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MARIANNE PERETTI, ADEUS.

ELA SE JUNTA AGORA A TODOS OS OUTROS ARTISTAS CONSTRUTORES DE BRASÍLIA.

Foram 94 anos bem vividos, completados dia 13 de dezembro 2021. Marie Anne Antoinette Hélène Peretti nasceu brasileira, em Paris, ou francesa, em Pernambuco, terra de seu pai. Brasileiríssima por opção e devoção. Foi inclusive registrada em Paris, mas num consulado brasileiro.
A única artista que participou da equipe de Oscar Niemeyer na construção de Brasília. MARIANNE PERETTI, viveu seus últimos anos no Recife.
Gosto e admiro muito a artista plástica Marianne Peretti . Tenho cartas que ela me escreveu. No governo José Aparecido fizemos um livro sobre os ARTISTAS CONSTRUTORES DE BRASÍLIA. É a única mulher que está no livro.
Seus vitrais, seus desenhos, seus mobiliários e luminárias, enfim, sua arte me encanta. Em Brasília, Marianne tem vitrais (que eu me lembre agora) na Catedral, no Panteão, no Palácio Jaburu, no STJ, na Câmara dos Deputados, Senado e no Memorial JK.
Marianne Peretti um dia leu numa revista como foi a inauguração do Palácio Mondadori, em Milão. Se apaixonou pelo projeto. Pegou um avião em Paris e foi visitar a grande editora italiana. Não se conteve com a beleza do projeto. Pegou imediatamente outro avião de Paris para o Rio de Janeiro para conhecer pessoalmente o autor do projeto: Oscar Niemeyer. Se apresentou a ele, disse de seu encantamento com o projeto da Mondadori e pediu para fazer uma parceria com o arquiteto. Niemeyer a mandou para Brasília e pediu que ela desenvolvesse alguns vitrais. Começou com o Palácio do Jaburu. Depois vários outros e outros e outros até chegar à sua obra prima que é o céu da Catedral de Brasília.
Marianne Perreti sempre soube bem da arte que viveu e encantou o mundo. Algumas lembranças da própria Marianne Peretti:
# Sobre vitrais, Marianne lembra que só os vidraceiros podiam entrar a cavalo nas Igrejas para poderem fazer e avaliar os trabalhos mais de perto.
# O trabalho com vitrais surgiu, por acaso, na Pérsia.
# Os vitrais surgiram nos templos medievais por dois motivos: levar luz para o interior das igrejas e para ensinar. Tipo assim: compunham de forma ilustrada trechos da Bíblia. Verdadeiras histórias em quadrinho.
# Antes da revolução industrial, os vitrais eram artesanais e os trabalhos dos vidraceiros eram demorados. Concluídos, às vezes, por duas gerações.
FOTOS
1) ) Marianne Peretti por Deborah Ghelman
2 e 3 ) Duas cartas essenciais: uma de Lucio Costa e outra de Oscar Niemeyer.
4) Marianne Peretti, Athos Bulcão, Alfredo Cescchiati, Oscar Niemeyer, presidente Jose Sarney e Burle Marx, no Palácio da Alvorada.
5 e 6) Carta e cartão que recebi da Marianne Peretti de Paris.
7) Marianne Peretti e Salvador Dali.
😎 Primeiro livro de arte que fizemos sobre Brasília (governo José Aparecido de Oliveira 1987) editado pela Alumbramento de Leonel Kaz. Capa do livro: Marianne Peretti é a única mulher a participar.

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A IRONIA DO FUTEBOL

O incrível acontece.

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Continuo achando que o PLANO MAIS SEGURO É NÃO DEPENDER DA SORTE. Na vida profissional, na vida pessoal e… no futebol.
Fica a lição para os cartolas.
No Brasileirão de 2023, em Homenagem ao Rei Pelé, o Santos cai para a Serie B.
O espírito de Pelé tem que baixar na Vila Belmiro para elevar o moral, o astral e energizar, quem sabe, o novo estádio a ser construído.
A HORA É DE APOIAR E RECONSTRUIR.
A História do Santos Football Club merece.
FOTOS:
Monumento a Pelé feito pelo arquiteto Oscar Niemeyer
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Brasília, há 36 anos Patrimônio Mundial pela Unesco

Capital federal foi a primeira cidade moderna a receber a honraria, em dezembro de 1987; em outubro do mesmo ano, conjunto foi tombado pelo governo local e, em 1990, inscrito no livro histórico do Iphan

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Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Carolina Lobo

 

Tesouro urbanístico e símbolo de um dos mais importantes fatos históricos do país, Brasília é, há 36 anos, Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A honraria foi concedida à capital federal em 7 dezembro de 1987, apenas 27 anos após a sua inauguração. Desde então, Brasília compõe o seleto grupo de monumentos agraciados com o título, a exemplo da Muralha da China e das pirâmides do Egito.

O título de patrimônio mundial da humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lucio Costa. A concepção, projeção e construção do sonho de Juscelino Kubitschek transcorreram entre 1957 e 21 de abril de 1960, quando a cidade foi inaugurada. A Agência Brasília revisita a história da capital e dos títulos que a preservam em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que aproveita a sigla em inglês de Throwback Thursday para reviver fatos marcantes para o Quadradinho.

“Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”Cristiano Araújo, secretário de Turismo

A área tombada da cidade tem 112,25 km², sendo o maior perímetro urbano sob proteção histórica do mundo, e coleciona atributos dignos de tombamento. Quem ousa passear pela cidade tem a oportunidade de prestigiar as quatro escalas de Lucio Costa — monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais) — e conversar com os traços de Oscar Niemeyer. Em diversos pontos da capital, é possível ainda prestigiar as obras de Athos Bulcão e vislumbrar o paisagismo de Burle Marx.

O título permite que o conceito inovador e vanguardista da cidade seja mantido, além de incentivar o movimento turístico na região. “Nossa capital é um lugar especial, não apenas para os brasileiros, mas para toda a humanidade. Temos aqui sítios naturais e culturais, com uma arquitetura modernista, planejamento urbano inovador e funcional”, avalia o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”.

O título de Patrimônio Mundial da Humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lúcio Costa | Foto: Divulgação/Adriano Teixeira

O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón, afirma que “o tombamento é o reconhecimento mundial da importância do Plano Piloto para a civilização”. Segundo ele, a preservação de Brasília exige a avaliação do plano urbano e a adoção de uma visão voltada para o futuro, em que as próximas gerações também entenderão a importância da capital, processo que ocorre com a educação patrimonial.

“Nós temos atribuição direta sobre tombamentos e registros, sendo que o primeiro diz respeito aos bens materiais, e o segundo, aos imateriais. Nós zelamos pela preservação desses espaços, além de fomentarmos a educação patrimonial, que é o que faz com que os jovens adultos e crianças conheçam a importância do patrimônio cultural e do tombamento e assim passem a preservá-los”, explica o subsecretário.

Preservação

A capital federal também é tombada pelo GDF e pelo Iphan | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

A capital também é reconhecida como patrimônio cultural em outras duas instâncias diferentes: é tombada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O primeiro ato de preservação da cidade ocorreu em 14 de outubro de 1987, com a publicação do decreto n° 10.829/1987, que regulamenta a lei n° 3.751/1960. A medida, que propõe a preservação da concepção urbanística de Brasília, permitiu que a cidade fosse tombada mundialmente.

Já em 14 de março de 1990, a cidade foi inscrita no Livro de Tombo Histórico pelo Iphan. O feito é referente à mudança da capital do país do Rio de Janeiro para o Planalto Central, considerado um dos mais importantes acontecimentos históricos do país no século 20. “Representa uma radical mudança na geografia do país, promovendo a ocupação das áreas centrais do território nacional que, majoritariamente, concentra as maiores cidades no litoral”, pontua o instituto em nota enviada à Agência Brasília.

“Brasília representa um marco muito significativo para o debate internacional referente ao reconhecimento de sítios enquanto patrimônio da humanidade”, continua o órgão. “Foi o primeiro conjunto urbanístico moderno a ser declarado. Esse reconhecimento confirma não apenas a genialidade do urbanismo de Lucio Costa e a arquitetura de Oscar Niemeyer, mas a capacidade de realização brasileira de criar uma capital em um território pouquíssimo ocupado, em tempo exíguo. Coroa também o esforço de milhares de trabalhadores que empreenderam a epopeia da construção, os candangos”, finaliza o Iphan.

Visite

A Catedral Metropolitana é um dos 12 pontos turísticos da rota arquitetônica | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

O GDF criou rotas turísticas para que o Quadradinho seja desbravado por completo. Destaque para a Rota Arquitetônica, que leva o visitante a um tour nas obras e monumentos que fazem de Brasília um marco da arquitetura mundial. Há também a Rota Cívica, composta por monumentos e espaços importantes para a democracia do país, entre outros miniguias. Veja todas aqui.

 

 

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O MONÓLITO DO PÃO DE AÇÚCAR

CARIOCA COMPRA A BRIGA CONTRA AS TIROLEZAS DO PÃO DE AÇUCAR. CARTA ABERTA EM DEFESA DO ROCHEDO SÍMBOLO CARIOCA

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“O homem moderno perdeu o sentimento do sagrado.

Os indígenas defendem suas águas e montanhas porque

pertencem à Terra e não o contrário como o homem branco

a quem as terras lhes pertencem”.

 

Construção de tirolesas no Pão de Açúcar revolta arquitetos, paisagistas e moradores de Botafogo, da Urca e de todos os pontos de onde se pode contemplá-lo. Perfurações não previstas no escopo inicial do projeto foram realizadas durante as obras. A polêmica é grande e o paisagista e arquiteto Carlos Fernando de Moura Delphim faz carta aberta à sociedade brasileira sobre os graves riscos que hoje ocorrem na paisagem natural e cultural do Rio de Janeiro, especialmente com a degradação do monólito do Pão de Açúcar.

 

Para Carlos Fernando de Moura Delphim há uma sequência de efeitos conjugados que, por sua desorganização, degradam a paisagem carioca. O crescimento econômico, a pressão demográfica, a questão da segurança pública e o desenvolvimento do turismo acentuam, de ano em ano, as ameaças que pesam sobre o próprio futuro do homem, em geral, e da população carioca em particular.

Tendo vivido 60 anos no Rio de Janeiro e tendo sempre defendido o patrimônio cultural do Brasil, das cidades e do mundo, Carlos Fernando se sente no dever de lançar seu grito de alerta sobre o que está acontecendo com a Cidade Maravilhosa, especialmente sobre o belíssimo penedo do Pão de Açúcar.

 

A TIROLEZA DA DISCÓRDIA

 

A informação está na boca do povo. E não parece fake-news. Já em 2024, o Pão de Açúcar, um dos cartões-postais mais visitados do mundo devido ao seu bondinho, acha-se ameaçado de receber uma inovação que o tornará mais deslumbrante ainda do que já é. Trata-se da instalação de uma tirolesa de 755 metros, um esporte radical

com quatro linhas ligando-o ao Morro da Urca, num trajeto de menos de 50 segundos, numa velocidade de 100km/h. O escritório Índio da Costa, responsável pela construção, apresentou outro projeto ao Iphan, pedindo autorização para aumentar em 50,16% a área total de edificações sobre o Pão de Açúcar.

A proposta afeta ainda o Morro da Urca e a Praia Vermelha, locais onde a empresa pretende criar um acréscimo de área construída de 47,96% para o Morro e de 54,36%, para a Praia. A intenção é criar novos espaços com diversas atividades, como passarelas, restaurantes, teatros, elevadores e mirantes. Esse plano foi apresentado ao Iphan onde se encontra em fase de análise. A inquietante A inquietante proposta já conta com a rejeição da opinião pública, de arquitetos, urbanistas, paisagistas e ambientalistas e do veemente protesto dos moradores da Urca e Botafogo. Segundo o arquiteto da-paisagem Carlos Fernando, a pretensão de construir tais edificações busca justificar-se com conceitos totalmente estranhos e enganosos, como decoração paisagista, algo que, exacerbaria o impacto da edificação sobre a paisagem tombada e declarada pela Unesco como Patrimônio Mundial.

 

 

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