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Com programação diversificada, Cultura FM faz parte da história de Brasília

Em um processo de modernização, estão previstas a compra de novos equipamentos, assim como a continuidade da reformulação dos programas

 

“A Rádio Cultura ganhou atenção especial nesta gestão. Estamos apostando em sua modernização e na capacidade de ampliar seu alcance com qualidade. É um bem cultural que provoca um forte pertencimento ao brasiliense” – Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa

Há mais de 30 anos no ar, a Cultura 100,9 FM integra a história de Brasília. Praticamente todo artista da cidade já teve uma música sua tocada na rádio. O veículo público tem como missão divulgar a pluralidade da produção cultural do Distrito Federal.

“O interessante da rádio pública é que ela é independente de mercado e do poder. Não estamos disputando ranking de ouvintes. Temos a obrigação pública de colocar a diversidade cultural do DF no ar”, define o diretor da Cultura FM, Walter Silveira. No cargo desde 2019, ele tem atuado pela renovação da rádio. “Nós estamos em um projeto de revitalização da rádio, que vem de um processo de sucateamento”, avalia Silveira.

Antes improvisada na Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, a rádio ocupa atualmente o andar superior do complexo. Desde o início do governo, foram feitos serviços para melhorar a estrutura e adquiridos equipamentos, como a válvula do transmissor (expandindo a operação para todo o quadrilátero do DF); um par de links e de um processador de áudio e um software de programação. Também foi feita a instalação e revisão da antena. Esses benefícios receberam o investimento R$ 462 mil.

“A Rádio Cultura ganhou atenção especial nesta gestão. Estamos apostando em sua modernização e na capacidade de ampliar seu alcance com qualidade. É um bem cultural que provoca um forte pertencimento ao brasiliense”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

 

 

Nita Queiroz e Greta Noira produzem notícias sobre o cotidiano, serviços do DF e com assuntos do Brasil e do mundo que vão ao ar, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, a cada meia hora na Cultura FM

A expectativa agora é pela compra de novos equipamentos. De acordo com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o console de áudio e as mesas de som dependem da aprovação do Orçamento para serem viabilizados. O investimento é de R$ 61 mil.

Para a aquisição dos fones de ouvido profissionais de estúdio – estimados em R$ 15 mil – e dos equipamentos de áudio, vídeo e streaming, a secretaria faz pesquisa de preços e aguarda propostas de mercado. Já a reestruturação da rede de dados e telefonia e a criação do estúdio multimídia estão na etapa de cotação de preços para posterior execução.

“Antes disso, eu fazia uma hora de programação musical, com a música do mundo, mas não tinha locução. Repaginei e comecei a colocar pesquisa. Dar mais identidade” – Flávia Aguiar, radialista

Além disso, a programação, que já vem passando por mudanças, terá mais novidades a partir de abril, com novas e repaginadas atrações.

Programação

Servidora da rádio, a radialista Flávia Aguiar está à frente de dois programas. Em julho, ela assumiu o Matula Cultura, que é transmitido de segunda a sexta, das 11h às 14h. Já em outubro foi a vez de lançar um novo do Beira Mundo, exibido diariamente, das 7h às 8h, e com representações ao longo da programação. “Antes disso, eu fazia uma hora de programação musical, com a música do mundo, mas não tinha locução. Repaginei e comecei a colocar pesquisa. Dar mais identidade”, conta.

A mudança funcionou. Flávia tem recebido feedbacks dos ouvintes e a playlist do programa no Spotify é um sucesso. “O pessoal está adorando. As pessoas me param na rua para agradecer. É o que me faz resistir e não desistir, porque não é fácil”, completa. A servidora participou do último concurso de radiodifusão e está na Cultura FM há quatro anos.

 

O diretor da Cultura FM, Walter Silveira, afirma que a rádio passa por um projeto de revitalização, depois do processo de sucateamento

As servidoras Nita Queiroz e Greta Noira atuam na área jornalística da rádio. De segunda a sexta, das 8h até 18h, a cada meia hora, a Cultura FM tem inserções para abordar informações do cotidiano, serviços do DF e notícias sobre o Brasil e o mundo. “A rádio tem muito esse papel dentro do jornalismo de estar informando as pessoas sobre os serviços do dia a dia, como a vacinação contra a covid-19 e o pagamento do IPVA”, explica Nita.

De acordo com Greta, a equipe de jornalismo está debruçada nessa reformulação. “Vamos colocar coisas novas e trazer algumas antigas. Vamos refazer o programa Conhece DF, que são pílulas com informações sobre os pontos turísticos do DF, com serviço e um pouco da história”, adianta. A programação jornalística tem ainda o Cultura Informa, além dos boletins internacionais e nacionais, Descomplica Cultura e a Agenda Cultural.

Além da parte jornalística, Greta comanda uma atração infantil. Antes conhecida como Turminha 100,9, a atração foi rebatizada para Pipoquinha Cultura. “É um programa infantil que vai ao ar todo sábado, com reprise no domingo, só com música infantil. É algo que você não encontra em outras rádios”, avalia.

No ano passado, a Secec lançou um chamamento público para prestação de serviço voluntário na Rádio Cultura FM. Mais de 20 produtores foram selecionados. Deste, quatro estão com programas no ar e mais dois ou três programas voluntários devem entrar na programação.

Confira a programação da Rádio Cultura FM
– Cultura na Madrugada (Hugo Paiva): diariamente, de 0h às 6h
– Beira Mundo (Flávia Aguiar): diariamente, das 7h às 8h. Reapresentação de segunda a sexta, às 14h; segunda, quinta e sexta, às 21h; terça e quarta, às 22h; sábado e domingo, às 19h
– Bom dia Cultura (Daniel Mioju): segunda a sexta, das 8h às 10h
– Matula Cultura (Flávia Aguiar): segunda a sexta, das 11h às 12h
– Tarde Cultura (Helana Cusinato): segunda a sexta, das 15h às 18h
– Noite 100,9 (Daniel Mioju): segunda, quinta e sexta, das 22h às 23h; terça e quarta, às 23h
– Pipoquinha Cultura (Greta Noira e Daniel Mioju): sábado e domingo, das 8h às 8h30
– Programação musical (Hugo Paiva e Helena Cusinato): sábado e domingo, das 8h30 às 9h, das 16h às 17h e das 20h às 23h
– Barracão (Daniel Mioju): sábado, das 10h às 11h
– Reggae (Daniel Mioju): sábado e domingo, das 14h às 15h. Reapresentação na terça, das 20h às 22h
– Cultura Hip-Hop (DJ Chokolaty): sábado, das 18h às 19h. Reapresentação na sexta, das 20h às 21h
– Gramofone (Luiz Ayô): domingo, das 9h às 20h. Reapresentação na segunda, das 20h às 21h
– Nas cordas do choro (Paulo Córdova): domingo, das 11h às 12h. Reapresentação na quinta, das 20h às 21h
– O fino do samba (Cadete): domingo, das 12h às 13h. Reapresentação na quarta, das 20h às 22h

 

Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

 

 

 

 

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Cine Brasília fará exibição especial de reabertura no dia 22 de abril

Na data em que celebra 60 anos de história, espaço tradicional da cultura brasiliense terá filme sobre JK na telona

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Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

 

No marco dos 60 anos de história do Cine Brasília e em meio às comemorações do 64º aniversário da capital, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) traz uma grande novidade para os amantes do cinema. No dia 22 de abril, às 11h, o Cine Brasília reabrirá as portas com uma sessão especial, apresentando pela primeira vez nas telonas o longa-metragem JK – O Reinventor do Brasil.

O Cine Brasília será reentregue à população | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília

Produzido pela TV Cultura, o filme resgata e celebra a vida e o legado do ex-presidente Juscelino Kubitschek, responsável pela fundação da jovem capital brasileira. Narrado no estilo podcast, o documentário integra um projeto amplo da emissora dedicado ao ex-presidente, incluindo exposições e uma fotobiografia com imagens inéditas de Juscelino, figura central na história do Brasil como o fundador de Brasília e líder do país entre 1956 e 1961.

Além da exibição do filme, os visitantes do Cine Brasília poderão visitar a exposição e a fotobiografia exclusiva do ex-presidente. O evento marca não apenas a reabertura do Cine Brasília, mas também oferece aos brasilienses uma oportunidade única de explorar a trajetória inspiradora de JK e sua influência no cenário político e cultural do país.

*Com informações da Secec

 

 

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TV Câmara Distrital leva aos brasilienses o melhor da música instrumental

Lançado no dia do aniversário de Brasília, o programa será um tributo aos músicos locais. A estreia será com o Duo Mandrágora.

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Foto: Reprodução/ TV Câmara Distrital

A partir deste domingo – 21 de abril –, a TV Câmara Distrital levará ao ar o programa “Brasília Instrumental”, série de pocket shows que apresentará, a cada edição, músicos do DF em performances exclusivas. A estreia será com o Duo Mandrágora, que traz, como convidada especial, a percursionista Bety Vinyl.

Formado pelos violonistas Daniel Sarkis e Jorge Brasil, o dueto tem uma trajetória de mais de duas décadas, com temporadas em cidades brasileiras e de outros países. Na estreia do “Brasília Instrumental”, os músicos vão tocar composições autorais: “Sideral” (Brasil); “Paralelo 31” (Sarkis e Brasil); “Espiral” (Sarkis e Brasil), além de “Pega mata e come”, também da dupla.

O programa vai ao ar sempre às 21h30 de domingo e, a cada semana, será lançado um novo episódio, com duração de 30 minutos. Haverá reprises diárias – segunda, quarta e sexta, às 18h30; terças e quintas, 23h; e aos sábados, com início às 14h50.

Próximas atrações

Depois do Duo Mandrágora, será a vez do teclado de José Carrera e do contrabaixo de Paulo Dantas (28/4); de Oswaldo Amorim e Paulo André Tavares (5/5), contrabaixo e guitarra, respectivamente; Félix Junior, com seu violão 7 cordas (12/5); da gaita de Pablo Fagundes e do violão de Marcus Moraes (19/5); e da apresentação de Reco do Bandolim acompanhado do Grupo Choro Livre (26/5).

A TV Câmara Distrital é acessada pelo canal 9.3 (aberto), 11 da NET/Claro e 9 da Vivo. Também está disponível no YouTube.https://www.youtube.com/channel/UCq1lyhE02Q9I0x8gBDM9lOQ

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Programa “Brasília Instrumental”
Duo Mandrágora e Bety Vinyl
TV Câmara Distrital
Domingo (21/4), às 21h30 (com reprises)

Agência CLDF

 

 

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Anvisa discute nesta sexta regulamentação de cigarro eletrônico

Fabricação e comercialização são proibidas no país desde 2009

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A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute nesta sexta-feira (19) a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil. A reunião estava prevista para a última quarta-feira (17), mas foi adiada por causa de problemas técnicos e operacionais identificados no canal oficial de transmissão da agência no YouTube.

Desde 2009, uma resolução da agência proíbe a fabricação, comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como vape. No ano passado, a diretoria colegiada aprovou, por unanimidade, relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos e a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular, como ações de fiscalização e campanhas educativas.

Entenda

Os dispositivos eletrônicos para fumar são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, eles podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.

Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças: produtos descartáveis ou de uso único; produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém, em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; produtos de tabaco aquecido, que possuem dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, entre outros.

Consulta pública

Em dezembro, a Anvisa abriu consulta pública para que interessados pudessem participar do debate sobre a situação de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil, “com argumentos científicos e relatos relevantes relacionados ao tema”. A proposta de resolução colocada em discussão pela agência foi a de manutenção da proibição já existente. A consulta foi encerrada em fevereiro. Pouco antes do prazo ser encerrado, a Anvisa havia recebido 7.677 contribuições sobre o tema.

Perigo à saúde

Com aroma e sabor agradáveis, os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com a promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum. Entretanto, a Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.

De acordo com a entidade, nos cigarros eletrônicos, a nicotina se apresenta sob a forma líquida, com forte poder aditivo, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório. “Foram identificadas centenas de substâncias nos aerossóis, sendo muitas delas tóxicas e cancerígenas.”

Ainda segundo a AMB, o uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, além de aumentar a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio, da mesma forma que os cigarros tradicionais. Em estudos de laboratório, o cigarro eletrônico se mostrou carcinógeno para pulmão e bexiga.

Surto de doença pulmonar

Entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020, foi registrado um surto de doença pulmonar em usuários de cigarros eletrônicos. Apenas nos Estados Unidos, foram notificados quase 3 mil casos e 68 mortes confirmadas.

Congresso Nacional

Além do debate no âmbito da Anvisa, tramita no Senado o Projeto de Lei (PL) 5008/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke, que permite a produção, importação, exportação e o consumo dos cigarros eletrônicos no Brasil.

Jovens

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 22,6% dos estudantes de 13 a 17 anos no país disseram já ter experimentado cigarro pelo menos uma vez na vida, enquanto 26,9% já experimentaram narguilé e 16,8%, o cigarro eletrônico.

O estudo ouviu adolescentes de 13 a 17 anos que frequentavam do 7º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio das redes pública e privada.

Controle do tabaco

O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco. Em julho de 2019, tornou-se o segundo país a implementar integralmente todas as medidas previstas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no intuito de reduzir o consumo do tabaco e proteger as pessoas das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).

Edição: Graça Adjuto

ebc

 

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