Gente do Meio
Eliseu Allves: tecnologia da libertação
Eliseu Alves: criador da Embrapa
Silvestre Gorgulho
Eliseu Roberto de Andrade Alves é daqueles brasileiros que tem uma obra muito mais conhecida do que a si próprio. Sua obra é reconhecida no Brasil e em centenas de países deste mundo de Deus.
PHD pela Purdue University, EUA, Eliseu Alves é referência mundial como cientista e como gestor de ciência e tecnologia. Há mais de 30 anos, Eliseu Alves implantou linhas avançadas de pesquisa baseadas no princípio de que a tecnologia tinha que ser biológica e economicamente rentável e ensinou que não há como preservar o meio ambiente sem uma ação efetiva em duas mãos: apoio à ciência para o desenvolvimento de tecnologias limpas e educação para formação cidadã das pessoas.
Eliseu Alves sempre ensinou a seus alunos e deixou claros em seus livros que é a tecnologia que dá, por exemplo, a oportunidade de se trocar um pequeno pacote de laptops de última geração pelo mesmo valor de uma carga de um imenso navio de minério. “O país que não investe em ciência, condena seu povo a sobreviver com o suor de seu rosto. A ciência democratiza e a tecnologia liberta”, costumava dizer Eliseu Alves quando ainda preparava a revolução verde brasileira na década de setenta. Revolução que o agrobusiness faz neste milênio e sustenta o crescimento econômico do Brasil e coloca o País na rota dos grandes exportadores mundiais de grãos.
Ah, ía me esquecendo de dizer qual a grande obra de Eliseu Alves que é reconhecida no Brasil e respeitada no mundo inteiro: é justamente a Embrapa. Ele participou, em 1973, do grupo de trabalho que projetou o modelo operacional da instituição, depois – como diretor de recursos humanos – foi o responsável direto pela formação de mais de dois mil jovens cientistas nas melhores universidades do mundol Logo em seguida assumiu a presidência da empresa, consolidando seus 40 centros de pesquisa e construindo sua sede própria em Brasília.
Hoje, um simples pesquisador, aos 62 anos, Eliseu Alves gosta de lembrar em suas palestras que a ciência liberta o homem da ignorância, da pobreza, da doença e da dor. “Cercear o progresso do conhecimento é um erro lamentável, além de pouco prático: sempre haverá algum país onde a liberdade do cientista é respeitada, e esse país vai pular à frente dos demais na produção de riqueza e do bem estar de seu povo”.
Estas são, senhoras e senhores, lições de um brasileiro que soube fazer e ainda tem muito o que ensinar.
Gente do Meio
ADEUS, ORLANDO BRITO



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