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Carvão vegetal de cânhamo e seu uso no mercado de beleza e higiene

Ativo pode ser utilizado como uma espécie de carvão ativado em países onde o uso do cânhamo e da cannabis são regulamentados

 

São Paulo (SP), outubro de 2022 – O cânhamo é uma planta cultivada há séculos da qual são extraídas diversas matérias-primas, dentre elas, o carvão vegetal. No setor de cosméticos, o insumo recém-descoberto pode ser utilizado como uma espécie de carvão ativado, ingrediente que hoje é uma tendência no mundo da beleza e higiene, presente em máscaras faciais, pastas de dente, sabonetes, entre outros.

O ativo feito de cânhamo pode ser usado de forma oral, auxiliando na desintoxicação do organismo e na eliminação de gases intestinais, atenuando dores estomacais e ajudando a clarear os dentes, e em produtos de beleza e higiene de forma tópica, removendo impurezas da pele e controlando a oleosidade por meio de absorção.

De acordo com a Kaya Mind,  empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos, o carvão vegetal de cânhamo ainda está em estudo para entender melhor suas propriedades físicas e químicas. Porém, os resultados iniciais apontam inúmeras vantagens sustentáveis, medicinais e sociais.

Conhecido no exterior como hemp biochar, hempchar ou cannachar, o insumo é produzido a partir da queima controlada do caule, que é um subproduto ou resíduo da indústria do cânhamo cultivado para as inflorescências, de onde se obtêm o canabidiol (CBD). Além do uso no mercado de higiene e beleza, o insumo pode ser incorporado pelas indústrias de agricultura, construção civil, suplementos, entre outros.

Para Maria Eugenia Riscala, cofundadora e CEO da Kaya Mind, a versatilidade do insumo mostra que existem outros materiais que podem surgir à base da planta e que uma regulamentação contribuiria positivamente para o desenvolvimento de diversos setores industriais. “O cânhamo e a cannabis já são ingredientes presentes em cosméticos, por exemplo, em países onde há regularizações para essa finalidade”, diz.

Além de um ingrediente versátil, a utilização do carvão vegetal de cânhamo contribui significativamente com o meio ambiente, sendo uma alternativa para reaproveitar os materiais que normalmente seriam descartados após o cultivo da planta para outros fins. “Afinal, em uma plantação de cânhamo com fins industriais ou medicinais, nem sempre todas as partes da planta são utilizadas”, finaliza Maria Eugenia.

A CBE Different, por exemplo, é uma empresa focada em cosméticos naturais e com derivados de cânhamo que cria produtos com carvão. Em 2020, os fundadores Lucas Cançado e Camila Viana perceberam os ótimos resultados de uma pomada com extrato de cannabis no tratamento da alergia de contato da afilhada de Lucas e, a partir daí, alinhando com a oportunidade de mercado, idealizaram fazer produtos cosméticos inovadores com cannabis.

O primeiro produto da empresa foi um sabonete facial, pois pelo insumo ser bastante poroso, ajuda a regular a oleosidade da pele e também tem propriedades cicatrizantes. Os próximos produtos que criarão com o carvão serão uma máscara facial e uma linha capilar, mas ainda estão em desenvolvimento.

“Ao trabalhar com a parte produtiva, com o cultivo, nós vimos a quantidade de subprodutos que não eram aproveitados. Então nós direcionamos uma frente de pesquisa para o aproveitamento dos resíduos”, afirma Camila.

Sobre a Kaya Mind

Kaya Mind é a primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos. Com metodologia própria e análises quantitativa e qualitativa, desenvolve relatórios relacionados à cannabis. A startup oferece, ainda, uma plataforma de consolidação  de dados e consultoria estratégica para empresas interessadas ou atuantes nesse setor, dentre outros serviços com foco na indústria de cannabis. Mais informações no site.

Informações à imprensa:
Seven PR

 

 

 

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JUCA CHAVES

APENAS UM DEPOIMENTO

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O compositor, músico, humorista e crítico, Menestrel Maldito, deixa saudades. O Brasil e a Bahia se despedem do carioca Jurandyr Czaczkes Chaves (1938-2023).
Juca Chaves fez muito sucesso com suas modinhas/sátiras durante o governo Juscelino Kubitschek.
Ele é autor de músicas que se tornaram sucesso no Brasil como “A Cúmplice”, “Menina”, “Que Saudade” e “Presidente Bossa Nova”.
Vale lembrar:
1) JK nunca censurou as sátiras de Juca Chaves. Pelo contrário, adorava suas modinhas sempre bem humoradas e criativas. Juca Chaves foi censurado durante governo militar, entre 1964 e 1985. Aí sim, ele foi perseguido, exilado e viveu alguns anos longe do Brasil, entre Portugal e Itália.
2) Em 2011, no lançamento do filme ‘JK NO EXÍLIO’, de Charles Cesconetto, aqui no Museu Nacional de Brasília, a meu convite, o Juca Chaves subiu ao palco com a filha de JK, Maria Estela, e cantou suas modinhas, abrindo com o PRESIDENTE BOSSA NOVA.
3) Nesse dia, Juca Chaves e Maria Estela Kubitschek, abriram a cerimônia com uma forte mensagem a favor da ADOÇÃO, por sinal, uma lei proposta por JK. Evidente lembrando a adoção da própria Maria Estela e das duas filhas de Juca Chaves: Maria Clara e Morena.
A filha de JK, deixou no seu FB a seguinte mensagem:
“A família do “Presidente Bossa Nova” está triste com o falecimento de Juca Chaves. O Menestrel popularizou JK com suas sátiras, sempre criativas e bem humoradas. Juca Chaves “Voou…. Voou pra bem distante…” e “a mineirinha debutante” está triste.
Maria Estela Kubitschek Lopes
Para quem quiser ouvir Juca Chaves cantando “Presidente Bossa Nova”
Fotos: Antes da exibição do filme “JK NO EXÍLIO”, no Museu Nacional de Brasília, Juca Chaves subiu ao palco e cantou várias modinhas, terminando com Presidente Bossa Nova.
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Dia Mundial da Água

Cerrado pode perder quase 34% da água até 2050

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Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma

 

O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).

Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.

A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.

“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.

Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.

“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.

Chuvas

Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.

“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.

Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.

Edição: Heloisa Cristaldo

EBC

 

 

 

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VENTO DA ARTE NOS CORREDORES DA ENGENHARIA

Lá se vão 9 anos. Março de 2014.

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No dia 19 de março, quando o Sinduscon – Sindicato das Indústrias da Construção Civil do DF completava 50 anos, um vendaval de Arte, Musica, Pintura adentrou a casa de engenheiros, arquitetos e empresários e escancarou suas portas e janelas para a Cultura.
Para que o vento da arte inundasse todos seus corredores e salões, o então presidente Júlio Peres conclamou o vice Jorge Salomão e toda diretoria para provar que Viver bem é viver com arte. E sempre sob as asas da Cultura, convocou o artista mineiro Carlos Bracher para criar um painel de 17 metros sobre vida e obra de JK e a construção de Brasília. Uma epopeia.
Diretores, funcionários, escolas e amigos ouviram e sentiram Bracher soprar o vento da Arte durante um mês na criação do Painel “DAS LETRAS ÀS ESTRELAS”. O mundo da engenharia, da lógica e dos números se transformou em poesia.
Uma transformação para sempre. Um divisor de águas nos 50 anos do Sinduscon.
O presidente Julio Peres no discurso que comemorou o Cinquentenário da entidade e a inauguração do painel foi didático e profético:
“A arte de Carlos Bracher traz para o este colégio de lideranças empreendedoras, a mensagem de Juscelino Kubitschek como apelo à solidariedade fraterna e à comunhão de esforços. Bracher é nosso intérprete emocionado das tangentes e das curvas de Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Nos lances perfomáticos de seu ímpeto criador, Bracher provocou um espetáculo de emoções nas crianças, professores, convidados, jornalistas e em nossos funcionários.
Seus gestos e suas pinceladas de tintas vivas plantaram sementes de amor à arte. As colheitas já começaram.”
Aliás, as colheitas foram muitas nesses nove anos e serão ainda mais e melhor na vida do Sinduscon. O centenário da entidade está a caminho…
Sou feliz por ter ajudado nessa TRAVESSIA.
SG
Fotos: Carlos Bracher apresenta o projeto do Painel. Primeiro em Ouro Preto e depois visita as obras em Brasília.
Na foto: Evaristo Oliveira (de saudosa Memória) Jorge Salomão, Bracher, Julio Peres, Tadeu Filippelli e Silvestre Gorgulho
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