Reportagens
BRB assume o autódromo e vai investir R$ 60 milhões na reforma
Fechado desde 2014, espaço que pertencia à Terracap, após as obras, será devolvido à população

Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
“Agora é iniciar as obras para que a gente volte a contar com o automobilismo na nossa cidade e fazendo com que Brasília seja um celeiro de grandes competidores, assim como foi o Nelson Piquet”Governador Ibaneis Rocha
Mais uma importante etapa para a reabertura do Autódromo de Brasília foi vencida nesta quinta-feira (12). A assinatura da transferência do equipamento público da Terracap para o BRB e a autorização das obras cravam um novo passo para que o local volte a receber provas de automobilismo e seja transformado em uma arena multiúso.
Pelo acordo, o BRB vai investir R$ 60 milhões no autódromo e ficará responsável pelo local por 30 anos. O banco também assume os direitos de nome do autódromo, a exemplo do que já ocorre com o estádio Mané Garrincha e o ginásio Nilson Nelson.
O valor permitirá a devolução do espaço aos amantes da velocidade, que aguardam por esse momento desde 2014, quando o equipamento público foi fechado. Gradualmente, o banco vai reformar e criar novos espaços, incluindo um novo kartódromo.
“Trabalhamos durante um ano nesse projeto e chegamos hoje à conclusão desse processo”, declarou o governador Ibaneis Rocha. “Agora é iniciar as obras para que a gente volte a contar com o automobilismo na nossa cidade e fazendo com que Brasília seja um celeiro de grandes competidores, assim como foi o Nelson Piquet, que está aqui conosco hoje.”
As obras
Em um primeiro momento, a pista de competição será reformada, as defensas metálicas e as barreiras de pneus serão trocadas e as arquibancadas, modernizadas. Tudo para entregar uma estrutura mínima que possibilite o retorno das provas.
Na sequência, o BRB vai reconstruir a área de boxes, criar um novo kartódromo e também fazer estruturas auxiliares ao complexo do autódromo, entre essas um espaço para entidades voltadas a esporte, saúde e comércio, federações, associações, academias e concessionárias de veículos.
Quando a primeira etapa da obra for entregue, será solicitada a homologação da pista junto às confederações competentes para que o espaço receba, gradualmente, as competições nacionais e internacionais.
“É um passo preponderante para o início da reforma do autódromo”, explicou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. “Que Brasília volte a sediar grandes competições de automobilismo e motociclismo! Assinamos hoje dois contratos. Um é a transferência da gestão do autódromo da Terracap para o BRB e outro, com o DER [Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal], que autoriza o início das obras.”
O presidente da Terracap, Izídio Santos, reforçou: “Esse termo de cooperação foi a forma encontrada para que a gente pudesse devolver o autódromo à população. O BRB desenvolveu um plano que engloba melhorias e ações no autódromo e agora vai executá-lo. O patrimônio é da Terracap e está sem uso desde meados de 2013 e 2014. Por isso buscamos neste governo essa integração para, juntos, devolvermos o espaço à população”.
Parceria
Inaugurado em 1974, o Autódromo Internacional Nelson Piquet tem cerca de 727 mil m² e pista com 5,4 km de extensão. Parceiro na construção da pista, o DER volta a ser convocado para a reconstrução desse espaço.
“É mais um desafio que o DER assume, o de reconstruir o pavimento do autódromo para que nos próximos meses ele possa receber competições”, lembrou o diretor-geral do departamento, Fauzi Nacfur Júnior.
“Devolver o autódromo para Brasília reforça o compromisso do BRB de atuar como um banco público, cumprindo seu papel social, de fomento e de desenvolvimento em sua área de atuação”Paulo Henrique Costa, presidente do BRB
A assinatura contou com presenças importantes, como o ex-presidente da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, e o tricampeão da Fórmula 1, Nelson Piquet – que elogiou o empenho na reabertura do espaço de competições automobilísticas da capital federal.
“De um tempo para cá, as decisões de alguns governadores praticamente acabaram com o autódromo”, disse Piquet. “Hoje é um dia de alegria para Brasília. Vocês não podem imaginar o que o automobilismo influência em uma cidade, em um país.”
A volta do autódromo
“É uma devolução de algo que foi tirado anos atrás da cultura de Brasília, e agora, com muita dedicação deste governo, está sendo devolvido à cidade”Vítor Moreira, ex-piloto
Nesses 48 anos, o Autódromo de Brasília recebeu provas como a Fórmula 3 Sul-Americana, Gran Turismo, Fórmula Truck, Stock Car, Brasileiro de Motociclismo e muitas outras. Agora, o trabalho é pela retomada do funcionamento, trabalho que é fruto de uma parceria entre o BRB, a Agência de Desenvolvimento (Terracap) e o DER. O banco assumiu a gestão do espaço, que pertencia à Terracap.
“Devolver o autódromo para Brasília reforça o compromisso do BRB de atuar como um banco público, cumprindo seu papel social, de fomento e de desenvolvimento em sua área de atuação”, ressaltou o presidente do banco. “Mais que que um local para corridas de carros e motos, vamos reativar o espaço com uma arena multiúso, capaz de atender ao público para shows e eventos, praticantes de ciclismo e corrida de rua, além de abrigar um kartódromo de padrão internacional.”
O ex-piloto Vítor Moreira aproveitou para lembrar: “É uma devolução de algo que foi tirado anos atrás da cultura de Brasília, e agora, com muita dedicação deste governo, está sendo devolvido à cidade, às pessoas, aos trabalhadores, aos entusiastas do esporte. Esse autódromo nunca foi cuidado como está sendo. As conversas no meio automobilístico são muito positivas e de muito orgulho [pela retomada das atividades]”.
O sentimento de otimismo pelo retorno do autódromo é compartilhado pelo presidente da Federação de Automobilismo do DF (FADF), Renato Constantino. “O setor está parado há quase oito anos”, disse. “Com isso, muitas equipes foram desfeitas, pilotos abandonaram o esporte, lojas de materiais esportivos voltadas ao automobilismo fecharam, o setor produtivo deixou de faturar o que em finais de semanas de corridas aumentava as vendas em torno de 8% em um único final de semana. Só com o anúncio de retorno das atividades, várias equipes e pilotos nos pediram filiações e o calendário das provas que serão disputadas aqui”.
Reportagens
Campanha ‘Mulher, não se cale!’ chega aos terminais rodoviários do DF
Locais de grande circulação vão receber iniciativa que fornecerá informações e orientações sobre como enfrentar e denunciar a violência de gênero

Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader
A partir do dia 12, quem passar pela Rodoviária do Plano Piloto e pelos diversos terminais de ônibus no DF poderá receber informações e orientações sobre como combater e denunciar a violência de gênero. Essa é a proposta da campanha Mulher, não se cale!, promovida pela Secretaria da Mulher (SMDF) em parceria com o Instituto Inside Brasil.
A campanha faz parte das ações do Governo do Distrito Federal (GDF) para enfrentar uma das maiores violações dos direitos humanos, que afeta milhares de mulheres todos os anos. Segundo a Lei Maria da Penha, a violência doméstica e familiar contra a mulher – física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral – pode causar danos graves à saúde e à dignidade das vítimas e até levar à morte.

Para prevenir e combater esse tipo de violência, a campanha vai levar informação e conscientização às mulheres que circulam na Rodoviária do Plano Piloto e nos terminais de ônibus do Setor O e Setor QNQ/QNR, ambos em Ceilândia, além de percorrer Brazlândia, Gama Central, Planaltina, Samambaia Sul e Norte, Sobradinho, Santa Maria Sul, Guará, Riacho Fundo e Riacho Fundo II, com ações culturais nas feiras de Planaltina, Guará e Vicente Pires.
A campanha vai incentivar não somente as mulheres que sofrem ou testemunham essas violências a não se calarem e denunciarem os agressores, mas também terceiros, que podem fazer a denúncia anônima. O número para denúncia é o 180, que funciona 24 horas por dia, com ligação gratuita. As mulheres também podem procurar apoio nos órgãos especializados, como as delegacias da mulher, os centros de referência e a Casa Abrigo.
“Comunicar, especialmente sobre as diversas formas de violência, é uma forma de interromper o ciclo de violência em que muitas mulheres estão inseridas”Giselle Ferreira, secretária da Mulher
Para a secretária da mulher, Giselle Ferreira, campanhas em locais de grande circulação têm o potencial de envolver a comunidade e mobilizar esforços coletivos na luta contra a violência doméstica. “A informação empodera as mulheres. Comunicar, especialmente sobre as diversas formas de violência, é uma forma de interromper o ciclo de violência em que muitas mulheres estão inseridas. Além disso, contribui para que identifiquem os sinais de abuso e busquem ajuda antes que a situação se agrave”, destaca.
O secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Flávio Murilo Prates, destacou a importância da campanha para os usuários do transporte público coletivo. “A Semob tem realizado campanhas de combate ao assédio e à importunação sexual dentro dos ônibus e uma campanha mais abrangente, como esta da Secretaria da Mulher, nas rodoviárias e estações do Metrô, permite que mais pessoas se informem e conscientizem sobre a necessidade de combater e denunciar todo tipo de violência contra a mulher”, afirmou.
O lançamento da Mulher, não se cale! será às 10h, na Rodoviária do Plano Piloto. A iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Transporte e Mobilidade e durante o período de ativação, que vai até o dia 3 de fevereiro de 2024, serão realizadas diversas ações, como distribuição de materiais informativos, exposição de cartazes e banners, entre outras.
Mulher, não se cale!
A Secretaria da Mulher (SMDF) realizou a primeira fase da campanha, em parceria com o Metrô-DF, em 28 de agosto deste ano, na Estação do Metrô Galeria. A ação ocorreu até 27 de outubro e esteve presente em dois trens e nas estações do DF de forma itinerante.
A SMDF alcançou diretamente cerca de 100 mil usuários do metrô, e 130 mil pessoas indiretamente, levando ações de conscientização e prevenção da violência contra a mulher com ações presenciais em cinco estações e com comunicação visual nos trens de 18 estações do Metrô-DF.
*Com informações da Secretaria da Mulher
Reportagens
Garantir padrão de Declaração Universal dos Direitos é desafio atual
Carta de princípios, com 30 artigos, completou 75 anos nesse domingo

A Declaração Universal dos Direitos Humanos – carta de princípios a ser seguida no mundo inteiro para garantir vida digna a todas as pessoas – completou 75 anos nesse domingo (10). O texto foi aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU), criada na época e ainda abalada pelos horrores da Segunda Guerra Mundial. Anos depois, ainda é um desafio para muitos alcançarem os parâmetros estabelecidos pelo documento.
“Se realmente existem os direitos humanos, por que não estão na prática? Por que não servem para todo mundo? Para o índio? Para os quilombolas? Cadê nossos direitos?! Onde foram parar?!”, questiona Gleide Farias, líder comunitária de Porto de Areia, favela que fica em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, a cidade mais rica do Brasil. “O direito está aí, que é para todos terem moradia digna neste Brasil, e é por isso que sou uma liderança.”
Em Porto de Areia vivem cerca de mil famílias que convivem com falta de infraestrutura, saneamento, água e energia. A comunidade surgiu no início dos anos 2000, depois que as famílias perderam tudo em um incêndio em outra favela, no centro de São Paulo. A saída foi ocupar o terreno vazio entre uma antiga cava de mineração e um lixão. Lutar por direitos faz parte do cotidiano da comunidade, direitos que, segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, já deveriam estar assegurados, de acordo com o compromisso firmado há 75 anos pelos países que integram as Nações Unidas, entre eles o Brasil.
“É de primordial importância que tenhamos em mente o caráter básico desse documento. Não é um tratado. Não é um acordo internacional. Não é e não pretende ser uma declaração de lei ou obrigação legal”, declarou Eleonor Roosevelt no dia da aprovação do texto em 10 de dezembro de 1948. A ex-primeira dama dos Estados Unidos presidiu a comissão que elaborou a declaração. Coube a ela explicar o caráter do documento: não se trata de uma lei, mas de um compromisso.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada por 50 dos 58 países que integravam as Nações Unidas naquele momento. Oito se abstiveram e ninguém votou contra.
Direitos
A declaração conta com 30 artigos. O primeiro garante que todos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. O segundo explica que esses direitos não distinguem raça, cor, sexo, idioma, religião ou opinião política. Depois garante que todos têm direito à vida, à liberdade e à segurança, e que ninguém pode ser escravizado e nem ser submetido a tortura. Ninguém pode ser detido, preso ou desterrado arbitrariamente. E todos têm direito a julgamentos justos nos tribunais.
O texto também diz que as pessoas têm direito à propriedade e que os espaços privados não podem ser violados. Garante ainda que todos têm direito a uma nacionalidade, a circular livremente e eleger seus representantes e que, em caso de perseguição, de buscar asilo. Prevê ainda que as pessoas têm direito a se casar, desde que na idade adequada. Que o direito à liberdade de pensamento e religião é garantido, assim como à livre opinião e livre associação.
A declaração destaca que cada pessoa tem direito à segurança social, à cultura e às artes, à educação, ao trabalho livre e ao descanso, e a condições de vida adequadas com casa e comida que garantam a saúde e o bem estar. E determina como obrigação o respeito aos direitos dos outros seres humanos.
Para todas e todos
“É uma declaração de princípios básicos de direitos humanos e liberdades que deve servir como padrão para todos os povos de todas as nações”, completou Eleonor Roosevelt. Mas nem todos conseguem ter acesso a esse padrão.
“A gente mora numa comunidade. Cadê o direito à água? Cadê o direito à luz? Cadê o direito dos meus filhos, dos filhos dos meu vizinho de ter uma escola boa? Cadê? Onde foram parar esses direitos?”. As questões de Gleide mostram os desafios que não só o Brasil, mas o mundo todo, precisa enfrentar para fazer valer o documento.
Isso não significa, no entanto, que só porque nem tudo o que foi escrito virou realidade, a declaração não seja importante. Pelo contrário. “Eu acho que a gente tem que entender, em primeiro lugar, que direito não é algo em essência. Direito é uma conquista coletiva ou é um processo coletivo de reconhecimento. Às vezes, a gente pensa que o direito é algo que está dado, que é facilmente reconhecido e não é”, diz o historiador e ativista Marcos Tolentino, pesquisador de direitos humanos, gay e HIV positivo.
Tolentino destaca que, entre a teoria e a prática, é preciso que existam pessoas como a Gleide. “Quais os processos que estão envolvidos na afirmação de um direito, no reconhecimento, em uma demanda por direito? Que é fruto de processos culturais, sociais, mas, principalmente, de processos de articulação de setores da sociedade civil. O Estado não acorda um dia e fala assim: tem um direito aqui que a gente acha que está faltando. Você precisa de toda uma articulação social, é sempre esse processo de articulação social, de possibilidade também de articulação política.”
Edição: Graça Adjuto
ebc
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Agricultura de SP reúne produtores rurais para 1º Concurso Estadual da Cachaça Paulista
Durante o evento, o secretário de Agricultura do Estado também anunciará um programa destinado à produção de orgânicos e agroecológica

Do Portal do Governo
O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), promove um grande evento em sua sede na próxima quarta-feira (13) para lançar o 1º Concurso Estadual de Qualidade da Cachaça Paulista “Cachaça.SP”.
Na solenidade que inicia a partir das 14h, o secretário Guilherme Piai vai apresentar o novo plano de ações para incentivar a produção de orgânicos no Estado, o PLEAPO.
O objetivo do Cachaça.SP é avaliar, valorizar e divulgar a tradicional bebida produzida no Estado de São Paulo. Além disso, visa estabelecer um importante referencial de qualidade para os consumidores.
A organização do concurso conta com participação de toda a Secretaria de Agricultura, da extensão rural através da CATI, da área de pesquisa com a APTA Regional, Defesa Agropecuária e de toda a cadeia produtiva que faz parte das Câmaras Setoriais.
Na ocasião, o secretário vai anunciar a primeira edição de seu Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (PLEAPO), em prol do desenvolvimento da produção de alimentos livres de defensivos químicos, incentivando a certificação das propriedades rurais, que consequentemente, facilitará o acesso a novos mercados e a linhas de créditos específicas.
Durante o evento, também serão abordados os seguintes temas:
– Sementes orgânicas e bioinsumos – Fernando Alves, Cati Sementes e Mudas
– Aplicativos para compras públicas orgânicas e preços – Diógenes Kassaoka, Codeagro
– Projeto Vinhedo Agroecológico – Wilson Tivelli, APTA Regional
– Pleapo – Construção e importância – Araci Kamiyama, Cati
O evento contará também com a presença de oito cadeias agrícolas, que vão expor seus produtos para venda e degustação, como mel, café, queijo, leite, ovos e derivados, frutas e produtos artesanais do agro paulista. O secretário estará aberto a perguntas de jornalistas no final.
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