Reportagens
COP 26: quatro princípios que empresas precisam adotar para avançar em seus objetivos de neutralização de carbono
De acordo com a Bain & Company, foco das organizações está na mudança da definição das metas a serem alcançadas para reduzir emissões de gases de efeito estufa

Com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP26, em Glasgow, na Escócia, é mandatório que os líderes empresariais unam esforços para acelerar a chamada transição para carbono zero. De modo a contribuir com essa discussão, a Bain & Company elaborou um guia com quatro princípios para que as organizações reduzam suas emissões de gases de efeito estufa.
Na esteira dos seis anos do Acordo de Paris, em que cerca de 200 nações estabeleceram a meta de neutralizar as emissões de carbono até 2050, a COP26 representa um marco nos esforços mundiais para uma ação coordenada. De acordo com a Bain, a iniciativa mais importante que as organizações possam tomar seja se preparar para uma grande aceleração em áreas como regulação, transparência nas divulgações financeiras, objetivos alinhados com a ciência e atingir as expectativas dos consumidores.
De acordo com Alfredo Pinto, sócio da Bain & Company, os impactos das mudanças climáticas já são uma realidade, e as empresas devem cada vez mais assumir o seu papel para a redução de emissão de carbono. “Nós entendemos que a discussão da COP26 é um primeiro e importante passo e que é preciso haver coordenação de todos os stakeholders. Na Bain, acreditamos fortemente que a movimentação em temas relacionados a ESG é mais forte e efetiva quando há colaboração entre as partes. E a discussão em relação ao carbono não deve ser diferente”, afirma.
Dada essa aceleração, o foco está na mudança da definição das metas a serem alcançadas. No trabalho da Bain com grandes companhias que estão agindo de acordo com esse propósito, reduzindo suas emissões, quatro princípios específicos têm orientado essas decisões. São eles: transição do carbono como um pilar estratégico, obtenha mais retorno para seu investimento em “net zero”, incorpore a transição do carbono à estrutura do negócio e evite o efeito ampulheta.
Transição do carbono como um pilar estratégico
As estratégias de sustentabilidade e transição de carbono são formuladas como resultados de outras estratégias. Mas em vez de ser assim, elas devem fazer parte de um processo estratégico central, abordando tanto a mitigação de riscos como também novas oportunidades. As ambições das empresas na jornada de transição de carbono devem orientar as decisões sobre onde atuar – novos produtos e mercados que se beneficiam dessa transição – e como vencer – com novos modelos de negócios e diferenciais focados em baixo carbono. Isso deve ser traduzido em alocação de recursos e construção de capacidade.
Obtenha mais retorno para seu investimento em “net zero”
Cada vez mais, as empresas estão promovendo suas transições de carbono com o mesmo rigor de qualquer outra iniciativa de negócios, o que significa melhorar a eficiência e a eficácia do esforço, ao mesmo tempo em que mede e reduz os custos. Isso também significa encontrar oportunidades para monetizar investimentos em tecnologias sustentáveis.
Incorpore a transição do carbono à estrutura do negócio
Sem as práticas corretas, a melhor estratégia e o plano de criação de valor cairão por terra. Três táticas em particular estão ajudando as empresas em suas transições de carbono:
Preço – a precificação interna do carbono está se tornando dominante. Mais de 2.000 empresas que representam US$ 27 trilhões em valor de mercado adotaram a prática. Uma vez que o carbono é precificado, as empresas o consideram como qualquer outro custo em suas decisões sobre, por exemplo, investimentos em bens de capital (capex), compras e Pesquisa & Desenvolvimento. Além disso, isso orienta as decisões de portfólio.
Bonificação – vincular incentivos de curto e longo prazo à transição garante que a estratégia permaneça na agenda. As empresas líderes têm uma parcela significativa da remuneração variável vinculada à sustentabilidade e implantam esses incentivos em toda a organização.
Rastreamento – as empresas líderes tratam cada vez mais as emissões de gases de efeito estufa como se fossem custosas, e as rastreiam, relatam e gerenciam de maneira semelhante. Em vez de ser uma prática de conformidade legal, baseada em planilhas, essas organizações usam as mais recentes plataformas no modelo de Software como um Serviço para extrair dados de seus sistemas e converter atividades em emissões precisas de carbono. Isso os ajuda a entender sua pegada e orienta a melhoria.
Evite o efeito ampulheta
As iniciativas de sustentabilidade têm uma taxa de sucesso menor do que outras transformações de gestão, com apenas 7% delas atingindo todas as suas metas, em comparação com 12% de todos os esforços. Um dos motivos é o efeito ampulheta. A alta administração abraça a transição e os novos funcionários costumam escolher suas empresas com base em credenciais de sustentabilidade. Isso deixa a média liderança com a missão de traduzir essa ambição em realidade, ao mesmo tempo que gerencia outros aspectos da companhia, como receitas, custos e segurança. Esse nível hierárquico pode ter conhecimento limitado do assunto e pouca experiência em gerenciar as compensações. A alta liderança pode ajudar simplificando metas, esclarecendo os efeitos negativos e positivos e fornecendo o treinamento e a educação que os colaboradores precisam para tomar boas decisões estratégicas. Como acontece com qualquer transformação, um programa rigoroso de gerenciamento de mudanças garante resultados bem-sucedidos.
Sobre a Bain & Company
Somos uma consultoria global que auxilia empresas e organizações a promover mudanças que definam o futuro dos negócios. Com 63 escritórios em 38 países, trabalhamos em conjunto com nossos clientes, como um único time, com o propósito compartilhado de obter resultados extraordinários, superar a concorrência e redefinir indústrias. Complementamos nosso conhecimento especializado integrado e personalizado com um ecossistema de inovação digital a fim de entregar melhores resultados, com maior rapidez e durabilidade.
Com o compromisso de investir mais de US$1 bilhão em serviços “pro bono”, em 10 anos, usamos nosso talento, conhecimento especializado e percepção em prol de organizações que enfrentam atualmente os desafios urgentes relacionados ao desenvolvimento socioeconômico, meio ambiente, equidade racial e justiça social. Recentemente, recebemos a classificação ouro da EcoVadis, plataforma líder em classificações de desempenho ambiental, social e ético para cadeias de suprimentos globais, o que nos coloca entre os 2% melhores de todas as companhias.
Desde nossa fundação em 1973, medimos nosso sucesso pelo de nossos clientes e temos o orgulho de manter o mais alto nível de satisfação em nossa indústria. Saiba mais em www.bain.com.br e em nosso LinkedIn Bain & Company Brasil.
Reportagens
Cúpula do Planetário de Brasília reabre para visitação
As atividades do local foram retomadas após serviços de manutenção no projetor analógico Spacemaster

Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
A cúpula do Planetário de Brasília reabriu para visitação em maio. O local recebeu serviços de manutenção e já voltou a receber visitantes de todas as regiões do DF, bem como de outros estados.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Amaral, afirma que a reabertura do espaço é fundamental para o fomento à divulgação científica. “O Planetário é um dos espaços de ciência e tecnologia mais importantes do Distrito Federal e exerce um papel crucial no processo de despertar o interesse de crianças e jovens pela ciência”, avalia..
De janeiro a abril deste ano, o Planetário de Brasília já recebeu mais de 20 mil visitantes. A expectativa é que esse número cresça ainda mais com a reabertura da cúpula. Atualmente, o espaço conta com a exibição de filmes e projeções sobre astronomia.
Além do conteúdo audiovisual, também é possível acompanhar exposições sobre o sistema solar e o Universo Surpreendente, bem como um espaço destinado à Agência Espacial Brasileira.
Divulgação científica
O Planetário de Brasília Luiz Cruls é um espaço público, cujo principal objetivo é estimular a divulgação científica e despertar o interesse pelo conhecimento. Podem ser feitas visitas livres ou guiadas às exposições do acervo e à cúpula, onde há projeções e exibições dos filmes sobre astronomia, cosmologia e astronáutica.
A visita é gratuita e atende a públicos de todas as idades. Localizado no Eixo Monumental, o Planetário funciona de terça a domingo, das 7h30 às 19h. Para a visita de grupos, é necessário fazer agendamento prévio pelo telefone (61) 98199-2692.
*Com informações da Secretaria de Tecnologia e Inovação Científica
Reportagens
Governo do GDF investe R$ 2,8 milhões em circuitos juninos
Disponibilizados por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, recursos abrangem apresentações e um campeonato

Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) vai destinar R$ 2,8 milhões aos circuitos de quadrilhas juninas, beneficiando 70 grupos com fomento para participar de apresentações. Só para premiar grupos e coletivos, há um aporte de R$ 600 mil.
Os investimentos são apoiados pelo decreto nº 42.315, de 20 de julho de 2021, que institui a política cultural Distrito Junino, destinada a apoiar a cadeia produtiva dos festejos desta temporada no Distrito Federal.
Os recursos serão distribuídos em dois circuitos, passando por 12 regiões, além de um campeonato entre quadrilhas que será disputado em três cidades. São pelo menos 800 pessoas envolvidas nos festejos.
De acordo com a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultura, Sol Montes, o circuito junino é o segundo maior segmento de cultura popular do país. “Os grupos populares preservam a tradição e fazem parte da identidade cultural da cidade, além de fomentar a economia criativa, com artistas, músicos, bailarinos, gastronomia e feiras”, lembra. “São milhares de famílias impactadas pelo setor”.
Espetáculo junino
Robson Vilela, mais conhecido como Fusca, é integrante de uma das quadrilhas de Ceilândia que participam dos eventos – a Sanfona Lascada, que tem mais de 40 anos de história. Ele vê o circuito como uma ferramenta de transformação de quem participa, para manter viva a cultura de São João.
“A economia criativa do DF é pulsante”, aponta. “Os grupos recebem ajuda de custo, então o fomento é importante, porque a preparação vem desde o mês de janeiro, e as apresentações vão até agosto. Além dos dançarinos, temos banda ao vivo, costureira, coreógrafo, toda uma cadeia produtiva… Até as escolas públicas e particulares são incentivadas pelas competições. Brasília compra esse espetáculo.”
A entrada para os circuitos é gratuita. Com início no dia 9, as apresentações das quadrilhas ocorrerão em Taguatinga, Ceilândia e Samambaia – sempre de sexta-feira a domingo.
Reportagens
Explorando Marte em Tempo Real: Agência Espacial Europeia Realizará Transmissão ‘Live’ do Planeta Vermelho
Evento histórico apresentará novas imagens de Marte a cada 50 segundos, proporcionando uma experiência fascinante e aproximando o público da exploração espacial.

Nesta sexta-feira, a Agência Espacial Europeia (ESA) realizará um evento inédito e emocionante: a primeira ‘live’ de Marte. Essa transmissão ao vivo trará para o público novas imagens do Planeta Vermelho a cada 50 segundos, oferecendo uma experiência única e fascinante.
A exploração espacial tem sido um dos empreendimentos mais empolgantes da humanidade nas últimas décadas. Diversas agências espaciais ao redor do mundo têm se dedicado a estudar e desvendar os mistérios de outros planetas, e Marte tem sido um dos alvos principais dessas missões. Com essa ‘live’ histórica, a ESA está abrindo uma janela para o público acompanhar de perto os avanços científicos e tecnológicos no estudo do Planeta Vermelho.
Uma das características mais intrigantes dessa transmissão ao vivo é a frequência com que as imagens serão transmitidas. A cada 50 segundos, o público terá acesso a novas informações visuais de Marte, proporcionando uma sensação quase real de estarmos lá, no solo marciano. Essa abordagem de transmissão em alta velocidade é uma conquista significativa e representa um marco importante no campo da exploração espacial.
A transmissão ao vivo de Marte não se trata apenas de compartilhar imagens impressionantes com o público. Ela também tem um propósito científico fundamental. Os cientistas da ESA poderão analisar as imagens em tempo real e obter informações valiosas sobre a superfície, a atmosfera e outros elementos do planeta. Esses dados serão essenciais para a compreensão mais aprofundada de Marte, além de subsidiar futuras missões espaciais e aperfeiçoar a tecnologia empregada nessas empreitadas.
A ESA tem desempenhado um papel vital na exploração espacial e na ampliação do conhecimento humano sobre o universo. A agência já lançou várias missões para Marte, como a Mars Express e a missão ExoMars, que têm sido cruciais para expandir nossa compreensão do Planeta Vermelho. Com a primeira ‘live’ de Marte, a ESA fortalece ainda mais seu compromisso com a divulgação científica e a exploração espacial acessível ao público.
Esse evento emocionante também pode despertar o interesse de novas gerações para a ciência e a exploração espacial. Ao permitir que as pessoas acompanhem as descobertas e os avanços em tempo real, a ESA pode inspirar jovens estudantes a seguirem carreiras científicas e tecnológicas. A divulgação de informações precisas e cativantes sobre o espaço pode desempenhar um papel crucial na formação de futuros cientistas, engenheiros e astronautas.
A primeira ‘live’ de Marte da Agência Espacial Europeia é um marco na história da exploração espacial e na forma como o público se envolve com essas missões. Essa transmissão ao vivo, com suas imagens em alta velocidade, nos aproxima do Planeta Vermelho como nunca antes. Acompanhar as novas descobertas e observar a beleza intrigante de Marte nos conecta com o cosmos e nos lembra da nossa busca incessante por conhecimento e exploração.
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