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INDONÉSIA TERÁ UMA NOVA CAPITAL: NUSÂNTARA

Nusântara vai ser construída em Kalimantan, uma região na parte Indonésia da ilha do Bornéu. O nome significa “arquipélago” em indonésio.

 

Assim como o Brasil, a Indonésia também prepara a construção de sua nova capital. Brasília foi pensada e sonhada dois séculos antes. E foi discutida e planejada já no Século 20, para ser construída e inaugurada em 1.112 dias. De março de 1957 a 21 de abril de 1960. O fundador, presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, tinha como objetivo principal integrar o Brasil e interiorizar o desenvolvimento, levando as benesses do progresso, restrito ao litoral, para o interior do País, totalmente abandonado das políticas públicas. Na Indonésia, a mudança da capital de Jacarta para Nusântara tem outros motivos:  além da superpopulação de Jacarta, problemas ambientais, sustentabilidade e afundamento da atual capital construída em um pântano, que consome sua água de um lençol freático, começa a ceder. Jacarta afundou quase quatro metros nos últimos 30 anos. Daqui a pouco será uma cidade litorânea abaixo do nível do mar.

 

 

AFUNDAMENTO DE JACARTA

Jacarta é uma cidade condenada a afundar. Estudos atentam que Jacarta já está 40% abaixo do nível do mar, e a cidade continua afundando cerca de 6 centímetros por ano. Aliás, foi por este motivo que Jacarta foi eleita para organizar o evento mais importante sobre água no mundo: o 10º Fórum Mundial da Água.

As mudanças climáticas não são as únicas culpadas por esse reflexo. Perfurações ilegais de poços para ter acesso a água potável, estão drenando os aquíferos subterrâneos, sobre os quais Jacarta se situa. Este acesso não regulamentado resulta no rápido afundamento da capital indonésia, ameaçando a sobrevivência de milhões, além de colocar a comunidade em insegurança hídrica.

Problemas relacionados com os recursos hídricos são comuns na Indonésia, onde mais de 40 milhões de pessoas vivem sem acesso a fontes de água potável. Apesar das condições precárias enfrentadas pela população, trata-se da cidade com o acesso mais adequado à água naquele país.

Com metade da disponibilidade hídrica do Brasil, a Indonésia enfrenta situações de risco com a qualidade da água. Exemplo disso, é o Rio Citarum, responsável por 80% do abastecimento da capital Jacarta, mas que sofre contaminações de águas residuais industriais e provenientes da agropecuária. Investimentos do Banco Asiático de Desenvolvimento tem buscado melhorar a qualidade do manancial, mas sua recuperação é lenta e feita sem condições técnicas adequadas.

A ida do Fórum Mundial da Água para a Indonésia se configura como uma grande oportunidade para a troca de experiências no que tange a qualidade da água e tecnologias de tratamento e abastecimento para o país asiático.

 

 

Nusântara, a nova cidade, será governada por um órgão denominado Autoridade da Capital do Estado, com liderança nomeada para mandatos de cinco anos diretamente pelo presidente, de acordo com a legislação aprovada. Os primeiros planos para a nova capital retratam um projeto utópico destinado a criar uma cidade ‘inteligente’ ecológica (a imagem acima é a impressão de um artista).

 

 

Nusântara vai ser construída em Kalimantan, uma região na parte indonésia da ilha do Bornéu

 

A MUDANÇA DA CAPITAL

A mudança já tinha sido anunciada, mas agora foi aprovada pelo parlamento indonésio:  Jacarta vai ser substituída por uma nova cidade, Nusantara, como capital da Indonésia.

Nusântara vai ser construída em Kalimantan, uma região na parte indonésia da ilha do Bornéu. A mudança de capital já foi aprovada pela Câmara dos Representantes.

Para o ministro do Planeamento da Indonésia, Suharso Monoarfa, “A deslocalização da capital para Kalimantan foi baseada em várias considerações, vantagens regionais e questões de bem-estar, pois entendemos ser o nascimento de um novo centro de gravidade econômico no meio do arquipélago”.

O anúncio da mudança de capital foi feito pela primeira vez em 2019 pelo Presidente Joko Widodo, que invocou os problemas ambientais e econômicos de Jacarta. A cidade está assentada numa zona pantanosa, perto do mar, tornando-a propensa a inundações. É uma das cidades a afundar mais depressa em todo o mundo. Jacarta é também uma das cidades mais populosas do mundo. Ali vivem 10 milhões de pessoas, a que se somam outros 30 milhões na área metropolitana, de acordo com as Nações Unidas.

A lei que permitiu a mudança da capital foi aprovada pela maioria dos deputados, ainda que alguns tenham apelado, ao mesmo tempo, a um planeamento cuidado no desenvolvimento da nova capital. De acordo com dados da Agência Nacional de Planeamento e Desenvolvimento, a área total da nova cidade vai ser de 256.000 hectares – quase todos atualmente cobertos de floresta.

O governo indonésio diz que o desenvolvimento da nova cidade vai ser feito em cinco fases: a primeira deve começar este ano e durar até 2024. Espera-se que a capital vá estar em constante desenvolvimento, pelo menos até 2045. O projeto foi estimado em cerca de 32 mil milhões de dólares.

Vale lembrar que a Indonésia não é o primeiro país da região a se mudar de uma capital superpovoada.

A Malásia transferiu seu governo de Kuala Lumpur para Putrajaya em 2003, enquanto Mianmar transferiu sua capital de Rangoon para Naypyidaw em 2006.

 

 

 

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VENTO DA ARTE NOS CORREDORES DA ENGENHARIA

Lá se vão 9 anos. Março de 2014.

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No dia 19 de março, quando o Sinduscon – Sindicato das Indústrias da Construção Civil do DF completava 50 anos, um vendaval de Arte, Musica, Pintura adentrou a casa de engenheiros, arquitetos e empresários e escancarou suas portas e janelas para a Cultura.
Para que o vento da arte inundasse todos seus corredores e salões, o então presidente Júlio Peres conclamou o vice Jorge Salomão e toda diretoria para provar que Viver bem é viver com arte. E sempre sob as asas da Cultura, convocou o artista mineiro Carlos Bracher para criar um painel de 17 metros sobre vida e obra de JK e a construção de Brasília. Uma epopeia.
Diretores, funcionários, escolas e amigos ouviram e sentiram Bracher soprar o vento da Arte durante um mês na criação do Painel “DAS LETRAS ÀS ESTRELAS”. O mundo da engenharia, da lógica e dos números se transformou em poesia.
Uma transformação para sempre. Um divisor de águas nos 50 anos do Sinduscon.
O presidente Julio Peres no discurso que comemorou o Cinquentenário da entidade e a inauguração do painel foi didático e profético:
“A arte de Carlos Bracher traz para o este colégio de lideranças empreendedoras, a mensagem de Juscelino Kubitschek como apelo à solidariedade fraterna e à comunhão de esforços. Bracher é nosso intérprete emocionado das tangentes e das curvas de Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Nos lances perfomáticos de seu ímpeto criador, Bracher provocou um espetáculo de emoções nas crianças, professores, convidados, jornalistas e em nossos funcionários.
Seus gestos e suas pinceladas de tintas vivas plantaram sementes de amor à arte. As colheitas já começaram.”
Aliás, as colheitas foram muitas nesses nove anos e serão ainda mais e melhor na vida do Sinduscon. O centenário da entidade está a caminho…
Sou feliz por ter ajudado nessa TRAVESSIA.
SG
Fotos: Carlos Bracher apresenta o projeto do Painel. Primeiro em Ouro Preto e depois visita as obras em Brasília.
Na foto: Evaristo Oliveira (de saudosa Memória) Jorge Salomão, Bracher, Julio Peres, Tadeu Filippelli e Silvestre Gorgulho
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METÁFORAS… AH! ESSAS METÁFORAS!

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Sou fascinado com uma bela metáfora. Até mesmo porque não há poesia sem metáfora. Clarice Lispector é a rainha das metáforas. Maravilhosa! Esta figura de linguagem é uma poderosa forma de comunicação. É como a luz do sol: bate n’alma e fica.
Incrível, mas uma das mais belas metáforas que já li é de um naturalista e geógrafo alemão chamado Alexander Von Humbolt, fundador da moderna geografia física e autor do conceito de meio ambiente geográfico. [As características da fauna e da flora de uma região estão intimamente relacionadas com a latitude, relevo e clima]
Olha a metáfora que Humbolt usou para expressar seu encantamento pelo espetáculo dos vagalumes numa várzea em terras brasileiras.
“OS VAGALUMES FAZEM CRER QUE, DURANTE UMA NOITE NOS TRÓPICOS, A ABÓBODA CELESTE ABATEU-SE SOBRE O PRADOS”.
Para continuar no mote dos vagalumes ou pirilampos tem a música do Jessé “Solidão de Amigos” com a seguinte estrofe:
Quando a cachoeira desce nos barrancos
Faz a várzea inteira se encolher de espanto
Lenha na fogueira, luz de pirilampos
Cinzas de saudades voam pelos campos.
Lindo demais! É a arte de vagalumear.
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A LUA CHEIA DE MARÇO FAZ DUAS HOMENAGENS ÁS MULHERES E AO TIÃO NERY PELOS 91 ANOS

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Vou confessar. Sou como o Sebastião Nery: gosto de viajar mais por palavras do que por avião, ônibus ou carro.
Mas viajar de trem, gosto também. Sabe por quê? Simples, porque a vida é uma viagem de trem. Embarca aqui, desembarca ali. Conhece um aqui, fica amigo de outro ali. Perde um tempão aqui, mas ganha uma surpresa imensa acolá.
E nesse trem de sobe e desce, entra e sai, dorme e acorda a gente vai curtindo Manuel Bandeira com seu
“Café com pão, café com pão, café com pão… Virge Maria que foi isso maquinista?”
Este 8 de março é lua cheia para duas homenagens. Às MULHERES e ao jornalista Sebastião Nery, que completa hoje 91 anos.
Em 1976, eu organizei a festa dos 44 anos do Nery aqui em Brasília, com um churrasco. Meu Deus, e o tempo passa. Depois fiz a sua festa de 50 anos e muitos outros aniversários passamos juntos.
Quando Nery fez 80 anos, a festa foi no restaurante Forneria (hoje Rancho Português) lá na Lagoa-RJ. Junto com meu irmão João Vitor fizemos a cachaça TIÃO NERY – 80 graus. Um sucesso!
Voltando ao trem da vida, vale lembrar Villa Lobos com seu Trenzinho Caipira:
“Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar”.
O trem é assim mesmo: vai pela serra, vai por aldeias, matas, pontilhões, corações e atravessa a vida.
Hoje, dia 8, o NERY faz 91 anos. E o trem vai chegando na Estação da Saudade para a gente embarcar em mais uma viagem de aniversário. O Nery na Barra da Tijuca, agora sem a Bia, e eu aqui em Brasília.
Trem difícil é passar aniversário longe dos amigos de fé.
ABRAÇO DE

PARABÉNS

, MEU AMIGO!

O trem é assim mesmo: vai pela serra, vai por aldeias, matas, pontilhões, corações e atravessa a vida.
Hoje, dia 8, o NERY faz 91 anos. E o trem vai chegando na Estação da Saudade para a gente embarcar em mais uma viagem de aniversário. O Nery na Barra da Tijuca, agora sem a Bia, e eu aqui em Brasília.
Trem difícil é passar aniversário longe dos amigos de fé.
ABRAÇO DE

PARABÉNS

MEU AMIGO!

FOTOS:
1) Nery e eu esperando o trem… que já vem, que já vem…
2) A Cachaça que comemorou os 80 do Nery
3) O Nery e a charge do MENSALÃO, quando contou num artigo bombástico como começou o Mensalão do governo PT.
4) NERY, testemunha ocular do Mensalão.
5) Nery no Seminário, estudando muito porque queria ser ‘O BISPO DE ROMA”.
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