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Do fone de ouvido à geladeira, lixo eletroeletrônico do DF terá ecopontos para descarte

Acordo de cooperação entre Governo Federal e Distrito Federal prevê instalação de dez pontos de coleta em oito locais da capital

 

Fogão, computador, chuveiro, churrasqueira e diversos outros itens em desuso, agora, podem ser destinados a dez ecopontos de coleta no Distrito Federal. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o governo local e associações do setor produtivo para estimular a sustentabilidade, e gerar emprego e renda.

Durante evento realizado em 24 de setembro, em Brasília (DF), um acordo de cooperação foi firmado para que o projeto inicie por oito regiões administrativas. Para facilitar a entrega voluntária, os moradores da capital podem, além de levar o material até o ponto de coleta, agendar dia e horário para recolhimento em casa. O serviço exige que os itens tenham o peso mínimo de trinta quilos.

A meta do Governo Federal é que 400 cidades tenham ecopontos até 2025. Já contam com o projeto: Florianópolis (SC), Campo Grande (MS), Vitória (ES), Manaus (AM) e Maceió (AL). Outras quatro cidades serão contempladas até novembro deste ano, de acordo com a Secretaria de Qualidade Ambiental, do MMA. São elas: Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE).

Para que o serviço seja implementado, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes devem manter toda a logística do sistema de coleta dos produtos inutilizáveis, o que inclui a manutenção do espaço, a contratação de empresas e cooperativas de reciclagem. A medida está prevista em decreto publicado, no ano passado, pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e faz parte do programa Lixão Zero, seguindo as recomendações da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O secretário de Qualidade Ambiental do MMA, André França, lembra que o serviço de recebimento do lixo eletroeletrônico também permite um retorno do equipamento em desuso para a indústria, transformando-o em um novo produto. “A iniciativa de criar as centrais de logística reversa, além de oferecer mais conveniência ao cidadão e uma opção para o descarte adequado dos resíduos, reinsere esses materiais na cadeia produtiva”, destacou.

No DF, participam do acordo a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree) e a empresa Zero Impacto Logística Reversa, onde os moradores devem solicitar o atendimento à domicílio por meio do telefone (61) 3301-3584, ou pelo site (acesse aqui).

O que pode ser descartado nos ecopontos

  • Produtos da linha branca: refrigeradores, freezers, ar-condicionado, lavadoras de louças e de roupa, secadora e micro-ondas;
  • Produtos da linha marrom: TVs, videogames, fones de ouvido, equipamentos de áudio e vídeo em geral;
  • Produtos da linha azul: batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos, furadeiras, secadores de cabelo, espremedores de frutas, aspiradores de pó e cafeteiras;
  • Produtos da linha verde: computadores desktop e laptops, impressoras, acessórios de informática, tablets, telefones celulares e fixos.

 

Onde posso entregar meu lixo eletroeletrônico no DF

    • Asa Sul – Posto Jarjour Asa Sul: SHCS SQ 210 – Eixo L (eixinho de baixo);
    • Asa Norte – Posto Jarjour Asa Norte: SHCN SQ 206 – Eixo L (eixinho de baixo);
    • Sema: SBN (Setor Bancário Norte), Quadra 2, Bloco K, Edifício Wagner;
    • Lago Sul – Posto Cascol: SHIS EPDB QI 13/QL 14 Lote 1;
    • Guará ll – Jukaf Confecções: QE 40, Rua Lote 09;
    • Águas Claras – Vitrinni Shopping: Av. Castanheiras, entre as ruas 13 e 14 Norte;
    • Águas Claras – DF Plaza Shopping:- Rua Copaíba, 01, térreo/Quiosque ZAP;
    • Taguatinga– Posto Jarjour: CSB, 08 lotes 01/05 (próximo à EPTG);
    • Santa Maria:– Sede l Zero Impacto: Trecho 01, Conjunto 05, Lote 01 Polo de Desenvolvimento JK. 
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DF entra em alerta com onda de calor e população deve manter cuidados

Capital registra temperatura 5ºC acima da média prevista para o mês de setembro. Especialistas recomendam muita água, roupas leves e pouco exercício físico ao ar livre nos períodos críticos

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Victor Fuzeira, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

 

O Distrito Federal está em alerta laranja de perigo para baixa umidade relativa do ar e para altas temperaturas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital federal vive uma onda de calor e tem registrado nos últimos dias temperaturas 5ºC acima da média prevista para o mês de setembro. A maior máxima do ano foi registrada nessa terça-feira (19): 34,5°C, no Gama.

Meteorologistas alertam que a próxima semana será ainda mais quente; população deve adotar cuidados como manter uma boa hidratação e não praticar esportes entre 10h e 16h | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O aviso emitido pelo Inmet teve início às 11h desta quarta-feira (20) e está previsto para durar, pelo menos, até o domingo (24). No entanto, os meteorologistas acreditam que a próxima semana será ainda mais quente. “Estamos observando a possibilidade de estender esse alerta para a semana que vem. A expectativa é que tenhamos uma próxima semana ainda mais quente, com temperaturas acima de 35ºC”, explica Cleber Souza, do Inmet.

O especialista explica que o país está sob o domínio do fenômeno El Niño, que altera significativamente a distribuição da temperatura da superfície do Oceano Pacífico. “A atuação desse fenômeno favorece esse episódio de temperaturas mais elevadas. Estamos sofrendo com uma massa de ar seca e quente, atuando como um bloqueio para a formação de nuvens e, consequentemente, de chuvas, e intensificando a incidência de radiação solar”, prossegue.

Em função do calor intenso e da baixa umidade, é preciso que a população se atenha aos cuidados recomendados pela Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do Distrito Federal. “As orientações são as mesmas tanto para o calor quanto para baixa umidade: que as pessoas utilizem roupas leves e que façam refeições leves, sempre mantendo uma boa hidratação. Outra dica é umedecer com frequência a região dos olhos e das narinas”, enfatiza o tenente-coronel Ricardo Costa Ulhoa, coordenador de Planejamento, Monitoramento e Controle.

Ulhoa também afirma que não é recomendada a prática esportiva ao ar livre entre 10h e 16h. “Esse horário é característico das maiores temperaturas, por isso não é recomendado fazer exercícios no período. O ideal é sempre utilizar hidratantes, protetor solar e labial durante a prática esportiva e no próprio dia a dia”, completa.

A coordenadora de Atenção Primária à Saúde, Fabiana Fonseca, afirma que a população deve ficar atenta aos sinais de desidratação. “Alguns sintomas mais comuns são fraqueza, tontura, mal estar, aquela sensação de: ‘Não sei o que tenho, mas não estou bem’. Por isso, precisamos estar mais atentos; aumentar a ingestão de água, evitar exposição ao sol e redobrar cuidados com crianças, idosos e pessoas que têm doenças crônicas”.

 

 

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Arrendatário leva multa de R$ 8,7 mil após derrubar 29 árvores nativas para plantar soja em fazenda em Santo Anastácio

Homem, de 40 anos, só tinha autorização para o corte de 10 exemplares.

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Um homem, de 40 anos, arrendatário de uma fazenda em Santo Anastácio (SP), recebeu nesta quarta-feira (20) uma multa de R$ 8,7 mil em decorrência da derrubada irregular de árvores nativas na propriedade rural.

Ele tinha autorização para cortar apenas 10 árvores, mas no local a Polícia Militar Ambiental constatou a derrubada de 29 exemplares.

Os policiais compareceram à fazenda para realizar uma fiscalização em área onde houve a supressão de árvores nativas através da emissão de Via Rápida Ambiental (VRA).

Através da comparação de imagens via satélite, foi identificado o corte de 29 árvores nativas isoladas das espécies canafístula, ipê e farinha-seca, ou seja, em desacordo com a autorização obtida, que continha apenas 10.

Segundo a polícia, o homem alegou que havia arrendado a área para o cultivo de soja e ainda admitiu que tinha feito a retirada de “algumas” árvores para realizar o plantio.

Ele recebeu um auto de infração ambiental no valor de R$ 8,7 mil por explorar qualquer tipo de vegetação nativa, mediante supressão isolada de 29 árvores, em área fora de reserva legal, de domínio privado.

 

 

 

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Distritais divergem sobre análise do STF acerca da descriminalização do aborto

Foto: Renan Lisboa/ Agência CLDF

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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, colocou em pauta a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que vai analisar a descriminalização do aborto até 12 semanas de gravidez. A decisão repercutiu na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta quarta-feira (20) e dividiu a opinião dos deputados distritais.

O deputado Thiago Manzoni (PL) foi o primeiro a abordar o tema e informou que esteve na semana passada numa manifestação contra o aborto e em defesa da vida em frente ao STF, organizada por um grupo católico. Manzoni se manifestou contra a descriminalização e, na tribuna, exibiu pequeno boneco de um feto de 12 semanas. O deputado argumentou que o feto está em formação, mas “já é um ser vivo e está em desenvolvimento”. Manzoni se disse “embasbacado” com as pessoas que defendem o direito ao abordo. “Canalhas, assassinos e covardes” foram algumas palavras usadas pelo deputado para descrever os defensores do aborto.

Na mesma linha, o deputado Pastor Daniel de Castro (PP) destacou ato no qual participou da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara dos Deputados e falou contra o aborto. O deputado também exibiu bonecos de fetos e ainda um vídeo, em que o médico e deputado federal Fernando Máximo relata o desenvolvimento do feto com 12 semanas. “Estamos diante da possibilidade da legalização do homicídio, com os homens decidindo quem pode viver ou não”, completou o deputado.

O deputado Iolando (MDB) também ocupou a tribuna e se alinhou aos colegas que o antecederam contra a possível legalização do aborto.

“Quem morre de aborto são as mulheres negras e pobres”

O deputado Fábio Félix (Psol) explicou que a ADPF 442 é uma ação de integrantes do seu partido e que tem como objetivo discutir a política pública do direito reprodutivo no País. Na opinião do deputado, o debate sobre o aborto é sempre polêmico porque a maioria das pessoas não estuda devidamente o tema. “Quando você descriminaliza o aborto, você não estimula uma prática. Você abre o debate sobre essa prática. Quem morre de aborto são as mulheres pobres, negras e periféricas”, argumentou. Para ele, a descriminalização vai possibilitar o acesso a políticas públicas e ao atendimento psicossocial.

O deputado Gabriel Magno (PT) disse que a decisão do STF sobre o tema é de fundamental importância para o País. Para ele, o que está se discutindo é o entendimento sobre normativas já existentes no Brasil. “Discutir o aborto é discutir a vida de meninas e mulheres. Em 2020, 48 meninas entre 10 e 14 anos entraram em trabalho de parto por dia neste País. O debate tem que passar pela vida dessas meninas. A maioria negras e pobres. Se acontecesse com pessoas com melhor condição, não chegaria a este ponto. A morte por aborto inseguro é a quarta causa de morte materna no Brasil”, assinalou.

Para a deputada Paula Belmonte (Cidadania) o tema é importante e “passa sim pelo viés religioso, mas principalmente pela questão educacional”. Para ela, crianças estão fazendo aborto porque existe uma sexualização precoce no País. “Não existe feto, se não houver relação sexual. Mas temos que discutir o que está acontecendo com a sexualização das jovens e a permissividade de muitos pais. Defendemos a vida dentro do ventre, mas também precisamos defender as crianças que nasceram e estão passando fome”, analisou.

Belmonte citou o caso de crianças contaminadas pelo Rio Melchior e outras que estão morrendo de fome e que não merecem a mesma atenção dos deputados. “Este debate é muito mais profundo do que um debate feminista ou religioso. É um debate da dignidade humana”, finalizou.

Luís Cláudio Alves – Agência CLDF

 

 

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