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DÁ-LHE PETER DRUCKER: O LUXO DE CORRER RISCOS E O LUXO DE NÃO CORRER RISCOS

 

 

Ouvi falar de Peter Drucker (1909-2005), pai da administração moderna, e fui conferir alguns de seus 42 livros publicados. Tão importante quanto, vale muito a leitura dos oito livros que foram publicados sobre seu trabalho e suas ideias. Os livros de Peter Drucker influenciaram muitos empreendedores. Dois confessaram beber na fonte de Peter Druck: Henry Ford (fundador da Ford Motor Company) que utilizou o primeiro best-seller de 1946 o “Concept of the Corporation” para reconstruir sua fábrica no pós guerra, e Bill Gates (o fundador da Microsoft).

 

 

A ideia de capital humano, que reconhece a importância dos funcionários para uma organização, é apenas um dos legados de Peter Drucker. Observador e visionário, Drucker ficou conhecido como o pai da administração moderna, ampliando a perspectiva da sociedade sobre o papel essencial das pessoas para o sucesso de qualquer empresa.

 

 

Uma história importante: quando presidente da General Motors, Alfred Sloan pediu a Drucker para fazer um estudo sobre a GM, que era na época a maior empresa do mundo. Drucker, que levou um ano e meio para finalizar o estudo, propôs algumas mudanças. Ele pregava a autogestão em vez da linha de montagem. Também criticava aspectos econômicos e humanos. Dizia que a linha se movia np ritmo do operário mais lento e assim os mais rápidos se tornavam improdutivos e frustrados. A GM recusou adotar suas ideias. Mas os japoneses não só as aceitaram como as implementaram. E deu no que deu. Nos anos 70, os japoneses tomaram a dianteira do setor.

 

 

VIDA E OBRA DE DRUCKER

Drucker nasceu em Viena, na Áustria, mas foi viver e trabalhar nos EUA, onde plantou os pilares de uma gestão de sucesso.

Peter Ferdinand Drucker explica que o sucesso de uma empresa está nesta mudança de mentalidade: por causa do conhecimento, há cada vez mais trabalhadores externos, temporários ou com dedicação parcial, pois a concentração do negócio inteiro dentro da empresa não funciona mais.

 

DEZ frases de Peter Drucker que gostei muito e vale a pena meditar, diante desta brutal incompetência do governo de plantão:

 

  1. – “O mais importante na comunicação é ouvir o que não foi dito”.

 

  1. – “Uma pessoa jamais deve ser elevada à condição de líder, se ela foca nas outras pessoas os pontos fracos, ao invés dos pontos fortes”.

 

  1. – “Os elefantes demoram a se adaptar, já as baratas sobrevivem em qualquer ambiente”.

 

  1. – “A meta do marketing é conhecer e entender o consumidor tão bem, que o produto ou serviço se molde a ele e se venda sozinho”.

 

  1. – “Existem dois tipos de riscos: Aqueles que não podemos nos dar ao luxo de correr e aqueles que não podemos nos dar ao luxo de não correr”.

 

  1. – “Gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação”.

 

  1. – “Tudo que pode ser medido pode ser melhorado”.

 

  1. – “O mais importante na comunicação é ouvir o que não foi dito´.

 

  1. – “A má organização é outra causa comum da perda de tempo. O seu sintoma é um excesso de reuniões”.

 

  1. – “Quanto menos dados precisarmos, melhor a informação”.

 

 

PETER DRUCKER E BRASÍLIA

Peter Drucker conhecia bem o Brasil. Além dos seminários e conferências, ele tinha admiração especial por um brasileiros e duas empresas brasileiras. As empresas: a Embraer e a Petrobras. E o brasileiro era ninguém menos do que o ex-presidente Juscelino Kubitschek. O ex-presidente e fundador da Embraer lembra em seus escritos: “Drucker era fascinado pela história da Embraer e de como um país em desenvolvimento, como o Brasil, pôde desenvolver uma indústria de ponta que veio a competir com as nações mais industrializadas do mundo neste complexo segmento do mercado”.

Da mesma forma, Peter Drucker considerava extraordinário o desenvolvimento da Petrobrás e seu potencial energético.

No final dos anos 50, Peter Drucker visitou o Brasil e esteve com o presidente JK. Ele não só apoiou a decisão de construir Brasília, como numa entrevista deixou sua opinião sobre a transferência da capital do litoral para o Planalto Central: “A construção de Brasília foi o acontecimento mais importante no país contemporâneo. Brasília criou um Brasil diferente, voltado para seu interior”.

Otimista com o futuro brasileiro, ele afirmou não concordar com a visão (mais em voga em fins dos anos 90) de que o Brasil havia fracassado em sua ânsia de se tornar uma nação desenvolvida. “Conheço os tremendos problemas brasileiros, mas houve enorme progresso, tanto social como econômico, mas, principalmente, psicológico no aumento da autoestima”.

 

 

 

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Dia Mundial da Água

Cerrado pode perder quase 34% da água até 2050

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Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma

 

O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).

Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.

A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.

“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.

Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.

“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.

Chuvas

Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.

“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.

Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.

Edição: Heloisa Cristaldo

EBC

 

 

 

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VENTO DA ARTE NOS CORREDORES DA ENGENHARIA

Lá se vão 9 anos. Março de 2014.

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No dia 19 de março, quando o Sinduscon – Sindicato das Indústrias da Construção Civil do DF completava 50 anos, um vendaval de Arte, Musica, Pintura adentrou a casa de engenheiros, arquitetos e empresários e escancarou suas portas e janelas para a Cultura.
Para que o vento da arte inundasse todos seus corredores e salões, o então presidente Júlio Peres conclamou o vice Jorge Salomão e toda diretoria para provar que Viver bem é viver com arte. E sempre sob as asas da Cultura, convocou o artista mineiro Carlos Bracher para criar um painel de 17 metros sobre vida e obra de JK e a construção de Brasília. Uma epopeia.
Diretores, funcionários, escolas e amigos ouviram e sentiram Bracher soprar o vento da Arte durante um mês na criação do Painel “DAS LETRAS ÀS ESTRELAS”. O mundo da engenharia, da lógica e dos números se transformou em poesia.
Uma transformação para sempre. Um divisor de águas nos 50 anos do Sinduscon.
O presidente Julio Peres no discurso que comemorou o Cinquentenário da entidade e a inauguração do painel foi didático e profético:
“A arte de Carlos Bracher traz para o este colégio de lideranças empreendedoras, a mensagem de Juscelino Kubitschek como apelo à solidariedade fraterna e à comunhão de esforços. Bracher é nosso intérprete emocionado das tangentes e das curvas de Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Nos lances perfomáticos de seu ímpeto criador, Bracher provocou um espetáculo de emoções nas crianças, professores, convidados, jornalistas e em nossos funcionários.
Seus gestos e suas pinceladas de tintas vivas plantaram sementes de amor à arte. As colheitas já começaram.”
Aliás, as colheitas foram muitas nesses nove anos e serão ainda mais e melhor na vida do Sinduscon. O centenário da entidade está a caminho…
Sou feliz por ter ajudado nessa TRAVESSIA.
SG
Fotos: Carlos Bracher apresenta o projeto do Painel. Primeiro em Ouro Preto e depois visita as obras em Brasília.
Na foto: Evaristo Oliveira (de saudosa Memória) Jorge Salomão, Bracher, Julio Peres, Tadeu Filippelli e Silvestre Gorgulho
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METÁFORAS… AH! ESSAS METÁFORAS!

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Sou fascinado com uma bela metáfora. Até mesmo porque não há poesia sem metáfora. Clarice Lispector é a rainha das metáforas. Maravilhosa! Esta figura de linguagem é uma poderosa forma de comunicação. É como a luz do sol: bate n’alma e fica.
Incrível, mas uma das mais belas metáforas que já li é de um naturalista e geógrafo alemão chamado Alexander Von Humbolt, fundador da moderna geografia física e autor do conceito de meio ambiente geográfico. [As características da fauna e da flora de uma região estão intimamente relacionadas com a latitude, relevo e clima]
Olha a metáfora que Humbolt usou para expressar seu encantamento pelo espetáculo dos vagalumes numa várzea em terras brasileiras.
“OS VAGALUMES FAZEM CRER QUE, DURANTE UMA NOITE NOS TRÓPICOS, A ABÓBODA CELESTE ABATEU-SE SOBRE O PRADOS”.
Para continuar no mote dos vagalumes ou pirilampos tem a música do Jessé “Solidão de Amigos” com a seguinte estrofe:
Quando a cachoeira desce nos barrancos
Faz a várzea inteira se encolher de espanto
Lenha na fogueira, luz de pirilampos
Cinzas de saudades voam pelos campos.
Lindo demais! É a arte de vagalumear.
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Reportagens

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