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LIXO ORGÂNICO, RECICLÁVEL, REJEITO E TÓXICO
Aprenda a separar o que é orgânico, reciclável e rejeito

O lixo orgânico equivale a grande parte dos resíduos produzidos no Brasil, apresentando um grande potencial de reaproveitamento, mas que nem sempre é explorado. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais mostram que, anualmente, o país produz cerca de 38 milhões de toneladas desse tipo de lixo. No entanto, apenas 1% desses resíduos é reaproveitado. Para mudar esse cenário, existem algumas estratégias que podem auxiliar na atuação de cooperativas de reciclagem e de coleta de lixo, contribuindo para um dia a dia mais sustentável e que promova a preservação do meio ambiente.
A separação do que é orgânico, reciclável e rejeito é de grande importância, principalmente para o meio ambiente. Os resíduos orgânicos têm um importante papel nos ciclos de nutrientes e destiná-los para aterros sanitários não só é um desperdício econômico como está em desacordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), que prevê que somente rejeitos devem seguir para disposição final. Para resgatar a função natural dos resíduos orgânicos de fertilizar os solos, um outro tipo de separação dos resíduos pode ser adotado. Considerando a realidade atual dos centros de triagem de associações e cooperativas de catadores, pode-se proceder à separação em três frações: recicláveis secos, orgânicos e rejeitos.
A separação dos resíduos em três frações é um modelo que atende bem às necessidades atuais de destinação de resíduos.
Primeiro – porque valoriza os resíduos orgânicos, facilitando o processo de compostagem e garantindo a qualidade do adubo final.
Segundo – porque diminui a contaminação dos resíduos recicláveis secos (papel, plástico, vidro, metal entre outros, geralmente encaminhados para centrais de triagem de resíduos. Nessas centrais de triagem, catadores separam cada tipo de resíduo que pode ser encaminhado para as indústrias de reciclagem. Quanto menos resíduo orgânico chegar nas centrais de triagem, mais fácil e higiênico será a separação dos resíduos secos e melhores serão as condições de trabalho dos catadores).
Terceiro – porque a separação em três frações permite enviar ao aterro apenas o que realmente não pode ser aproveitado, ou seja, o rejeito.
Em conclusão, separar os resíduos orgânicos, além de trazer vantagens econômicas, torna mais fácil e seguro transformar esta fração em adubo orgânico, condicionador de solos, húmus, fertilizante, composto orgânico, entre outras denominações.
ORGÂNICO, RECICLÁVEL E REJEITO
RESÍDUOS ORGÂNICOS
– Aparas de madeira, palha e folhas;
– Restos de frutas, raízes, legumes e verduras;
– Esterco de animais e outros resíduos;
– Resto de comida, incluindo pão, ossos e cascas de ovos.
RESÍDUO RECICLÁVEL
– Papal, revista, jornal, papelão e caixas de papel;
– Brinquedos e embalagens tetrapac;
– Garrafas PET, embalagens e objetos plásticos;
– Isopor;
– Ferro, alumínio, cobre e outros metais;
– Vidros;
– Latas e outras embalagens de metais.
REJEITO
– Espuma;
– Fotografia, papel carbono;
– Papéis engordurados, fraldas e bitucas de cigarro;
– Espelho, louças e embalagens metalizadas.
LIXO ELETRÔNICO E TÓXICO
O descarte desses itens abaixo necessita de cuidados especiais para evitar danos ao meio ambiente. Por isso esses resíduos têm sistemas de logísticas reversa e seu descarte deve ser feito em pontos de entrega específicos. Informe-se junto ao seu município sobre os pontos de entrega para cada um desses resíduos.
Pilhas, bateria, lâmpadas fluorescentes, eletroeletrônicos, pneus, óleo de cozinha, remédios e suas embalagens, agrotóxicos e outros elementos tóxicos.

Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma
O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).
Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.
A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.
“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.
Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.
“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.
Chuvas
Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.
“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.
Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.
Edição: Heloisa Cristaldo
EBC



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