Reportagens
Novo diretor-executivo de Governança e Gestão da Embrapa toma posse
Presidente do Consad, Carlos Augustin, dá posse ao diretor Alderi Araújo
O pesquisador da Embrapa Algodão Alderi Emídio de Araújo é o novo diretor-executivo de Governança e Gestão (DE-GG). Ele foi empossado, nesta quinta-feira (10) pelo Conselho de Administração da Embrapa (Consad). Alderi apresentou seu plano de trabalho na 228ª reunião extraordinária do colegiado, realizada em 12 de julho. A resolução que dá posse ao novo diretor será publicada no Boletim de Comunicações Administrativas (BCA) na próxima segunda-feira (14).
Na mesma ocasião, tomou posse como conselheiro indicado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) o economista e advogado Wilson Gambogi Pinheiro Taques, chefe de gabinete do ministro Carlos Fávaro.
A reunião ocorreu na modalidade híbrida, com a presença on-line da presidente Silvia Massruhá e de alguns conselheiros, enquanto os diretores de Pesquisa e Inovação, Clenio Pillon, e de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão, acompanharam presencialmente a posse.
Também participaram presencialmente o presidente do Consad, Carlos Ernesto Augustin, e a conselheira Luana Passos de Sousa, representante do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Taques assume no lugar do conselheiro Sérgio de Zen como representante do Mapa no Consad.
Alderi Araújo é pesquisador da Embrapa desde 1989. Antes de se tornar diretor, atuava como chefe-geral da Embrapa Algodão, cargo assumido em 2020. Engenheiro-agrônomo formado pela Universidade Federal da Paraíba (1987), mestre em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa (1994) e doutor em Agronomia (Fitopatologia) pela Esalq/USP (2008), iniciou sua carreira na Embrapa Amazônia Ocidental. Desenvolveu pesquisas com doenças da seringueira e do dendezeiro até 1997, quando foi para a Embrapa Algodão, onde foi chefe de P&D de 1999 a 2003.
Antes de assumir a DE-GG, trabalhava com pesquisas com gergelim, amendoim e sisal, importantes atividades socioeconômicas do Nordeste. Atualmente é coordenador do projeto Manejo de Fungicidas com o Controle da Mancha de Ramulária do Algodoeiro, principal doença foliar do algodoeiro no Brasil. É também membro dos comitês executivos da Asociación Latinoamericana de Investigación y Desarrollo del Algodón (Alida) e da International Cotton Researchers Association (Icra).
Araújo assume a função no lugar da analista Angélica Galvão, que deixou o cargo em junho. Desde então, o diretor Clenio Pillon vinha ocupando interinamente o posto. Com a posse, o quadro da nova Diretoria-Executiva se completa.
“Agradeço o convite feito pela presidente Silvia e pelo ministro Carlos Fávaro, é uma honra e significa para mim o reconhecimento do trabalho que desenvolvo há 33 anos na Embrapa. Temos muitos desafios pela frente, e a atuação conjunta que vamos desenvolver será muito importante para projetar a Embrapa para seus próximos 50 anos”, afirmou o novo diretor.
Ele reforçou a importância de uma Diretoria composta por mulheres, na sua maioria. “Temos nossa primeira presidente mulher na Embrapa. É histórico e importante, pois representa o crescimento da presença da mulher em cargos de gestão na Instituição e nos coloca em uma posição diferenciada em relação a outras instituições públicas e privadas”, destacou, lembrando que a nova DE assume no cinquentenário da Embrapa. “É importante e ao mesmo tempo marcante. E contamos com o Consad presente conosco nessa trajetória”, destacou.
Por fim, agradeceu aos produtores de algodão do cerrado brasileiro em Mato Grosso e aos pequenos produtores orgânicos agroecológicos do semiárido. “E também à equipe da Embrapa Algodão, que me deu suporte para o desenvolvimento da minha trajetória profissional”.
A presidente Silvia desejou sucesso ao novo diretor e ao conselheiro. “A experiência de vocês irá colaborar positivamente para a nossa gestão, bem como para o desenvolvimento da Embrapa”, afirmou.
Consad tem mais um novo conselheiroAlém de economista e advogado, Wilson Gambogi Pinheiro Taques é chefe de gabinete do ministro Carlos Fávaro. Foi secretário-adjunto de Mudanças Climáticas da Secretaria do Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), de 2013 a 2015, e assessor parlamentar do senador Carlos Fávaro, de 2020 a 2022. Também exerceu os cargos de presidente do Conselho Estadual de Pesca e da Câmara de Compensação Ambiental da Sema e coordenador da 3ª Conferência Estadual de Meio Ambiente, realizada em Mato Grosso, em 2013. Taques foi aprovado pelo Consad e pelo Conselho de Elegibilidade (Coele) e tem mandato até 5 de fevereiro de 2024. “Agradeço a confiança dos conselheiros pela aprovação do meu nome. Minha atuação como advogado e economista permitirá que possa oferecer relevante contribuição para o desenvolvimento da pesquisa agropecuária para os próximos 50 anos da Embrapa. Minha dedicação será máxima”, agradeceu.
Posse do novo diretor de Governança e Gestão, Alderi Araújo (à esquerda), com o novo conselheiro, Wilson Taques. Foto: Marita Cardillo |
Nomeação do representante dos empregados no Consad
Para completar a nova composição do Consad, ainda falta ser nomeado o representante dos empregados, que será o pesquisador da Embrapa Agricultura Digital Michel Yamagishi.
Ele vai complementar o prazo de gestão de Selma Beltrão, que se afastou no dia 19 de junho para ocupar o cargo de diretora de Pessoas, Serviços e Finanças. Yamagiishi foi o segundo mais votado na última eleição para o colegiado, cujo resultado foi divulgado em 25 de março de 2022. Seu mandato vai até 5 de fevereiro de 2024, quando já terá sido concluído o processo de eleição para o cargo.
Confira aqui a composição atual do Consad.
Maria Clara Guaraldo (MTb 5027/MG)
Superintendência de Comunicação (Sucom)
Contatos para a imprensa
imprensa@embrapa.br
Telefone: 61 3448 1516
Reportagens
Barroso diz que Judiciário não tem participação na crise fiscal
Presidente do STF fez balanço sobre as atividades da Corte em 2024
André Richter – Repórter da Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nessa segunda-feira (9) que o Judiciário não tem participação na crise fiscal do país
A declaração foi feita durante entrevista para divulgação de balanço sobre as atividades da Corte em 2024.
Perguntado sobre a possibilidade de o Judiciário contribuir com o ajuste fiscal promovido pelo governo federal, Barroso disse que a Justiça brasileira cumpre o teto de gastos instituído em 2017.
“Nos últimos sete anos, o Judiciário não gastou nenhum vintém a mais do que o orçamento que tinha em 2017, corrigido [pela inflação]. De modo que o Judiciário não tem participação nem responsabilidade sobre a crise fiscal brasileira”.
Sobre o pagamento dos chamados supersalários a alguns magistrados, o presidente afirmou que é contra qualquer pagamento ilegal, mas ressaltou que alguns “penduricalhos” noticiados pela imprensa são indenizações às quais juízes têm direito, como acúmulo de função e de acervo de processos.
“Qualquer tipo de indenização que seja ilegal, que não seja autorizada por lei, é ilegítima e sou contra”, completou.
Aborto
O presidente do STF disse ainda que o julgamento sobre a descriminalização do aborto não deve ser pautado em 2025.
Segundo o ministro, o debate sobre o tema ainda não está maduro. Em setembro do ano passado, o julgamento foi suspenso após a ministra Rosa Weber (aposentada) votar a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez.
“O debate ainda não está maduro para que o Supremo decida sobre essa matéria. O aborto é um coisa ruim. Ninguém considera que seja uma coisa boa, ninguém defende o aborto como política pública. A sociedade brasileira ainda não faz com clareza uma distinção: Ser contra é diferente de achar que quem precisou fazer por alguma circunstância deve ser preso”, afirmou.
Emendas
Sobre as críticas que o Supremo vem recebendo do mundo político por restringir o pagamento de emendas parlamentares ao cobrar princípios de transparência, Barroso declarou que o papel constitucional da Corte é resolver temas de grande importância nacional.
Para o ministro, o protagonismo do STF é confundido com ativismo judicial. “Os temas que, em outras partes do mundo, são deixados para a política, no Brasil se tornam temas jurídicos e judicializados”, completou.
Reportagens
Governadores concentram debate sobre a Reforma Tributária nesta terça-feira (10)
A adesão ao Programa Mais Acesso a Especialistas do Ministério da Saúde e temas da segurança pública também serão debatidos no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, a partir das 9h
Por Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader
Os chefes do Executivo de todo o país voltam a se reunir em Brasília nesta terça-feira (10) para a 16ª edição do Fórum Nacional de Governadores, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, a partir das 9h. No centro do debate estarão três assuntos: o pacote de medidas econômicas anunciado pelo governo federal e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária, a segurança pública e o Programa Mais Acesso a Especialistas do Ministério da Saúde (Pmae).
A abertura ficará a cargo, tradicionalmente, do coordenador do Fórum, o governador Ibaneis Rocha, seguida de fala do ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha.
Passado o momento de abertura, assim como na 15ª edição do Fórum, em 28 de novembro, o primeiro tema a ser debatido será a segurança pública, com as participações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública e secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar.
Eles vão tratar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que pretende atualizar a Constituição Federal para que estados, DF e União formem um pacto federativo em combate à escalada do crime organizado no Brasil. Os governadores também vão reforçar a proposta de um pacto pela segurança em que sejam ouvidos e atendidos pela União de acordo com suas peculiaridades e necessidades.
Saúde e economia em foco
O segundo item da pauta são os planos de ação regional do Pmae. Novamente, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fará a exposição do tema aos governadores; o DF já fez a adesão ao projeto.
O programa tem como objetivo reduzir tempo e fila de espera no Sistema Único de Saúde (SUS), seja com consultas e exames, seja com cirurgias. Segundo a ministra, estão sob foco os pacientes, a digitalização de processos e a formação de novos especialistas.
Por fim, os governadores vão discutir o pacote de medidas fiscais anunciado pelo governo federal. A exposição sobre o tema será do presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Carlos Eduardo Xavier.
O corte de despesas da União prevê uma série de medidas para reduzir os custos federais em R$ 70 bilhões em dois anos. Entre os pontos polêmicos da mudança está a alteração da cláusula de reajuste do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF).
Sobre o Fórum de Governadores
O Fórum Nacional de Governadores reúne os chefes do Executivo em Brasília para tratar de assuntos de interesse comum aos entes federativos. Nas 15 edições anteriores, os representantes das unidades da Federação discutiram assuntos como equilíbrio fiscal, pacto federativo, medidas de segurança, busca por mais recursos para a educação e distribuição de vacinas. O marco legal do saneamento básico e questões ambientais também já foram pautas dos encontros.
As reuniões também contaram com a presença de especialistas nas áreas de economia e segurança pública e membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Antes de cada edição do fórum, os temas são discutidos pelos governadores e escolhidos relatores de acordo com a afinidade ao tema.
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CLDF e UnDF assinam acordo de cooperação técnica para fortalecimento da educação e cidadania
Foto: Vinicius Vicente/Agência CLDF
Em solenidade realizada nesta segunda (9), a reitora da Universidade do Distrito Federal (UnDF), Simone Benck, e o presidente da Câmara Legislativa, deputado Wellington Luiz (MDB), assinaram um acordo de cooperação técnica (ACT) para oficialização de parcerias educacionais. A cerimônia aconteceu na sala da presidência e contou com a presença de representantes da universidade e do Legislativo.
A parceria entre os órgãos existe desde outubro, quando houve a interlocução durante o programa Câmara Vai às Escolas, que, na culminância do projeto, foram ouvidas propostas de melhorias feitas pelos estudantes. A iniciativa, da Escola do Legislativo (Elegis), também já contou com o apoio de monitores estudantes indicados pela faculdade, tendo sido a primeira vez na edição de Sobradinho II, também em outubro.
“Estar aqui na CLDF, concluindo esse segundo ano de implantação da UnDF, é para nós um indício de retorno. A Câmara foi berço das discussões da criação da universidade. Isso culmina com o fortalecimento democrático de ter o protagonismo de buscar essas parcerias com a CLDF”, defendeu a reitora da UnDF.
O presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz, aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância da interlocução entre a educação e o legislativo: “Mais uma vez damos um passo importante na conquista de espaços e quem ganha é a sociedade, é o povo de Brasília. É um legado importante que a gente deixa, uma de muitas conquistas que virão.”
Parceria de longa data
“Esse projeto começou com uma grande abertura. Viemos no ano passado com debates nas comissões. Nessas visitas esse acordo começou a se estabelecer. Como professor, é muito importante esse trabalho, pois falamos em sala de aula conteúdos que precisam de muita teoria, que é vista na prática aqui”, disse o professor Leonardo da Costa, representando o corpo docente.
O deputado Gabriel Magno (PT) esteve presente na assinatura e relatou como o ACT representa a interlocução entre as partes, inclusive em sua participação à frente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC).
“Desde o início das aulas nos colocamos à disposição. Fico muito feliz de estar aqui nesse momento de assinatura com a Universidade, que está engatinhando neste momento. Tem muitos desafios de implementação e esse esforço mostra um compromisso da cidade com uma conquista histórica do DF, que é ter uma universidade distrital”, defendeu o deputado.
A diretora da Elegis, Jane Marrocos, destacou que a Casa irá ainda conquistar prêmios por meio desta parceria, a exemplo do 39º Prêmio ABEL, categoria Comunidade, concedido pela Associação Brasileira de Escolas do Legislativo (ABEL) em junho.
“A escola deu muitos passos adiante. Foi uma alegria estar com vocês, na nossa culminância. Foi um modelo que devemos ombrear para premiar dentre as escolas do Brasil. Essa parceria leva um modelo muito produtivo para a educação do DF, especialmente pela missão de cidadania que a Câmara Legislativa tem e executa por meio da Elegis”, pontuou.
Vinícius Vicente (estagiário sob supervisão de Bruno Sodré) – Agência CLDF
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