Reportagens

Modelo para o mundo, plataforma gov.br é destaque na Semana de Inovação 2021

Evento virtual promovido pelo Ministério da Economia, Escola Nacional de Administração Pública, Tribunal de Contas da União e Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais ocorre de hoje a sexta-feira (9 a 12). Participação é gratuita

 

O evento é considerado o maior do tipo na América Latina ao apresentar tendências e possibilidades de transformação para as organizações públicas

 

Modelo entre os governos digitais do mundo, a plataforma gov.br é destaque na Semana de Inovação 2021, que começa nesta terça-feira (9) e dura até sexta (12). O evento é considerado o maior do tipo na América Latina ao apresentar tendências e possibilidades de transformação para as organizações públicas, iniciando sua sétima edição com 360 horas de atividades previstas. Ocorre desta vez em uma galáxia virtual de inovação composta por quatro mundos. É realizado pelos ministérios da Economia e da Ciência, Tecnologia e Inovações, Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Tribunal de Contas da União (TCU), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil). A participação é gratuita e as inscrições podem ser realizadas ainda antes ou durante a programação no gpv.br: gov.br/enap/semanadeinovacao .

O gov.br reúne todos os 4,8 mil serviços públicos do Governo Federal e, com ele, o Brasil acaba de ser reconhecido pelo Banco Mundial como um dos líderes em governo digital do mundo. Está à frente de todos os países das Américas e de todos com mais de 100 milhões de habitantes, entre as 198 nações avaliadas. No ranking geral, o Brasil é considerado o 7º GovTech mundial.

“O gov.br já é uma plataforma com 115 milhões de usuários, mais da metade da população brasileira. Em janeiro de 2019, tínhamos 1,8 milhão. Este é um salto incrível”, ressalta o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade.

Essa evolução do gov.br como plataforma de serviços e de relacionamento com o cidadão é um dos principais feitos que o governo brasileiro deverá apresentar na Semana de Inovação. Os participantes poderão acessar o estande institucional do gov.br com informações sobre alguns dos principais focos da transformação digital no país: Identidade Digital, Startup gov.br, Privacidade da Informação e Inteligência de Dados. “Espero que os participantes aproveitem bastante a experiência, conheçam todas as atividades e iniciativas que temos com a marca gov.br, que representa toda essa mudança que viemos fazendo na transformação digital do Brasil através da transformação do governo brasileiro”, acrescenta o secretário especial, que participa em vídeo da abertura do evento.

A abertura da Semana de Inovação será às 15h30 desta terça-feira com o tema: ‘Um Chamado para Ousar’. Também participam em vídeo o secretário de Governo Digital, Fernando Coelho Mitkiewicz, e o presidente da Enap, Diogo Costa, entre outros dirigentes dos órgãos que realizam o evento. Já às 16h é prevista a participação de Jimmy Wales, fundador da Wikipedia (a famosa enciclopédia internacional de conteúdo gratuito e colaborativo na Internet), com o painel ‘Plataformas Colaborativas para Realizar Mudanças’.

Nos quatro dias de evento, estão previstas outras personalidades da inovação mundial, como Mike Bracken. Ele é sócio da public.digital, consultoria de transformação de governos e grandes instituições públicas, e consultor da diretoria do ‘Lloyds of London’, além de assessor de ministros e oficiais governamentais em prestação de serviços digitais em mais de 20 países. Bracken participa na quinta-feira (11), às 17h, do painel: ‘Governo Digital hoje ou amanhã?’, com o secretário especial Caio Mario Paes de Andrade.

Já o secretário Fernando Coelho Mitkiewicz coordena a Mesa-redonda ‘GovTech e os Caminhos para a Transformação do Estado’, na quarta-feira (10), às 19h, com Bento Bueno (Oracle), Alexandre Ávila (Serpro), Ricardo Mansano (Huawei) e Vagner Diniz (CGI.br).

“Para atender à 4ª população mais conectada do mundo, a população brasileira, apostamos no gov.br como a plataforma pela qual o cidadão tem os serviços do governo acessíveis na palma da mão, 24 horas por dia, 7 dias por semana”, reforça o Mitkiewicz. “Ainda temos muito o que fazer. Estamos trabalhando para avançar para o estágio de Governo como plataforma, ofertar serviços seguros preditivos, garantir que esses serviços sejam centrados no cidadão e fomentar a inovação em governo junto às demais esferas governamentais, à academia e às GovTechs”.

O secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert, por sua vez, participa do painel ‘Eficiência e Inovação na Gestão de Imóveis do Setor Público: os Programas Racionaliza e Unifica’, na quarta-feira (10), às 19h. “A Semana de Inovação é uma grande oportunidade de compartilharmos projetos inovadores de transformação da administração pública, como o Programa de Gestão e Desempenho, o TransformaGov, o Racionaliza, dentre outros”, afirma.

Os mundos dessa galáxia

Na galáxia virtual da Semana de Inovação, os painéis, mesas-redondas e demais atividades ocorrem em quatro mundos: Adminai, Populum, Territorea e Techterea.

– Adminai: com desafios da gestão pública e geração de resultados;

– Populum: onde os assuntos são os desafios sociais e o impacto na vida das pessoas;

– Territorea: com a missão de explorar mais sobre os desafios territoriais, as cidades e o meio ambiente;

– Techterea: abordará desafios digitais e tecnologia atendendo o cidadão. Atenção: aqui é o lugar para descobrir como a tecnologia pode ser aliada da transformação.

Com o auxílio de um assistente virtual personalizável, os participantes poderão viajar por todos esses quatro mundos, além do Universo Paralelo, Palco Meteoro e Astro Central. O Astro Central é o palco principal da Semana de Inovação, onde palestrantes como o escritor e colunista Coleman Hughes e a autora premiada Madeleine Bunting, entre outros, irão se apresentar durante as tardes do evento.

No Meteoro Pitch – Dataprev (empresa pública que é a principal patrocinadora da Semana de Inovação), serão apresentados projetos inovadores de todo o Brasil – e algumas experiências internacionais – na forma de pitchs de 15 minutos, a partir de quarta-feira (10), das 9h às 12h30. O Universo Paralelo compreende os Desafios Futuros (oficina de três dias para pensar o que virá), o Conexões Enterprise (gera novas conexões profissionais e criar novas redes para seus participantes) e o iGOV Nigths (organizado por servidores públicos).

De acordo com o presidente da Enap, Diogo Costa, a experiência da Semana será idêntica à de grandes eventos que aconteciam presencialmente, só que agora on-line. “O debate sobre inovação já começa em como os palestrantes e o público participarão desse encontro. É um universo único, literalmente. A nossa Galáxia SI-021 (abreviatura de Semana de Inovação 2021) terá mundos e astros com luz própria, prontos para inspirar soluções de tecnologia e inovação para o setor público”, aposta.

O que mais você encontra

Dentro de cada um dos quatro mundos, ainda existem os Objetos Bem Identificados, espaço dedicado aos conteúdos ‘On Demand’, que podem ser encontrados a qualquer momento pelos participantes, e os Satélites, com atividades sugeridas por proponentes/instituições de todo Brasil.

Atenção: estarão nos Objetos Bem Identificados os conteúdos ‘On Demand’:

– Painel Especial de Desafios Públicos e os pitchs com experiências do Startup gov.br e municípios (organizado pela Secretaria de Governo Digital);

– TransformaGov – Programa de Gestão Estratégica e Transformação do Estado, Metodologia inovadora para mapear competências, Quebre o iceberg – Checkin – Chegue chegando na reunião, Inovação na Contratação de Serviço Centralizado de Limpeza, IMR – como melhorar a qualidade dos serviços em contratos inovadores – a experiência da Central de compras, Melhores práticas em Serviços Compartilhados – Central de Compras, Construindo Relacionamentos (Secretaria de Gestão)

– LA-BORA! GOV (Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal)

Serviço:

Semana de Inovação 2021 (Evento virtual)

Abertura: Terça-feira (9), às 15h30

Participação: gratuita

Como se inscrever e participar: https://semanadeinovacao.enap.gov.br/index.php

PALESTRAS/ATIVIDADES COM PARTICIPAÇÃO DA SECRETARIA ESPECIAL DE DESBUROCRATIZAÇÃO, GESTÃO E GOVERNO DIGITAL

9/11 – 15h30: Abertura oficial: Participação em vídeo gravado pelas autoridades. São previstos: ministro Paulo Guedes, secretário especial Caio Mario Paes de Andrade (Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital), Fernando Coelho Mitkiewicz (Secretaria de Governo Digital-SGD), Diogo Costa (Enap), Ana Arraes (TCU) e patrocinadores.

10/11 – 8h: Novo Tripé Regulatório GovTech no Brasil: o que já mudou e o que ainda precisa avançar? (Renato Fenili – Secretaria de Gestão – Seges)

10/11 – 8h: Método Cross (Felipe Lopes da Cruz – SGD)

10/11 – 8h: O paradoxo entre inovação e controle no setor público (Regina Lemos – Seges)

10/11 – 10h: A transformação digital das Instituições Federais de Ensino Superior – desafios e boas práticas em Institutos Federais e Universidades (Loyane Tavares – SGD)

10/11 – 19h: Mesa-redonda GovTech e os caminhos para a Transformação do Estado (secretário Fernando Coelho Mitkiewicz, Bento Bueno-Oracle, Alexandre Ávila-Serpro, Ricardo Mansano-Huawei, Vagner Diniz-CGI.br)

10/11 – 19h: Eficiência e Inovação na Gestão de Imóveis do Setor Público: os Programas Racionaliza e Unifica (Cristiano Heckert, Gustavo Nery – Seges)

11/11 – 8h: A jornada de Estados Brasileiros junto ao GOV.BR – Integração a plataformas de governo digital do gov.br e estratégia de apoio à transformação digital de municípios (Régis Oliveira – SGD)

11/11 – 10h-12h: Mesa-redonda LGPD – Segurança e Privacidade: dois lados da mesma moeda? (Leonardo Ferreira– SGD, André Sucupira-Serpro, Marcela Formighieri-Dataprev, Igor Araujo-Oracle, Marcelo Motta-Huawei)

11/11 – 17h: Governo Digital hoje ou amanhã? (Caio Mario Paes de Andrade – SEDGG e Mike Bracken)

11/11 – 19h: As melhores práticas de gestão para equipes híbridas (Gustavo Nery – Seges)

12/11 – 10h30: Prêmio de Inovação: Anúncio dos vencedores do Prêmio de Inovação. Diversos projetos do ME estão entre os finalistas em cada categoria.

12/11: Encerramento

Com informações da Escola Nacional de Administração Pública

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Reportagens

Proposta de regulamentação do trabalho de motoristas de aplicativo causa polêmica no Plenário

As divergências sobre a proposta do governo incluem a forma de remuneração, a contribuição previdenciária e representação da categoria por sindicatos

Publicado

em

 

Comissão geral no Plenário da Câmara sobre o trabalho de motoristas de aplicativo

O projeto de lei complementar do governo que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativos (PLP 12/24) causou polêmica em debate no Plenário da Câmara dos Deputados. O Plenário foi transformado em comissão geral nesta quarta-feira (17) para discutir a proposta.

Centenas de motoristas de aplicativo estiveram na Câmara para acompanhar o debate, mas apenas 100 puderam ingressar no Plenário, o que gerou diversas reclamações durante a comissão geral.

O debate foi pedido pelo coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Motoristas de Aplicativos, deputado Daniel Agrobom (PL-GO). Ele celebrou a retirada da urgência, pelo governo, do PLP 12/24. A proposta do Executivo trancaria a pauta de votação do Plenário da Câmara a partir do dia 20, mas foi feito acordo com o governo para que o texto seja previamente analisado nas comissões de Trabalho, Indústria e Comércio e Constituição e Justiça, com prazo máximo de 20 dias em cada colegiado, totalizando 60 dias.

O PLP 12/24 é resultado de um grupo de trabalho que funcionou durante dez meses com a participação de representantes do governo, dos trabalhadores e das empresas. Agrobom reclamou que requisitou a participação nesse grupo de trabalho, mas não foi atendido.

Outra proposta
Segundo Daniel Agrobom, a proposta do governo não atende à categoria e confere muitos poderes às empresas. “A legislação apresentada traz que os motoristas são autônomos, porém confere poderes às plataformas de punir, dispensar, disciplinar, controlar ofertas, estipular preços”, disse. “Nesse texto, os motoristas não serão autônomos e não terão direitos, passando a ser subordinados”, completou.

Além disso, o parlamentar defende a remuneração não por hora trabalhada (R$ 32,10 por hora), como prevê o projeto do governo, mas por km rodado. Agrobom defende a votação de outro projeto, o PL 536/24, formulado pela frente. De acordo com esse texto, o motorista teria que receber R$ 1,80 por km rodado e R$ 0,40 centavos por minuto, enquanto o cálculo não fosse aprovado localmente.

 

 

Visão do governo
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou de audiência pública na Comissão de Trabalho e frisou que o projeto é fruto da negociação entre empresas e trabalhadores. Ele pediu que o projeto seja lido, antes de criticado.

Na comissão geral, o secretário-executivo do ministério, Francisco Macena da Silva ressaltou que a proposta traz transparência para o trabalhador, conforme reivindicado pela categoria. “O projeto de lei prevê que as empresas têm que entregar um extrato para o trabalhador, e ao final do mês ele vai saber exatamente quanto tempo trabalhou, qual foi a remuneração que ficou com ele, qual foi a remuneração que ficou com a empresa, qual foi a tarifa cobrada”, destacou.

Ele também defendeu a inclusão, na proposta, da contribuição previdenciária para os trabalhadores, o que hoje não é obrigatório. “Escolhemos um modelo em que o trabalhador contribui com uma parcela, e a empresa também”, informou. O texto institui contribuições previdenciárias dos motoristas e das empresas operadoras de aplicativos, equivalentes a 7,5% (motoristas) e a 20% (empresas) do salário de contribuição (R$ 8,03/hora).

Atualmente, o motorista de aplicativo que quer algum benefício previdenciário tem que pagar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como Microempreendedor Individual (MEI), com contribuição de 5% sobre os ganhos. Porém, essa contribuição não é obrigatória.

Divisão da categoria
Presidente do Sindicato dos Motoristas de Aplicativos do Estado de São Paulo, Leandro Medeiros, que participou do grupo de trabalho que formulou o texto, defendeu a melhora da proposta do governo no Parlamento por meio da apresentação de emendas. Representantes de outras federações e associações de motoristas, porém, rejeitaram o PLP 12, argumentando que não participaram do grupo que discutiu a proposta e não se sentem representados pelo sindicato.

“Temos mais de 20 mil processos contra essas plataformas por desligamento, e todos os que falam mal do PLP, quando estão bloqueados, vão procurar o sindicato, e o sindicato representa sim a classe trabalhadora, porque faz parte da Constituição”, rebateu Medeiros. Para ele, o PLP 12 traz diversos benefícios para o trabalhador, como seguridade social, acordo coletivo e participação do trabalhador em assembleia para defender os próprios direitos. Enquanto ele falava, diversos trabalhadores ficaram de costas nas galerias do Plenário.

Presidente da Federação dos Motoristas por Aplicativos do Brasil, Paulo Xavier Junior, que participou de apenas uma reunião do GT, disse que depois foi expulso e sua participação vetada. “O PLP 12 já nasceu  morto. É um projeto que não tem aceitação, a rejeição é muito grande porque ele é ruim para o motorista”, opinou. Segundo ele, uma proposta adequada trará remuneração baseada no quilômetro rodado, “e não como foi apresentado pelo governo”. Ele defendeu mais transparência para a taxa de retenção da plataforma, hoje flutuante. E criticou os impostos para o motorista previstos no PLP e “a amarração ao sindicato”.

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Debater a Regulamentação dos Motoristas de Aplicativos
Representantes da categoria protestaram contra o projeto nas galerias do Plenário da Câmara

Sindicatos
A proposta do governo prevê que os motoristas serão representados por sindicato nas negociações, assinatura de acordos e convenção coletiva, em demandas judiciais e extrajudiciais.

“O governo consegue colocar os sindicatos, que são um puxadinho da esquerda ,não representam os motoristas, dentro da Uber e ainda desconta do trabalhador”, criticou o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP). Para ele, a proposta é um acordão entre a Uber com o governo e vai impactar o preço para os usuários.

Contribuição previdenciária
Já o deputado Merlong Solano (PT-PI) apoiou a proposta do governo embora acredite que possa ser melhorada. “Jornada de trabalho definida, mínima e máxima, salários incluindo custos, remuneração, previdência social mediante contribuição do trabalhador de 7,5% e da empresa de 20%”, citou. Ele observou que na proposta do deputado Daniel Agrobon, por sua vez, a contribuição começa em 5%, mas pode chegar a 20%.

Porém, o projeto recebeu críticas dentro do próprio PT. A deputada Dandara (PT-MG), por exemplo, criticou a base salarial prevista e observou que existem entendimentos múltiplos dentro da própria categoria, que devem ser ouvidos na Câmara. “Não podemos considerar a hora trabalhada, o pneu rodando, não podemos considerar R$ 32 quando temos uma diversidade de ganhos no País que é muito grande”, apontou.

“Não é o suficiente colocarmos a contribuição previdenciária de 7,5%, já que hoje grande parte dos motoristas estão cadastrados como MEI e contribuem com 5%”, completou. “É fundamental que haja um debate do valor a ser contribuído”, acrescentou. Ela defendeu a inserção na proposta de um dia de folga remunerado e de décimo terceiro salário.

Presidenta do Sindicato dos Motoristas de Aplicativos do Rio Grande do Sul, Carina Trindade observou que somente 23% dos trabalhadores hoje têm MEI, e, desses, 40% não pagam o MEI em dia e estão desprotegidos. “O MEI não dá direito ao auxílio acidente. E o que está previsto no PLP 12 é o auxílio acidente. Isso é muito importante para uma categoria que roda 10, 12, 14 horas por dia, como eu rodo, suscetível a acidente e assalto”, afirmou.

Conforme ela, quase 500 motoristas foram assassinados nos 10 anos que as plataformas funcionam no País. Ela lembrou que um trabalhador sem Previdência, quando morre, deixa a família sem nada e acusou as associações de motoristas de não dialogar com os sindicatos.

 

 

Visão das empresas
Presidente da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, que reúne empresas do setor, André Porto participou do grupo de trabalho que formulou a proposta e acredita que o projeto está equilibrado e merece ser discutido pelos deputados. Para as empresas, uma das reivindicações é a segurança jurídica e o tratamento das plataformas como intermediadoras, o que também estaria contemplado no projeto.

“Vamos defender a construção de uma regulamentação que garanta flexibilidade, garanta autonomia dos trabalhadores, traga segurança jurídica, a efetiva inclusão previdenciária dos trabalhadores, sejam eles motoristas ou trabalhadores, e a neutralidade competitiva” , disse

Outras críticas
Na visão do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), um projeto positivo para os trabalhadores vai gerar rejeição das empresas, e não apoio.

O procurador do Trabalho Renan Kalil manifestou preocupação com a estrutura do projeto do governo. “Alguns conceitos apresentados não são adequados e estão distantes da realidade”, disse, citando, por exemplo, a definição de plataforma contida no projeto.

Professor da Universidade Estadual de Campinas, Ricardo Luiz Antunes considera o PL um grave erro. “Quando se olha a diretiva europeia que acabou de sair, há um mês e pouco atrás, regulando a situação de trabalho na Europa, a orientação é os trabalhadores e trabalhadoras devem ser entendidos como empregados e empregadas, e não autônomos”, citou, entre as críticas.

O deputado André Fernandes (PL-CE) reclamou que os celulares dos motoristas foram recolhidos para que pudessem acompanhar o debate, o que seria inédito na Casa.  Já o deputado Gilvan Maximo (Republicanos-DF) defendeu a isenção de IPVA sobre veículos automotores  para motoristas de aplicativo.

 

 

 

Reportagem – Lara Haje
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

 

Continue Lendo

Reportagens

Crematório do DF recebe licença para começar a funcionar

Nova estrutura amplia ações da Secretaria de Justiça e Cidadania quanto aos serviços funerários, além dos seis cemitérios da capital

Publicado

em

 

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

 

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) recebeu, do Instituto Brasília Ambiental, a licença que faltava para o funcionamento do crematório do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ocupando um espaço de 289 m², o espaço já está pronto e conta com câmara fria para armazenar até seis urnas funerárias, câmara ardente, depósito de resíduos para descarte de materiais como luvas e aventais dos funcionários, entre outros itens, sanitário com acessibilidade e uma sala de despedida com capacidade para 40 pessoas.

Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, “esta é uma entrega importante da Sejus à população do DF porque, além de ser o primeiro crematório, oferece uma nova estrutura de excelência às famílias enlutadas, que não vão mais precisar buscar o serviço no Entorno, pois agora há uma alternativa aos seis cemitérios existentes”.

As obras do crematório do Campo da Esperança da Asa Sul já foram concluídas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O DF realiza uma média de 1.046 sepultamentos por mês e a pasta é responsável por regular e fiscalizar os serviços cemiteriais e funerários.

Projeto original

O desenho arquitetônico do crematório acompanha o mesmo princípio da concepção que o urbanista Lúcio Costa adotou para o desenho do cemitério, formado por uma espiral definida a partir do octógono. Dessa forma, no momento da despedida do ente querido, há a entrada de luz em todas as fachadas, por meio das aberturas e janelas.

Segundo a recepcionista Karen Lorrane Moreira, o crematório é a resposta a uma demanda dos residentes da capital. “Meus avós queriam ser cremados. Quando faleceram, mesmo com a dor que sentíamos, ainda tivemos que resolver toda a questão de traslado para o Entorno porque não havia crematórios no DF. Além de cumprir o desejo deles, a cremação é menos prejudicial ao meio ambiente do que o enterro em caixão, portanto, mais ecologicamente correta”, afirma.

Confira a tabela de preços

⇒ Serviços de cremação – R$ 6 mil

⇒ Cremação de restos mortais e/ou membros humanos, inclusive os provenientes de exumação – R$ 1.206,16

⇒ Adicional de urgência para entrega das cinzas em até 24 horas – R$ 967,50

*Com informações da Sejus

Continue Lendo

Reportagens

Definidos os 16 confrontos de ida e volta da 3ª fase da Copa do Brasil

Esta etapa, com 32 times, ocorrerá no período de 1º a 22 de maio

Publicado

em

 

Foram definidos nesta quarta-feira (17) os 16 confrontos e mandos de campo da terceira fase (ida e volta) da Copa do Brasil. O sorteio ocorreu na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Os jogos ocorrerão de 1º a 22 de maio.

Além dos 20 times classificados na fase anterior, outros 12 ingressam na terceira etapa do torneio. É o caso do Atlético-MG, Palmeiras, Bragantino, Grêmio, Fluminense, Botafogo, Flamengo, São Paulo, Athletico-PR, Ceará, Goiás e Vitória.

Atual campeão da Copa do Brasil, o São Paulo estreia fora de casa contra o Águia de Marabá-PA. Entre os duelos regionais, estão Internacional x Juventude; Palmeiras x Botafogo-SP; Ceará x CRB; e Cuiabá x Goiás. No Rio de Janeiro, Flamengo e Botafogo farão o jogo da volta em casa: o Rubro-Negro contra o Amazonas, e Alvinegro contra o Vitória, recém-campeão baiano.

Só avançarão às oitavas de final do torneio os times com maior soma no placar agregado (resultados das partidas de ida e volta). Em caso de empate, a classificação sairá após cobrança de pênaltis. Os clubes que passarem de fase receberão prêmio de R$ 3,5 milhões, concedido pela CBF.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

ebc

Continue Lendo

Reportagens

SRTV Sul, Quadra 701, Bloco A, Sala 719
Edifício Centro Empresarial Brasília
Brasília/DF
rodrigogorgulho@hotmail.com
(61) 98442-1010