga, diretor de Políticas de Educação Especial do Ministério da Educação, acrescentou que a luta por uma educação emancipatória e inclusiva. “É com grande honra que a gente saúda esse prêmio que leva o nome de Paulo Freire, onde se tem educadores que fazem do seu ato uma profissão de uma pedagogia transformadora, emancipadora e comprometida com a justiça social. Nós (do MEC) trabalhamos para uma educação inclusiva que se dá onde um professor tem liberdade de catedra e que podemos ter práticas emancipatórias.”

A reitora do Instituto Federal de Brasília (IFB), Veruska Machado. por sua vez, pontuou que teve “a honra” de acompanhar o Prêmio, desde a primeira edição, e testemunhar seu crescimento. “Hoje acrescento a este prêmio um outro objetivo que vejo que tem sido alcançado: alimentar a esperança de educadores e estudantes”.

Liliane Machado, diretora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). acrescentou que o prêmio é do tamanho da luta que Paulo Freire travou principalmente pelos oprimidos.

“Este prêmio evidencia o que acreditamos porque lutamos é porque estamos aqui por uma educação que faz a diferença e faz o outro ser melhor”.

A diretora do Sindicato dos Professores do DF (SINPRO-DF), Márcia Gilda, citou a emoção de estar entre “pares de transformação social” e outras dificuldades enfrentadas pelo SINPRO e a educação que gera autonomia. “Estou muito emocionado pois a educação transforma pessoas que mudarão o mundo. É por isso que somos tão perseguidos, principalmente com a Lei da Escola sem Partido, que chamamos de lei da mordaça, fora também as escolas militares, pois a gente educa para autonomia e não para subserviência. Quando dizemos aos alunos que eles podem ser o que quiserem ser, estamos mudando uma chave para a sociedade“, completou.

 

Hugo Leopoldo, integrante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), também abordou o tema das escolas cívicos militares. “Aqui no DF temos 17 escolas militares e só uma está em região nobre, então fica claro que este projeto é uma forma de perseguir a região periférica. Que consigamos fazer uma população pública, gratuita e popular e trabalhar para acabar com o cyberbullying pois leva 1 a cada 5 estudantes a pensar no suícidio.”

* Com informações da assessoria de imprensa do deputado Gabriel Magno

Joás Benjamin (estagiário) – Agência CLDF

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Brasil condena ataque de Israel contra o Irã: “violação de soberania”

Itamaraty também alertou para risco de conflito amplo na região

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Lucas Pordeus León – repórter da Agência Brasil

 

O governo brasileiro, por meio de nota publicada nesta sexta-feira (13), condenou os ataques de Israel contra instalações nucleares e fábricas de mísseis do Irã, que mataram altos oficiais militares e cientistas do país persa.

“O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional”, diz nota do Ministério das Relações Exteriores.

O Itamaraty acrescentou que os ataques ameaçam mergulhar toda a região em um conflito de ampla dimensão, “com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial. O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades”.

O chefe supremo da República do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, prometeu nesta sexta-feira (13) responder aos ataques de Israel. Segundo as autoridades israelenses, o Irã já retaliou o país com ataque de drones, mas Teerã nega.

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Entenda

Israel atacou o Irã alegando que o país está construindo bombas atômicas, que poderiam ser usadas contra Tel-Aviv. O Irã nega e sustenta que usa tecnologia atômica apenas para fins pacíficos, como a produção de energia.

O Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), mas a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) teria apresentado objeções aos compromissos de Teerã com a organização.

A autoridade nuclear do Irã nega que tenha violado compromissos com a AIEA e diz que a Agência realiza uma campanha “politicamente motivada” e guiada por Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos (EUA), sob influência de Israel.

Já Israel é um dos poucos países do mundo que não assinou o TNP. Os Estados Unidos (EUA) vinham pressionando Irã para reduzir o alcance do seu programa nuclear. O presidente Donald Trump elogiou os ataques de Israel contra Teerã e pediu para o país aceitar o acordo sobre a questão nuclear.

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Patrimônio previdenciário do DF chega a R$ 7,5 bilhões em abril

Com boa rentabilidade dos fundos, Iprev-DF registra crescimento de R$ 94 milhões na carteira de investimentos em abril

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Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo

 

A carteira de investimentos sob gestão do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF) fechou abril com um patrimônio de R$ 7,53 bilhões – R$ 94 milhões a mais que no mês anterior, quando o total era de R$ 7,44 bilhões. O montante inclui R$ 5,96 bilhões em ativos financeiros e R$ 1,57 bilhão em outros ativos, como imóveis e ações do Banco de Brasília (BRB).

Os recursos garantem o pagamento dos benefícios de mais de 76 mil aposentados e pensionistas do DF.

O Fundo Solidário Garantidor (FSG), principal fundo administrado pelo Iprev-DF, teve rentabilidade de 1,40% em abril, acumulando 3,88% no primeiro quadrimestre do ano. O índice superou tanto a meta de 2,86% quanto o IPCA do período (2,48%). Com essa performance, o fundo registrou ganhos nominais de R$ 158,9 milhões e alcançou R$ 4,25 bilhões em investimentos financeiros.

Arte: Iprev-DF

Criado em 2017, o FSG é um fundo de solvência – não tem meta atuarial obrigatória, mas seus resultados, quando superiores à inflação, podem ser utilizados para o pagamento de benefícios. Ele reúne aplicações financeiras, imóveis e ações do BRB.

Já o Fundo Capitalizado teve rentabilidade de 1,22% em abril e acumulou 4,22% no ano, alinhado com a meta de 4,23% e acima do IPCA. Os ganhos nominais foram de R$ 61,3 milhões no quadrimestre, elevando o valor da carteira para R$ 1,63 bilhão.

Arte: Iprev-DF

Esse fundo recebe contribuições dos servidores que ingressaram no serviço público do DF a partir de março de 2019 e cobre benefícios até o teto do INSS.

Completam o portfólio os fundos Financeiro e da Taxa de Administração, que não têm metas atuariais. O Fundo Financeiro, destinado ao pagamento de aposentadorias de servidores que entraram até março de 2019 (e de seus dependentes), fechou abril com R$ 54,4 milhões em caixa. Já a Taxa de Administração somou R$ 22,4 milhões.

Para a diretora-presidente do Iprev-DF, Raquel Galvão, o desempenho reflete o esforço conjunto da equipe para consolidar uma carteira sólida e garantir o pagamento dos benefícios.

 

O diretor de Investimentos do Instituto, Thiago Mendes Rodrigues, avalia que, com o controle da inflação, os resultados devem melhorar ainda mais ao longo do ano. Ele projeta que o Fundo Capitalizado alcance R$ 2 bilhões no segundo semestre de 2025.

*Com informações do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF)

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CLDF derruba veto e passa a valer lei que valoriza ensino de duas disciplinas básicas

Lei do deputado Thiago Manzoni estabelece ainda o ensino de matemática e língua portuguesa como patrimônios do povo do Distrito Federal

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Foto: Carolina Curi/Agência CLDF

 

Foi promulgada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) a derrubada de veto ao PL nº 373/2023 que cria a política distrital de valorização das disciplinas elementares. Simplificando, a Lei 7.693/2025 prioriza e incentiva o ensino de língua portuguesa e de matemática nas escolas públicas do DF.

Para tanto, a norma determina que o poder público desenvolva um plano distrital, com validade de dez anos. Entre outros objetivos, está elevar os índices de avaliação de aprendizado dos alunos, ampliar e aperfeiçoar a infraestrutura escolar para as duas disciplinas e incentivar professores a desenvolverem projetos inovadores.

A proposta foi originalmente apresentada pelo deputado Thiago Manzoni (PL) e, após aprovada pelos deputados distritais, vetada pelo Executivo. A Câmara Legislativa decidiu pela derrubada do veto em votação realizada pelo conjunto dos deputados.

“Essa foi uma grande vitória. Em todas as escolas, o que nós queremos é capacitar os nossos alunos e facilitar a aprendizagem em todas as disciplinas. Para isso, estamos priorizando a língua portuguesa e a matemática. Nossos alunos merecem ser escolarizados de maneira adequada e fazer bom uso da língua portuguesa e da matemática para tudo aquilo que vão precisar na vida”, afirma Manzoni.

A lei também institui maio como o mês de valorização das disciplinas elementares, estimulando que as escolas realizem competições de conhecimento vinculadas a elas. Inclusive, o texto prevê que as escolas podem contar com recursos públicos e de parceiros privados para esses eventos. Estabelece ainda o ensino de matemática e língua portuguesa como patrimônios do povo do Distrito Federal.

O texto da nova lei também determina que o poder público deve instituir um programa de avaliação das disciplinas elementares com participação facultativa dos alunos e focada na avaliação seriada.

As escolas públicas podem até criar monitorias remuneradas concedidas aos alunos e vinculadas às duas disciplinas. Outro tipo de incentivo permitido é a premiação para alunos que alcançarem 95% de presença nas disciplinas durante o ano letivo.

Por fim, permite também a captação de recursos vindo de termos de cooperação destinados ao financiamento das medidas previstas na lei.

Acesse aqui a íntegra da tramitação e o texto da lei.

Francisco Espínola – Agência CLDF

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