Reportagens
AGOSTO, O MÊS DE SAUDADES DE JK
A Era JK terminou tragicamente, há 45 anos, numa curva da rodovia Presidente Dutra, perto de Resende-RJ. O presidente Juscelino Kubitschek tinha 73 anos, a 21 dias de completar 74 anos.

“Tive o privilégio de viver os Anos Dourados.
Tínhamos que correr atrás do Brasil.
O presidente JK, com sua energia e sua ousadia,
conseguiu substituir o hábito do sofrimento pela pedagogia do prazer.
O brasileiro passou a ter autoestima”.
Cacá Diegue
Em 22 de agosto de 1976, o Brasil dormiu um domingo triste. Acordou em sobressaltos. A notícia de que um Opala metálico, atravessou a pista e bateu de frente com uma carreta com placa de Orleans-SC, pegou os brasileiros de surpresa. Um pesadelo. Entre os ferros retorcidos estavam os corpos do ex-presidente JK e de seu fiel motorista Geraldo Ribeiro. Lá se vão 45 anos de um acidente sempre mal explicado, mesmo porque nem perícia foi feita.
Se hoje lamentamos sua partida, quando ainda tinha muito a oferecer ao Brasil, no próximo dia 12 de setembro temos que celebrar uma data de vida: os 119 anos de nascimento do ex-presidente.
Cada um é curador de sua própria história, da história de sua família e de sua pátria. Na minha curadoria pessoal, gosto de dividir a História do Brasil em três grandes momentos: o Descobrimento, a vinda da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808 e o governo do presidente Juscelino Kubitschek.
JK, a seu modo, sacudiu a vida administrativa, política e cultural do Brasil. Seu governo plantou hidroelétricas, plantou estradas, plantou bom humor e plantou compromissos: cumpriu todas as 31 metas prometidas durante sua campanha à Presidência. JK plantou indústria automobilística e plantou magnanimidade, perdoando revoltosos e inimigos políticos. JK plantou Brasília. O Brasil colheu um novo País.
O Centro-Oeste não produzia nem um grão de soja em 1970. Hoje é responsável por 48,3% da produção nacional. A soja avançou sobre novas fronteiras e levou junto a cultura do milho. A produção de milho na região – antes de Brasília – era inferior a 9%. Atualmente representa 54,36% da safra nacional. Essas duas culturas levaram uma promissora cultura empreendedora em outros setores: pecuária, frutas, café, arroz, feijão, trigo. Centenas de pequenos povoados nasceram no vazio do Cerrado e transformaram-se, nestes últimos 61 anos, em cidades de pequeno, médio e grande porte com excelentes índices de IDH. Na Era JK, o Brasil colheu efervescência cultural. O Brasil colheu a primeira Copa do Mundo, colheu Bossa Nova, Cinema Novo. Colheu alegria. O povo brasileiro colheu o sentimento de que é capaz construir o que parece impossível.
JK plantou Democracia. E o Brasil colheu Paz!
Carlos Lacerda, o grande líder a UDN, quando soube da morte de JK fez uma declaração enfática: “Fiz muitos discursos contra Brasília e contra JK. Celebram-no, hoje, por ter feito Brasília. Mas há que celebrá-lo muito mais por ter demonstrado aos brasileiros que a Democracia é possível. E, desde que possível, indispensável. Ele disse, certa vez, que Deus o privara do sentimento do medo. Poderia ter acrescentado que também o privou da capacidade de invejar e de odiar”.
O ex-presidente JK foi um construtor de sonhos. No poder foi exemplo de empreendedorismo e generosidade. Fora do poder, foi exemplo de luta pela Democracia. E, no exílio, foi um brasileiro que só pensava em Brasil, usando até seu prestígio internacional para exaltar sua pátria e trazer investimentos para seu país.
JK não merecia tanta injustiça. Mas sua grande popularidade e sua pretensão de voltar à presidência em 1965 (JK 65) impuseram-lhe uma perseguição implacável do regime militar. Os anos passaram. JK virou unanimidade. Como bem lembra o historiador e jornalista Élio Gáspari, “Hoje, todos os políticos brasileiros querem ser um JK quando crescerem. Um dia, talvez, algum consiga. Desde que aprenda uma lição: JK jamais disse uma má palavra dos brasileiros ou do Brasil. Foi um visionário que acreditou em ambos”.
Juscelino faleceu em 22 agosto de 1976, mas seu sofrimento começou dia 8 de junho de 1964, quando teve cassado seu mandato de senador por Goiás. Em 13 de junho, JK partiu para o exílio. Declarou: “Deixo o Brasil porque esta é a melhor forma de exprimir meu protesto contra a violência política e moral”.
Durante mil dias ficou exilado. Em Paris, tinha uma cozinheira que não deixava esquecer suas origens: dona Diamantina. Mas mesmo tendo Diamantina tão perto, não se sentia nada feliz e muito menos à vontade: “Não posso deixar de confessar que viver fora do meu País, sem saber quando será possível o regresso, é o castigo mais cruel imposto a um homem que só pensa no Brasil”.
Relembrar e resgatar um pouco das histórias e dos sofrimentos pelos quais JK passou é também um exercício de Democracia e lição de vida. É mais uma homenagem ao maior dos Presidentes da República do Brasil.
À nova geração, o escritor Josué Montello explica: “JK foi o que soube ser na hora solar de sua grandeza: homem do povo, expressão do povo, sentimento e alma do povo brasileiro”.
Médico, democrata, magnânimo, realizador, seresteiro e sonhador, JK teve que passar por muitas provações antes de virar nacionalmente admirado, exaltado e imitado como empreendedor e político do bem. Valeu, Presidente JK.
Obrigado, JK!
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Selo educativo comemora Dia Mundial da Água
Distintivo, que reconhece o trabalho de escolas voltadas à sustentabilidade, será lançado nesta quarta (22) pela Adasa

Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
No Dia Mundial da Água, comemorado nesta quarta-feira (22), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) lançará um selo educativo voltado ao reconhecimento de instituições de ensino que desenvolverem atividades relacionadas à sustentabilidade ambiental.

O selo Adasa – Guardiões da Água será apresentado às 9h30, na Escola Parque da Natureza e Esporte do Núcleo Bandeirante, em evento promovido em parceria com a Secretaria de Educação (SEE) para o qual são esperados 400 crianças e pré-adolescentes.
O objetivo do novo projeto é dar continuidade às atividades desenvolvidas pela agência no âmbito do programa Adasa na Escola nas redes pública e privada de ensino. Ao se inscreverem para concorrer ao selo, as instituições deverão cumprir uma série de requisitos, como a produção de vídeos que promovam o debate em torno da preservação dos recursos hídricos e do descarte responsável de resíduos e a implementação de projetos de sustentabilidade na unidade.
As instituições que seguirem as diretrizes receberão o selo Escola Guardiã, como forma de valorizar as atividades adotadas em prol da conscientização dos estudantes e da população. Já os alunos serão agraciados com a pulseira do guardião. A Adasa divulgará em suas redes sociais os materiais produzidos.
Novos guardiões
Para despertar o interesse dos estudantes, a Adasa também divulgará, durante o lançamento do selo, uma produção audiovisual que conta a história dos Guardiões da Água. No episódio, a personagem Tita fica sem água em casa e é convocada pelo vovô Totó para participar de um curso de formação.
No desenrolar da história, ela aprende lições sobre a importância da gestão adequada dos recursos hídricos e dos resíduos sólidos para a garantia da disponibilidade da água e da preservação do meio ambiente.
Vovô Totó e Tita convidam os espectadores a passarem pelos testes aplicados pelo programa Adasa na Escola para receber a pulseira que os tornará novos guardiões. O episódio é narrado por uma personagem humana, um boneco e personagens de desenho animado.
O programa ficará disponível no canal da Adasa no YouTube.
*Com informações da Adasa
Reportagens
Estudantes da rede pública aprendem sobre uso sustentável da água
Escola Classe 27 de Taguatinga reforça trabalhos de conscientização sobre a preservação dos recursos hídricos

Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
A frase da estudante Alice Ponte, 9, resume a importância da data de hoje: “Não é só comemorar e pensar em preservar; são necessárias ações no dia a dia”. Especialmente nas unidades de ensino, o Dia Mundial da Água, o 22 de março é dedicado à importância de colocar em discussão as medidas de uso consciente dos recursos hídricos.

A temática do uso sustentável da água já faz parte da vivência dos estudantes da Escola Classe (EC) 27 de Taguatinga. Durante todo o ano letivo, a instituição promove palestras, filmes, músicas, produção de textos e exposições sobre o assunto.
Atualmente com 720 alunos da educação infantil até o quinto ano do ensino fundamental, a escola desenvolve atividades das quais todos participam. “Nosso projeto traz a ideia do uso consciente da água nos diversos aspectos possíveis do cotidiano”, resume a coordenadora da escola, Valéria Carvalho.
Mais do que debater o tema, os estudantes aprendem as lições na prática. Na escola, há um sistema de captação de água da chuva em duas caixas-d’água com capacidade total de 25 mil litros. O material recolhido é utilizado para lavar a quadra, os banheiros e os pátios do local. O uso sustentável da água também teve um impacto positivo financeiro para a escola: a conta de água baixou de R$ 15 mil para R$ 5 mil mensais.
Cidadania e consciência
Este ano, a EC 27 retoma a realização da passeata no Dia Mundial da Água – atividade interrompida durante a pandemia – para alertar a sociedade para o uso consciente desse recurso hídrico. Os alunos do quarto ano da turma da professora Marisa Borges estavam empolgados com a preparação de cartazes para a passeata e com o ensaio de músicas para a ação.
O estudante Ismael Carlos dos Santos, 9, afirma que a conscientização já faz parte de sua rotina. “Eu gostei muito de participar das atividades para uso da água e já parei com o desperdício”, conta. “A criança capta muito rápido a mensagem e passa a transmitir para família e policiar nossas ações dentro da escola com pequenos hábitos que valem muito”, ressalta Marisa.
*Com informações da Secretaria de Educação
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Câmara Legislativa aprova mais projetos alusivos ao Mês da Mulher
Matérias foram votadas em primeiro turno e ainda voltarão a ser apreciadas em segundo turno e redação final, antes de serem enviadas à sanção governamental

A Câmara Legislativa do Distrito Federal prosseguiu, na sessão deliberativa desta terça-feira (21), a apreciação de projetos relacionados às mulheres, nas mais diversas áreas. O “esforço concentrado” faz parte do acordo para votar, durante as sessões de março, proposições alusivas ao Mês da Mulher. A condução dos trabalhos, nesta tarde, ficou a cargo da deputada Doutora Jane (Agir) e a deputada Dayse Amarilio (PSB), secretariou.
As matérias foram votadas em primeiro turno e ainda voltarão a ser apreciadas em segundo turno e redação final, antes de serem enviadas à sanção governamental. Foram os seguintes os projetos aprovados:
Projeto de lei nº 116/2023. De autoria da deputada Dayse Amarilio (PSB), institui uma política de amparo à saúde da mulher em uso abusivo de álcool. “A situação é tão grave que, por conta da complexidade do tema, muitas mulheres sequer procuram o atendimento, e tais situações alcançam a família, o que torna importante o engajamento do Poder Público para permitir o acolhimento e para que sejam concedidas as condições de recuperação”, explicou a parlamentar.
Projeto de Lei nº 218/2023. Também proposto pela deputada Dayse Amarilio (PSB), estabelece a criação de local reservado nas unidades de saúde do Distrito Federal para atendimento a vítimas de violência doméstica. Além de proporcionar atendimento adequado, de acordo com a situação, a medida evita constrangimentos, entre outras circunstâncias.
Projeto de Lei nº 198/2023. Apresentado pela deputada Paula Belmonte (Cidadania), trata da proteção contra a discriminação no trabalho para a mãe solo nos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta do Distrito Federal. A ideia é garantir a igualdade de oportunidades às mulheres que, sozinhas, sustentam seus filhos e a família.
Projeto de Lei nº 95/2023. De autoria do deputado Gabriel Magno (PT), altera a Lei nº 4.949/2012 – que estabelece normas gerais para realização de concurso público pela administração direta, autárquica e fundacional do DF – para incluir o direito das lactantes à amamentação durante os certames. As mães deverão ser acompanhadas por fiscais e o tempo dispendido deverá ser compensado em igual período.
Projeto de Lei nº 2.774/2022. Do deputado Hermeto (MDB), cria o “Programa de Apoio às mulheres com Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG)”, como é chamado um grupo de doenças da placenta, capazes de evoluir, inclusive, para formas malignas. É predominantemente observada em adolescentes e mulheres com mais de 35 anos idade. O programa tem por finalidade apoiar, orientar, tratar, reabilitar e reintegrar pacientes e ex-pacientes acometidas pela NTG.
Projeto de Lei nº 1.778/2021. De autoria do deputado Eduardo Pedrosa (União), o PL altera e acrescenta dispositivos a Lei nº 6.022/2017 – que assegura a criação do Banco de Empregos para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar – para promover a qualificação de mão de obra e a melhoria do nível educacional e cultural das mulheres em situação de violência doméstica. A intenção é estabelecer mecanismos para habilitar as mulheres profissionalmente.
Projeto de Lei nº 165/2023. Outra proposição do deputado Eduardo Pedrosa (União), altera a Lei nº 6.795/2021 – que cria o Programa de Prevenção à Endometriose e Infertilidade no Distrito Federal – para instituir ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da Doença de Endometriose, com o intuito de garantir atendimento de qualidade às mulheres diagnosticadas com o problema pelo sistema de saúde.
Marco Túlio Alencar – Agência CLDF
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