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ACORDO PARA PESCA NA AMAZÔNIA

Acordo, regras e intercâmbio entre moradores de Unidades de Conservação para impulsionar turismo de pesca esportiva no Amazonas

 

A pescaria esportiva não visa o consumo do peixe, mas o prazer de pescar. A prática promove o turismo sustentável e agrega renda para os ribeirinhos e os empreendimentos hoteleiros da região. Gera emprego e renda.

 

 

Duas ações importantes da Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas buscam trocar experiências para pesca sustentável nos rios do Estado. A primeira é o intercâmbio entre moradores da RDS Puranga Conquista /RDS Uatumã para cursos e troca de experiências sobre pesca esportiva. A segunda ação é um novo acordo que define regras para uso de rios e lagos no entorno de Mamirauá.

 

PURANGA CONQUISTA: 25 MIL TURISTAS

Moradores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista participaram de um intercâmbio de aprendizagem, no final de julho, a fim de conhecer o turismo de base comunitária voltado para a pesca esportiva. Durante os quatro dias, o grupo esteve em visita à RDS do Uatumã, referência na atividade, para conhecer como a prática é organizada na Unidade de Conservação e impulsionar a cultura do “pesque e solte” também no baixo Rio Negro.

 

Os atores da pesca consciente são os moradores das comunidades ribeirinhas e, pelo turismo, eles têm emprego e renda. Daí a importância da capacitação de populações tradicionais que vivem nesses espaços.

 

 

A RDS do Uatumã é uma das 42 Unidades de Conservação (UC) gerenciadas pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). A UC recebe aproximadamente 25 mil turistas por ano, interessados na prática da pesca esportiva. No local, toda a atividade é protagonizada pelos próprios comunitários residentes na Reserva, segundo destaca o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

“São os comunitários os atores sociais mais relevantes para promover um turismo de pesca consciente. É por meio da estruturação dessa atividade, da capacitação de populações tradicionais que vivem nesses espaços, que a gente consegue conservar a natureza, combater a pesca predatória e ainda gerar renda de forma sustentável para essas pessoas, o que resulta na diminuição da pobreza nessas localidades e aumenta, por consequência, a qualidade de vida como um todo”, enfatizou.

CRONOGRAMA DE CAPACITAÇÃO DOS COMUNITÁRIOS

O intercâmbio promovido incluiu moradores das comunidades São Sebastião, Três Unidos, Nova Esperança e Barreirinha. A atividade integra o cronograma de capacitação dos comunitários, iniciado no início deste mês, para impulsionar o turismo de pesca esportiva em outras áreas do estado.

“O intercâmbio foi planejado para ter essa troca de experiência entre moradores das reservas, para que eles possam vivenciar de perto o sucesso dessa atividade na RDS Uatumã, onde os protagonistas são, de fato, os próprios moradores da reserva; e para que essa construção seja realizada com sucesso entre Governo do Estado e as comunidades da RDS Puranga Conquista” frisou a gestora da RDS, Ádilla Matos.

Ádila Matos reforçou, ainda, que a atividade ocorre em preparação à retomada da pesca comercial e esportiva no Rio Cuieiras, localizado dentro da RDS Puranga Conquista, que está proibida até dezembro de 2021, para viabilizar o crescimento adequado de espécies aquáticas, em especial do tucunaré.

 

NOVOS GUIAS COMUNITÁRIOS

A visita à RDS do Uatumã serviu de aprendizado, troca de experiências e informações para o morador da comunidade Nova Esperança, Valmir Nascimento. Ele agradeceu a oportunidade de conhecer outras realidades fora da RDS Puranga Conquista.

“Estar aqui para saber como trabalhar com atividade de pesca é muito bom. Hoje temos na nossa Reserva uma iniciativa que ainda não está concretizada, mas por toda experiência obtida aqui acredito que conseguiremos colocar em prática as ideias. Quero agradecer por tudo que passamos aqui, foi muito proveitoso”, disse.

O agente ambiental voluntário e brigadista, Jair Marques, é morador da RDS Uatumã. Foi ele quem socializou, com os novos guias comunitários, como foi o processo de ordenamento de pesca na localidade. Além de outras curiosidades sobre o turismo de “pesque e solte” na reserva.

“Toda experiência que tivemos aqui foi muito boa, muito gratificante conhecer a realidade de outras reservas. Essa visita serviu para nos fortalecer para que possamos caminhar com força e mais vontade, isso para mim é muito bom. Creio que daqui para frente vamos melhorar mais, juntamente com os moradores e gestores”, finalizou.

 

 

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JUCA CHAVES

APENAS UM DEPOIMENTO

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O compositor, músico, humorista e crítico, Menestrel Maldito, deixa saudades. O Brasil e a Bahia se despedem do carioca Jurandyr Czaczkes Chaves (1938-2023).
Juca Chaves fez muito sucesso com suas modinhas/sátiras durante o governo Juscelino Kubitschek.
Ele é autor de músicas que se tornaram sucesso no Brasil como “A Cúmplice”, “Menina”, “Que Saudade” e “Presidente Bossa Nova”.
Vale lembrar:
1) JK nunca censurou as sátiras de Juca Chaves. Pelo contrário, adorava suas modinhas sempre bem humoradas e criativas. Juca Chaves foi censurado durante governo militar, entre 1964 e 1985. Aí sim, ele foi perseguido, exilado e viveu alguns anos longe do Brasil, entre Portugal e Itália.
2) Em 2011, no lançamento do filme ‘JK NO EXÍLIO’, de Charles Cesconetto, aqui no Museu Nacional de Brasília, a meu convite, o Juca Chaves subiu ao palco com a filha de JK, Maria Estela, e cantou suas modinhas, abrindo com o PRESIDENTE BOSSA NOVA.
3) Nesse dia, Juca Chaves e Maria Estela Kubitschek, abriram a cerimônia com uma forte mensagem a favor da ADOÇÃO, por sinal, uma lei proposta por JK. Evidente lembrando a adoção da própria Maria Estela e das duas filhas de Juca Chaves: Maria Clara e Morena.
A filha de JK, deixou no seu FB a seguinte mensagem:
“A família do “Presidente Bossa Nova” está triste com o falecimento de Juca Chaves. O Menestrel popularizou JK com suas sátiras, sempre criativas e bem humoradas. Juca Chaves “Voou…. Voou pra bem distante…” e “a mineirinha debutante” está triste.
Maria Estela Kubitschek Lopes
Para quem quiser ouvir Juca Chaves cantando “Presidente Bossa Nova”
Fotos: Antes da exibição do filme “JK NO EXÍLIO”, no Museu Nacional de Brasília, Juca Chaves subiu ao palco e cantou várias modinhas, terminando com Presidente Bossa Nova.
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Dia Mundial da Água

Cerrado pode perder quase 34% da água até 2050

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Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma

 

O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).

Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.

A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.

“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.

Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.

“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.

Chuvas

Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.

“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.

Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.

Edição: Heloisa Cristaldo

EBC

 

 

 

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VENTO DA ARTE NOS CORREDORES DA ENGENHARIA

Lá se vão 9 anos. Março de 2014.

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No dia 19 de março, quando o Sinduscon – Sindicato das Indústrias da Construção Civil do DF completava 50 anos, um vendaval de Arte, Musica, Pintura adentrou a casa de engenheiros, arquitetos e empresários e escancarou suas portas e janelas para a Cultura.
Para que o vento da arte inundasse todos seus corredores e salões, o então presidente Júlio Peres conclamou o vice Jorge Salomão e toda diretoria para provar que Viver bem é viver com arte. E sempre sob as asas da Cultura, convocou o artista mineiro Carlos Bracher para criar um painel de 17 metros sobre vida e obra de JK e a construção de Brasília. Uma epopeia.
Diretores, funcionários, escolas e amigos ouviram e sentiram Bracher soprar o vento da Arte durante um mês na criação do Painel “DAS LETRAS ÀS ESTRELAS”. O mundo da engenharia, da lógica e dos números se transformou em poesia.
Uma transformação para sempre. Um divisor de águas nos 50 anos do Sinduscon.
O presidente Julio Peres no discurso que comemorou o Cinquentenário da entidade e a inauguração do painel foi didático e profético:
“A arte de Carlos Bracher traz para o este colégio de lideranças empreendedoras, a mensagem de Juscelino Kubitschek como apelo à solidariedade fraterna e à comunhão de esforços. Bracher é nosso intérprete emocionado das tangentes e das curvas de Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Nos lances perfomáticos de seu ímpeto criador, Bracher provocou um espetáculo de emoções nas crianças, professores, convidados, jornalistas e em nossos funcionários.
Seus gestos e suas pinceladas de tintas vivas plantaram sementes de amor à arte. As colheitas já começaram.”
Aliás, as colheitas foram muitas nesses nove anos e serão ainda mais e melhor na vida do Sinduscon. O centenário da entidade está a caminho…
Sou feliz por ter ajudado nessa TRAVESSIA.
SG
Fotos: Carlos Bracher apresenta o projeto do Painel. Primeiro em Ouro Preto e depois visita as obras em Brasília.
Na foto: Evaristo Oliveira (de saudosa Memória) Jorge Salomão, Bracher, Julio Peres, Tadeu Filippelli e Silvestre Gorgulho
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