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Com robô, inteligência artificial e atuação humana, startup localiza R$ 8,1 bi de devedores para empresas

Montante equivale ao localizado em pouco mais de três anos, por meio de investigação patrimonial veloz e precisa, inclusive em paraísos fiscais

 

Com robôs de busca na internet, inteligência artificial e atuação de profissionais especializados, uma startup do Paraná tem se destacado no mercado por ajudar empresas de todo o Brasil a localizar quantias vultuosas de seus devedores. Trata-se da Leme Inteligência Forense, que em um período de pouco mais de três anos localizou mais de R$ 8,1 bilhões para essas corporações.

Como pontua o advogado Dr. Guilherme Cortez, gerente de Investigação da Leme, a recuperação é fruto de um trabalho minucioso e preciso, em que avançadas tecnologias da informação permitem uma atuação mais eficaz dos profissionais envolvidos. A metodologia empregada possibilita uma investigação patrimonial dos devedores capaz de realizar amplo cruzamento de dados e localizar bens em todas as partes do mundo, inclusive em paraísos fiscais.

Tudo começa com o dimensionamento do problema. Ao contratar o serviço da Leme, a empresa cliente recebe um documento a ser preenchido com uma série de informações elementares para a equipe de inteligência forense dar o primeiro passo para elaborar o diagnóstico, compreender a complexidade do caso e iniciar a investigação.

Dados como origem da dívida, montante dela, eventuais pesquisas que a empresa já tenha feito estão entre as informações básicas solicitadas. “A empresa nos encaminha o documento preenchido. Fazemos uma análise e marcamos uma reunião para nos aprofundarmos em alguns dados, tirar dúvidas, enfim, complementar o leque de informações, para então começarmos efetivamente a investigação”, explica Dr. Cortez.

Depois disso, entra em cena a tecnologia. “Nosso robô inicia uma busca, direcionada. ‘Varre’ muitos dados, porém, é mais do que isso: cruza informações, organiza, sistematiza”, afirma o gerente da Leme, ilustrando como o processo “fecha o cerco”. “Ganha-se em escala, em agilidade e em precisão – [são obtidas] muitas informações, em tempo curto.”

Finalizada a investigação automatizada, todo o banco de dados elaborado passa a ser analisado por um profissional da equipe de especialistas. “É a inteligência humana em ação, verificando, filtrando informações, separando o que é mais relevante. Também, traduzindo tudo de modo didático à empresa cliente. E, com o cliente, definindo a melhor estratégia a ser seguida”, acrescenta Dr. Cortez.

Com essa combinação – banco de dados consistente, análise e estratégias acuradas – tudo se encaminha para a localização definitiva e certeira de bens patrimoniais dos devedores (em nome próprio ou de “laranjas”). Quando a situação demanda medidas judiciais, o diagnóstico levantado fornece aos procuradores elementos consistentes para se montar uma ação com condições de ser bem-sucedida, acrescenta o executivo da Leme.

Os R$ 8,1 bilhões localizados se referem ao acumulado entre 2018 e o primeiro semestre de 2021 (balanço mais recente). Destaca-se a localização de bens patrimoniais também no exterior, em paraísos fiscais, como Bahamas, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Bermudas e Nova Zelândia. Localizações nos Estados Unidos e Holanda são, ainda, resultado desse trabalho de três anos e meio.

“A investigação patrimonial especializada, e que usa automação e inteligência artificial, faz com que seja localizado o patrimônio de direito do devedor, ou seja, aquele formalmente registrado em seu nome, mas, principalmente, o chamado patrimônio ‘de fato’. Este, é aquele que envolve os bens transferidos a terceiros ou adquiridos pelo devedor em nome desses terceiros, com o intuito de ocultar o patrimônio”, enfatiza Dr. Cortez.

SOBRE A LEME

A Leme Inteligência Forense tem sede em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Conta atualmente com mais de 200 clientes em seu portfólio, empresas de vários setores (incluindo instituições financeiras). Mais informações: https://lemeforense.com.br/.

 

 

 

 

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Selo educativo comemora Dia Mundial da Água

Distintivo, que reconhece o trabalho de escolas voltadas à sustentabilidade, será lançado nesta quarta (22) pela Adasa

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Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

 

No Dia Mundial da Água, comemorado nesta quarta-feira (22), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) lançará um selo educativo voltado ao reconhecimento de instituições de ensino que desenvolverem atividades relacionadas à sustentabilidade ambiental.

Arte: Adasa

O selo Adasa – Guardiões da Água será apresentado às 9h30, na Escola Parque da Natureza e Esporte do Núcleo Bandeirante, em evento promovido em parceria com a Secretaria de Educação (SEE) para o qual são esperados 400 crianças e pré-adolescentes.

O objetivo do novo projeto é dar continuidade às atividades desenvolvidas pela agência no âmbito do programa Adasa na Escola nas redes pública e privada de ensino. Ao se inscreverem para concorrer ao selo, as instituições deverão cumprir uma série de requisitos, como a produção de vídeos que promovam o debate em torno da preservação dos recursos hídricos e do descarte responsável de resíduos e a implementação de projetos de sustentabilidade na unidade.

As instituições que seguirem as diretrizes receberão o selo Escola Guardiã, como forma de valorizar as atividades adotadas em prol da conscientização dos estudantes e da população. Já os alunos serão agraciados com a pulseira do guardião. A Adasa divulgará em suas redes sociais os materiais produzidos.

 

 

 

 

 

 

Novos guardiões 

Para despertar o interesse dos estudantes, a Adasa também divulgará, durante o lançamento do selo, uma produção audiovisual que conta a história dos Guardiões da Água. No episódio, a personagem Tita fica sem água em casa e é convocada pelo vovô Totó para participar de um curso de formação.

No desenrolar da história, ela aprende lições sobre a importância da gestão adequada dos recursos hídricos e dos resíduos sólidos para a garantia da disponibilidade da água e da preservação do meio ambiente.

Vovô Totó e Tita convidam os espectadores a passarem pelos testes aplicados pelo programa Adasa na Escola para receber a pulseira que os tornará novos guardiões. O episódio é narrado por uma personagem humana, um boneco e personagens de desenho animado.

O programa ficará disponível no  canal da Adasa no YouTube.

*Com informações da Adasa

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Estudantes da rede pública aprendem sobre uso sustentável da água

Escola Classe 27 de Taguatinga reforça trabalhos de conscientização sobre a preservação dos recursos hídricos

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Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

 

A frase da estudante Alice Ponte, 9, resume a importância da data de hoje: “Não é só comemorar e pensar em preservar; são necessárias ações no dia a dia”. Especialmente nas unidades de ensino, o Dia Mundial da Água, o 22 de março é dedicado à importância de colocar em discussão as medidas de uso consciente dos recursos hídricos.

Atividades que estimulam o uso racional da água são desenvolvidas durante todo o ano na escola | Foto: André Amendoeira/SEE

A temática do uso sustentável da água já faz parte da vivência dos estudantes da Escola Classe (EC) 27 de Taguatinga. Durante todo o ano letivo, a instituição promove palestras, filmes, músicas, produção de textos e exposições sobre o assunto.

Atualmente com 720 alunos da educação infantil até o quinto ano do ensino fundamental, a escola desenvolve atividades das quais todos participam. “Nosso projeto traz a ideia do uso consciente da água nos diversos aspectos possíveis do cotidiano”, resume a coordenadora da escola, Valéria Carvalho.

Mais do que debater o tema, os estudantes aprendem as lições na prática. Na escola, há um sistema de captação de água da chuva em duas caixas-d’água com capacidade total de 25 mil litros. O material recolhido é utilizado para lavar a quadra, os banheiros e os pátios do local. O uso sustentável da água também teve um impacto positivo financeiro para a escola: a conta de água baixou de R$ 15 mil para R$ 5 mil mensais.

Cidadania e consciência

Este ano, a EC 27 retoma a realização da passeata no Dia Mundial da Água – atividade interrompida durante a pandemia – para alertar a sociedade para o uso consciente desse recurso hídrico. Os alunos do quarto ano da turma da professora Marisa Borges estavam empolgados com a preparação de cartazes para a passeata e com o ensaio de músicas para a ação.

O estudante Ismael Carlos dos Santos, 9, afirma que a conscientização já faz parte de sua rotina. “Eu gostei muito de participar das atividades para uso da água e já parei com o desperdício”, conta. “A criança capta muito rápido a mensagem e passa a transmitir para família e policiar nossas ações dentro da escola com pequenos hábitos que valem muito”, ressalta Marisa.

 

*Com informações da Secretaria de Educação

 

 

 

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Câmara Legislativa aprova mais projetos alusivos ao Mês da Mulher

Matérias foram votadas em primeiro turno e ainda voltarão a ser apreciadas em segundo turno e redação final, antes de serem enviadas à sanção governamental

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal prosseguiu, na sessão deliberativa desta terça-feira (21), a apreciação de projetos relacionados às mulheres, nas mais diversas áreas. O “esforço concentrado” faz parte do acordo para votar, durante as sessões de março, proposições alusivas ao Mês da Mulher. A condução dos trabalhos, nesta tarde, ficou a cargo da deputada Doutora Jane (Agir) e a deputada Dayse Amarilio (PSB), secretariou.

As matérias foram votadas em primeiro turno e ainda voltarão a ser apreciadas em segundo turno e redação final, antes de serem enviadas à sanção governamental. Foram os seguintes os projetos aprovados:

Projeto de lei nº 116/2023. De autoria da deputada Dayse Amarilio (PSB), institui uma política de amparo à saúde da mulher em uso abusivo de álcool. “A situação é tão grave que, por conta da complexidade do tema, muitas mulheres sequer procuram o atendimento, e tais situações alcançam a família, o que torna importante o engajamento do Poder Público para permitir o acolhimento e para que sejam concedidas as condições de recuperação”, explicou a parlamentar.

Projeto de Lei nº 218/2023. Também proposto pela deputada Dayse Amarilio (PSB), estabelece a criação de local reservado nas unidades de saúde do Distrito Federal para atendimento a vítimas de violência doméstica. Além de proporcionar atendimento adequado, de acordo com a situação, a medida evita constrangimentos, entre outras circunstâncias.

Projeto de Lei nº 198/2023. Apresentado pela deputada Paula Belmonte (Cidadania), trata da proteção contra a discriminação no trabalho para a mãe solo nos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta do Distrito Federal. A ideia é garantir a igualdade de oportunidades às mulheres que, sozinhas, sustentam seus filhos e a família.

Projeto de Lei nº 95/2023. De autoria do deputado Gabriel Magno (PT), altera a Lei nº 4.949/2012 – que estabelece normas gerais para realização de concurso público pela administração direta, autárquica e fundacional do DF – para incluir o direito das lactantes à amamentação durante os certames. As mães deverão ser acompanhadas por fiscais e o tempo dispendido deverá ser compensado em igual período.

Projeto de Lei nº 2.774/2022. Do deputado Hermeto (MDB), cria o “Programa de Apoio às mulheres com Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG)”, como é chamado um grupo de doenças da placenta, capazes de evoluir, inclusive, para formas malignas. É predominantemente observada em adolescentes e mulheres com mais de 35 anos idade. O programa tem por finalidade apoiar, orientar, tratar, reabilitar e reintegrar pacientes e ex-pacientes acometidas pela NTG.

Projeto de Lei nº 1.778/2021. De autoria do deputado Eduardo Pedrosa (União), o PL altera e acrescenta dispositivos a Lei nº 6.022/2017 – que assegura a criação do Banco de Empregos para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar – para promover a qualificação de mão de obra e a melhoria do nível educacional e cultural das mulheres em situação de violência doméstica. A intenção é estabelecer mecanismos para habilitar as mulheres profissionalmente.

Projeto de Lei nº 165/2023. Outra proposição do deputado Eduardo Pedrosa (União), altera a Lei nº 6.795/2021 – que cria o Programa de Prevenção à Endometriose e Infertilidade no Distrito Federal – para instituir ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da Doença de Endometriose, com o intuito de garantir atendimento de qualidade às mulheres diagnosticadas com o problema pelo sistema de saúde.

Marco Túlio Alencar – Agência CLDF

 

 

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