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DIA MUNDIAL DA LIMPEZA
Mutirões se mobilizam em praias e rios no Dia Mundial da Limpeza

Toda terceira semana de setembro o mundo se dá às mãos para agir e refletir uma importante realidade: a limpeza dos mares e a preservação do Planeta Terra. Não há um Planeta B para substituir o nosso. Este mutirão de limpeza envolve nada menos de 191 países, 60 milhões de voluntários que, no Brasil, neste ano, retirou de mares, lagos e rios centenas de toneladas de lixo em 1.200 cidades.
Nos aproximadamente 11 mil km de costa brasileira chegam diariamente diferentes tipos de resíduos como plásticos, filtros de cigarro, borrachas, metais, vidros, produtos têxteis e papéis, levados por corpos d´água ou lançados indevidamente no ambiente marinho.
O terceiro sábado de setembro, que neste ano ocorreu no dia 17, foi dedicado mundialmente para a limpeza de praias, rios e mangues. Dezenas de ações ocorrem no Brasil neste ano com o objetivo de melhoria da qualidade do meio ambiente, da saúde e do bem-estar das pessoas, além de promover a conscientização e a mobilização da sociedade sobre a importância do combate ao lixo no mar e da gestão adequada dos resíduos sólidos em nossas cidades.
O Brasil possui aproximadamente 11 mil km de costa. Nesse extenso litoral chegam diariamente diferentes tipos de resíduos como plásticos, filtros de cigarro, borrachas, metais, vidros, produtos têxteis e papéis, levados por corpos d´água ou lançados indevidamente no ambiente marinho. Para reverter esse cenário, o MMA tem incentivado ações de prevenção e limpeza dos ecossistemas fluviais e marinhos.
COMBATE AO LIXO NO MAR
De forma a facilitar a organização e divulgação dos mutirões, foi lançado recentemente o aplicativo “Combate ao Lixo no Mar”. Desenvolvido pela Secretaria de Qualidade Ambiental do MMA, o app visa auxiliar organizadores e voluntários a planejar e executar mutirões de limpeza de praias, rios e mangues, além de orientar a atuação dos colaboradores em atividades de triagem dos resíduos, possibilitando a coleta de dados e informações e incentivando a reciclagem e a destinação final adequada dos materiais recolhidos.
Com o uso do App, os dados levantados nos mutirões de limpeza voluntários são divulgados no < Painel Resultados Mutirões de Limpeza >, também disponível na página do Ministério.
Muitas das ações realizadas no Dia Mundial de Limpeza contaram com a expertise e o trabalho de instituições e projetos parceiros do Ministério do Meio Ambiente, alinhadas ao Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar.
PROJETOS E APOIADORES
Projetos apoiados pela Petrobras Socioambiental realizaram mutirões de Fernando de Noronha aos manguezais da Amazônia, passando pelo litoral do Nordeste e do Sudeste, pelas águas do interior do Estado de São Paulo, até o litoral do Paraná e Santa Catarina.
Os projetos Coral Vivo, Baleia Jubarte e Albatroz mobilizaram 941 voluntários em 4 municípios no litoral sul da Bahia, com o recolhimento de mais de 2 toneladas de resíduos descartados indevidamente.
O Projeto Meros do Brasil, por sua vez, mobilizou 379 pessoas em 8 Municípios (Belém/PA, Sirinhaém/PE, Neópolis/PE, Porto Seguro/BA, São Mateus/ES, Rio de Janeiro/RJ, Guaratuba/PR e Joinville/SC) e coletou 1,8 tonelada de resíduos em praias e rios. Na Praia da Vila dos Pescadores, em Bragança/PA, o Projeto Mangues da Amazônia (Instituto Peabiru) reuniu 75 voluntários que recolheram 475 kg de resíduos, sendo 250 kg de garrafas pet.
Já em Fernando de Noronha, 21 voluntários recrutados pelo Projeto Golfinho Rotador (Rede Biomar) recolheram principalmente tampas de garrafas e pequenos fragmentos de plástico na Ponta da Air France.
Instituições líderes vinculadas ao Instituto Limpa Brasil, como o Projeto ECOIMBÉ e Beach Park, mobilizaram em torno de 500 voluntários, com o recolhimento de aproximadamente uma tonelada de resíduos, em Balneário Mariluz (Imbé/RS) e Alquiraz (litoral do Ceará). Nas águas interiores do Estado de São Paulo, às margens do Rio Piracicaba foram recolhidos 90 kg de resíduos sob coordenação do Projeto Corredor Caipira (Fealq, Nace-Pteca, Esalq/USP). Em Nazaré Paulista (SP), o Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPÊ reuniu voluntários que coletaram 187 kg de resíduos, em sua maioria garrafas de vidro (long neck).
A Associação MarBrasil, por sua vez, coletou no Pontal do Paraná 978 kg de resíduos descartados indevidamente, em sua maioria materiais plásticos.
COMBATE AO LIXO NO MAR
O Plano de Combate ao Lixo no Mar, inédito no país, contempla ações que vão desde a gestão de resíduos sólidos até ações de limpeza de praias, rios e mangues, com gestão dos resultados para melhoria contínua, com o objetivo de aprimorar a qualidade ambiental e, consequentemente, proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas.

Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma
O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).
Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.
A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.
“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.
Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.
“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.
Chuvas
Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.
“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.
Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.
Edição: Heloisa Cristaldo
EBC



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