Reportagens
Orquestra Sinfônica homenageia as mulheres em março
Primeiro concerto do mês, no dia 7, destaca a maestra e compositora Cibelle J. Donza e a harpista Cristina Carvalho

Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo
A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) traz para o mês de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher (8), uma intensa programação em quatro concertos, começando com uma homenagem às mulheres. A ideia é não só celebrá-las, mas colocá-las em destaque, reforçando sua importância na produção artística e cultural.

“Teremos a maestra e compositora Cibelle J. Donza e a harpista Cristina Carvalho atuando como solista”, anuncia o regente Cláudio Cohen, em referência à primeira apresentação, que será realizada na próxima terça-feira (7). Cibelle, cujo instrumento de formação é o violão clássico, faz sua participação de batuta na mão, comandando a Sinfônica durante o concerto, e também conduzindo a estreia de sua obra Da Terra, composta especialmente para a ocasião.
Também diretora artística e maestra da Orquestra Filarmônica MultiArte da Amazônia e da Zarabatana Jazz Band, a musicista explica que a composição faz parte de um ciclo de peças de sua autoria que “partem de reflexões sobre a eternidade e o caráter efêmero e transitório do ser humano no planeta”. Natural de Belém (PA), a maestra diz que a música que estreará inspira-se em A Canção da Terra, de Gustav Mahler. “Mas não carrega o caráter melancólico e nem os aspectos sonoros da obra dele. Pelo contrário, acredito que a minha tenha uma visão bem leve e otimista”, comenta Cibelle.
Da Terra traz elementos da tradição europeia, da música negra e das Américas, especialmente nos aspectos rítmicos e harmônicos, e ressonâncias da música moderna. “Também apresenta um sabor da região amazônica, de onde sou proveniente”, acredita Cibelle, em referência ao ritmo lundu, cultivado na Ilha de Marajó (PA).
Ainda na apresentação do dia 7 de março, a maestra Cibelle J. Donza regerá a 5ª Sinfonia de Beethoven. Ela destaca que o compositor alemão inicia a famosa obra com instrumentação tradicional, mas, no último movimento, inova com a inclusão de flautim, contrafagote e trombones, abrindo caminho para novas linguagens. “Foi a primeira revolução que houve em formação da orquestra”, afirma.

Outro destaque do concerto dedicado às mulheres é o solo da harpista da OSTNCS, Cristina Carvalho, na música Moda e Ponteio para Harpa e Orquestra de Cordas (1955), do potiguar Mário Tavares (1928-2003). A musicista foi próxima do compositor, a quem ajudou a recuperar o manuscrito de partitura da música, que estava em mau estado de conservação.
“Mário Tavares foi um grande compositor e maestro, considerado um dos principais intérpretes de Villa-Lobos. Ele afirmava que não existiam fronteiras entre sons clássicos e populares: ‘música boa é música bem-feita’, dizia. A frase define uma carreira que nunca se prendeu a rótulos”, relata Cristina, que também produziu um arranjo para a composição.
Na peça de Tavares, segundo Cristina, a harpa solista, apesar de protagonista principal, possui também um caráter camerístico, com muitos diálogos com outros instrumentos. “A música é composta de um movimento lento, a moda, que se conecta ao movimento rápido, o ponteio, por meio de uma proeminente cadência da harpa”, descreve.
Clássicos
Dando sequência à série de concertos intitulada Os Compositores, na qual a OSTNCS busca ampliar a formação de público para mestres da música clássica, março trará um concerto dedicado ao francês Claude Debussy (1862-1918), no dia 14, e outro ao finlandês Jean Sibelius (1865-1957), uma semana depois, em 21 de março.
O Concerto para Violino e Orquestra em Ré Menor Op.47, de Sibelius, terá solo de violino do integrante da OSTNCS Marcos Bastos, que comenta: “Jean Sibelius é um compositor muito original, cuja orquestração tem sonoridade bem peculiar. O seu concerto para violino é um dos concertos mais tocados e, por isso, é um prazer e uma responsabilidade executá-lo”.
Ele explica que a peça clássica tem três partes, e cada uma tem a sua dificuldade: “Em alguns momentos, a música requer muita intensidade, em outros, sustentação do som e, em outros, precisão do tamanho e articulação das notas no instrumento”.
A programação de março termina com outra audição do ciclo dedicado ao músico alemão Ludwig van Beethoven. O Concerto para Piano e Orquestra em Sol Maior Op.58 terá como solista convidado o pianista Eduardo Monteiro, com formação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no exterior – França, Itália e Estados Unidos.
Monteiro, que desde 2002 é professor da Universidade de São Paulo (USP), lembra que Beethoven escreveu cinco concertos para piano e orquestra. “Talvez não tenha escrito mais porque no fim da vida, com a surdez maior, inviabilizava que ele mesmo fosse solista e, nessa época, os compositores escreviam as peças pensando em sua própria atuação como solista de suas obras.”
Ele comenta que esse concerto, o penúltimo produzido pelo compositor germânico, chama a atenção porque não tem a dramaticidade que marca sua obra. “O quarto concerto é muito mais luminoso, com uma atmosfera de esperança. Então a parte solista do piano é sempre muito virtuosista, bastante brilhante. É um concerto maravilhoso”, diz.
Programação
Concertos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) – Março
Local: Teatro Plínio Marcos – Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte)
Horário: 20h
Entrada franca, sujeita à lotação do espaço
→ 7/3 – Concerto em Homenagem ao Dia Internacional da Mulher
→ 14/3 – Série Os Compositores
→ 21/3 – Série Os Compositores
→ 28/3 – Ciclo Beethoven 2023
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Reportagens
Primeira edição do Congresso Realize Mulher fechará o mês
Com inscrições abertas a partir desta terça (21), evento incentiva participantes a desenvolver habilidades e aprimorar a vida profissional

Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
A Secretaria da Mulher (SMDF) promove no próximo dia 30, no auditório do Senai de Taguatinga Norte, o 1º Congresso Realize Mulher – Desperte a Protagonista que Existe em Você, destinado a mulheres que queiram desenvolver competências socioemocionais para o empreendedorismo e o trabalho. São 192 vagas, com inscrições abertas a partir desta terça (21), no site da secretaria.
Congresso é aberto à participação de mulheres maiores de 18 anos de todo o DF
O congresso faz parte do calendário de ações do Março Mais Mulher. “Queremos despertar o autoconhecimento e o desenvolvimento de competências comportamentais que gerem protagonismo, para fortalecer as ações que promovam a autonomia econômica de todas”, ressalta a secretária da Mulher, Giselle Ferreira.
Programa Realize
Direcionado ao público feminino do DF, em especial às mulheres em situação de violência ou vulnerabilidade social, o Realize é aplicado em todas as ações da SMDF voltadas para a promoção da autonomia econômica feminina. O programa reforça a importância de executar ações que ofereçam apoio à formação, qualificação e promoção da autonomia financeira das mulheres, ampliando as oportunidades para esse público.
A equipe do programa acompanha as alunas por, pelo menos, seis meses após o fim do curso, oferecendo atendimento psicossocial individual para garantir o cuidado emocional dessas mulheres, que também estarão capacitadas para projetos de empreendedorismo e para a gerir o próprio negócio, ampliando a sua visão de mercado.
Podem participar do programa todas as mulheres maiores de 18 anos. As capacitações são oferecidas nos espaços Empreende Mais Mulher, localizados em Taguatinga e na Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia.
Congresso Realize Mulher
→ Data: dia 30 deste mês, das 8h às 17h.
→ Local: auditório do Senai de Taguatinga.
→ As inscrições, abertas a mulheres maiores de 18 anos, podem ser feitas neste link.
* Com informações da Secretaria da Mulher
Reportagens
Projeto de lei reserva local nas UBSs para atendimento às mulheres vítimas de violência
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Ser mulher na capital do país não tem sido fácil. No início de 2023 o Distrito Federal registrou números alarmantes de violência contra mulheres em comparação a todo o ano passado. Apenas na primeira semana deste ano, 17 mulheres foram assassinadas no DF vítimas de feminicídio.
Além das inúmeras violências a que as mulheres são submetidas, e acabam culminando em morte, as vítimas de violência doméstica são revitimizadas constantemente. Um exemplo é quando procuram atendimento nas Unidades de Saúde, elas precisam enfrentar a fila normal, sem prioridade, e acabam sendo constrangidas por estar no mesmo local que os demais pacientes.
Para evitar esse constrangimento, a deputada Dayse Amarilio (PSB) protocolou na Câmara Legislativa o projeto de Lei nº 218/2023. A proposta estabelece a criação de um local reservado nas unidades de saúde do Distrito Federal para atendimento às vítimas de violência doméstica.
Para a parlamentar, que é enfermeira obstetra e servidora as SES, “o constrangimento é tamanho que por vezes essa vítima não vai até às Unidades, piorando ainda mais sua saúde física e mental”.
“É urgente a mudança no setor público, com a necessidade da criação de um local reservado para recepção e acolhimento desta mulher, de modo a driblar a insegurança, o constrangimento, propiciando o atendimento adequado para tal situação”, defende a parlamentar.
Segundo Dayse, “o acolhimento e o atendimento em locais reservados é medida importante, que dá dignidade às mulheres, já violentadas por ações absolutamente criminosas”.
Na prática
O projeto assegura atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica em local reservado nas unidades de saúde do Distrito Federal.
De acordo com o texto, o acolhimento das vítimas no local reservado será realizado preferencialmente por profissional da enfermagem forense, psicologia ou psiquiatria. Em casos de internação da vítima, a Unidade de Saúde fará o registro do caso e encaminhará aos órgãos competentes para apuração.
* Com informações da assessoria de imprensa da deputada Dayse Amarilio
Agência CLDF
Reportagens
Campanha em SP alerta contra mosquito da dengue: ‘qual o animal mais perigoso do mundo?
Estado registrou quase 21 mil casos em janeiro e fevereiro deste ano; 147 municípios estão em situação de risco e 247 em alerta

Do Portal do Governo
Com o tema ‘Qual o animal mais perigoso do mundo?’, o Governo do Estado de São Paulo lança nesta terça-feira (21) uma campanha de conscientização para combater mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
O foco é mostrar que a dengue é uma realidade no cenário pós-pandemia e o que é pequeno e difícil de ser visto ainda oferece perigo para a população. Hoje, o mosquito é responsável por quase um milhão de mortes no mundo a cada ano.
Diante do cenário de sazonalidade do aumento de casos – sempre na mesma época -, a campanha traz orientações sobre prevenção e ações em casos de sintomas da doença e busca mobilizar os cidadãos a participarem efetivamente do combate, eliminando todo o local de água parada, já que é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos. A publicidade será veiculada em rádios, TVs abertas, portais e redes sociais com informações sobre os principais focos de proliferação do mosquito.
Os índices de transmissão dessas arboviroses — infecções causadas por vírus transmitidos principalmente por mosquitos que têm o Aedes aegypti como vetor — estão associados à plena adaptação do mosquito às atuais condições ambientais. Os indicadores apontam situação de risco em 156 municípios e 249 em situação de alerta.
Diante disso, a gestão Tarcísio de Freitas lançará uma série de ações para reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti e circulação viral. Além de informar medidas de prevenção e advertir quanto aos sinais e sintomas das doenças (Dengue, Chikungunya e Zika Virus), o Estado vai intensificar as visitas domiciliares aos imóveis para eliminar os criadouros do mosquito.
Até fevereiro deste foram registrados quase 21 mil casos de dengue. A iniciativa faz parte do Plano Estadual de Contingência das Arboviroses Urbanas da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo.
Somente no ano de 2022, foram confirmados 332.139 casos de dengue, distribuídos em 617 municípios de São Paulo, e 287 óbitos. Até fevereiro deste ano, foram registrados 20.981 casos de dengue, em 430 municípios e 13 óbitos.
Em 2022, foram registrados 934 casos de Chikungunya em 115 municípios, sendo 113 casos entre janeiro e fevereiro. Em 2023, no mesmo período, foram notificados 130 casos da doença em 35 municípios.
Em relação a Zika vírus, em 2022 foram registrados cinco casos e até o momento em 2023 não há casos confirmados.
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