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Policiais Legislativos da CLDF conquistam quatro medalhas nas Olímpiadas de Segurança Pública

A delegação da Câmara Legislativa contou com 42 atletas

 

Foto: Marcos Tavares/Agência CLDF

 

Três policiais da Diretoria de Polícia da Câmara Legislativa do Distrito Federal (DIPOL) conquistaram o pódio da VII Olimpíada de Integração das Forças de Segurança (Olinsesp) e trouxeram quatro medalhas para a Casa: três ouros e um bronze. O evento, organizado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF), envolveu 16 modalidades esportivas e reuniu cerca de dois mil servidores de instituições governamentais e organizações de ordem pública.

O agente Christian Magalhães garantiu duas medalhas de ouro nas provas de atletismo de 1.500 metros e 800 metros rasos. Já Dirceu Falcão Neto, presidente da Comissão Permanente de Contratação (CPC), ganhou ouro no judô masculino na categoria de veteranos com menos de 90kg. No jiu-jitsu de 85kg a 90kg, o agente Rafael Maurício Correa levou o bronze.

Além dos policiais legislativos, participaram do evento servidores da SSP/DF, da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Civil (PCDF), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) e da Polícia Federal (PF). Também marcaram presença agentes de segurança da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Departamento de Trânsito (Detran-DF), do Senado e da Câmara dos Deputados.

O deputado Wellington Luiz (MDB) parabenizou os atletas e destacou a relevância da iniciativa na união e a colaboração entre instituições de segurança pública do DF. “Mais do que promover a saúde e o bem-estar dos participantes, a Olinsesp reforça a importância do trabalho em equipe e da integração, essenciais para a eficiência e a segurança da nossa população”, enfatizou.

 

Experiência esportiva

 

 

Da esquerda para a direita, os medalhistas Rafael Correa, Christian Magalhães e Dirceu Falcão

A experiência esportiva precedeu a participação vitoriosa dos três agentes legislativos na Olinsesp. O interesse de Christian Magalhães pelo atletismo começou no período que serviu ao Exército Brasileiro, e realizava treinos regulares para Testes de Aptidão Física (TAF). Em Formosa (GO), onde nasceu, Magalhães chegou a concorrer pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO). “A última competição que eu participei foi da Polícia Civil de Formosa. Eu fiquei em segundo ou terceiro na minha categoria”, citou.

Desde os quatro anos, a prática do judô faz parte da vida de Dirceu Falcão Neto. Em sua trajetória no esporte, participou de várias competições locais e internacionais, sendo campeão dos Jogos Estudantis do Distrito Federal, em 1992, e alcançando a quinta posição no Torneio Internacional Sankaku de Judô de 1997, em Bérgamo, na Itália. Em 1999, Falcão foi aprovado no exame de faixa preta, um símbolo de dedicação e compromisso na arte marcial. “Eu tenho 46 hoje. São 42 anos de contato com com judô”, contou.

A prática esportiva também marca a história de Rafael Maurício Correa, que, desde a adolescência, tem afinidade com as artes marciais. Antes de começar a praticar jiu-jitsu, Correa treinou karatê e judô. O agente costumava competir pela modalidade até o início do surto de Covid-19, em 2020. “A minha última competição foi em 2019, mas iniciou a pandemia e eu fiquei um tempo sem competir”.

Participação na Olinsesp

 

A convocação para participar da Olinsesp foi inesperada para os policiais legislativos, uma vez que o convite chegou de última hora à DIPOL. Como consequência, os três medalhistas tiveram pouco tempo de preparação até o início da competição. Alcançar o pódio foi uma surpresa para todos eles, que não acreditavam em uma possível vitória devido ao curto período de treinamento.

Segundo Magalhães, apesar da paixão pelo atletismo, ele não treinava especificamente para disputas esportivas. Avaliando o potencial dos adversários na Olinsesp, o policial não imaginava ganhar duas medalhas de ouro. “Eu não esperava conseguir ganhar, ficar no pódio, até porque os competidores que já estão lá, da PM e do Corpo de Bombeiros, têm um centro de treinamento. Quando eu ganhei, fiquei muito feliz”, enfatizou.

A participação na Olinsesp também não era um plano de Falcão, que pensou não estar preparado para competir. Desde de 2020, devido a pandemia de Covid-19, o agente legislativo diminuiu a frequência de treinos. A insistência dos colegas de trabalho e do filho de 11 anos, iniciante no judô, convenceram o atleta a aceitar o desafio.

“Foi uma boa oportunidade de representar a polícia legislativa e, ainda, incentivar o meu filho. Eu me senti orgulhoso de contribuir para colocar o nome da Polícia Legislativa e da CLDF no local de destaque que eles merecem. Foi uma satisfação muito grande”, afirmou.

Diferente de Magalhães e Falcão, participar da Olinsesp foi um desafio para Correa, não pela questão de treino, mas por uma fratura na costela, em junho deste ano, que o afastou da prática regular do jiu-jistu. Ainda em recuperação do ferimento e acostumado a disputar na modalidade até 84 kg, Correa competiu na Olinsesp na categoria de 85kg a 95kg. “Acabei lutando em uma categoria acima. Vinha de uma lesão, não tinha condição de buscar o pódio. O intuito foi dar o meu melhor e fazer uma boa luta. Foi bacana, muito gratificante”, contou.

 

Futuras competições

Inspirado pela vitória na Olinsesp, a expectativa de Christian Magalhães, agora, é participar do World Police & Fire Games, conhecido como Jogos Mundiais de Policiais e Bombeiros, marcado para acontecer em junho de 2025, no Alabama, nos Estados Unidos. “Temos pretensão de competir ano que vem. Já vamos começar a treinar, na ideia de representar a polícia legislativa”, almeja.

Rafael Correa também pretende participar de outras disputas esportivas. O agente está se preparando para competições organizadas pela Confederação Brasileira de Jiu Jitsu (CBJJ) que acontecerão no país até o fim do ano. “Foi bom ter voltado a competir, porque acendeu algo. Vai ter um mundial pela CBJJ, estou pensando em competir lá.”

Apesar da vitória na competição, Falcão não garante participar de outras competições representando a CLDF devido à rotina movimentada. Segundo o judoca, conciliar prática esportiva e a gestão da Comissão Permanente de Contratação da CLDF — órgão responsável pelas licitações de bens e serviços da Casa — é árduo. “Se eu decidir competir, vou ter que voltar a treinar de verdade”, avalia.

O encerramento da VII Olimpíada de Integração das Forças de Segurança ocorreu em 30 de agosto. A Polícia Militar liderou a Olinsesp, totalizando 183 medalhas. Em segunda e terceira posição, respectivamente, o Corpo de Bombeiros Militar, com 155 medalhas, e a Polícia Civil, com 109. A delegação da Polícia Legislativa do DF, composta por 42 integrantes, ficou na oitava posição.

Amanda Gonçalves, estagiária sob supervisão de Bruno Sodré/Agência CLDF

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Ativista Thiago Ávila está a caminho do Brasil, diz Freedom Flotilla

Ele deve chegar ao Aeroporto de Guarulhos nesta sexta

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Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil

 

O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, que foi preso em Israel ao tentar levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza está a caminho do Brasil, segundo a organização Freedom Flotilla. Ele deve chegar ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta sexta-feira (13), às 5h25. 

Thiago está há quatro dias em greve de fome em protesto contra sua detenção, que considera um sequestro por ter ocorrido em águas internacionais. O caso é tratado como crime de guerra pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do Brasil. O Itamaraty, que acompanha o caso, considera que houve violação do direito internacional e pede a libertação de Thiago.

O ativista brasileiro foi enviado ontem (11) para uma cela solitária como punição pela greve de fome, informaram ainda os advogados que acompanham o caso. Sua família, no Brasil, está sem contato com ele desde a última segunda-feira (9), quando o grupo de ativistas foi interceptado pelas forças israelenses.

Israel ainda mantém na cadeia de Givon dois ativistas, Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi, ambos da França. Segundo a Adalah, eles devem ser deportados nesta sexta-feira.

Oito dos 12 ativistas se negaram a assinar documento reconhecendo que cometeram o crime de tentarem entrar de forma ilegal no país, como queriam as autoridades israelenses. Isso impediu a deportação imediata dessas pessoas.

Segundo a Flotilha, o grupo concordou que a ambientalista Greta Thunberg e outros três ativistas assinassem o documento para que, voltando a seus países, pudessem denunciar a situação.

Entenda

O grupo de 12 ativistas da Flotilha da Liberdade tentou desembarcar em Gaza na última segunda-feira para levar alimentos e remédios para população palestina, denunciar o cerco de Israel e tentar abrir um corredor humanitário para Gaza.

Cerca de 2 milhões de palestinos vivem mais de três meses de bloqueio de Israel, que permite apenas que empresa sediada nos Estados Unidos forneça alimentos à população.

A Organização das Nações Unidas (ONU) condena o bloqueio de outras organizações e alerta que 6 mil caminhões com ajuda humanitária estão na fronteira com o Egito aguardando para ingressar em Gaza.

Os centros de distribuição e alimentos controlados por Israel são tidos como insuficientes e, durante as entregas, são registradas dezenas de assassinatos de palestinos.

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Estandes na Expotchê mostram atrativos e produtos de Brasília

Estruturas montadas pela Secretaria de Turismo contam, entre outras coisas, com peças de artesanato, chocolates e cachaças produzidos no DF; feira fica no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade até domingo (15)

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Fernando Jordão, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

 

Um dos mais tradicionais eventos do Distrito Federal, a Expotchê tem como objetivo principal celebrar a cultura gaúcha. Mas também há espaço para mostrar as belezas e os produtos da capital federal. Esse é exatamente o objetivo de dois estandes montado no local pela Secretaria de Turismo (Setur-DF).

“A Secretaria de Turismo sempre esteve presente na Expotchê, que já faz parte do calendário oficial de eventos de Brasília. Nesta edição, teremos um estande institucional [batizado de Viva Brasília] com divulgação das rotas turísticas, como as do vinho e do queijo, e a oportunidade de conhecer a produção local do café, chocolate e cachaça. Essas rotas revelam não apenas a qualidade da nossa produção, mas também o grande potencial turístico da capital em nível nacional e internacional. No segundo estande, a experiência é dedicada ao artesanato local, com peças que refletem a identidade cultural da capital”, contou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo.

“Na Expotchê, nós recebemos, durante dez dias, mais de 100 mil pessoas. Então, é uma oportunidade não só para o Rio Grande do Sul e para os produtores de lá. É uma oportunidade também para que o público conheça o trabalho dos nossos produtores, o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Turismo com esse projeto de incentivo. É uma troca, um intercâmbio de cultura, de tradição, de comércio, de tudo. Você vai achar os produtos gaúchos, mas você vai achar também produtos de outros estados, aproveitando esse grande público que a gente reúne”, emendou Leda Simone, diretora-executiva da Rome Eventos, empresa que organiza a feira.

Carlos Magnum, fundador da cachaçaria Ararauna e um dos integrantes do grupo Brasília Cachaça Tasting — que reúne produtores locais —, está entre os expositores do Viva Brasília. “O DF possui cachaças premiadas nacionalmente e internacionalmente. Apesar de ainda ser pequena, é uma produção de alta qualidade”, pontua.

Carlos Magnun: “O DF possui cachaças premiadas nacionalmente e internacionalmente. Apesar de ainda ser pequena, é uma produção de alta

 

Ele diz que os visitantes da feira se surpreendem ao provar os produtos locais. “O público não acredita que Brasília produz alguma coisa. Todo mundo acha que Brasília é só política e arquitetura, e, na verdade, não é. Hoje a gente tem que abastecer o nosso quadradinho e a produção local tem se mostrado efetiva, de qualidade. O terceiro polo gastronômico do Brasil é Brasília. Então, produzir coisas de qualidade aqui, para a gente, é satisfatório. E saber que as pessoas estão conhecendo esses produtos, graças à ajuda da Setur, torna-se mais satisfatório ainda.”

 

A designer Luciana Dias foi uma das visitantes que conheceram — e aprovaram — as cachaças produzidas no DF. “Aprovadíssima, gostei muito. Conheci agora e é muito bom, porque é um produto de Brasília, feito em Brasília mesmo, e um produto de qualidade, que é reconhecido internacionalmente. Acho superválido [expor os produtos locais na feira], porque as pessoas vão conhecendo, e, principalmente, em um evento desse, que é tão grande”, avaliou.

A 32ª edição da Expotchê fica no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade até domingo (15). De segunda a quinta-feira, o evento funciona das 16h às 23h. De sexta a domingo, das 11h às 23h. Além da presença de mais de 100 expositores, o público pode conferir shows e apresentações. Os ingressos custam R$ 20 (R$ 10 a meia), com entrada gratuita na primeira hora da feira.

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Lei busca preservar empregos ao restringir portarias virtuais em condomínios do DF

Foto: Reprodução/Web

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Os condomínios habitacionais do Distrito Federal têm prazo de 90 dias para se adequarem à Lei 7.686/2025, publicada nesta quinta-feira (12) no Diário da Câmara Legislativa. De autoria do deputado distrital Robério Negreiros (PSD), a norma restringe o uso de portarias virtuais em condomínios habitacionais que excedam a quantidade de 45 unidades. O objetivo da proposta, além de garantir a segurança dos moradores e visitantes, é preservar milhares de vagas de porteiros que estão a caminho da extinção.

De acordo com o parlamentar, o uso do sistema de automação de portaria remota, por meio da internet, vem crescendo na medida em que cresce a demanda por moradia em condomínios. Em sua justificativa, Robério Negreiros destacou que este sistema traz impactos sociais, na medida em que visa suprimir os trabalhadores que atuam em portarias, e de segurança, pois permite a entrada de pessoas sem que ninguém perceba, além de outros problemas operacionais.

Deputado Robério Negreiros (Fotp: Carlos Gandra/CLDF)

“O ideal seria poder unificar o porteiro e a tecnologia. Não obstante a tecnologia ser primordial para as atividades dos dias atuais, não podemos perder de vista que jamais um sistema de computador substituirá a capacidade humana, pois, além de uma possível falha e de vulnerabilidade do sistema de portaria à distância, ainda podemos citar o fato de que os porteiros são treinados para agir nas situações de emergências”, ressaltou.

Exceção

Para condomínios com número inferior a 45 unidades habitacionais, cabe autorização para a aplicação do sistema de portaria virtual somente nos casos em que haja apenas uma portaria de entrada e saída de pedestres e uma para saída e entrada de veículos. Nos locais em que a portaria virtual esteja implantada, fica obrigatória a contratação de seguro específico para sinistros decorrentes de acidentes envolvendo veículos e o sistema de automação dos portões, bem como sinistros ocasionados por roubos e furtos nas dependências do respectivo condomínio.

Bruno Sodré – Agência CLDF

 

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