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Sustentabilidade e crescimento são compatíveis nas viagens aéreas de hoje?

*Por Carlos Vianna, Head de Desenvolvimento de Negócios da SITA

 

Sem dúvidas, o turbulento ambiente econômico de hoje está gerando novos desafios para a aviação, setor que ainda se recupera dos impactos devastadores causados pela COVID-19. Operando com margens reduzidas e uma meta ambiciosa de alcançar carbono net zero até 2050, é possível à indústria garantir seu sucesso e crescimento a longo prazo após a pandemia?

Acreditamos que o crescimento e a sustentabilidade da indústria não são excludentes, mas para alcançar ambos, devemos começar agora.

A recuperação da aviação e os benefícios para a economia mundial

Os dados da SITA mostram que a recuperação da indústria, em 2022, está em andamento: em 2021, o tráfego aéreo mundial estava a 64% dos níveis pré-pandêmicos, mas ainda 18% acima dos números de 2020. Os indicativos são encorajadores para 2022 e aos anos seguintes. Além disso, está evidente que as companhias aéreas estão enfrentando mais um ano de impactos econômicos adversos, o que gera uma pressão crescente sobre seus custos e atividades. Em 2021, o impacto da pandemia resultou em perdas de mais de US$ 51,8 bilhões para as empresas aéreas, embora significativamente menores do que em 2020, quando, pela primeira vez, a pandemia afetou o mundo.

Em particular, observamos um aumento expressivo nos preços dos combustíveis, um dos maiores custos já registrados para as aéreas. Em abril de 2022, o preço médio do combustível de aviação era 118,5% maior ano a ano, gerando um encargo adicional de US$ 108,4 bilhões em nosso setor.

Dada a contribuição da aviação à economia global, participando com cerca de US$ 3,5 trilhões para o produto interno global (PIB) do planeta, a indústria ainda precisa planejar sua recuperação e crescimento, sem impactar negativamente o meio ambiente.

A sustentabilidade não é nova, nem proibitiva, para a aviação

O compromisso da indústria em atingir carbono net zero até 2050 (assumido em 2021) é desafiador, mas inevitável para lidar com as mudanças climáticas no ritmo e na escala exigidos por especialistas, compensando qualquer crescimento nas emissões da indústria no futuro.

Durante muitos anos, a aviação lidou com seus impactos ambientais, incluindo a qualidade do ar, o ruído e as emissões.

A tecnologia está permitindo a sustentabilidade e a recuperação

Após a pandemia, é possível notar uma indústria que usa a tecnologia para se reconstruir de forma mais efetiva e limpa. O mais recente estudo da SITA, Air Transport IT Insights, revela que o setor está planejando seu futuro, investindo em inovações que apoiam os esforços de recuperação e sustentabilidade. Alguns dos direcionadores de investimento responderão às rápidas mudanças no tráfego de passageiros e regulamentos de viagem, visando o aumento previsto da demanda de viagens, o crescimento da eficiência operacional para economizar custos e a redução da pegada de carbono.

As prioridades com gastos em soluções de TI para aeroportos e companhias aéreas estão focadas na melhoria da experiência dos passageiros. Isso possibilita viagens digitais e operações mais sustentáveis, com eficiência energética, infraestrutura e ações inteligentes – como a otimização de rotas de voo com base em dados, para melhorar a eficiência dos trajetos e reduzir o consumo de combustível e carbono.

Para impulsionar, simultaneamente, a recuperação econômica pós-pandêmica e questões ambientais, muitos governos estão fornecendo estímulo a programas de economia verde, como investimentos do setor privado para desenvolver um novo mercado de tecnologia sustentável.

As oportunidades de crescimento para aeroportos e companhias aéreas de hoje

O aumento dos preços dos combustíveis provavelmente será um catalisador para impulsionar um movimento mais rápido em direção a fontes de combustível mais sustentáveis. Embora o combustível de aviação sustentável (SAF), as novas aeronaves e os motores energeticamente eficientes sejam as principais formas da indústria reduzir as emissões de carbono e sua dependência dos combustíveis fósseis, elas ainda não são, atualmente, amplamente alcançáveis devido a problemas como disponibilidade e acessibilidade econômica.

As melhorias operacionais são uma medida fundamental para permitir que a indústria reduza direta e imediatamente suas emissões em até 10%. Esses benefícios já podem ser alcançados por meio da atual tecnologia.

Por exemplo, os aeroportos conseguem agilizar os procedimentos dos passageiros, inclusive o check-in remoto antes da chegada no terminal, implementando as tecnologias de autoatendimento e processamento de passageiros. Isso permite que os aeroportos maximizem seus recursos já existentes, sem precisar investir para expandir sua presença física.

Usar a tecnologia para aproveitar os dados, permitindo maior consciência situacional e melhor tomada de decisão, é fundamental para alcançar eficiências e reduções de emissões. Por exemplo, a SITA está testando um novo recurso de gerenciamento de emissões, utilizando a solução Airport Management (Gestão Aeroportuária, em tradução livre) para permitir que o Aeroporto de Palermo, na Itália, possa medir de forma mais precisa e otimizar as emissões dentro e fora do local.

Estamos também ajudando as empresas aéreas a melhorarem a percepção sobre a situação e a reduzirem o consumo de combustível, emissões e custos, ao mesmo tempo em que construímos resiliência climática, integrando nossas soluções eWAS Pilot e OptiFlight.

Os resultados são imediatos e concretos. É possível economizar até 5% no combustível em cada voo sem afetar a segurança ou o conforto dos passageiros.

A pressão financeira sobre o setor pode ser o acelerador de mudanças duradouras, fazendo com que a indústria se torne mais consciente às questões do meio ambiente, sem perder os benefícios econômicos de uma forte indústria aérea.

Sobre a SITA

A SITA é uma provedora de TI para o setor de transporte aéreo, oferecendo soluções para companhias aéreas, aeroportos, aeronaves e governos. Nossa tecnologia possibilita viagens aéreas mais integradas, seguras e sustentáveis.

Com cerca de 2.500 clientes, as soluções da SITA impulsionam a eficiência operacional em mais de 1.000 aeroportos, ao mesmo tempo em que cumprem a promessa de viabilizar 17 mil aeronaves conectadas para clientes em todo o mundo. A SITA também fornece soluções de tecnologia que auxiliam mais de 70 órgãos governamentais a encontrar o equilíbrio entre fronteiras seguras e viagens eficientes. Nossa rede de comunicações conecta todos os cantos do globo e abrange 60% da troca de dados da comunidade do transporte aéreo.

Em 2021, a SITA tornou-se uma empresa certificada CarbonNeutral® pelo The CarbonNeutral Protocol – padrão global líder para programas neutros em carbono. Estamos reduzindo as emissões de gases de efeito estufa em todas as nossas operações por meio de nosso programa Planet+, reconhecido pela ONU, ao mesmo tempo em que desenvolvemos soluções para ajudar a indústria da aviação a atingir seus objetivos de redução de carbono, incluindo redução do consumo de combustível e maior eficiência operacional. Em 2022, anunciamos nosso compromisso de estabelecer metas de redução de emissões baseadas na iniciativa Net-Zero Standard, do Science Based Targets, uma parceria entre o CDP, o Pacto Global das Nações Unidas, o World Resources Institute (WRI) e o World Wide Fund for Nature (WWF).

A SITA é 100% de propriedade da indústria de aviação e totalmente impulsionada por suas necessidades. É uma das empresas com maior diversidade internacional, prestando serviços em mais de 200 países e territórios.

Para mais informações, acesse www.sita.aero

Informações para a Imprensa:

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Cine Brasília fará exibição especial de reabertura no dia 22 de abril

Na data em que celebra 60 anos de história, espaço tradicional da cultura brasiliense terá filme sobre JK na telona

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Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

 

No marco dos 60 anos de história do Cine Brasília e em meio às comemorações do 64º aniversário da capital, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) traz uma grande novidade para os amantes do cinema. No dia 22 de abril, às 11h, o Cine Brasília reabrirá as portas com uma sessão especial, apresentando pela primeira vez nas telonas o longa-metragem JK – O Reinventor do Brasil.

O Cine Brasília será reentregue à população | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília

Produzido pela TV Cultura, o filme resgata e celebra a vida e o legado do ex-presidente Juscelino Kubitschek, responsável pela fundação da jovem capital brasileira. Narrado no estilo podcast, o documentário integra um projeto amplo da emissora dedicado ao ex-presidente, incluindo exposições e uma fotobiografia com imagens inéditas de Juscelino, figura central na história do Brasil como o fundador de Brasília e líder do país entre 1956 e 1961.

Além da exibição do filme, os visitantes do Cine Brasília poderão visitar a exposição e a fotobiografia exclusiva do ex-presidente. O evento marca não apenas a reabertura do Cine Brasília, mas também oferece aos brasilienses uma oportunidade única de explorar a trajetória inspiradora de JK e sua influência no cenário político e cultural do país.

*Com informações da Secec

 

 

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TV Câmara Distrital leva aos brasilienses o melhor da música instrumental

Lançado no dia do aniversário de Brasília, o programa será um tributo aos músicos locais. A estreia será com o Duo Mandrágora.

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Foto: Reprodução/ TV Câmara Distrital

A partir deste domingo – 21 de abril –, a TV Câmara Distrital levará ao ar o programa “Brasília Instrumental”, série de pocket shows que apresentará, a cada edição, músicos do DF em performances exclusivas. A estreia será com o Duo Mandrágora, que traz, como convidada especial, a percursionista Bety Vinyl.

Formado pelos violonistas Daniel Sarkis e Jorge Brasil, o dueto tem uma trajetória de mais de duas décadas, com temporadas em cidades brasileiras e de outros países. Na estreia do “Brasília Instrumental”, os músicos vão tocar composições autorais: “Sideral” (Brasil); “Paralelo 31” (Sarkis e Brasil); “Espiral” (Sarkis e Brasil), além de “Pega mata e come”, também da dupla.

O programa vai ao ar sempre às 21h30 de domingo e, a cada semana, será lançado um novo episódio, com duração de 30 minutos. Haverá reprises diárias – segunda, quarta e sexta, às 18h30; terças e quintas, 23h; e aos sábados, com início às 14h50.

Próximas atrações

Depois do Duo Mandrágora, será a vez do teclado de José Carrera e do contrabaixo de Paulo Dantas (28/4); de Oswaldo Amorim e Paulo André Tavares (5/5), contrabaixo e guitarra, respectivamente; Félix Junior, com seu violão 7 cordas (12/5); da gaita de Pablo Fagundes e do violão de Marcus Moraes (19/5); e da apresentação de Reco do Bandolim acompanhado do Grupo Choro Livre (26/5).

A TV Câmara Distrital é acessada pelo canal 9.3 (aberto), 11 da NET/Claro e 9 da Vivo. Também está disponível no YouTube.https://www.youtube.com/channel/UCq1lyhE02Q9I0x8gBDM9lOQ

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Programa “Brasília Instrumental”
Duo Mandrágora e Bety Vinyl
TV Câmara Distrital
Domingo (21/4), às 21h30 (com reprises)

Agência CLDF

 

 

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Anvisa discute nesta sexta regulamentação de cigarro eletrônico

Fabricação e comercialização são proibidas no país desde 2009

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A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute nesta sexta-feira (19) a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil. A reunião estava prevista para a última quarta-feira (17), mas foi adiada por causa de problemas técnicos e operacionais identificados no canal oficial de transmissão da agência no YouTube.

Desde 2009, uma resolução da agência proíbe a fabricação, comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como vape. No ano passado, a diretoria colegiada aprovou, por unanimidade, relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos e a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular, como ações de fiscalização e campanhas educativas.

Entenda

Os dispositivos eletrônicos para fumar são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, eles podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.

Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças: produtos descartáveis ou de uso único; produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém, em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; produtos de tabaco aquecido, que possuem dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, entre outros.

Consulta pública

Em dezembro, a Anvisa abriu consulta pública para que interessados pudessem participar do debate sobre a situação de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil, “com argumentos científicos e relatos relevantes relacionados ao tema”. A proposta de resolução colocada em discussão pela agência foi a de manutenção da proibição já existente. A consulta foi encerrada em fevereiro. Pouco antes do prazo ser encerrado, a Anvisa havia recebido 7.677 contribuições sobre o tema.

Perigo à saúde

Com aroma e sabor agradáveis, os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com a promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum. Entretanto, a Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.

De acordo com a entidade, nos cigarros eletrônicos, a nicotina se apresenta sob a forma líquida, com forte poder aditivo, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório. “Foram identificadas centenas de substâncias nos aerossóis, sendo muitas delas tóxicas e cancerígenas.”

Ainda segundo a AMB, o uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, além de aumentar a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio, da mesma forma que os cigarros tradicionais. Em estudos de laboratório, o cigarro eletrônico se mostrou carcinógeno para pulmão e bexiga.

Surto de doença pulmonar

Entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020, foi registrado um surto de doença pulmonar em usuários de cigarros eletrônicos. Apenas nos Estados Unidos, foram notificados quase 3 mil casos e 68 mortes confirmadas.

Congresso Nacional

Além do debate no âmbito da Anvisa, tramita no Senado o Projeto de Lei (PL) 5008/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke, que permite a produção, importação, exportação e o consumo dos cigarros eletrônicos no Brasil.

Jovens

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 22,6% dos estudantes de 13 a 17 anos no país disseram já ter experimentado cigarro pelo menos uma vez na vida, enquanto 26,9% já experimentaram narguilé e 16,8%, o cigarro eletrônico.

O estudo ouviu adolescentes de 13 a 17 anos que frequentavam do 7º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio das redes pública e privada.

Controle do tabaco

O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco. Em julho de 2019, tornou-se o segundo país a implementar integralmente todas as medidas previstas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no intuito de reduzir o consumo do tabaco e proteger as pessoas das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).

Edição: Graça Adjuto

ebc

 

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