Artigos
O LAGO PARANOÁ MERECE MAIS CARINHO

Deus fez o mundo. Os homens fizeram as cidades. E as cidades sempre nasceram à beira de rios e lagos, porque sem água a vida não prolifera.
Vale lembrar o ensinamento do arquiteto norte-americano Buckminster Fuller sobre a espaçonave Terra: “Nosso Planeta não vem com manual de instruções”. E, sem manual de instruções, o ser humano teve, tem e terá sempre que aprender a conviver com as questões que envolvem a sustentabilidade das cidades. Nesse “manual” está a preservação de mananciais e o reúso da água.
Se, no passado, todos tinham pela água a cultura da abundância, hoje este conceito mudou. A crise hídrica chegou silenciosa para bater forte à porta de cada um.
Brasília nasceu no meio do Cerrado, cercado de águas. Aqui em Planaltina está o Parque das Águas Emendadas, onde o Córrego Vereda Grande desliza para o norte, encontra o rio Maranhão que vai alimentar a bacia Amazônica. Para o sul, o córrego Brejinho engrossa o córrego Fumal, desce para o rio São Bartolomeu, depois Corumbá, desaguando no rio Paranaíba e formando então o rio Paraná. É a bacia do Prata. E outras nascentes pegam a direção leste para alimentar a bacia do rio São Francisco.
O LAGO PARANOÁ
No ponto onde foi construído o Plano Piloto, nasceu o Lago Paranoá. Concebido depois da publicação do Relatório da Missão Luiz Cruls, em 1904, quando esteve aqui o engenheiro e paisagista Auguste Glaziou. O paisagista francês pensou a barragem do Paranoá, que só foi construída em 1959 pelo presidente Juscelino Kubitschek.
O lago é formado pelas águas represadas do rio Paranoá e alguns riachos. Com seus 48 quilômetros quadrados, o lago dá mais vida, beleza, umidade e lazer aos brasilienses. Mas, infelizmente, nem todos os brasilienses respondem com carinho, proteção e civilidade ao que o lago lhes proporciona.
PROJETO LAGO LIMPO
A ação que deu origem ao Projeto Lago Limpo começou em 2011. A cada ano, um mutirão de brasilienses solidários retira do Lago Paranoá cerca de 8 toneladas de lixo. É incrível pensar que já se retirou do lago, só nessas 10 edições, mais de 40 toneladas de lixo.
Além da limpeza pura e simples, esse projeto tem uma forte inserção ambiental e educacional, pois ajuda na conscientização das pessoas para a sua preservação.
A partir de 2012, o evento teve parceria da Sesipe – Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal com a participação de 90 reeducandos presos no sistema semiaberto.
A partir de 2013, além dos presos que ajudaram na limpeza das margens do lago foi feito uma parceria com escolas de mergulho, cujos alunos e voluntários recolhiam o lixo subaquático.
Apenas nos anos de 2018 e 2020 o evento não ocorreu devido as eleições e, no ano passado por causa da pandemia.
Agora em 18 de setembro de 2021, o projeto Limpeza do Lago Paranoá SLU, voltou com força total. O evento teve a participação especial da Marinha do Brasil, SLU, Caesb, Pontão do Lago Sul, Brasal, Novo Rio Ambiental muitos mergulhadores voluntários.
Diretoria da Adasa com a mascote da Adasa a Gotita
Felix Angelo Palazzo, Raimundo da Silva Ribeiro Neto, Gotita, Vinicius Fuzeira de Sá e Benevides, Robinson Ferreira Cardoso e Antonio Apolinário Rebelo Figueirêdo
CARINHO COM O LAGO
No “Raio X” dessa ação do Lago Limpo, infelizmente está a má educação da população que tem alto poder aquisitivo. É o lixo dos moradores do Plano Piloto e dos frequentadores dos clubes sociais em volta do lago e dos proprietários de lanchas. O lixo recolhido identifica muito os poluidores. São retirados do lago embalagens PETs, garrafas e taças de vinhos e de champanhe, latas de cerveja e refrigerante, baterias de celular e outras engenhocas eletrônicas.
A participação da sociedade brasiliense na limpeza marca um novo tempo para o Lago Paranoá: o tempo da tomada de consciência de que o lixo chega ao lago de todos os pontos. O lixo vem de longe. Vem pelas redes fluviais. É jogado nos passeios e nas ruas do Guará, da Asa Norte, do Gama ou de Taguatinga vai acabar mais cedo ou mais tarde poluindo o Lago Paranoá.
Abraçar o lago Paranoá com carinho e lutar por sua preservação é dever de todos. É ação de cidadania. Todos serão beneficiados.
Participação do Projeto Adasa na Escola no evento
Conheça o Projeto
A água é um elemento essencial à vida e um patrimônio comum a todos nós. Por isso é necessário aprender a utilizá-la adequadamente, não apenas na época da seca ou durante a crise hídrica, mas em cada instante e em qualquer lugar do planeta. Esta visão guia a Adasa a ensinar, desde a infância, hábitos que levem à conservação da água, nosso mais precioso recurso natural.
O Programa Adasa na Escola (PAE) ministra palestras para alunos da educação infantil ao ensino fundamental, das redes de ensino pública e particular do Distrito Federal. Também atua na formação de professores por meio de cursos de capacitação. O PAE conta com equipe técnica especializada e possui ampla variedade de recursos didático-pedagógicos, tais como cartilhas, módulos de planos de aula para os professores e cadernos de exercícios para os alunos. Cada escola visitada recebe um banner do Guardião da Água, para simbolizar o comprometimento em executar e compartilhar o conhecimento adquirido durante a visita da Adasa.
Criado em 2010, o Programa Adasa na Escola tem por finalidade a formação de agentes multiplicadores de práticas sustentáveis em relação aos usos múltiplos da água e a destinação adequada dos resíduos sólidos. A primeira missão de cada estudante e professor capacitado é colocar em prática o que foi ensinado pelo Programa. Em seguida ele é convidado a ensinar as pessoas ao seu redor a cuidar da água, multiplicando o conhecimento assimilado em sua casa e entre os amigos. Assim, ele se torna um Guardião da Água.
O PAE é Coordenado pela Superintendência de Planejamento e Programas Especiais da Adasa e tem como principais parceiros a Secretaria de Educação, com a qual firmou um Acordo de Cooperação Técnica em 2016, e a Universidade de Brasília – UnB, que disponibiliza alunos do curso de saúde coletiva para atuarem no projeto como estagiários desde 2015.
Mergulhadores fazem a limpeza do LAGO PARANOÁ Fotos
Embarcações da Marinha fizeram apoio a limpeza
Artigos
E COMEÇA A TRAVESSIA DO MÊS DE AGOSTO


Artigos
AMAZÔNIA TEM PROJETO DE 47 MI PARA PAISAGENS SUSTENTÁVEIS
O Plano busca a prioridade na restauração de vegetação nativa

O Plano prevê a entrega de atividades de restauração florestal com o aporte de cerca de R$ 21 milhões, avanço da adequação ambiental de propriedades rurais e a restauração dentro de Unidades de Conservação (Foto: Marcos Amend)
Foi aprovado pelo Comitê Operacional do Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia o Plano Operacional Anual (POA) no valor de R$ 47,2 milhões para ser implementado nesse final de 2022 e no ano que vem. Entre as ações previstas no período estão estudos para viabilizar a concessão florestal, apoio à elaboração de planos de recuperação de áreas degradadas e gestão de unidades de conservação, entre outras.
Serão priorizadas a entrega de atividades de restauração florestal com o aporte de cerca de R$ 21 milhões, avanço da adequação ambiental de propriedades rurais e a restauração dentro de Unidades de Conservação. Além disso, o programa vai apoiar a reestruturação e capacitação dos órgãos estaduais e federais envolvidos no projeto.
MANEJO E RESTAURAÇÕES
As novas atividades planejadas para o período representam 1.270 hectares de áreas para restauração, 16 mil novas análises de Cadastro Ambiental Rural (CAR), 5 mil retificações de CAR já analisados, apoio a elaboração de 10,6 mil Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADAs), além da elaboração de três planos de manejo de Unidades de Conservação.
A reunião que aprovou o plano teve a participação de representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Banco Mundial, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Conservação Internacional (CI) e das Secretarias de Meio Ambiente dos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia.
O PROJETO
O Projeto está alinhado com os objetivos de melhorar a sustentabilidade dos sistemas de Áreas Protegidas, reduzir as ameaças à biodiversidade, recuperar áreas degradadas, aumentar o estoque de carbono, desenvolver boas práticas de manejo florestal e fortalecer políticas e planos voltados à conservação e recuperação e uso sustentável dos ecossistemas amazônicos.
No Brasil o projeto está sendo coordenado pelo MMA sob coordenação da Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais (SAS) junto com a Secretaria de Áreas Protegidas (SAP), em parceria com os estados do Amazonas, Acre, Pará e Rondônia e em alinhamento com os órgãos federais que atuam nessas temáticas (MMA, SFB e ICMBio).
De acordo com técnicos do Ministério do Meio Ambiente, em seu arranjo de execução, o Banco Mundial é a agência implementadora, e 3 agências executoras compartilham a responsabilidade de execução do projeto, sendo: Funbio (componente 1 – Fase 1 Arpa); Conservação Internacional – CI-Brasil (componentes 2, 3 e 4 – Fase 1); Fundação Getúlio Vargas (Componentes 1, 2, 3 e 4 – Fase 2)
Artigos
Brasília recebe mais de 480 canários-da-terra apreendidos no aeroporto da capital
Em mais uma ação conjunta em combate ao tráfico de animais, Ministério da Justiça e Receita Federal desarticulam atividade fraudulenta. Graças aos cuidados do Cetas, aves deverão voltar à natureza na próxima semana

Fonte: Ibama
Brasília (25/07/2022) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recebeu – na noite de sábado (23), na unidade do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Distrito Federal (Cetas), 482 pássaros da espécie Sicalis flaveola – popularmente conhecidos como canários-da-terra. Os animais estavam sendo transportados, no momento da apreensão, dentro de malas de uso comum. A ação contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e da Receita Federal (RF).
Logo que chegaram ao Centro, especialistas constataram que 100 destes animais não sobreviveram. Mas com o uso de técnicas de reabilitação – como alimentação adequada, hidratação e ingestão de vitaminas, por exemplo – o Instituto auxilia na plena recuperação dos pássaros sobreviventes, de modo que há uma previsão de soltura dos canarinhos na semana que vem – em um local ainda a ser definido.
O tráfico é o grande responsável pelo ônus da morte destes pássaros. Para combater os ilícitos ambientais, o Ibama conta com um canal direto onde o cidadão pode – de maneira anônima – comunicar, sugerir, elogiar e efetuar outras solicitações: acesse o Linha Verde no site do Ibama para escolher a opção de atendimento ou ligue gratuitamente para 0800 061 8080. Denuncie!
-
Artigos4 meses ago
Memorial faz festa para os povos indígenas
-
Reportagens4 meses ago
Vinicius Benevides, VP da ABAR e diretor da Adasa, participa de fórum em Lisboa
-
Artigos4 meses ago
PINHEIROS: O RIO QUE DEU MARCHA RÉ
-
Artigos4 meses ago
A RELEVÂNCIA DO PROJETO
-
Artigos3 meses ago
MARIANNE PERETTI, ADEUS.
-
Artigos3 meses ago
Museu Nacional apresenta três novas exposições
-
Reportagens4 meses ago
“Véi” é a cara do brasiliense e já virou até objeto de estudo
-
Reportagens4 meses ago
Unidades de conservação federais atingem novo recorde de visitação em 2021