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Grandes eventos nacionais e internacionais posicionam Brasília como potência no turismo

Capital brasileira se destaca por investimentos do GDF em parceria com a iniciativa privada, pela rede hoteleira e pelo hub logístico do aeroporto brasiliense, entre outros fatores. Nesta quinta (12), maior feira de casamentos da América Latina recebe visitantes para imersão gratuita no mundo do matrimônio

 

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger

 

Brasília é mais do que o centro das principais decisões políticas do país. Nos últimos meses, a capital federal também tem se destacado por sediar eventos de alta relevância para os calendários nacionais e internacionais, como a mais importante feira de casamentos da América Latina, o Casar Decor – aberto ao público nesta quinta-feira (12), das 17h30 às 23h30, no Clube Ascade -, o maior evento náutico do Centro-Oeste, o Brasília Boat Show, a principal competição off road das Américas, o Rally dos Sertões BRB, e o maior festival de motos e rock da América Latina, o Capital Moto Week. As conquistas são fruto dos investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio das secretarias de Turismo (Setur) e Esporte e Lazer (SEL), em parceria com a iniciativa privada.

Com entrada gratuita, o Casar Decor é a maior feira de casamentos da América Latina, reunindo estandes de mais de 100 empresas | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

As arquibancadas dos equipamentos esportivos, principalmente da Arena BRB Mané Garrincha e do Ginásio Nilson Nelson, também estiveram lotadas neste ano, com o Circuito Mundial de Vôlei de Praia, o mundial de beach tennis, o Grand Prix Internacional de Boxe e o Jungle Fight 126. Recentemente, houve o K-1 World GP 2024, com disputas entre os principais nomes do kickboxing, e o Festival de Areia de Brasília, que reuniu 150 atletas de vôlei de praia e futevôlei para competirem na etapa Challenger do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia.

“Somos o terceiro polo gastronômico do país, estamos entre as cinco cidades brasileiras com maior visitação náutica, dispomos de um grande parque hoteleiro, com mais de 400 estabelecimentos com acomodações de quatro e cinco estrelas, além de contarmos com segurança qualificada e o hub aeroportuário do Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek”

Cristiano Araújo, secretário de Turismo

E não para por aí. A capital vai sediar a 51ª edição da Abav Expo, um dos maiores eventos sobre turismo do Brasil, de 26 a 28 de setembro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). A feira de turismo contará com a participação de mais de duas mil marcas do setor, incluindo representantes de hotelaria, gastronomia, transporte, turismo e artesanato. Participarão players de 22 países, 26 estados brasileiros e 15 municípios em treinamentos e encontros, que proporcionarão oportunidades em networking, trade de negócios, contato direto com agentes de viagens e grandes empresas do setor.

A expectativa é de que o evento atraia 30 mil visitantes, dos quais 10 mil virão de fora de Brasília, gerando uma movimentação de R$ 30 milhões na economia local. O aporte do GDF é de cerca de R$ 7 milhões. Nesta edição, será a primeira vez que a Abav Expo terá um dia aberto ao público em geral. Além disso, no dia 28 de setembro, o evento terá ingressos disponíveis ao preço popular de R$ 20. As inscrições para participar do evento podem ser feitas no site oficial.

“São muitas as características que fazem de Brasília o lugar ideal para promover eventos de grande porte”, avaliou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “Somos o terceiro polo gastronômico do país, estamos entre as cinco cidades brasileiras com maior visitação náutica, dispomos de um grande parque hoteleiro, com mais de 400 estabelecimentos com acomodações de quatro e cinco estrelas, além de contarmos com segurança qualificada e o hub aeroportuário do Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek.”

“Estamos realmente colocando Brasília no eixo de grandes eventos esportivos, e isso facilita muito pela geografia e logística da área central de Brasília, onde temos os setores hoteleiros Norte e Sul, e os maiores espaços esportivos, que estão a 15 minutos do aeroporto”

Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer

Entre 8 e 19 de outubro, a maior etapa dos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs) vai ocorrer em solo brasiliense, com participação prevista de mais de 6 mil pessoas. No mesmo mês, entre os dias 11 e 13, a Ponte JK será palco de disputas da Copa do Mundo e da edição inaugural do Mundial Júnior do High Diving, modalidade de saltos altos derivada dos saltos ornamentais, com disputa de mais de 50 atletas.

Outro evento muito aguardado no eixo esportivo é a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será sediada em Brasília e outras nove cidades brasileiras. A Arena BRB Mané Garrincha foi uma das mais bem-avaliadas durante a votação e deve receber oito partidas: cinco jogos da fase de grupos, um de oitavas, um de quartas e uma semifinal. O estádio também recebe partidas do Campeonato Brasileiro e shows de artistas que arrastam multidões, como Red Hot Chilli Peppers, no ano passado, e Bruno Mars, programado para outubro.

“Reunimos uma diversidade de produtos em um só lugar, além de estarmos gerando empregos diretos e indiretos e movimentando a economia local”, afirma a a idealizadora do Casar Decor, Anna Barra

“Estamos realmente colocando Brasília no eixo de grandes eventos esportivos, e isso facilita muito pela geografia e logística da área central de Brasília, onde temos os setores hoteleiros Norte e Sul, e os maiores espaços esportivos, que estão a 15 minutos do aeroporto”, observou o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, em entrevista ao podcast da Agência Brasília, GDF de Ponto a Ponto.

Véu e grinalda

Maior feira de casamentos da América Latina, o Casar Decor tem entrada gratuita e recebe investimento de cerca de R$ 500 mil da Secretaria de Turismo (Setur). Os visitantes terão acesso às últimas tendências de decoração, gastronomia, gastronomia, vestuário e audiovisual, em estandes de mais de 100 empresas, workshops, palestras, bate-papos, degustações e desfiles de noivas.

Breno da Silva e Lizandra Lima planejam o casamento, marcado para o próximo ano. “O DF tem um mercado muito promissor nesse setor. Percebemos que não faltam opções”, diz Breno

“Simulamos uma verdadeira festa! São 12 espaços de exposição, cada um com formato diferenciado, com cores e texturas que podem agradar desde as noivas mais modernas e fashionistas até as mais românticas. Para os noivos, buscamos divulgar o que há de melhor na parte musical e gastronômica”, afirmou a idealizadora da feira, Anna Barra. “No setor de eventos, trazemos oportunidades para o consumidor. Aqui, a noiva pode encontrar desde valores mais acessíveis aos mais suntuosos, uma vez que reunimos uma diversidade de produtos em um só lugar, além de estarmos gerando empregos diretos e indiretos e movimentando a economia local.”

O empresário e chef de cozinha Diego Gebrim, 33 anos, definiu o Casar Decor como uma vitrine para os consumidores. “Podemos mostrar o que temos de melhor para noivos que desejam firmar o matrimônio no ano que vem e em 2025, com a degustação do nosso cardápio é uma pequena amostra de como é o mini-wedding no Verona Ristorante.”

A assistente social Larissa da Silva, 32, sonha com o momento em que entrará na igreja de véu e grinalda, para encontrar o namorado, o segurança Bruno Siqueira, 29, no altar. “Hoje nós completamos dois anos de namoro e ele me trouxe aqui, então fiquei ainda mais emocionada. Quero uma decoração com muitas flores, mais romântica, e achei várias opções aqui”, compartilhou ela. “Nós já vimos algumas referências juntos e a data casou bem com nossa vinda”, completa ele.

Outro casal que aproveitou a exposição para imaginar como será o grande dia foi a dentista Lizandra Lima, 23, e o empresário Breno da Silva, 27. Juntos há nove anos, eles vão se casar daqui um ano, em 11 de setembro de 2025. “A ansiedade é grande. Conversamos com alguns fornecedores que, mesmo que a gente não feche hoje, vão ficar no nosso radar”, observou Lizandra, ao que Breno acrescentou: “O DF tem um mercado muito promissor nesse setor. Percebemos que não faltam opções, tanto para quem tem o orçamento menor para quem pode gastar valores mais elevados.”

 

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Exposição no Rio revela objetos que retratam escravidão e resistência

Acervo reúne doações de museus dos EUA, África do Sul e Senegal

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Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil

 

O Museu Histórico Nacional, em reforma desde dezembro do ano passado, reabre em parte na próxima quinta-feira (13) com a exposição Para além da escravidão: construindo a liberdade negra no mundo. A curadoria é compartilhada com museus dos Estados Unidos, África do Sul, Senegal, Inglaterra e Bélgica. 

“Todo mundo participou da concepção e da circulação dos objetos que estarão expostos”, explicou à Agência Brasil a historiadora e curadora brasileira da exposição, professora Keila Grinberg.

“É uma exposição sobre escravidão atlântica, global. Ela mostra primeiro como a escravidão é um fenômeno global e como ela envolveu todos os países do mundo Atlântico nos séculos 15 a 19, mas também mostra que a escravidão está muito ligada no momento presente. Daí o nome Para além da escravidão, pensando as conexões com o presente”, destacou Keila.

 

Rio de Janeiro- 10/11/2025 - Exposição escravidão no MHN. ( Protesto contra o Apartheid em Soweto/África do Sul (1976).  Foto: Crédito/ Divulgação
Protesto contra o Apartheid em Soweto/África do Sul (1976). Foto: Crédito/ Divulgação

A exposição é gratuita e ficará aberta à visitação até o dia 1º de março de 2026.

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Como a mostra não se prende só ao passado, mas repercute também no presente, uma das coisas que o público vai aprender é que as consequências da escravidão existem em vários lugares ao mesmo tempo, segundo a curadora.

Keila ressalta que houve resistência à escravidão e ao colonialismo em vários países. “E essas formas de resistência têm conexão umas com as outras”.

De acordo com a curadora, o subtítulo “construindo a liberdade negra no mundo” deixa isso bem claro ao reunir peças religiosas, peças de música, como um atabaque do Haiti, por exemplo.

A exposição destaca também as questões contemporâneas. “Por exemplo, tem uma parte, no final, que tem discussão sobre reparação, sobre justiça ambiental e efeitos raciais. Tem uma parte que fala de violência policial, e por aí vai”.

A conclusão, analisou a historiadora, é que a escravidão, como existiu no passado, não existe mais. Mas as consequências, na forma do racismo, principalmente, continuam existindo.

“Eu acho que o grande lance é perceber as estruturas e, também, a luta contra elas. A ideia da exposição, apesar dela ser dura, é que a pessoa sai de lá empoderada com as possibilidades que as várias formas das experiências humanas contra o racismo trazem, embora não se possa falar de esperança no Rio de Janeiro, hoje em dia”.

A ideia, de acordo com a curadora, é mostrar o alcance dos problemas e a possibilidade de mudanças.

A estreia global da mostra ocorreu em dezembro de 2024, no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, em Washington, nos Estados Unidos.

A mostra reúne cerca de 100 objetos, 250 imagens e dez filmes, divididos em seis seções. Do Museu Histórico Nacional, a mostra seguirá para a Cidade do Cabo, na África do Sul; Dakar, no Senegal; e para Liverpool, na Inglaterra.

 

Rio de Janeiro- 10/11/2025 - Exposição escravidão no MHN. ( Protesto do movimento Black Lives Matter/EUA (2021).  Foto: Crédito/ Divulgação
Protesto do movimento Black Lives Matter/EUA (2021). Foto: Crédito/ Divulgação

Atividades paralelas

Em parceria, o museu e o Arquivo Nacional promoverão o seminário internacional Para além da escravidão: memória, justiça e reparação, nos dias 13 e 14, na sede do Arquivo Nacional, na Praça da República, região central do Rio de Janeiro.

Com curadoria também de Keila Grinberg, o Arquivo Nacional abrigará a exposição Senhora Liberdade: mulheres desafiam a escravidão, exibindo documentos do acervo da instituição que revelam histórias de dez mulheres escravizadas que entraram na Justiça contra os seus senhores, no século 19.

“Nem todas ganharam a liberdade, mas todas tentaram. Isso é muito importante porque são histórias pouco conhecidas, de mulheres que desafiaram os senhores, a Justiça e foram atrás”.

O público poderá visitar essa exposição de segunda a sexta-feira até o dia 30 de abril do próximo ano. A entrada é gratuita.

Além dessa exposição, o Instituto Pretos Novos vai hospedar uma parte do processo de pesquisa feito para a exposição que está no Museu Histórico Nacional. É um projeto de pesquisas feitas com as mesmas perguntas nos seis países participantes. Daí o nome Conversas inacabadas.

“A ideia é exatamente essa que as conversas reverberam no presente. São várias entrevistas sobre como as pessoas veem o racismo, desde quando passaram a ter a ideia de consciência racial, por exemplo”. 

Essa exposição no Instituto Pretos Novos ficará aberta do dia 14 de novembro a 15 de dezembro.

 

Rio de Janeiro- 10/11/2025 - Exposição escravidão no MHN.(Cartaz da Conferência Pan-Africana (1900)
) Foto: Crédito/ Divulgação
Cartaz da Conferência Pan-Africana (1900) ) Foto: Crédito/ Divulgação

Simbolismo

A professora Keila Grinberg considera muito simbólico que o Brasil seja o primeiro lugar de destino da exposição, após o museu inicial norte-americano, porque o país tem uma tradição de estudos muito forte nesse campo.

“E isso mostra o respeito e a importância internacional que os estudos no Brasil têm. É muito importante porque é uma área em que o Brasil se destaca enormemente”, ressalta

De todos os países que tiveram escravizados africanos, o Brasil foi o que recebeu a maior quantidade. “Recebeu cerca de 45% dos africanos escravizados. Quase a metade do total veio só para o Brasil. Os Estados Unidos receberam 5%”, lembra Keila.

“A escala e a centralidade da escravidão no Brasil são sem precedentes. Por isso, a gente não entende nada da história do Brasil se não entender a escravidão. Ela é elemento central para se entender a história do Brasil”, explica.

No total, cerca de 12 milhões de pessoas, em 300 anos, foram sequestradas, vendidas e escravizadas. Na exposição, o público terá oportunidade de entender a dimensão do que ocorreu. Os escravizados eram procedentes das regiões da África Central, da qual fazem parte o atual Congo e Angola; e da África Ocidental, que envolve Senegal, Benim e Nigéria.

“Eu falo sempre para meus alunos: tem duas coisas que eles precisam entender para compreender a história do Brasil. Uma é que teve escravidão. Ninguém vai saber nada sobre o Brasil se não entender isso. Mas a outra, tão importante quanto, é que a escravidão acabou”.

A curadora acredita que, assim, será possível fazer com que o racismo, que se acha tão arraigado no país, também acabará.

Keila Grinberg é professora na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

 

Rio de Janeiro- 10/11/2025 - Exposição escravidão no MHN. ( Irmandade da Boa Morte/Brasil (1983).  Foto: Crédito/ Divulgação
Irmandade da Boa Morte/Brasil (1983). Foto: Crédito/ Divulgação
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Economia com nova usina fotovoltaica ampliará investimentos do Hospital da Criança em equipamentos e insumos

Com investimento de R$ 13,6 milhões do GDF, nova estrutura foi entregue nesta quarta-feira (12) pela primeira-dama Mayara Noronha Rocha; redução na conta de energia será de cerca de 80%, o que representa mais de R$ 3,7 milhões por ano

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Nesta quarta-feira (12), o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou a usina fotovoltaica do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). O empreendimento instalado para abastecer a maior parte da demanda energética da unidade, produz energia limpa, ao mesmo tempo que contribui para a diversificação da matriz energética. Com investimento do GDF na ordem de R$ 13,6 milhões, a instalação proporcionará uma economia anual de R$ 3,7 milhões aos cofres públicos.

Segundo a primeira-dama e madrinha do Hospital da Criança de Brasília, Mayara Noronha Rocha, a inauguração da usina fotovoltaica representa um grande avanço para a saúde e reforça o compromisso do governo com a solidariedade e a sustentabilidade. “A iniciativa alia a preocupação ambiental à responsabilidade econômica, permitindo que a economia gerada seja revertida em investimentos no próprio hospital, como aquisição de novos equipamentos, medicamentos e melhorias nos espaços voltados às crianças”, afirma.

Mayara ressaltou que essa é uma entrega que vai muito além do presente, pois significa pensar no futuro e garantir benefícios duradouros para os pacientes da unidade. “No dia 5 de novembro, o Ministério da Saúde reconheceu o HCB como uma das três unidades do país habilitadas a realizar terapia gênica, consolidando a instituição como referência nacional em tecnologia, inovação e medicina de ponta.”

Segundo a primeira-dama e madrinha do Hospital da Criança de Brasília, Mayara Noronha Rocha, a inauguração da usina fotovoltaica representa um grande avanço para a saúde e reforça o compromisso do governo com a solidariedade e a sustentabilidade | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Sem o aporte da energia solar, os gastos com energia elétrica no HCB variam de R$ 380 mil a R$ 450 mil reais mensais para manter a estrutura de cuidado hospitalar ambulatorial e de internação especializado para as crianças e adolescentes com doenças raras, crônicas e complexas; a partir da implementação da usina, a expectativa é que haja economia de até 80% na fatura de energia elétrica.

O secretário da Saúde (SES-DF), Juracy Lacerda, destacou que a instalação de mais de 5 mil placas solares representa um investimento com retorno previsto em menos de cinco anos, já que o custo será compensado pela redução nas despesas com energia elétrica. Ele afirmou que a economia gerada, superior a 80%, será revertida diretamente em melhorias para o hospital, com aplicação dos recursos em infraestrutura, equipamentos e insumos, o que refletirá de forma direta na qualidade do atendimento à população.

 

Ao assumir a pasta, segundo Juracy, uma das orientações do governador Ibaneis Rocha foi cuidar prioritariamente da oncologia. “O HCB tem se destacado nessa área, com um trabalho de excelência no cuidado oncológico infantil. A partir dessa diretriz, lançamos o projeto Câncer Não Espera. O GDF Também Não, que reduziu o tempo médio entre o encaminhamento e a primeira consulta oncológica de mais de 80 dias para cerca de 14”, ressaltou.

O secretário acrescentou ainda que o GDF tem um planejamento mais amplo para a instalação de usinas fotovoltaicas em outros equipamentos públicos, inclusive em outras unidades de saúde, alinhando a política de gestão à sustentabilidade e à eficiência energética.

 

Usina fotovoltaica

A usina fotovoltaica do HCB é conectada à rede de distribuição da concessionária local e possui 5.300 unidades de placas instaladas em uma localização estratégica para a captação solar: os estacionamentos e os telhados do hospital. As placas estão dispostas sobre estruturas metálicas, os carpots, e cobrem 584 vagas de estacionamento e parte do telhado do HCB, totalizando 7.616 m² de cobertura. A localização das placas solares possibilitou maior conforto térmico ao abrigar os veículos de funcionários, que ficarão debaixo das estruturas.

Segundo a diretora executiva do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), Valdenize Tiziane, essa usina foi pensada dentro da agenda de sustentabilidade e também da redução de custos para a operação do hospital. Ela ressaltou que a unidade se antecipou e elaborou um projeto bem estruturado para que a instalação pudesse ser feita sem interferir no funcionamento do hospital, que é um organismo vivo e não pode ter impactos na assistência. Além disso, Valdenize destacou que o projeto foi pensado para aproveitar melhor o espaço físico do estacionamento, beneficiando pacientes, famílias e colaboradores.

Com investimento do GDF na ordem de R$ 13,6 milhões, a instalação proporcionará uma economia anual de R$ 3,7 milhões aos cofres públicos

Essa economia secundária considera a cobertura das áreas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Bloco 2, uma vez que o sombreamento nesses espaços possibilita a captação de ar “mais frio” para refrigeramento dos espaços internos do HCB. “Temos 1.800 funcionários e cerca de 60 mil atendimentos mensais no ambulatório. O espaço do estacionamento é essencial para acolher toda essa população. As estruturas instaladas ali geram energia e, ao mesmo tempo, proporcionam sombreamento, protegendo do sol. Foi um ótimo aproveitamento do espaço”, afirmou a diretora.

O HCB é referência no atendimento a crianças e adolescentes com doenças raras e crônicas. A presidente do Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe), Ilda Peliz, destacou que a usina representa um ganho ambiental e assistencial. “É um benefício tanto para o meio ambiente quanto para o hospital e, principalmente, para os pacientes, que continuarão recebendo atendimento especializado com ainda mais segurança. É muito importante termos uma energia sobre a qual temos controle, que não vai faltar, porque o sol não falta”, acrescentou.

A presidente também fez questão de agradecer o apoio do Governo do Distrito Federal. “O hospital foi construído pela sociedade, mas o GDF abraçou esse projeto. O governo tem um olhar cuidadoso e atende todas as demandas que levamos, o que nos permitiu crescer. Nesse governo, conseguimos iniciar o transplante de medula óssea e temos hoje vários projetos de grande porte que fazem diferença no tratamento das crianças. Posso dizer que o GDF está nos ajudando a salvar mais vidas.”

HCB

Neste mês de novembro, o Hospital da Criança de Brasília celebra 14 anos de funcionamento, dedicados ao diagnóstico e tratamento de crianças com doenças raras, graves e complexas, o que o tornou referência nacional em diversas especialidades. Atualmente, realiza mais de 200 novos atendimentos de câncer infantil por ano e cerca de 60 mil atendimentos ambulatoriais por mês. A unidade conta com 212 leitos, sendo 58 de UTI de alta complexidade. Nesta semana, o HCB foi habilitado como uma das três unidades do país a oferecer terapia gênica para crianças, um avanço significativo garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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CLDF homenageia participantes da Cavalgada Elas Por Elas

Foto: Marcello Cândido

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Por iniciativa do deputado Eduardo Pedrosa (PSD), a Câmara Legislativa realiza sessão solene nesta quarta-feira (12) em homenagem à Cavalgada Elas Por Elas. A solenidade começa às 19h na Sala de Comissão Itamar Pinheiro Lima e terá transmissão da TV Câmara Distrital.

Realizada tradicionalmente na semana do Dia Internacional da Mulher (8/3), a Cavalgada Elas Por Elas carrega consigo um significado de celebração, homenagem e reafirmação do valor, da força e da contribuição das mulheres na história e no cotidiano de nossas comunidades. O objetivo do grupo é influenciar positivamente a autoestima, o empoderamento e o engajamento feminino.

“Além do aspecto cultural e simbólico, destaca-se também a dimensão social da iniciativa, uma vez que, como contrapartida, ocorre a arrecadação de alimentos não perecíveis destinados à montagem de cestas básicas, posteriormente distribuídas a famílias em situação de vulnerabilidade social na região de São Sebastião”, destaca o deputado Eduardo Pedrosa.

Deputado Eduardo Pedrosa (Foto: Carolina Curi/Agência CLDF)

Valorização Feminina 

O grupo Cavalgada Elas Por Elas surgiu em março de 2020, idealizado por um grupo de mulheres da cidade de São Sebastião/DF, movidas pelo propósito de promover maior reconhecimento e valorização feminina nos espaços tradicionalmente ocupados por homens, tanto no contexto country e como das cavalgadas. A ideia nasceu da percepção de que, apesar da intensa participação das mulheres nessas tradições, sua representatividade e protagonismo ainda eram pouco visíveis e reconhecidos.

Foto: Marcello Cândido

Com esse espírito, foi organizada uma força-tarefa composta por amazonas e integrantes das comitivas femininas da região, que, em apenas três meses de trabalho coletivo, conseguiu consolidar o primeiro evento e estabelecer as bases para que a Cavalgada Elas Por Elas se tornasse uma tradição anual no calendário local. O intuito sempre foi fortalecer a identidade, o papel e o reconhecimento da mulher no meio rural e cultural, ampliando espaços, oportunidades e visibilidade.

Atualmente, o evento reúne cerca de 100 amazonas em seu trajeto, contando ainda com público estimado de aproximadamente mil pessoas por edição.

 

Bruno Sodré – Agência CLDF

 

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