Reportagens
Alunos de Ceilândia participam de curso gratuito preparatório para o Enem
Iniciativa é realizada por meio de parceria com a Sejus e oferece aulões até o fim de outubro para estudantes da rede pública do DF

Por Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Carolina Caraballo
Em parceria com o Instituto Evolui, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) lançou o curso preparatório gratuito Vem Enem, que teve início nesse sábado (19) e se estenderá por quatro fins de semana. Com aulas presenciais em São Sebastião, Ceilândia, Planaltina e Gama, o projeto oferece uma revisão abrangente e dicas estratégicas para auxiliar os estudantes em situação de vulnerabilidade social na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorrerá nos dias 3 e 10 de novembro.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, pontuou que a implementação de políticas públicas voltadas para a juventude, especialmente as que oferecem suporte educacional, é essencial para criar um futuro promissor para os jovens. “Ao preparar estudantes em situação de vulnerabilidade para o Enem, damos a eles as ferramentas necessárias para transformar suas realidades e alcançar novas oportunidades. Esta é uma iniciativa que não apenas promove inclusão, mas também fortalece a sociedade como um todo, ao investir no desenvolvimento do potencial humano”, declarou.

O curso preparatório gratuito Vem Enem, uma parceria da Sejus-DF com o Instituto Evolui, começou nesse sábado (19) e estenderá por quatro fins de semana | Foto: Divulgação/Sejus-DF
A iniciativa, que conta com fomento de R$ 1 milhão da Sejus, tem como meta garantir acesso a uma preparação de qualidade para todos os estudantes. Ao todo, são 2 mil vagas disponíveis, 500 em cada região. Para mais informações e inscrições, os interessados podem visitar o perfil do Instituto no Instagram (@vemenem.df) ou o Sympla.
Entre os alunos que frequentaram os aulões deste domingo (20), estão quatro jovens de 17 anos que estudam nos centros de ensino médio espalhados pela região de Ceilândia. A estudante Erica da Silva Lopes, por exemplo, já sabe o que vai tentar com a nota do Enem: medicina. Ela destacou que as aulas conseguiram refrescar a memória com conteúdos dos anos anteriores. “Eu sei que isso vai me ajudar a lembrar de coisas muito importantes quando eu for fazer o Enem, então achei essencial e gostei muito da experiência”, detalhou.

Alunos de centros de ensino médio espalhados por Ceilândia, Erica da Silva Lopes, Sarah Kesila Mendes, Jheniffer Martins e o Samuel Rosa Alves participaram do aulão preparatório para o Enem, neste domingo (20) | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Já o estudante Samuel Rosa Alves, que está entre ser psicólogo ou pedagogo, afirmou se sentir mais preparado após a participação no cursinho. “Eu achei que foi maravilhoso poder aprender mais e ter esse resumo”, reforçou. A aluna Jheniffer Martins, por sua vez, achou interessante a profundidade dos conteúdos abordados no cursinho, mesmo não sabendo a área em que vai atuar ainda. “É ótimo para se preparar melhor, porque aqui a gente aprende um conteúdo mais profundo e voltado para o Enem mesmo”, comentou.
A estudante Sarah Kesila Mendes quer fazer direito e complementou a fala dos colegas, acentuando a importância da acessibilidade do projeto. “Muitas pessoas se inspiram em programas como esse porque não tem uma base de estudos em casa. É algo muito acessível, a gente só fez uma inscrição e não pagou nada, e isso incentiva a gente a buscar mais pelo nosso futuro e a persistir. Se fosse pago, muitas pessoas não conseguiriam vir”, observou a jovem.
Cronograma de estudos
A iniciativa também conta com entrega de kits de lanche para os participantes e testes vocacionais. Neste fim de semana, o projeto foi realizado ao lado da Administração Regional de Ceilândia Sul e também em São Sebastião. Já nos dias 26 e 27 de outubro, o curso será realizado em Planaltina e Gama. As aulas de sábado incluem disciplinas como português, biologia e redação, pela manhã, das 8h às 11h, seguidas por um simulado que vai até 12h. Também há conteúdos de matemática, química e física na parte da tarde, de 17h às 18h, com simulados programados para cada período.
Aos domingos, os alunos terão aulas de história, geografia e filosofia pela manhã e, de tarde, o conteúdo é voltado para tecnologia da informação, sociologia e atualidades, também com simulados, seguindo as divisões de horários do sábado. Segundo a professora Lívia Campos, 41, as questões de atualidades são as que mais variam nas provas do Enem.
“Oferecer a iniciativa de maneira gratuita já elimina um milhão de barreiras, principalmente a financeira, que a gente sabe que é extremamente limitante”. Ela também recorda que a localização, na Administração, facilita o acesso dos estudantes, quebrando outras barreiras de dificuldade, e aponta que o retorno dos alunos tem sido muito positivo. “A gente teve muita participação na aula, vimos eles interagindo. É muito legal você ver o interesse deles se propondo a vir sábado e domingo, tirando o tempo de descanso para se dedicar aos estudos”, acrescentou a professora.

Para a professora Lívia Campos, “oferecer a iniciativa de maneira gratuita já elimina um milhão de barreiras, principalmente a financeira, que a gente sabe que é extremamente limitante” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Parceria
O presidente Instituto Evolui, Ocimar Diogenes Feitosa, frisou que durante as aulas há apresentações de vídeo e entrega de folhetos informativos divulgando os projetos executados pelas políticas públicas abarcadas pela Sejus – em especial, o trabalho da Subsecretaria de Enfrentamento das Drogas (Subed), focado na conscientização sobre os riscos, problemas e as consequências do uso e abuso de substâncias psicoativas, atribuindo ao projeto um foco também de prevenção. “A importância desse projeto é ingressar esses jovens na universidade”, ressaltou o gestor.
Reportagens
Brasil condena ataque de Israel contra o Irã: “violação de soberania”
Itamaraty também alertou para risco de conflito amplo na região

Lucas Pordeus León – repórter da Agência Brasil
O governo brasileiro, por meio de nota publicada nesta sexta-feira (13), condenou os ataques de Israel contra instalações nucleares e fábricas de mísseis do Irã, que mataram altos oficiais militares e cientistas do país persa.
“O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional”, diz nota do Ministério das Relações Exteriores.
O Itamaraty acrescentou que os ataques ameaçam mergulhar toda a região em um conflito de ampla dimensão, “com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial. O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades”.
O chefe supremo da República do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, prometeu nesta sexta-feira (13) responder aos ataques de Israel. Segundo as autoridades israelenses, o Irã já retaliou o país com ataque de drones, mas Teerã nega.
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Entenda
Israel atacou o Irã alegando que o país está construindo bombas atômicas, que poderiam ser usadas contra Tel-Aviv. O Irã nega e sustenta que usa tecnologia atômica apenas para fins pacíficos, como a produção de energia.
O Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), mas a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) teria apresentado objeções aos compromissos de Teerã com a organização.
A autoridade nuclear do Irã nega que tenha violado compromissos com a AIEA e diz que a Agência realiza uma campanha “politicamente motivada” e guiada por Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos (EUA), sob influência de Israel.
Já Israel é um dos poucos países do mundo que não assinou o TNP. Os Estados Unidos (EUA) vinham pressionando Irã para reduzir o alcance do seu programa nuclear. O presidente Donald Trump elogiou os ataques de Israel contra Teerã e pediu para o país aceitar o acordo sobre a questão nuclear.
Reportagens
Patrimônio previdenciário do DF chega a R$ 7,5 bilhões em abril
Com boa rentabilidade dos fundos, Iprev-DF registra crescimento de R$ 94 milhões na carteira de investimentos em abril

Por
Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo
A carteira de investimentos sob gestão do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF) fechou abril com um patrimônio de R$ 7,53 bilhões – R$ 94 milhões a mais que no mês anterior, quando o total era de R$ 7,44 bilhões. O montante inclui R$ 5,96 bilhões em ativos financeiros e R$ 1,57 bilhão em outros ativos, como imóveis e ações do Banco de Brasília (BRB).
Os recursos garantem o pagamento dos benefícios de mais de 76 mil aposentados e pensionistas do DF.
O Fundo Solidário Garantidor (FSG), principal fundo administrado pelo Iprev-DF, teve rentabilidade de 1,40% em abril, acumulando 3,88% no primeiro quadrimestre do ano. O índice superou tanto a meta de 2,86% quanto o IPCA do período (2,48%). Com essa performance, o fundo registrou ganhos nominais de R$ 158,9 milhões e alcançou R$ 4,25 bilhões em investimentos financeiros.
Criado em 2017, o FSG é um fundo de solvência – não tem meta atuarial obrigatória, mas seus resultados, quando superiores à inflação, podem ser utilizados para o pagamento de benefícios. Ele reúne aplicações financeiras, imóveis e ações do BRB.
Já o Fundo Capitalizado teve rentabilidade de 1,22% em abril e acumulou 4,22% no ano, alinhado com a meta de 4,23% e acima do IPCA. Os ganhos nominais foram de R$ 61,3 milhões no quadrimestre, elevando o valor da carteira para R$ 1,63 bilhão.
Esse fundo recebe contribuições dos servidores que ingressaram no serviço público do DF a partir de março de 2019 e cobre benefícios até o teto do INSS.
Completam o portfólio os fundos Financeiro e da Taxa de Administração, que não têm metas atuariais. O Fundo Financeiro, destinado ao pagamento de aposentadorias de servidores que entraram até março de 2019 (e de seus dependentes), fechou abril com R$ 54,4 milhões em caixa. Já a Taxa de Administração somou R$ 22,4 milhões.
Para a diretora-presidente do Iprev-DF, Raquel Galvão, o desempenho reflete o esforço conjunto da equipe para consolidar uma carteira sólida e garantir o pagamento dos benefícios.
O diretor de Investimentos do Instituto, Thiago Mendes Rodrigues, avalia que, com o controle da inflação, os resultados devem melhorar ainda mais ao longo do ano. Ele projeta que o Fundo Capitalizado alcance R$ 2 bilhões no segundo semestre de 2025.
*Com informações do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF)
Reportagens
CLDF derruba veto e passa a valer lei que valoriza ensino de duas disciplinas básicas
Lei do deputado Thiago Manzoni estabelece ainda o ensino de matemática e língua portuguesa como patrimônios do povo do Distrito Federal

Foto: Carolina Curi/Agência CLDF
Foi promulgada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) a derrubada de veto ao PL nº 373/2023 que cria a política distrital de valorização das disciplinas elementares. Simplificando, a Lei 7.693/2025 prioriza e incentiva o ensino de língua portuguesa e de matemática nas escolas públicas do DF.
Para tanto, a norma determina que o poder público desenvolva um plano distrital, com validade de dez anos. Entre outros objetivos, está elevar os índices de avaliação de aprendizado dos alunos, ampliar e aperfeiçoar a infraestrutura escolar para as duas disciplinas e incentivar professores a desenvolverem projetos inovadores.
A proposta foi originalmente apresentada pelo deputado Thiago Manzoni (PL) e, após aprovada pelos deputados distritais, vetada pelo Executivo. A Câmara Legislativa decidiu pela derrubada do veto em votação realizada pelo conjunto dos deputados.
“Essa foi uma grande vitória. Em todas as escolas, o que nós queremos é capacitar os nossos alunos e facilitar a aprendizagem em todas as disciplinas. Para isso, estamos priorizando a língua portuguesa e a matemática. Nossos alunos merecem ser escolarizados de maneira adequada e fazer bom uso da língua portuguesa e da matemática para tudo aquilo que vão precisar na vida”, afirma Manzoni.
A lei também institui maio como o mês de valorização das disciplinas elementares, estimulando que as escolas realizem competições de conhecimento vinculadas a elas. Inclusive, o texto prevê que as escolas podem contar com recursos públicos e de parceiros privados para esses eventos. Estabelece ainda o ensino de matemática e língua portuguesa como patrimônios do povo do Distrito Federal.
O texto da nova lei também determina que o poder público deve instituir um programa de avaliação das disciplinas elementares com participação facultativa dos alunos e focada na avaliação seriada.
As escolas públicas podem até criar monitorias remuneradas concedidas aos alunos e vinculadas às duas disciplinas. Outro tipo de incentivo permitido é a premiação para alunos que alcançarem 95% de presença nas disciplinas durante o ano letivo.
Por fim, permite também a captação de recursos vindo de termos de cooperação destinados ao financiamento das medidas previstas na lei.
Acesse aqui a íntegra da tramitação e o texto da lei.
Francisco Espínola – Agência CLDF
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