Reportagens
Unidades de conservação federais atingem novo recorde de visitação em 2021
O resultado histórico é reflexo das ações de uso público do governo federal nos parques nacionais

Os parques nacionais brasileiros sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atingiram um novo recorde histórico de visitação e alcançaram a marca de 6,9 milhões de visitas em 2021, contra 4,4 milhões no ano anterior. A variação real da demanda no período foi de 56% nessas unidades de conservação. Os dez parques nacionais mais visitados em todo o país, em 2021, representaram 65% do total de visitas entre as 74 unidades atualmente existentes na categoria. O campeão, mais uma vez, foi o Parque Nacional da Tijuca (RJ), com mais de 1,7 milhão de visitantes (1,2 milhão a mais que em 2020).
A unidade é consagrada pela procura turística histórica, o extenso “cardápio” de oportunidades de recreação em contato com a natureza e pela infraestrutura disponível. O topo da lista abriga uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, o Cristo Redentor, e é palco da Trilha Transcarioca, pioneira da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso.
Dez parques nacionais mais visitados em 2021 no Brasil
Colocação |
UNIDADE |
TOTAL DE VISITAS EM 2021 |
1º |
PARNA da Tijuca (RJ) |
1.739.666 |
2º |
PARNA de Jericoacoara (CE) |
1.669.277 |
3º |
PARNA da Serra da Bocaina (SP/RJ) |
718.453 |
4º |
PARNA do Iguaçu (PR) |
696.380 |
5º |
PARNA Marinho de Fernando de Noronha (PE) |
532.988 |
6º |
PARNA dos Lençóis Maranhenses (MA) |
280.878 |
7º |
PARNA de Aparados da Serra + Serra Geral (SC/RS) |
256.930 |
8º |
PARNA da Serra da Canastra (MG) |
124.613 |
9º |
PARNA da Serra dos Órgãos (RJ) |
108.827 |
10º |
PARNA de Itatiaia (RJ) |
108.265 |
A lista segue com o Parque Nacional de Jericoacoara na segunda colocação, o Parna da Serra da Bocaina em terceiro lugar e o Parna do Iguaçu, que protege as famosas Cataratas do Iguaçu, em quarto, mas com os créditos de mais demandado por turistas internacionais. Também é importante destacar o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE), com praias eleitas, muitas vezes, como as mais belas do planeta e o Parna dos Lençóis maranhenses (MA), com suas grandes dunas e lagoas espalhadas por toda a extensão.
A lista contempla ainda os parques “irmãos” (e contínuos) do Aparados da Serra e Serra Geral (SC/RS), que ostentam alguns dos mais famosos cânions brasileiros, como o Itaimbezinho, e o Parna Serra da Canastra, parque nacional mineiro conhecido pelo emblemático queijo canastra e suas cachoeiras. O rol é finalizado pelos consagrados destinos de montanhismo e escalada dos parques nacionais da Serra dos Órgãos e de Itatiaia, ambos na serra fluminense.
Somada a dos parques nacionais, a demanda de outras categorias de unidades de conservação administradas pelo ICMBio, como as Áreas de Proteção Ambiental, Florestas Nacionais e Reservas Extrativistas, passou de 9,2* para 16,7 milhões de visitas (variação real de 50% no período).
*Dado de visitação total de 2020 sofreu retificação à correção do método no Parque Nacional de Jericoacoara.
APA – Áreas de Proteção Ambiental, FLONA – Floresta Nacional, PARNA – Parque Nacional, MONA – Monumento Natural, RESEX – Reserva Extrativista. OUTRAS inclui as categorias: Área de Relevante Interesse Ecológico, Refúgio de Vida Silvestre, Estação Ecológica e Reserva Biológica.
Na lista das 10 unidades de conservação mais visitadas, o destaque absoluto ficou por conta da Área de Proteção da Baleia Franca, que investiu esforços em aprimorar seu estudo de demanda turística e atingiu a marca de 7.042.228 visitas estimadas, maior resultado anual já alcançado por uma UC, correspondendo a mais de 42% da demanda total da visitação do ano em todas as UCs federais do país. O amplo território protegido pela APA inclui destinos consagrados do turismo brasileiro, como as praias dos municípios de Palhoça, Garopaba, Imbituba e Laguna, no litoral sul catarinense, além de proteger a única Reserva Mundial de Surf do país, na Praia da Guarda do Embaú e ser palco para as atividades de observação de baleias durante os meses de inverno.
Dez unidades de conservação mais visitadas em 2021 no Brasil
Colocação |
UNIDADE |
TOTAL DE VISITAS |
1º |
APA da Baleia Franca |
7.042.228 |
2º |
PARNA da Tijuca |
1.739.666 |
3º |
PARNA de Jericoacoara |
1.669.277 |
4º |
PARNA da Serra da Bocaina |
718.453 |
5º |
PARNA do Iguaçu |
696.380 |
6º |
RESEX Marinha do Arraial do Cabo |
653.857 |
7º |
APA de Fernando de Noronha |
559.638 |
8º |
PARNA Marinho de Fernando de Noronha |
532.988 |
9º |
MONA do Rio São Francisco |
471.705 |
10º |
APA Costa dos Corais |
334.437 |
Monitoramento qualificado
O resultado destaca ainda a relevância das unidades de conservação litorâneas, famosas por praias de altíssima atratividade turística, como a APA da Baleia Franca, Parque Nacional de Jericoacoara, Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo (RJ), Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha (PE), Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE) e Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais (AL/PE), para a conservação de recursos naturais e paisagísticos que justamente promovem o ecoturismo e o turismo de sol e mar, segmentos turísticos de fundamental importância socioeconômica para o país.
O trabalho de monitoramento que vem sendo realizado nas unidades de conservação é fundamental para entender a demanda e a dinâmica da visitação ao longo dos anos. Para a Coordenadora-Geral de Uso Público e Negócios, Danielli Roig, “o objetivo para o ano de 2022 é ampliar essa atividade de forma a construir resultados cada vez mais robustos para o desenvolvimento de ações que promovam a visitação e o turismo, e que contribuam para os resultados de conservação da natureza e geração de negócios”.
Arquivo RESEX Marinha de Mestre Lucindo
Ao todo, foram 145 unidades de conservação federais com demanda de visitação monitorada. Uma das novidades é a Reserva Extrativista Marinha de Mestre Lucindo, no Salgado Paraense, em que o primeiro esforço de monitoramento de visitas já estimou o total de 84.904 visitas, contemplando principalmente turistas que frequentam a região nas festas típicas, feriados, fim de semana e se hospedam na rede hoteleira local.
De acordo com a coordenadora de Planejamento, Estruturação da Visitação e do Ecoturismo do ICMBio, Roberta Barbosa, o resultado é reflexo do monitoramento, qualificação e sensibilização. “Estamos felizes em observar a importância das unidades de conservação para a retomada econômica após crise sanitária. Os números demonstram boa tendência de recuperação da visitação nos parques nacionais, especialmente com o aumento da representação das outras categorias do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Um reflexo direto de novos protocolos de monitoramento, qualificação dos dados e, inclusive, da constante e crescente procura de espaços naturais pela sociedade, sendo a visitação uma ferramenta de sensibilização para as unidades de conservação enquanto áreas protegidas”.
No caso de estações ecológicas e reservas biológicas federais, compatíveis também com a visitação com objetivos educacionais, como a visitação de alunos de escolas e universidades para fins de aulas de campo, muitas unidades registraram ausência de visitas, considerando que poucas instituições de ensino demandaram visitas no contexto da pandemia.
Acesse aqui os dados gerais de visitação.
Reportagens
Cúpula do Planetário de Brasília reabre para visitação
As atividades do local foram retomadas após serviços de manutenção no projetor analógico Spacemaster

Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
A cúpula do Planetário de Brasília reabriu para visitação em maio. O local recebeu serviços de manutenção e já voltou a receber visitantes de todas as regiões do DF, bem como de outros estados.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Amaral, afirma que a reabertura do espaço é fundamental para o fomento à divulgação científica. “O Planetário é um dos espaços de ciência e tecnologia mais importantes do Distrito Federal e exerce um papel crucial no processo de despertar o interesse de crianças e jovens pela ciência”, avalia..
De janeiro a abril deste ano, o Planetário de Brasília já recebeu mais de 20 mil visitantes. A expectativa é que esse número cresça ainda mais com a reabertura da cúpula. Atualmente, o espaço conta com a exibição de filmes e projeções sobre astronomia.
Além do conteúdo audiovisual, também é possível acompanhar exposições sobre o sistema solar e o Universo Surpreendente, bem como um espaço destinado à Agência Espacial Brasileira.
Divulgação científica
O Planetário de Brasília Luiz Cruls é um espaço público, cujo principal objetivo é estimular a divulgação científica e despertar o interesse pelo conhecimento. Podem ser feitas visitas livres ou guiadas às exposições do acervo e à cúpula, onde há projeções e exibições dos filmes sobre astronomia, cosmologia e astronáutica.
A visita é gratuita e atende a públicos de todas as idades. Localizado no Eixo Monumental, o Planetário funciona de terça a domingo, das 7h30 às 19h. Para a visita de grupos, é necessário fazer agendamento prévio pelo telefone (61) 98199-2692.
*Com informações da Secretaria de Tecnologia e Inovação Científica
Reportagens
Governo do GDF investe R$ 2,8 milhões em circuitos juninos
Disponibilizados por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, recursos abrangem apresentações e um campeonato

Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) vai destinar R$ 2,8 milhões aos circuitos de quadrilhas juninas, beneficiando 70 grupos com fomento para participar de apresentações. Só para premiar grupos e coletivos, há um aporte de R$ 600 mil.
Os investimentos são apoiados pelo decreto nº 42.315, de 20 de julho de 2021, que institui a política cultural Distrito Junino, destinada a apoiar a cadeia produtiva dos festejos desta temporada no Distrito Federal.
Os recursos serão distribuídos em dois circuitos, passando por 12 regiões, além de um campeonato entre quadrilhas que será disputado em três cidades. São pelo menos 800 pessoas envolvidas nos festejos.
De acordo com a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultura, Sol Montes, o circuito junino é o segundo maior segmento de cultura popular do país. “Os grupos populares preservam a tradição e fazem parte da identidade cultural da cidade, além de fomentar a economia criativa, com artistas, músicos, bailarinos, gastronomia e feiras”, lembra. “São milhares de famílias impactadas pelo setor”.
Espetáculo junino
Robson Vilela, mais conhecido como Fusca, é integrante de uma das quadrilhas de Ceilândia que participam dos eventos – a Sanfona Lascada, que tem mais de 40 anos de história. Ele vê o circuito como uma ferramenta de transformação de quem participa, para manter viva a cultura de São João.
“A economia criativa do DF é pulsante”, aponta. “Os grupos recebem ajuda de custo, então o fomento é importante, porque a preparação vem desde o mês de janeiro, e as apresentações vão até agosto. Além dos dançarinos, temos banda ao vivo, costureira, coreógrafo, toda uma cadeia produtiva… Até as escolas públicas e particulares são incentivadas pelas competições. Brasília compra esse espetáculo.”
A entrada para os circuitos é gratuita. Com início no dia 9, as apresentações das quadrilhas ocorrerão em Taguatinga, Ceilândia e Samambaia – sempre de sexta-feira a domingo.
Reportagens
Explorando Marte em Tempo Real: Agência Espacial Europeia Realizará Transmissão ‘Live’ do Planeta Vermelho
Evento histórico apresentará novas imagens de Marte a cada 50 segundos, proporcionando uma experiência fascinante e aproximando o público da exploração espacial.

Nesta sexta-feira, a Agência Espacial Europeia (ESA) realizará um evento inédito e emocionante: a primeira ‘live’ de Marte. Essa transmissão ao vivo trará para o público novas imagens do Planeta Vermelho a cada 50 segundos, oferecendo uma experiência única e fascinante.
A exploração espacial tem sido um dos empreendimentos mais empolgantes da humanidade nas últimas décadas. Diversas agências espaciais ao redor do mundo têm se dedicado a estudar e desvendar os mistérios de outros planetas, e Marte tem sido um dos alvos principais dessas missões. Com essa ‘live’ histórica, a ESA está abrindo uma janela para o público acompanhar de perto os avanços científicos e tecnológicos no estudo do Planeta Vermelho.
Uma das características mais intrigantes dessa transmissão ao vivo é a frequência com que as imagens serão transmitidas. A cada 50 segundos, o público terá acesso a novas informações visuais de Marte, proporcionando uma sensação quase real de estarmos lá, no solo marciano. Essa abordagem de transmissão em alta velocidade é uma conquista significativa e representa um marco importante no campo da exploração espacial.
A transmissão ao vivo de Marte não se trata apenas de compartilhar imagens impressionantes com o público. Ela também tem um propósito científico fundamental. Os cientistas da ESA poderão analisar as imagens em tempo real e obter informações valiosas sobre a superfície, a atmosfera e outros elementos do planeta. Esses dados serão essenciais para a compreensão mais aprofundada de Marte, além de subsidiar futuras missões espaciais e aperfeiçoar a tecnologia empregada nessas empreitadas.
A ESA tem desempenhado um papel vital na exploração espacial e na ampliação do conhecimento humano sobre o universo. A agência já lançou várias missões para Marte, como a Mars Express e a missão ExoMars, que têm sido cruciais para expandir nossa compreensão do Planeta Vermelho. Com a primeira ‘live’ de Marte, a ESA fortalece ainda mais seu compromisso com a divulgação científica e a exploração espacial acessível ao público.
Esse evento emocionante também pode despertar o interesse de novas gerações para a ciência e a exploração espacial. Ao permitir que as pessoas acompanhem as descobertas e os avanços em tempo real, a ESA pode inspirar jovens estudantes a seguirem carreiras científicas e tecnológicas. A divulgação de informações precisas e cativantes sobre o espaço pode desempenhar um papel crucial na formação de futuros cientistas, engenheiros e astronautas.
A primeira ‘live’ de Marte da Agência Espacial Europeia é um marco na história da exploração espacial e na forma como o público se envolve com essas missões. Essa transmissão ao vivo, com suas imagens em alta velocidade, nos aproxima do Planeta Vermelho como nunca antes. Acompanhar as novas descobertas e observar a beleza intrigante de Marte nos conecta com o cosmos e nos lembra da nossa busca incessante por conhecimento e exploração.
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