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Celebrações começam em Oslo

Noruega será anfitriã do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2007 que vai marcar o início do Ano Polar Internacional.


 






Governo da Noruega

Helen Bjornoy, ministra do Meio Ambiente da Noruega, disse que a ONU e o Pnuma presentearam seu país com essa ótima oportunidade de fazer um perfil das muitas e sérias ameaças ao ambiente polar.

Silvestre Gorgulho, de Brasília
A ONU, por intermédio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente-Pnuma, escolheu a Noruega para ser anfitriã das principais celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2007. A capital, Oslo, e a cidade de Tromso, ao norte da Noruega, marcarão o início de vários eventos que refletem as ameaças que o aquecimento global apresenta para as pessoas e para a vida selvagem de todo o mundo. A iniciativa marcará, também, 2007 como o início do Ano Polar Internacional.


A cidade de Tromso – explica Helen Bjornoy, ministra do meio Ambiente da Noruega – tem uma forte marca cultural, científica e histórica. Tanto em relação ao Pólo Ártico como o Antártico. Além de ter a universidade mais ao norte do planeta, a cidade norueguesa está ligada aos lendários exploradores Amundsen e Nansen. Tromso abriga, também, o principal centro do Instituto Polar Norueguês e é um centro-chave para o desenvolvimento do turismo ambiental. A cidade, que atrai turistas para ver o sol da meia-noite, durante o verão, está situada no coração das terras indígenas da cultura Sami.


Para o vice-diretor executivo do PNUMA, Shafqat Kakakhel, as regiões polares são algumas das mais belas localizações de todos os tempos da Terra. “Elas são o alarme de advertência prévio da natureza, onde mudanças climáticas induzidas pelo homem, o buraco na camada de ozônio e mesmo impactos de poluições químicas contínuas são primeiramente registrados”, desta Kakakhel.

Oportunidades e ameças

“O Ártico também tem cada vez mais se tornado uma nova potência na extração de minerais e petróleo e em transporte marinho – em parte devido à diminuição do gelo por causa das mudanças climáticas. Ambas as regiões polares vêm atraindo grande interesse das áreas de turismo e da indústria pesqueira, que têm se mostrado desejosos em explorar a vasta e abundante quantidades de peixes das regiões. Tudo isso representa oportunidades e ameaças para as populações indígenas que vivem nas zonas polares e para o mundo como um todo, o que refletirá nos temas do Dia Mundial do Meio Ambiente do ano que vem”, acrescentou o vice-diretor do Pnuma.
Para a ministra do meio Ambiente da Noruega, Helen Bjornoy, “a ONU e o Pnuma presentearam a Noruega com essa ótima oportunidade de fazer um perfil das muitas e sérias ameaças ao ambiente polar. Isso inclui em boa parte mudanças climáticas no Ártico, o que afeta o clima global. Escolhemos a cidade polar de Tromso como nosso principal local de encontro, para criar o tipo certo de ambientação para as celebrações”.
Helen Bjornoy acrescentou que o governo, em parceria com o Pnuma, desenvolverá um programa excitante, provocativo e dinâmico para Tromso e outras cidades norueguesas, inclusive a capital Oslo, a partir de 05 de junho.


O Dia Mundial
O Dia Mundial do Meio Ambiente tem sido celebrado desde 1972. Ao longo dos anos, o dia teve como tema chuva ácida, oceanos, água e cidades verdes.
Em 2006, as principais celebrações no Dia Mundial do Meio Ambiente foram centradas na cidade algeriana de Algiers sob o tema “Não abandone os desertos”. O tema remete ao fato de 2006 ser o Ano Internacional de Desertos e da Desertificação.
O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, é uma das principais datas que as Nações Unidas usam para estimular, em escala mundial, a conscientização sobre o meio ambiente e aumentar a atenção de ações políticas.
O interesse do dia é apresentar o caráter humano das questões ambientais; tornar as pessoas capazes de serem agentes ativos do desenvolvimento sustentável e justo; promover o entendimento de que as comunidades são a base da mudança de atitudes em relação às questões ambientais; e estimular parcerias que assegurem que todas as nações e populações desfrutem de um futuro mais seguro e próspero.
O Dia 5 de junho é também um evento para as pessoas, que podem promover atividades variadas como caminhadas, passeios ciclísticos, concertos, competições de redação e desenho nas escolas, plantio de árvores e campanhas de reciclagem e limpeza de rios.


Ambiente: Dia no Brasil


Os brasileiros têm dado especial atenção à data. Hoje, os governos dos estados, municípios, as escolas, empresas e as comunidades têm se irmanado organizando palestras, seminários, oficinas e outros tipos de comemorações que vão além do dia 5 e entram pela semana e até o mês de junho.


Todos os governos fazem uma agenda especial para comemorar a Semana do Meio Ambiente. E é muito importante que as cidades todas participem desse momento de reflexão. São justamente as cidades que utilizam quantidades enormes de recursos naturais como água, comida, madeira, metal e insumos dos mais diversos. E também são as cidades que exportam grandes quantidades de dejetos, incluindo domésticos e industriais, e gases ligados ao aquecimento global.


Os impactos dos centros urbanos ultrapassam suas fronteiras físicas, afetando países, regiões e o planeta como um todo. Por isso, o ambientalista Klaus Toepfer, ex-Pnuma, costumava dizer: “A batalha pelo desenvolvimento sustentável para tornar o mundo ambientalmente mais estável, justo e saudável será largamente vencida ou perdida em nossas cidades”.

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Dia Mundial da Água

Cerrado pode perder quase 34% da água até 2050

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Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma

 

O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).

Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.

A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.

“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.

Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.

“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.

Chuvas

Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.

“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.

Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.

Edição: Heloisa Cristaldo

EBC

 

 

 

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VENTO DA ARTE NOS CORREDORES DA ENGENHARIA

Lá se vão 9 anos. Março de 2014.

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No dia 19 de março, quando o Sinduscon – Sindicato das Indústrias da Construção Civil do DF completava 50 anos, um vendaval de Arte, Musica, Pintura adentrou a casa de engenheiros, arquitetos e empresários e escancarou suas portas e janelas para a Cultura.
Para que o vento da arte inundasse todos seus corredores e salões, o então presidente Júlio Peres conclamou o vice Jorge Salomão e toda diretoria para provar que Viver bem é viver com arte. E sempre sob as asas da Cultura, convocou o artista mineiro Carlos Bracher para criar um painel de 17 metros sobre vida e obra de JK e a construção de Brasília. Uma epopeia.
Diretores, funcionários, escolas e amigos ouviram e sentiram Bracher soprar o vento da Arte durante um mês na criação do Painel “DAS LETRAS ÀS ESTRELAS”. O mundo da engenharia, da lógica e dos números se transformou em poesia.
Uma transformação para sempre. Um divisor de águas nos 50 anos do Sinduscon.
O presidente Julio Peres no discurso que comemorou o Cinquentenário da entidade e a inauguração do painel foi didático e profético:
“A arte de Carlos Bracher traz para o este colégio de lideranças empreendedoras, a mensagem de Juscelino Kubitschek como apelo à solidariedade fraterna e à comunhão de esforços. Bracher é nosso intérprete emocionado das tangentes e das curvas de Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Nos lances perfomáticos de seu ímpeto criador, Bracher provocou um espetáculo de emoções nas crianças, professores, convidados, jornalistas e em nossos funcionários.
Seus gestos e suas pinceladas de tintas vivas plantaram sementes de amor à arte. As colheitas já começaram.”
Aliás, as colheitas foram muitas nesses nove anos e serão ainda mais e melhor na vida do Sinduscon. O centenário da entidade está a caminho…
Sou feliz por ter ajudado nessa TRAVESSIA.
SG
Fotos: Carlos Bracher apresenta o projeto do Painel. Primeiro em Ouro Preto e depois visita as obras em Brasília.
Na foto: Evaristo Oliveira (de saudosa Memória) Jorge Salomão, Bracher, Julio Peres, Tadeu Filippelli e Silvestre Gorgulho
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METÁFORAS… AH! ESSAS METÁFORAS!

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Sou fascinado com uma bela metáfora. Até mesmo porque não há poesia sem metáfora. Clarice Lispector é a rainha das metáforas. Maravilhosa! Esta figura de linguagem é uma poderosa forma de comunicação. É como a luz do sol: bate n’alma e fica.
Incrível, mas uma das mais belas metáforas que já li é de um naturalista e geógrafo alemão chamado Alexander Von Humbolt, fundador da moderna geografia física e autor do conceito de meio ambiente geográfico. [As características da fauna e da flora de uma região estão intimamente relacionadas com a latitude, relevo e clima]
Olha a metáfora que Humbolt usou para expressar seu encantamento pelo espetáculo dos vagalumes numa várzea em terras brasileiras.
“OS VAGALUMES FAZEM CRER QUE, DURANTE UMA NOITE NOS TRÓPICOS, A ABÓBODA CELESTE ABATEU-SE SOBRE O PRADOS”.
Para continuar no mote dos vagalumes ou pirilampos tem a música do Jessé “Solidão de Amigos” com a seguinte estrofe:
Quando a cachoeira desce nos barrancos
Faz a várzea inteira se encolher de espanto
Lenha na fogueira, luz de pirilampos
Cinzas de saudades voam pelos campos.
Lindo demais! É a arte de vagalumear.
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