Reportagens
Obras públicas impulsionam emprego e renda no DF
Desde o início desta gestão, investimentos em reformas e novas construções tiveram papel importante no fomento à economia e na geração de trabalho para a população
Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes
O Governo do Distrito Federal (GDF) acumula 1,6 mil obras desde o início desta gestão. Reformas e novas construções integram a lista de melhorias. Ao todo, foram mais de R$ 3,5 bilhões aplicados em obras de infraestrutura, saúde, educação, mobilidade e segurança pública. Investimento esse que vai além dos serviços básicos, gerando emprego e renda para a capital federal.
“Fomentando a construção civil, você gera emprego e renda e melhora a qualidade de vida dos cidadãos da cidade”Ciro de Avelar, economista
“Fomentando a construção civil, você gera emprego e renda e melhora a qualidade de vida dos cidadãos da cidade”, avalia o economista Ciro de Avelar, da GWX Investimentos. O presidente do Conselho de Economia (Corecon-DF), César Augusto Bergo, concorda. “As despesas com urbanismo e habitação apresentam um fator positivo. São ferramentas importantes para a dinamização da economia local. Isso aumenta o emprego, faz acréscimo na renda e acarreta em um fator positivo para o crescimento econômico”, explica.
O casal Frederico Antônio de Brito e Margarida Joana de Brito trabalha há 12 anos na Feira Permanente da M Norte, em Taguatinga, e viu a rotina mudar após o equipamento público ser reformado pela Novacap. O investimento de R$ 300 mil do GDF já vem dando frutos para os comerciantes.
“Essa reforma foi muito boa para a feira e para nós, porque passou a ter uma circulação de pessoas que não vinham antes, o que nos fez vender mais”, destaca Frederico. Ele estima um aumento de 30% nas vendas depois da reforma.
“Buscava um local em que pudesse vender melhor. Eu tinha vindo na feira (Permanente da M Norte) no ano passado depois da reforma e fiquei apaixonada. Minhas vendas melhoraram muito aqui. Tenho atraído mais clientes. Já vendo 70% a mais do que vendia em casa”Analina Fonseca de Carvalho, comerciante
Quem também obteve melhorias nos resultados foi a comerciante Analina Fonseca de Carvalho Gomes, 43 anos. Durante a pandemia, ela empreendeu vendendo perfumes e cremes até que decidiu abrir uma loja fixa na Feira Permanente da M Norte.
“Buscava um local em que pudesse vender melhor. Eu tinha vindo na feira no ano passado depois da reforma e fiquei apaixonada. Minhas vendas melhoraram muito aqui. Tenho atraído mais clientes. Já vendo 70% a mais do que vendia em casa”, conta. O sucesso é tanto que ela sonha lançar uma filial em outra feira do DF. “Quero ajudar outras mulheres, quem sabe empregar uma delas”, completa.
Daniel Eustáquio da Silva sempre trabalhou vendendo peixes. Em abril deste ano, inaugurou uma peixaria na feira da M Norte e tem visto o negócio – antes administrado na casa do sócio – se expandir e consolidar. Se no passado apenas ele e o amigo trabalhavam com a atividade, agora ele gera mais quatro empregos com o box em Taguatinga.
“A ideia de levar a peixaria para a feira veio porque era algo que não tinha aqui. Aproveitamos a oportunidade. A venda tem sido muito boa. Vendemos muito na Semana Santa. Hoje temos quatro pessoas trabalhando aqui”, revela o comerciante.
A reforma do equipamento público integra um programa da Novacap para recuperar 38 feiras em todo o DF com investimento de R$ 30 milhões. “O grande problema das feiras – e ainda é porque estamos concluindo as obras – é o abandono em que se encontravam, com instalações deterioradas. Em condições de impedir que as famílias frequentassem. Na medida que elas se restabelecem, você cria um ambiente favorável para ser frequentado e provoca de imediato a melhoria da atividade comercial”, destaca o presidente da Novacap, Fernando Leite.
Comércio aquecido
Após muitos anos de abandono, a avenida W3 Sul passou por uma reforma entregue em dezembro do ano passado. Foram investidos R$ 21,7 milhões, contemplando a melhoria do sistema viário, estacionamentos, paisagismo e troca da iluminação, além de gerar cerca de 800 empregos.
Os serviços foram financiados pela Agência de Desenvolvimento (Terracap) em trabalho conjunto com as secretarias de Obras, Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e de Governo (Segov), Novacap, Companhia Energética de Brasília (CEB) e Departamento de Trânsito do DF (Detran).
“Essa gestão colocou em marcha diversas obras grandiosas e complexas, há anos engavetadas, graças à habilidade do governo de lidar com esses bastidores e executar com eficiência as obras até sua conclusão e entrega”, destaca o secretário de Obras, Luciano Carvalho.
Sócio-criador do Infinu, complexo colaborativo, gastronômico, cultural e econômico na 506 Sul, Miguel Galvão celebra a reforma feita na avenida e destaca a importância para a área comercial. “A gente tem que saber dar os méritos quando eles acontecem. Sou morador da W3 há 12 anos e posso falar que nunca uma gestão priorizou a avenida como agora. A gente agradece bastante”, afirma.
“Essa parte de recuperação de calçadas e da limpeza [da W3] foi muito importante, porque deixa mais prático para o consumidor final. Foi um empurrão muito válido. Os lugares são mais seguros se têm vida. Se o comerciante está indo bem, ele cuida da fachada, da calçada. A nossa defesa é de que o processo de revitalização não fique só na mudança visual, mas também nos conceitos”, completa. Para ele, é preciso pensar hoje como serão os próximos 62 anos da W3 Sul, que tem uma veia comercial e cultural a depender da localidade.
Com bastante movimento, o Infinu conta com 17 estabelecimentos, entre restaurantes, lojas de roupa e estúdio de tatuagem, além de 30 empresas diferentes participando da loja colaborativa. Na W3 Sul desde 2020, espaço comercial participa do projeto Adote Uma Praça, coordenado pela secretaria de Projetos Especiais (Sepe), em que a área pública foi recuperada pelos responsáveis pelo empreendimento comercial.
Reportagens
IgesDF promove treinamentos de prevenção e manejo clínico da dengue
Palestras têm o objetivo de prepara as equipes para os desafios da doença
Devido ao aumento dos casos de dengue no DF, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) está promovendo para seus colaboradores uma sequência de treinamentos sobre o manejo clínico da dengue.
A equipe participa das palestras de Introdução à dengue: causador, ciclo de transmissão e sintomas; Prevenção da dengue: medidas de controle do vetor, eliminação de criadouros e educação comunitária; Diagnóstico da dengue: testes laboratoriais e interpretação dos resultados; e Manejo clínico da dengue conforme protocolo institucional.
Para a organizadora do treinamento, Emanuela Ferraz, da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa, entender a dengue ajuda os funcionários a ter uma melhor noção de controle dessa doença. “O treinamento em relação à dengue desempenha um papel crucial na mitigação e controle dessa doença no Distrito Federal e em qualquer outra região afetada.”
Segundo Paulo Estevão, gerente de Ensino e Gestão do Conhecimento, os profissionais de saúde precisam estar bem treinados para lidar com casos de dengue, desde o diagnóstico até o tratamento e acompanhamento dos pacientes. “O treinamento adequado ajuda a garantir que esses profissionais estejam preparados para enfrentar os desafios associados à doença.”
O treinamento já aconteceu no Hospital Regional de Santa Maria e os funcionários do Hospital Cidade do Sol foram treinados na admissão antes de ir a campo. As palestras seguem para o Hospital de Base e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Texto: Anna Beatriz Vieira
Reportagens
Aberta chamada para programas de iniciação científica ou extensão
FAPDF vai aceitar propostas para apoio em participação em eventos, cursos de curta duração e visitas técnicas de natureza científica
Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) abriu a Chamada Pública 03/2024, do Edital 02/2024 do Programa de Difusão Científica. É o FAPDF Participa, destinado a pesquisadores, profissionais e estudantes atuantes nas áreas de ciência, tecnologia e inovação.
Serão aceitas propostas para apoio em participação em eventos, cursos de curta duração e visitas técnicas de natureza científica, tecnológica e de inovação no país ou no exterior.
Para participar, é necessário ter vínculo com instituições de ensino superior ou de pesquisa, públicas ou privadas. A chamada pública terá vigência até 31 de dezembro deste ano.
Para o apoio à participação em curso e eventos, é necessário que a duração seja de no máximo 15 dias. Todas as despesas referentes ao curso ou evento serão custeadas, desde que seja feita posterior prestação de contas, conforme descrito no edital.
Os critérios para a submissão das propostas podem ser acessados neste link.
*Com informações da FAPDF
Reportagens
Debate reúne responsáveis pelo transporte público para tratar do sistema de bilhetagem
A comissão geral sobre o tema foi promovida pelo deputado Max Maciel
Foto: Rinaldo Morelli/ Agência CLDF
A Câmara Legislativa colocou em discussão, nesta quinta-feira (14), o sistema de bilhetagem automática do transporte público do Distrito Federal. A sessão ordinária deu lugar a uma comissão geral sobre o assunto, realizada a pedido do deputado Max Maciel (PSOL). O debate contou com a participação do secretário de Transporte e Mobilidade Urbana do DF (Semob), Zeno Gonçalves; do diretor de Operação e Manutenção do Metrô/DF, Márcio Aquino; e do superintendente de Mobilidade do BRB, Saulo Nacif Araújo.
Presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Casa, Maciel reforçou seu empenho por uma “mobilidade urbana democrática e acessível, que garanta acesso à cidade para todos”. Ele relatou reclamações recorrentes na utilização dos cartões de transporte nos validadores dos ônibus, metrô e BRT, em especial por estudantes e pessoas com deficiência, e cobrou soluções para as falhas, “para ofertar um serviço confiável, ininterrupto e seguro”.
O secretário de Transporte, Zeno Gonçalves, relatou que, em 2018, na época do DFTrans, 70% das reclamações recebidas pela Ouvidoria diziam respeito a problemas de bilhetagem. “Esse número vem caindo. Em 2023, foram 18%. Ainda é muito. Então a gente entende o porquê de audiências como essa. Nossa meta é zerar as reclamações”, afirmou.
O chefe da pasta aproveitou para anunciar que, até a segunda semana de abril, toda a frota de ônibus do sistema de transporte contará com validadores V6, os quais prometem várias funcionalidades aos usuários, a exemplo de pagar pela passagem com cartão de crédito ou débito. Segundo informou, dos 2.957 veículos do sistema, 2.888 já contam com esses validadores de alta tecnologia.
O superintendente de Mobilidade do BRB, Saulo Nacif Araújo, lembrou que o sistema de bilhetagem automática do DF foi transferido para o Banco em 2019, após a extinção do DFTrans. De lá para cá, conforme explicou, o BRB passou a ser responsável pelo cadastramento dos usuários do transporte público (ônibus, metrô e BRT); pela emissão dos cartões; pelo controle da carga, recarga e uso dos créditos, além do atendimento aos beneficiários de gratuidades (estudantes, PcD, pessoas idosas etc.), às escolas, entre outros públicos.
Em resposta ao questionamento do deputado Max Maciel sobre as falhas no cartão do passe livre estudantil, em especial no início do ano letivo e das férias, Nacif Araújo argumentou que o problema acontece, muitas vezes, por pendências no cadastro do aluno, seja por falta de uma foto ou dos documentos exigidos. Além disso, o superintendente explicou que, eventualmente, a instituição de ensino não envia o registro da matrícula do estudante para o BRB.
Sobre o uso de cartões de crédito ou débito para pagar a passagem dentro dos ônibus, Saulo Araújo disse que a inovação está em “fase piloto”: “Por enquanto, habilitamos pouco mais de 100 ônibus da Marechal”.
A funcionalidade já foi implementada em todas as estações do Metrô-DF. De acordo com o superintendente do BRB, do total de acessos pagos no Metrô, o uso dos cartões de crédito e débito representa 10,2%. Considerando somente os acessos unitários, que são aqueles de quem não tem o Cartão Mobilidade, representa 41%.
Márcio Aquino, diretor de Operação e Manutenção do Metrô, destacou que a instalação dos validadores V6 – os mesmo que estão sendo colocados nos ônibus e BRT – em todos os bloqueios das estações e o aumento (de 30 para 110) do número de catracas contribuíram para reduzir, não apenas as filas, mas também as chamadas “abertura de cancela” – quando a entrada é liberada sem pagamento.
Aquino ressaltou ainda que, no sistema de recarga de cartões das estações de metrô, é possível realizar a recarga de créditos para os ônibus também.
Sugestões
Max Maciel realizou uma série de sugestões para sanar as falhas no sistema de bilhetagem e para facilitar o acesso aos meios de transporte de massa.
Ao secretário de Transporte, pediu uma flexibilização para o acesso dos estudantes, no período de retorno das aulas, para o beneficiário resolver eventuais pendências no cartão do passe livre. Zeno Gonçalves não deu uma resposta positiva nem negativa e se comprometeu a avaliar impacto desse prazo.
Dirigindo-se ao diretor do Metrô, o deputado sugeriu algum tipo de desconto ou bonificação para a aquisição de bilhetes para uma semana ou para um mês, por exemplo. “Isso pode incentivar o uso desse transporte no lugar do carro”, avaliou Maciel.
Por fim, o parlamentar ressaltou ser importante fazer mais pessoas aderirem ao sistema de transporte coletivo, inclusive como forma de se evitar o aumento da tarifa técnica. Para isso, ele defendeu a ideia de comercializar os cartões de transporte em locais como farmácias, bancas de revista, entre outros. Em sua opinião, isso vai facilitar, também, o uso do transporte público por turistas, que muitas vezes não sabem onde nem como comprar as passagens.
Denise Caputo – Agência CLDF
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