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Mais uma atração para incentivar o turismo no DF

Lançada no domingo, Rota Sobre Rodas cria percurso especial para motociclistas de todo o país

 

“Olhar o céu azul de Brasília pela viseira do capacete é uma experiência fantástica” – Vanessa Mendonça, secretária de Turismo

Mais de 600 motociclistas, representantes de 28 unidades de Moto Clube do país, participaram, neste domingo (13), do lançamento da Rota Sobre Rodas, criada pela Secretaria de Turismo (Setur). Realizado na Praça do Cruzeiro, o evento contou com show musical de Jorge Recife e Bartô Blues. Houve distribuição de adesivos e bandanas para o público.

Também foi lançado um miniguia, já disponível para download no site da Setur. “O miniguia servirá tanto para orientar os motociclistas do DF, que são muitos, quanto para oferecer sugestões de passeios e diversão turística aos que nos visitarem”, explicou a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.

 

Grupos de motociclistas fizeram o percurso por vários pontos turísticos da capital federal | Foto: Renato Braga/Setur

O circuito escolhido para o lançamento da programação foi um mix entre a Rota Concreto e a Rota Contorno do Plano. O percurso, de aproximadamente 27 km, foi feito em uma hora, com apoio do Detran e da Polícia Militar. “Olhar o céu azul de Brasília pela viseira do capacete com todos esses motociclistas é uma experiência fantástica!”, exaltou Vanessa Mendonça. “Brasília é única, é a capital do motociclismo.”

A concentração e a chegada foram na Praça do Cruzeiro, seguindo pelo Eixo Monumental até a Ponte JK, em um percurso que contemplou importantes pontos turísticos, como o Memorial JK, a Torre de TV, o Museu da República, a Catedral, o Congresso Nacional, a Praça dos Três Poderes e o Estádio Nacional.

Circuitos

A Rota Sobre Rodas é composta por quatro circuitos diferentes, com níveis de dificuldade e oportunidade de aventuras únicas, especialmente criadas para os motociclistas. Na Rota Histórica, será possível conhecer Planaltina, a mais antiga cidade do Distrito Federal. Na Rota Concreto, o mototurista poderá percorrer os locais das obras de Oscar Niemeyer.

“Agora, graças a Deus, que estamos saindo da pandemia, precisamos ativar essas rotas e aquecer o comércio” – José Aparecido da Costa Freire, presidente da Fecomércio

Já Na Rota Cênica/Aventura, o trajeto adentra o cerrado brasiliense, segundo maior bioma da América do Sul. Por fim, a Rota Contorno do Plano abrange a área do maior lago artificial urbano da América Latina, o Lago Paranoá.

Presente ao lançamento, o vice-governador Paco Britto, que também é motociclista, destacou: “Essa Rota Sobre Rodas que a Secretaria de Turismo está fazendo é mais um incentivo que vai girar a economia do Distrito Federal e trazer para o Planalto Central o conhecimento da nossa natureza e beleza”.

Durante o evento, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio), José Aparecido da Costa Freire, reforçou: “Agora, graças a Deus, que estamos saindo da pandemia, precisamos ativar essas rotas e aquecer o comércio – porque incentivando o turismo, principalmente aos domingos, teremos mais movimentação na cidade e isso vai gerar emprego e renda”.

Em parceria

“As rotas vão saciar esse desejo, e os nossos motociclistas também vão se beneficiar dos circuitos” – Juliana Jacinto, coordenadora do Capital Moto Week

O recém-lançado circuito turístico é fruto de um trabalho conjunto, elaborado por Alice Castro, Ana Flávia Coelho, Flávio Bressan, Juliana Jacinto, Pedro Affonso, Kátia Monteiro, Micheline Klein, Marcos Portinho, Rosa Cigana e Tábata Lobo – todos representantes dos movimentos de motociclismo do DF. O grupo ajudou a definir os pontos turísticos a entrarem na rota. “Sem eles, nada disso seria possível”, disse Vanessa Mendonça.

“Essa rota vai valorizar muito o turismo, tanto interno quanto para visitantes”, disse Kátia Monteiro. “Brasília tem muita moto, e todos gostamos de andar muito, porque nossa cidade parece ter sido planejada para motociclistas, com ruas e avenidas largas, boa pavimentação, espaços abertos para visitação.”

Antes da Rota Sobre Rodas, a Setur já havia lançado oito rotas: do Cerrado, Náutica, Arquitetônica, Cultural, Cívica, da Paz, Fora dos Eixos e do Rock. Todas contam com a participação de representantes dos segmentos envolvidos. “Isso é uma determinação do governador Ibaneis Rocha”, explicou a secretária de Turismo.

“Essa rota é muito importante”, ressaltou a coordenadora do Capital Moto Week, Juliana Jacinto. “Vai mostrar a beleza de Brasília. Aqui tem arte, cultura, belas atrações turísticas. Nós recebemos, anualmente, mais de 115 mil turistas motociclistas, e eles querem saber o que temos para oferecer. As rotas vão saciar esse desejo, e os nossos motociclistas também vão se beneficiar dos circuitos.”

Retomada

Brasília está entre as cidades brasileiras que mais promovem eventos, atrás apenas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Os desembarques domésticos começam a apresentar um reaquecimento, o parque hoteleiro está em plena expansão, alavancando a produção de produtos que hotéis, pousadas e afins demandam. A Rota Sobre Rodas soma atrações para a cidade.

O servidor público aposentado José Ricardo dos Santos, que anda de moto pela capital há 35 anos, também comemorou o lançamento da Rota Sobre Rodas: “Não existe nada igual no Brasil. É um roteiro inédito, pioneiro, agregando ainda mais ao turismo da cidade, já que recebemos anualmente milhares de colegas de outras partes do país e do mundo”.

Segundo as estatísticas do Detran, o número de motos cresceu 44% no DF, em 2021. Hoje, já são 439.156 motocicletas em circulação. Isso corresponde a 14% da população da capital federal, que conta com a sexta maior frota de motocicletas do Brasil. “Já estamos apoiando dois grandes eventos de duas rodas na cidade, o Brasília Moto Festival (BMF) e o Capital Moto Week”, anunciou a secretária de Turismo.

*Com informações da Secretaria de Turismo

Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

 

 

 

 

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IgesDF promove treinamentos de prevenção e manejo clínico da dengue

Palestras têm o objetivo de prepara as equipes para os desafios da doença

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Devido ao aumento dos casos de dengue no DF, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) está promovendo para seus colaboradores uma sequência de treinamentos sobre o manejo clínico da dengue.

A equipe participa das palestras de Introdução à dengue: causador, ciclo de transmissão e sintomas; Prevenção da dengue: medidas de controle do vetor, eliminação de criadouros e educação comunitária; Diagnóstico da dengue: testes laboratoriais e interpretação dos resultados; e Manejo clínico da dengue conforme protocolo institucional.

Para a organizadora do treinamento, Emanuela Ferraz, da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa, entender a dengue ajuda os funcionários a ter uma melhor noção de controle dessa doença. “O treinamento em relação à dengue desempenha um papel crucial na mitigação e controle dessa doença no Distrito Federal e em qualquer outra região afetada.”

Segundo Paulo Estevão, gerente de Ensino e Gestão do Conhecimento, os profissionais de saúde precisam estar bem treinados para lidar com casos de dengue, desde o diagnóstico até o tratamento e acompanhamento dos pacientes. “O treinamento adequado ajuda a garantir que esses profissionais estejam preparados para enfrentar os desafios associados à doença.”

O treinamento já aconteceu no Hospital Regional de Santa Maria e os funcionários do Hospital Cidade do Sol foram treinados na admissão antes de ir a campo. As palestras seguem para o Hospital de Base e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

 

Texto: Anna Beatriz Vieira

 

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Aberta chamada para programas de iniciação científica ou extensão

FAPDF vai aceitar propostas para apoio em participação em eventos, cursos de curta duração e visitas técnicas de natureza científica

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Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo

A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) abriu a Chamada Pública 03/2024, do Edital 02/2024 do Programa de Difusão Científica. É o FAPDF Participa, destinado a pesquisadores, profissionais e estudantes atuantes nas áreas de ciência, tecnologia e inovação.

Serão aceitas propostas para apoio em participação em eventos, cursos de curta duração e visitas técnicas de natureza científica, tecnológica e de inovação no país ou no exterior.

Chamada pública da FAPDF tem vigência até 31 de dezembro deste ano | Foto: Arquivo/Agência Brasília

Para participar, é necessário ter vínculo com instituições de ensino superior ou de pesquisa, públicas ou privadas. A chamada pública terá vigência até 31 de dezembro deste ano.

Para o apoio à participação em curso e eventos, é necessário que a duração seja de no máximo 15 dias. Todas as despesas referentes ao curso ou evento serão custeadas, desde que seja feita posterior prestação de contas, conforme descrito no edital.

Os critérios para a submissão das propostas podem ser acessados neste link.

*Com informações da FAPDF

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Debate reúne responsáveis pelo transporte público para tratar do sistema de bilhetagem

A comissão geral sobre o tema foi promovida pelo deputado Max Maciel

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Foto: Rinaldo Morelli/ Agência CLDF

 

A Câmara Legislativa colocou em discussão, nesta quinta-feira (14), o sistema de bilhetagem automática do transporte público do Distrito Federal. A sessão ordinária deu lugar a uma comissão geral sobre o assunto, realizada a pedido do deputado Max Maciel (PSOL). O debate contou com a participação do secretário de Transporte e Mobilidade Urbana do DF (Semob), Zeno Gonçalves; do diretor de Operação e Manutenção do Metrô/DF, Márcio Aquino; e do superintendente de Mobilidade do BRB, Saulo Nacif Araújo.

Presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Casa, Maciel reforçou seu empenho por uma “mobilidade urbana democrática e acessível, que garanta acesso à cidade para todos”. Ele relatou reclamações recorrentes na utilização dos cartões de transporte nos validadores dos ônibus, metrô e BRT, em especial por estudantes e pessoas com deficiência, e cobrou soluções para as falhas, “para ofertar um serviço confiável, ininterrupto e seguro”.

 

O secretário de Transporte, Zeno Gonçalves, relatou que, em 2018, na época do DFTrans, 70% das reclamações recebidas pela Ouvidoria diziam respeito a problemas de bilhetagem. “Esse número vem caindo. Em 2023, foram 18%. Ainda é muito. Então a gente entende o porquê de audiências como essa. Nossa meta é zerar as reclamações”, afirmou.

O chefe da pasta aproveitou para anunciar que, até a segunda semana de abril, toda a frota de ônibus do sistema de transporte contará com validadores V6, os quais prometem várias funcionalidades aos usuários, a exemplo de pagar pela passagem com cartão de crédito ou débito. Segundo informou, dos 2.957 veículos do sistema, 2.888 já contam com esses validadores de alta tecnologia.

O superintendente de Mobilidade do BRB, Saulo Nacif Araújo, lembrou que o sistema de bilhetagem automática do DF foi transferido para o Banco em 2019, após a extinção do DFTrans. De lá para cá, conforme explicou, o BRB passou a ser responsável pelo cadastramento dos usuários do transporte público (ônibus, metrô e BRT); pela emissão dos cartões; pelo controle da carga, recarga e uso dos créditos, além do atendimento aos beneficiários de gratuidades (estudantes, PcD, pessoas idosas etc.), às escolas, entre outros públicos.

Em resposta ao questionamento do deputado Max Maciel sobre as falhas no cartão do passe livre estudantil, em especial no início do ano letivo e das férias, Nacif Araújo argumentou que o problema acontece, muitas vezes, por pendências no cadastro do aluno, seja por falta de uma foto ou dos documentos exigidos. Além disso, o superintendente explicou que, eventualmente, a instituição de ensino não envia o registro da matrícula do estudante para o BRB.

Sobre o uso de cartões de crédito ou débito para pagar a passagem dentro dos ônibus, Saulo Araújo disse que a inovação está em “fase piloto”: “Por enquanto, habilitamos pouco mais de 100 ônibus da Marechal”.

A funcionalidade já foi implementada em todas as estações do Metrô-DF. De acordo com o superintendente do BRB, do total de acessos pagos no Metrô, o uso dos cartões de crédito e débito representa 10,2%. Considerando somente os acessos unitários, que são aqueles de quem não tem o Cartão Mobilidade, representa 41%.

Márcio Aquino, diretor de Operação e Manutenção do Metrô, destacou que a instalação dos validadores V6 – os mesmo que estão sendo colocados nos ônibus e BRT – em todos os bloqueios das estações e o aumento (de 30 para 110) do número de catracas contribuíram para reduzir, não apenas as filas, mas também as chamadas “abertura de cancela” – quando a entrada é liberada sem pagamento.

Aquino ressaltou ainda que, no sistema de recarga de cartões das estações de metrô, é possível realizar a recarga de créditos para os ônibus também.

Sugestões

Max Maciel realizou uma série de sugestões para sanar as falhas no sistema de bilhetagem e para facilitar o acesso aos meios de transporte de massa.

Ao secretário de Transporte, pediu uma flexibilização para o acesso dos estudantes, no período de retorno das aulas, para o beneficiário resolver eventuais pendências no cartão do passe livre. Zeno Gonçalves não deu uma resposta positiva nem negativa e se comprometeu a avaliar impacto desse prazo.

Dirigindo-se ao diretor do Metrô, o deputado sugeriu algum tipo de desconto ou bonificação para a aquisição de bilhetes para uma semana ou para um mês, por exemplo. “Isso pode incentivar o uso desse transporte no lugar do carro”, avaliou Maciel.

Por fim, o parlamentar ressaltou ser importante fazer mais pessoas aderirem ao sistema de transporte coletivo, inclusive como forma de se evitar o aumento da tarifa técnica. Para isso, ele defendeu a ideia de comercializar os cartões de transporte em locais como farmácias, bancas de revista, entre outros. Em sua opinião, isso vai facilitar, também, o uso do transporte público por turistas, que muitas vezes não sabem onde nem como comprar as passagens.

Denise Caputo – Agência CLDF

 

 

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