Reportagens

Feira apresentará tecnologias e boas práticas a produtores rurais

Durante o evento, que começa nesta terça-feira (17), Emater-DF vai orientar sobre medidas que garantem mais qualidade dos alimentos e economia no campo

 

Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

 

O circuito de Saneamento Rural e Segurança Alimentar vai oferecer uma verdadeira maratona de conhecimento ao visitante do Espaço da Emater-DF durante a AgroBrasília, que começa nesta terça-feira (17) e será realizada até o dia 21 deste mês, no PAD-DF. Serão apresentadas dez tecnologias que visam melhorar a qualidade de vida do produtor rural, garantir a segurança alimentar e a adoção de boas práticas agrícolas.

Os produtores vão aprender como fazer e pintar as paredes e muros com tinta de terra e deixar o ambiente mais bonito e protegido termicamente. Tudo isso é possível pagando menos de 25% do valor das tintas convencionais e utilizando apenas três ingredientes: terra, cola e água

Os produtores rurais poderão aprender sobre temas como a implementação de coleta seletiva na propriedade, identificando resíduo reciclável, rejeitos e resíduos orgânicos. Também  será mostrado como fazer uma composteira domiciliar a partir dos resíduos orgânicos. O participante da feira vai aprender ainda como instalar tanque de evapotranspiração, além de obter informações sobre funcionamento e cuidados com tanque séptico com biofiltro, biodigestor, caixa de gordura, sumidouro, vala de infiltração e círculo de bananeiras.

A coordenadora do Circuito de Saneamento Rural e Segurança Alimentar da Emater-DF, Ana Paula Rosado, lembra que essas tecnologias despertaram o interesse de parlamentares na destinação de emendas para a execução de projetos, como o de instalação de sistemas de esgotamento sanitário nas propriedades rurais atendidas pela empresa.

Além das opções de saneamento rural, o agricultor receberá informações sobre identificação, valor nutricional e formas de utilização na alimentação de Plantas Alimentícias não Convencionais (Panc), plantas medicinais, horta e pomar

“A Emater é uma empresa de assistência técnica e extensão rural e trabalha para o desenvolvimento rural e segurança alimentar. Assim, é de extrema importância trabalharmos no circuito com tecnologias relacionadas ao saneamento rural. Elas podem trazer benefícios para a saúde do agricultor e de sua família, para a qualidade do alimento que está sendo produzido ali e para o meio ambiente”, disse Ana Paula.

“Serão apresentadas também tecnologias que buscam promover a segurança alimentar e nutricional do agricultor e de sua família. Tudo isso tem uma profunda relação com a missão da empresa”, acrescentou.

A extensionista rural e também coordenadora do circuito Danielle Amaral ressaltou a importância do resgate de uma alimentação com menos produtos industrializados e mais alimentos produzidos na propriedade por meio de horta e pomar, valorizando seu consumo pela família, promovendo a segurança alimentar e nutricional e, ainda, economia.

Quintal produtivo

Além das opções de saneamento rural, o agricultor receberá informações sobre identificação, valor nutricional e formas de utilização na alimentação de Plantas Alimentícias não Convencionais (Panc), plantas medicinais, horta e pomar.

As Panc são aquelas espécies vegetais que possuem uma ou mais partes alimentícias, porém não estão inseridas no consumo diário pela população, seja por costume, seja por desconhecimento. Algumas dessas plantas são tidas como “mato”, pois podem nascer de forma espontânea, embora possam ser cultivadas, tendo em vista o baixo custo de plantio, sabor e valor nutricional.

Azedinha, beldroega, capuchinha, peixinho, ora-pro-nóbis, serralha, taioba, vinagreira e chaya são algumas das opções de  Panc apresentadas no circuito, assim como as formas de utilização na alimentação e o valor nutricional de cada uma.

O produtor que visitar o circuito de Saneamento Rural e Segurança Alimentar e Nutricional também aprenderá sobre a importância de um quintal produtivo, com arvores frutíferas, hortaliças e plantas medicinais como fonte de alimentação com variedade, qualidade e riqueza nutricional para a promoção da saúde da família rural.

A infraestrutura da propriedade está diretamente relacionada à qualidade de vida dos moradores e de uma produção com qualidade. Dessa forma, aspectos como organização, limpeza e higiene são fatores que devem ser considerados.

Dentro da programação do circuito, os produtores vão aprender como fazer e pintar as paredes e muros com tinta de terra e deixar o ambiente mais bonito e protegido termicamente. Tudo isso é possível pagando menos de 25% do valor das tintas convencionais e utilizando apenas três ingredientes: terra, cola e água.

Finalizando a maratona de aprendizado, o produtor rural receberá informações sobre boas práticas agrícolas com foco na organização da propriedade rural. Assim, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) durante plantio e colheita e a forma correta de armazenar ferramentas, insumos e produção serão alguns dos tópicos dessa etapa.

*Com informações da Emater-DF

 

 

 

 

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Reportagens

CLDF celebra Dia Nacional do Surdo com homenagens acessíveis

Foto: Renan Lisboa/ Agência CLDF

Publicado

em

 

O Dia Nacional do Surdo, comemorado nesta terça-feira (26), foi celebrado antecipadamente hoje em sessão solene na Câmara Legislativa, promovida pelo gabinete do deputado Iolando (MDB). O distrital é autor da Lei 7279/2023, que torna indeterminada a validade dos laudos médicos às pessoas com deficiência, o que as desobriga a apresentarem novos laudos para terem acesso a serviços públicos, benefícios fiscais e assistência social.

O parlamentar enfatizou a importância de garantir acesso à políticas públicas voltadas para a inclusão produtiva e social, como a educação de qualidade, oportunidade de empregos, atendimento de saúde adequada mas, acima de tudo, o respeito.

“A inclusão produtiva é essencial para que os surdos possam contribuir ativamente para a economia e para a sociedade. Precisamos criar ambientes de trabalho acessíveis, promover a capacitação profissional e incentivar a contratação de pessoas surdas”, explicou o Iolando.

O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos, comentou sobre os projetos dentro da Secretaria, como a Central de Interpretação de Libras, que atende a parcela da população surda on-line sobre os serviços do GDF, e as centrais de emprego e do esporte.

“É importante mudar a história da comunidade surda, mas para isso precisamos, principalmente, ouvir essa comunidade. Queremos uma Brasília de todos e para todos”, relatou o secretário.

Igualdade no lazer

Para dar início aos trabalhos da sessão, foi chamado o diretor de acessibilidade comunicacional da Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF, Valdemar Carvalho, que fez uma apresentação na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), com tom satírico sobre os diferentes tipos de deficiência e as problematizações que sofrem, como as promessas de cura.

Também se apresentaram alunos da Escola Bilíngue, Libras e Português Escrito de Taguatinga, com uma interpretação, também em Libras, do conto Cachinhos Dourados. A Companhia de Dança Libras em Cena também fez sua participação com três apresentações ao final da sessão.

Elogiando as apresentações e defendendo que a população surda também deve ter respeitada sua maneira de aproveitar o lazer, o deputado Iolando ressaltou: “É preciso lembrar que a língua de sinais não é apenas uma forma de comunicação, mas também uma expressão cultural rica e diversificada”.

Dentre outros que estiveram no evento, marcaram presença o secretário-executivo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman; a subsecretária da Secretaria de Educação; professores de Libras da Escola Bilíngue de Brasília, da Universidade de Brasília; e um representante do Ministério da Educação.

Vinícius Vicente (estagiário) – CLDF

 

 

Continue Lendo

Reportagens

15 anos da Lei Seca: Brasília está entre capitais com mais motoristas embriagados

Apenas Belo Horizonte (MG) tem maior número de flagrantes. Em 90% dos dias, durante 15 anos, houve pelo menos uma infração no DF, totalizando 36 mil notificações.

Publicado

em

 

Em 15 anos da Lei Seca, Brasília ficou em segundo lugar em relação às capitais com o maior número de infrações. Foram 36.386 flagrantes registrados.

Brasília só perde para Belo Horizonte. A capital mineira somou 47.561 infrações.

Os dados, divulgados nesta segunda-feira (25), são da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), vinculada ao Ministério dos Transportes. Segundo o levantamento, a capital federal também somou o maior número de dias com registro de motoristas embriagados flagrados ao volante.

Conforme os dados, em 90,2% dos dias compreendidos no período de 15 anos, houve, ao menos, uma notificação na capital federal. Ou seja, em 4.943 dias houve uma infração à Lei Seca no DF, o equivalente a cerca de 13 anos.

Veja o ranking nacional das capitais com maior número de infrações:

  1. Belo Horizonte (MG)
  2. Brasília (DF)
  3. São Paulo (SP)
  4. Rio de Janeiro (RJ)
  5. Porto Velho (RO)
  6. Curitiba (PR)
  7. Rio Branco (AC)
  8. Manaus (AM)
  9. Goiânia (GO)
  10. Cuiabá (MT)
  11. Recife (PE)
  12. Macapá (AP)
  13. Campo Grande (MS)
  14. Porto Alegre (RS)
  15. Boa Vista (RR)
  16. Natal (RN)
  17. São Luiz (MA)
  18. Fortaleza (CE)
  19. Maceió (AL)
  20. Teresina (PI)
  21. João Pessoa (PB)
  22. Salvador (BA)
  23. Florianópolis (SC)
  24. Aracaju (SE)
  25. Belém (PA)
  26. Vitória (ES)
  27. Palmas (TO)
Continue Lendo

Reportagens

Ministro Carlos Fávaro pede apoio da Embrapa para fortalecer a imagem da agricultura brasileira

Da esquerda para direita: Selma Beltrão, Carlos Favaro, Silvia Massruhá, Ana Euler e Alderi Araújo

Publicado

em

 

Em reunião na sede da Empresa em Brasília, ele conversou com gestores das 43 Unidades de pesquisa de todo o Brasil

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura da segunda reunião de gestores com a nova Diretoria da Embrapa nesta segunda-feira (25/9) na Sede da Empresa, em Brasília, DF. Na oportunidade, ele solicitou aos 43 chefes de Unidades presentes ao evento apoio para enfrentar o maior desafio imposto hoje à agricultura brasileira: a valorização da sua imagem em nível mundial. Segundo o ministro, é fundamental mostrar aos outros países que as práticas adotadas por 80% dos produtores no Brasil são desenvolvidas sob bases sustentáveis e tecnológicas, graças ao aporte científico da Embrapa.

Fávaro destacou que fortalecer a imagem do agro brasileiro é fundamental para aumentar as exportações do País. Nesse sentido, ele apontou ainda como demanda fundamental continuar investindo em ações de PD&I voltadas à rastreabilidade e em métricas que mensurem a emissão de carbono. “O mercado hoje é pautado por exigências que comprovem a origem e a sustentabilidade das nossas entregas”, pontuou.

O ministro citou como exemplo a cadeia produtiva do algodão, que une sustentabilidade, tecnologia e qualidade, garantindo ao Brasil o segundo lugar no ranking de exportação mundial. “A certificação ao longo de toda a cadeia e a qualidade da fibra podem fazer com que o País ultrapasse os Estados Unidos na exportação do produto em nível mundial. É esse modelo que temos que estender às outras cadeias produtivas”, observou Fávaro.

Outro exemplo de sucesso é a carne de frango, mercado no qual o Brasil se destaca como o maior exportador mundial. A sustentabilidade dessa cadeia é o diferencial, como explicou o ministro, lembrando que o País se mantém como segundo maior produtor, utilizando metade da água e da energia utilizadas nos países europeus.

Fávaro destacou ainda que está em negociação com o Vietnam e Israel para aumentar os mercados de exportação para os produtos agrícolas brasileiros. Israel é hoje o maior consumidor de carne de frango do mundo, com 60 kg por habitante/ano.

Os próximos 50 anos

O ministro destacou a relevância da pesquisa agropecuária para o crescimento desse setor ao longo dos últimos 50 anos. Graças à Embrapa e às instituições de pesquisa e ensino, saímos de importador de alimentos na década de 1970 para um dos maiores players do agro mundial. A ciência por trás do agro garantiu um aumento de 580% na produtividade brasileira.

“Nosso desafio para os próximos 50 anos é manter esse alto nível de produção sob bases cada vez mais sustentáveis, com foco em automação e outras tecnologias que levem as soluções com qualidade e rapidez ao setor produtivo”, ressaltou Fávaro.

Outro foco é em tecnologias capazes de transformar áreas degradadas em produtivas. Os sistemas que integram lavoura, pecuária e florestas são estratégias de produção sustentáveis que vêm despertando a atenção de outros países. De acordo com o ministro, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, sigla em inglês) quer investir cerca de 1 bilhão de dólares em arranjos produtivos desse tipo na Amazônia.

Bioeconomia e COP

Durante a abertura, os chefes-gerais das Unidades levantaram questões prementes no cenário atual, como a bioecnonomia na Amazônia. Segundo eles, a realização da COP30 na região será uma vitrine para mostrar ao mundo as ações de PD&I da Embrapa em prol da bioeconomia no bioma.

A diretora de Negócios, Ana Euler, destacou as iniciativas da Embrapa voltadas à preparação para o evento, como o Pré-COP e o Café Amazônico, entre outras. O objetivo é discutir eixos estratégicos para o desenvolvimento sustentável, envolvendo cooperação com as demais instituições de pesquisa e ensino que atuam no bioma.

Segundo Euler, de agora até a COP, precisamos mostrar ao mundo a força da ciência na região amazônica.  “Temos 220 tecnologias desenvolvidas para 50 cadeias produtivas”, ressaltou a diretora. Hoje, a Embrapa mantém nove Unidades de pesquisa na Amazônia legal, com 337 pesquisadores, sendo 89% com pós-doutorado.

Outros temas, como PAC, concurso e a sustentabilidade das cadeias do leite e da carne, também foram levantados durante o evento.

Os diretores Clenio Pillon, Selma Beltrão e Alderi Araújo, além de muitos dos chefes de Unidades presentes, agradeceram pela volta do PAC. Segundo Pillon, essa estratégia será fundamental para revitalizar os campos experimentais da Embrapa distribuídos por todo o Território Nacional, inclusive com tecnologias de automação.

A importância do fortalecimento das ações de assistência técnica e extensão rural em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar foi outro ponto debatido.

Fernanda Diniz (MtB 4685/DF)
Superintendência de Comunicação (Sucom)

Contatos para a imprensa

Telefone: (61) 3448-4364

 

Continue Lendo

Reportagens

SRTV Sul, Quadra 701, Bloco A, Sala 719
Edifício Centro Empresarial Brasília
Brasília/DF
rodrigogorgulho@hotmail.com
(61) 98442-1010