Gente do Meio
Cora Coralina
COR, CORAGEM, CORAL, CORALINA
Silvestre Gorgulho
Cora Coralina, a doceira de poesia e vendedora de guloseimas, depois de 120 anos de seu nascimento, continua adocicando corações e mentes. E quem quiser provar do seu mais puro sabor é só visitar o Museu da Língua Portuguesa, em S. Paulo. Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas ou Cora Coralina – a poeta do becos, das histórias do cotidiano e da vida simples – nasceu em Vila Boa de Goiás (20/agosto/1889) e morreu em Goiânia (10/abril/1985). Escreveu seus primeiros versos aos 14 anos.
Aos 21 anos, casou-se com o advogado Cantídio Tolentino Brêtas. Em 1910, mudou-se com Cantídio para o interior de São Paulo. Viveu 45 anos entre Avaré, Jaboticabal, S. Paulo e Penáplis. Em 1924, ao chegar à capital paulista, ficou trancada algumas semanas num pequeno hotel em frente à Estação da Luz, porque os revolucionários de 1924 pararam a cidade. Não podia imaginar que, 85 anos depois, para celebrar seus 120 anos de nascimento, ela própria entraria poderosa e triunfante na Estação da Luz, hoje Museu da Língua Portuguesa, para ser reverenciada, estudada e, novamente, adoçar o coração dos brasileiros com suas guloseimas poéticas. Depois de visitar a mostra “Cora Coralina – Coração do Brasil”, a poetisa e escritora carioca Sandra Monteiro Lopes traduziu bem a emoção dos visitantes: “O que mais me marcou foi ver seus cadernos (ao vivo e a cores) com suas receitas, seu diário, suas anotações e poemas. Tudo escrito por suas mãos de doceira, de sementeira de rosas e poesia. Sua obra combina perfeito com a frase de Da Vinci : “Simplicidade é a sofisticação máxima”.
Garimpada por Carlos Drummond de Andrade, o poeta mineiro escancarou sua admiração pela inspirada doceira goiana, em suas crônicas do Jornal do Brasil:
“Minha querida amiga Cora Coralina: Seu “Vintém de Cobre” é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( …).”
Tal qual uma flor do cerrado, Cora Coralina aparentava fragilidade, mas era forte para sobreviver a intempéries do tempo. Com a morte do marido, ela criou os filhos vendendo guloseimas, enquanto cristalizava em seu diário tesouros de versos e prosas. Um tesouro que só veio a público depois de sua volta a Goiás.
Em 1965, aos 76 anos, publica pela José Olympio, seu primeiro livro: “Poemas dos Becos de Goiás”. Em 1976, onze anos depois, lança “Meu Livro de Cordel”. Em 1983, aos 84 anos, lança “Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha” (Ed. Global). Neste mesmo ano de 83, Cora Coralina foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato.
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SABER VIVER
Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos
o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar
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MÃE
Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.
Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições…
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino
de ser mãe
Em ti está presente a humanidade.
(…)
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“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores”.
“Coração é terra que ninguém vê”
Gente do Meio
Liderança Sustentável na Era Digital: Perfis Inspiradores de Cristal Muniz, Marcela Rodrigues e Fe Cortez
Explorando as Jornadas Pessoais e Impactos Globais das Maiores Influenciadoras de Sustentabilidade Online
Nos dias atuais, em que a conscientização ambiental se tornou uma prioridade para a humanidade, a presença de influenciadores desempenha um papel crucial na disseminação de práticas e estilos de vida sustentáveis. Entre esses líderes de opinião, três figuras se destacam de maneira excepcional por seu compromisso inabalável com a sustentabilidade: Cristal Muniz, Marcela Rodrigues e Fe Cortez. Em uma entrevista exclusiva concedida à revista Quem, no âmbito do projeto “Um Só Planeta”, essas influenciadoras compartilharam suas histórias pessoais e revelaram como se interessaram pelo tema e o aplicam em seu dia a dia.
Cristal Muniz: A Defensora Apaixonada da Vida Verde
Cristal Muniz, uma defensora apaixonada da vida verde e fundadora do movimento “Vida Sustentável para Todos”, revelou à Quem como sua infância no interior a despertou para a importância da preservação ambiental. “Crescer em um ambiente rural me ensinou a valorizar os recursos naturais e a entender a interdependência entre o homem e a natureza”, compartilhou Cristal. Sua jornada para se tornar uma influenciadora de sustentabilidade começou com pequenos passos em direção a uma vida mais ecoconsciente. Por meio de suas plataformas de mídia social, ela inspira milhões de seguidores a adotar práticas diárias que promovam um estilo de vida sustentável, desde o consumo consciente até a reciclagem e o apoio a iniciativas locais de preservação ambiental.
Marcela Rodrigues: A Visionária das Cidades Verdes do Futuro
Marcela Rodrigues, uma visionária no campo da urbanização sustentável e cofundadora da ONG “Cidades Verdes do Futuro”, revelou em sua entrevista como sua formação em arquitetura a impulsionou a explorar soluções criativas para tornar as cidades mais amigas do meio ambiente. “A arquitetura oferece uma oportunidade ímpar de repensar a maneira como construímos nossas comunidades, considerando os impactos ambientais a longo prazo”, compartilhou Marcela. Sua missão é promover a criação de espaços urbanos que sejam ecologicamente responsáveis, energeticamente eficientes e socialmente inclusivos. Por meio de campanhas educacionais e projetos de reurbanização, ela espera catalisar uma mudança positiva nas cidades do mundo todo, abrindo caminho para um futuro mais sustentável.
Fe Cortez: A Defensora Incansável da Moda Ética e Sustentável
Fe Cortez, uma defensora incansável da moda ética e sustentável e criadora da plataforma “Moda Consciente”, revelou como sua paixão pela moda a levou a questionar as práticas insustentáveis da indústria. “A moda tem um impacto enorme no meio ambiente e nas comunidades produtoras em todo o mundo. Precisamos repensar radicalmente a maneira como consumimos e produzimos roupas”, afirmou Fe. Ela usa sua plataforma online para educar os consumidores sobre as práticas de produção sustentável e promover marcas que priorizam a transparência e a ética em toda a cadeia de suprimentos. Seu objetivo é criar uma consciência coletiva em torno da importância de optar por opções de moda responsáveis, que não comprometam o bem-estar humano e ambiental.
Essas três influenciadoras exemplares, Cristal Muniz, Marcela Rodrigues e Fe Cortez, estão moldando o cenário da sustentabilidade digital e inspirando uma nova geração de defensores do meio ambiente. Seus esforços coletivos são um lembrete poderoso de que a preservação do nosso planeta é responsabilidade de todos, e cada ação individual pode contribuir para um futuro mais sustentável e próspero para as gerações vindouras.
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