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Brasília – Uma cidade única no coração do Brasil
Conheça a arquitetura icônica, a importância política e a diversidade cultural da capital federal, bem como as regiões e bairros que a compõem.

Completando 63 anos em 2023, Brasília é a capital do Brasil e uma das mais jovens cidades do país. Foi inaugurada em 21 de abril de 1960, após uma longa campanha liderada por Juscelino Kubitschek para construir uma nova capital para o Brasil no centro do país. A cidade foi projetada pelo urbanista Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer, e é considerada um marco na arquitetura moderna brasileira.
Brasília é conhecida por sua arquitetura única, com muitos edifícios e monumentos icônicos projetados por Oscar Niemeyer, como o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada, a Catedral Metropolitana de Brasília e o Memorial JK. Esses edifícios, junto com os amplos espaços públicos e as áreas verdes, formam um conjunto arquitetônico impressionante, que é uma das principais atrações turísticas da cidade.
Além da arquitetura, Brasília também é conhecida por sua importância política e administrativa como a capital do Brasil. É a sede dos três poderes do país: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. A cidade abriga muitos dos principais órgãos do governo federal, incluindo os ministérios, as agências reguladoras e as embaixadas estrangeiras.
A economia de Brasília é diversificada, com destaque para o setor público, o comércio e os serviços. A cidade é o quarto maior PIB per capita do país, com uma população de cerca de 3 milhões de habitantes. A cidade tem uma excelente qualidade de vida, com muitas áreas verdes, parques e uma ampla variedade de opções de lazer e entretenimento.
Em termos de cultura, Brasília é uma cidade vibrante, com muitos museus, teatros, galerias de arte e festivais. A cidade abriga o Museu Nacional Honestino Guimarães, o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o Centro Cultural Banco do Brasil, o Festival de Cinema de Brasília, entre outros.
Em resumo, Brasília é uma cidade única, com uma arquitetura icônica e um papel importante como a capital do Brasil. A cidade tem uma economia diversificada e uma excelente qualidade de vida, e oferece muitas opções culturais e de lazer para seus habitantes e visitantes
Brasília é dividida em diversas regiões administrativas, que abrangem diversos bairros e setores. Algumas das regiões mais conhecidas da cidade são:
- Plano Piloto: é a região central da cidade, onde se encontram os principais edifícios públicos e monumentos icônicos, como o Congresso Nacional, a Catedral Metropolitana e a Praça dos Três Poderes. Também é onde se localizam os setores residenciais e comerciais mais antigos e tradicionais da cidade, como o Setor Comercial Sul e o Setor Hoteleiro Norte.
- Lago Sul e Lago Norte: esses bairros ficam localizados em regiões próximas ao Lago Paranoá, e são conhecidos por suas mansões e condomínios de alto padrão. Também são áreas com muitos espaços verdes e parques, como o Parque da Cidade Sarah Kubitschek e a Área de Proteção Ambiental do Lago Paranoá.
- Taguatinga: é uma das maiores regiões administrativas da cidade, e também uma das mais populosas. É um importante polo comercial e de serviços da cidade, com muitos shoppings, lojas e restaurantes. Também abriga muitos condomínios residenciais e conjuntos habitacionais populares.
- Águas Claras: é uma região relativamente nova da cidade, que surgiu nos últimos anos como um importante polo imobiliário e comercial. É uma das regiões mais desenvolvidas da cidade, com muitos prédios residenciais e comerciais, e também uma ampla variedade de opções de lazer e entretenimento.
Essas são apenas algumas das regiões e bairros mais conhecidos de Brasília, que oferecem diferentes opções de moradia, trabalho e lazer para seus habitantes. A cidade conta ainda com diversas outras regiões administrativas, cada uma com suas próprias características e particularidades.

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Brasília, há 36 anos Patrimônio Mundial pela Unesco
Capital federal foi a primeira cidade moderna a receber a honraria, em dezembro de 1987; em outubro do mesmo ano, conjunto foi tombado pelo governo local e, em 1990, inscrito no livro histórico do Iphan

Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Carolina Lobo
Tesouro urbanístico e símbolo de um dos mais importantes fatos históricos do país, Brasília é, há 36 anos, Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A honraria foi concedida à capital federal em 7 dezembro de 1987, apenas 27 anos após a sua inauguração. Desde então, Brasília compõe o seleto grupo de monumentos agraciados com o título, a exemplo da Muralha da China e das pirâmides do Egito.
O título de patrimônio mundial da humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lucio Costa. A concepção, projeção e construção do sonho de Juscelino Kubitschek transcorreram entre 1957 e 21 de abril de 1960, quando a cidade foi inaugurada. A Agência Brasília revisita a história da capital e dos títulos que a preservam em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que aproveita a sigla em inglês de Throwback Thursday para reviver fatos marcantes para o Quadradinho.
“Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”Cristiano Araújo, secretário de Turismo
A área tombada da cidade tem 112,25 km², sendo o maior perímetro urbano sob proteção histórica do mundo, e coleciona atributos dignos de tombamento. Quem ousa passear pela cidade tem a oportunidade de prestigiar as quatro escalas de Lucio Costa — monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais) — e conversar com os traços de Oscar Niemeyer. Em diversos pontos da capital, é possível ainda prestigiar as obras de Athos Bulcão e vislumbrar o paisagismo de Burle Marx.
O título permite que o conceito inovador e vanguardista da cidade seja mantido, além de incentivar o movimento turístico na região. “Nossa capital é um lugar especial, não apenas para os brasileiros, mas para toda a humanidade. Temos aqui sítios naturais e culturais, com uma arquitetura modernista, planejamento urbano inovador e funcional”, avalia o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”.

O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón, afirma que “o tombamento é o reconhecimento mundial da importância do Plano Piloto para a civilização”. Segundo ele, a preservação de Brasília exige a avaliação do plano urbano e a adoção de uma visão voltada para o futuro, em que as próximas gerações também entenderão a importância da capital, processo que ocorre com a educação patrimonial.
“Nós temos atribuição direta sobre tombamentos e registros, sendo que o primeiro diz respeito aos bens materiais, e o segundo, aos imateriais. Nós zelamos pela preservação desses espaços, além de fomentarmos a educação patrimonial, que é o que faz com que os jovens adultos e crianças conheçam a importância do patrimônio cultural e do tombamento e assim passem a preservá-los”, explica o subsecretário.
Preservação

A capital também é reconhecida como patrimônio cultural em outras duas instâncias diferentes: é tombada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O primeiro ato de preservação da cidade ocorreu em 14 de outubro de 1987, com a publicação do decreto n° 10.829/1987, que regulamenta a lei n° 3.751/1960. A medida, que propõe a preservação da concepção urbanística de Brasília, permitiu que a cidade fosse tombada mundialmente.
Já em 14 de março de 1990, a cidade foi inscrita no Livro de Tombo Histórico pelo Iphan. O feito é referente à mudança da capital do país do Rio de Janeiro para o Planalto Central, considerado um dos mais importantes acontecimentos históricos do país no século 20. “Representa uma radical mudança na geografia do país, promovendo a ocupação das áreas centrais do território nacional que, majoritariamente, concentra as maiores cidades no litoral”, pontua o instituto em nota enviada à Agência Brasília.
“Brasília representa um marco muito significativo para o debate internacional referente ao reconhecimento de sítios enquanto patrimônio da humanidade”, continua o órgão. “Foi o primeiro conjunto urbanístico moderno a ser declarado. Esse reconhecimento confirma não apenas a genialidade do urbanismo de Lucio Costa e a arquitetura de Oscar Niemeyer, mas a capacidade de realização brasileira de criar uma capital em um território pouquíssimo ocupado, em tempo exíguo. Coroa também o esforço de milhares de trabalhadores que empreenderam a epopeia da construção, os candangos”, finaliza o Iphan.
Visite

O GDF criou rotas turísticas para que o Quadradinho seja desbravado por completo. Destaque para a Rota Arquitetônica, que leva o visitante a um tour nas obras e monumentos que fazem de Brasília um marco da arquitetura mundial. Há também a Rota Cívica, composta por monumentos e espaços importantes para a democracia do país, entre outros miniguias. Veja todas aqui.
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O MONÓLITO DO PÃO DE AÇÚCAR
CARIOCA COMPRA A BRIGA CONTRA AS TIROLEZAS DO PÃO DE AÇUCAR. CARTA ABERTA EM DEFESA DO ROCHEDO SÍMBOLO CARIOCA

“O homem moderno perdeu o sentimento do sagrado.
Os indígenas defendem suas águas e montanhas porque
pertencem à Terra e não o contrário como o homem branco
a quem as terras lhes pertencem”.
Construção de tirolesas no Pão de Açúcar revolta arquitetos, paisagistas e moradores de Botafogo, da Urca e de todos os pontos de onde se pode contemplá-lo. Perfurações não previstas no escopo inicial do projeto foram realizadas durante as obras. A polêmica é grande e o paisagista e arquiteto Carlos Fernando de Moura Delphim faz carta aberta à sociedade brasileira sobre os graves riscos que hoje ocorrem na paisagem natural e cultural do Rio de Janeiro, especialmente com a degradação do monólito do Pão de Açúcar.
Para Carlos Fernando de Moura Delphim há uma sequência de efeitos conjugados que, por sua desorganização, degradam a paisagem carioca. O crescimento econômico, a pressão demográfica, a questão da segurança pública e o desenvolvimento do turismo acentuam, de ano em ano, as ameaças que pesam sobre o próprio futuro do homem, em geral, e da população carioca em particular.
Tendo vivido 60 anos no Rio de Janeiro e tendo sempre defendido o patrimônio cultural do Brasil, das cidades e do mundo, Carlos Fernando se sente no dever de lançar seu grito de alerta sobre o que está acontecendo com a Cidade Maravilhosa, especialmente sobre o belíssimo penedo do Pão de Açúcar.
A TIROLEZA DA DISCÓRDIA
A informação está na boca do povo. E não parece fake-news. Já em 2024, o Pão de Açúcar, um dos cartões-postais mais visitados do mundo devido ao seu bondinho, acha-se ameaçado de receber uma inovação que o tornará mais deslumbrante ainda do que já é. Trata-se da instalação de uma tirolesa de 755 metros, um esporte radical
com quatro linhas ligando-o ao Morro da Urca, num trajeto de menos de 50 segundos, numa velocidade de 100km/h. O escritório Índio da Costa, responsável pela construção, apresentou outro projeto ao Iphan, pedindo autorização para aumentar em 50,16% a área total de edificações sobre o Pão de Açúcar.
A proposta afeta ainda o Morro da Urca e a Praia Vermelha, locais onde a empresa pretende criar um acréscimo de área construída de 47,96% para o Morro e de 54,36%, para a Praia. A intenção é criar novos espaços com diversas atividades, como passarelas, restaurantes, teatros, elevadores e mirantes. Esse plano foi apresentado ao Iphan onde se encontra em fase de análise. A inquietante A inquietante proposta já conta com a rejeição da opinião pública, de arquitetos, urbanistas, paisagistas e ambientalistas e do veemente protesto dos moradores da Urca e Botafogo. Segundo o arquiteto da-paisagem Carlos Fernando, a pretensão de construir tais edificações busca justificar-se com conceitos totalmente estranhos e enganosos, como decoração paisagista, algo que, exacerbaria o impacto da edificação sobre a paisagem tombada e declarada pela Unesco como Patrimônio Mundial.
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