Reportagens
Abrolhos comemora dez meses sem ratos
Roedores colocam em perigo de extinção fauna nativa do Arquipélago

Ratos são predadores de aves ameaçadas de extinção – Foto: Lucas Cabral
OParque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral da Bahia, comemora o décimo mês consecutivo sem ratos no Arquipélago. O feito é resultado do Programa de Erradicação de roedores invasores elaborado pelo ICMBio e implementado pela unidade. O objetivo é assegurar a biodiversidade da região, posta em risco pela presença de animais que não são da fauna nativa.
Todas as ilhas do arquipélago registravam a presença do rato preto (Rattus rattus), um roedor comum nas áreas urbanas. Além dos problemas típicos que a presença dos animais pode gerar, como doenças e sujeira, os ratos da ilha ameaçavam a conservação da biodiversidade local, principalmente as aves marinhas, em especial a espécie rabo-de-palha-de-bico-vermelho (Phaethon aethereus) – ameaçada de extinção no Brasil
Estudo científico publicado em 2014 indicou que, caso a erradicação ou um programa de controle de roedores exóticos não ocorresse, em menos de 100 anos a grazina-do-bico-vermelho (Phaethon aethereus) estaria extinta de Abrolhos. Seguindo o que foi realizado em diversas ilhas com o mesmo problema, como na Nova Zelândia e Geórgia do Sul, a escolha pela erradicação química foi realizada, por meio de raticidas específicos inseridos em armadilhas para os animais.
No entanto, o longo trabalho iniciou muito antes dos dez meses que se passaram sem os ratos. O Mestre e bolsista de apoio científico do GEF-Mar ICMBio Abrolhos, Lucas Cabral, participou da coordenação técnica do processo e explica que antes de iniciar a erradicação dos ratos da região, foram realizados diversos estudos para identificação do impacto causado pelos roedores, monitoramento das espécies impactadas e para traçar as melhores estratégias de manejo, minimizando os potenciais prejuízos à flora e à fauna local.
“Em 2017, começamos a monitorar as espécies impactadas pelos roedores, como as aves marinhas e os calangos. Desde então, são realizados censos mensais de contagem das populações. Esses estudos confirmam o impacto dos roedores e são importantes linhas de base para avaliar os potenciais efeitos do projeto de erradicação nas populações nativas”, esclarece Lucas Cabral.
Nos anos seguintes, a elaboração do projeto seguiu em curso até que foi construído o Projeto de Erradicação de Roedores Exóticos Invasores. De acordo com o chefe da unidade de Abrolhos na época, Fernando Repinaldo, foi realizado um intercâmbio de informações e experiências entre a unidade do ICMBio em Fernando de Noronha e a de Abrolhos, com apoio dos centros de pesquisas especializados do ICMBio, que tinham propostas semelhantes de erradicação. “Nos auxiliou a construir um método mais eficiente, para planejar uma atividade que fosse mais robusta, com respaldo técnico e científico”, explica Repinaldo.
Para execução do processo de erradicação, foi utilizado o método de controle químico, com aplicação em massa de raticida. Este é o principal método recomendado internacionalmente para a erradicação de roedores em ilhas e é o método proposto pelo ICMBio no “Guia de Orientação ao manejo de EEI em UCs Federais”.
O raticida foi inserido em estações de iscagem, que reduzem a sua disponibilização para o ambiente e o risco de consumo por outras espécies. Além disso, foram retirados o raticida excedente após cada expedição de aplicação. Para a aplicação, foi firmada uma parceria com a Marinha do Brasil. “A Marinha teve um papel importante, pois realizou apoio logístico e de equipe em campo e também possibilitou a permanência de mais servidores do ICMBio nas ilhas. Foi relevante e representou o apoio mútuo entre as instituições”, informa o chefe do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos na época, Fernando Repinaldo.
A última aplicação de raticida foi realizada em maio de 2022. A partir da data, a equipe se mantém alerta e realizando diagnósticos para identificar a presença ou ausência de roedores nas ilhas. Até o momento, ainda não foram registrados roedores ou vestígios em nenhuma das cinco ilhas do Arquipélago dos Abrolhos.
Prevenção
Para manter o sucesso da erradicação, o ICMBio elaborou um plano de prevenção, detecção e resposta rápida para combate de roedores. Nele, constam diversas medidas para serem adotadas no continente, nas embarcações e no arquipélago. “Para o plano de prevenção foram propostas diversas ações, tais como: triagem de cargas, cuidados no armazenamento e transporte de carga, gestão de resíduos sólidos nos portos que saem embarcações para Abrolhos, entre outros”, explica o bolsista de apoio científico do GEF-Mar ICMBio Abrolhos, Lucas Cabral
Os registros mais antigos de roedores na ilha foram realizados por Darwin, no século 19, que foram introduzidos nas ilhas através das grandes navegações. A erradicação representa uma vitória para a conservação da região com maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul e de proteção para os animais nativos, que tinham a sobrevivência ameaçada pela presença dos roedores.
Os meses sem os animais já apresentam resultados animadores, principalmente para as espécies ameaçadas de extinção. O monitoramento mensal de rabo-de-palha-de-bico-vermelho (Phaethon aethereus) tem batido recorde de ninhos ativos desde o início do programa de monitoramento. Ou seja, os resultados já indicam aumento do sucesso reprodutivo da espécie e aumento na quantidade de filhotes.
A efetividade do projeto só pode ser concluída com pelo menos um ano de progresso, prazo que se aproxima. Mas, com os resultados colhidos até o momento, já é possível observar uma perspectiva positiva. “Os resultados obtidos até aqui nos deixam felizes e orgulhosos. É possível construir projetos grandiosos com base científica sólida cujos resultados começam a se consolidar”, conclui o chefe do Núcleo de Gestão Integrada de Abrolhos, Erismar Rocha.
Apoio
O Programa de erradicação de roedores exóticos invasores do PARNAM Abrolhos contou com financiamento do FUNBio, através do Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF Mar) e apoio de diversas instituições, como a Marinha do Brasil, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Restauração Ecológica (CBC/ICMBio), Instituto Tríade, Programa de voluntariado do ICMBio e universidades federais (FURG, UFAL e UFRGS).
Comunicação ICMBio
comunicacao@icmbio.gov.br
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Divulgado resultado de edital do Fundo de Apoio à Cultura do DF
Nesta fase, estão contemplados os nomes para final de mérito e preliminar de admissibilidade

Agência Brasília* | Edição: Igor Silveira
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) publicou em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), nesta quinta-feira (7), o resultado final de mérito e preliminar de admissibilidade das propostas inscritas por meio do Edital nº 06/2023 – FAC Brasília Multicultural II – 2023.
Após a fase final de mérito, o certame partiu para etapa de admissibilidade, na qual foram analisadas somente as propostas aptas que obtiveram classificação que as colocam em condição de contemplação, considerando os critérios de distribuição e remanejamento dos recursos. Confira aqui o resultado final de mérito do Multicultural II. Conforme previsto no edital, na fase de admissibilidade foi verificado o cumprimento dos requisitos formais e documentais previstos no edital.
Nesta etapa, iniciando nesta sexta (8), será possível a reunião de novos documentos que tenham como objetivo adequar o projeto aos requisitos do edital, devendo ser supridas as ausências apontadas nas fichas de análise de admissibilidade.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)
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Brasil conhece adversários da Copa América 2024
Estreia da seleção será em 21 de junho contra time da Concacaf

A seleção brasileira conheceu o seu caminho na primeira fase da próxima edição da Copa América de futebol masculino, que será disputada entre os dias 20 de junho e 14 de julho de 2024 nos Estados Unidos. Sorteio realizado nesta quinta-feira (7) pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) definiu que o Brasil jogará no Grupo D ao lado da Colômbia, do Paraguai e de um representante ainda a ser definido da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).
E a estreia da equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz será justamente contra a equipe da Concacaf (que pode ser Costa Rica ou Honduras), no dia 21 de junho no SoFI Stadium, em Inglewood. O segundo compromisso do Brasil é diante do Paraguai, no dia 28 de junho no Allegiant Stadium, em Las Vegas.
A última participação da seleção brasileira na fase inicial da competição será no dia 2 de julho, contra a Colômbia no Levi’s Stadium, em Santa Clara.
Grupos e datas
A campeã mundial Argentina está no Grupo A da competição, junto com Peru, Chile e um representante da Concacaf (que será Canadá ou Trinidad e Tobago). Já o Grupo B é formado por México, Equador, Venezuela e Jamaica. Por fim, o Grupo C conta com Estados Unidos, Uruguai, Panamá e Bolívia.
A fase de grupos da competição, que terá a participação de 10 seleções da Conmebol e de 6 seleções convidadas da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), será disputada entre 20 de junho e 2 de julho de 2024. As partidas das quartas de final serão nos dias 4 e 6 de julho, as semifinais nos dias 9 e 10 de julho, o jogo que definirá o terceiro colocado no dia 13 de julho, enquanto a grande final está marcada para 14 de julho.
Estádios da Copa América 2024:
Allegiant Stadium, Las Vegas, Nevada
AT&T Stadium, Arlington, Texas
Bank of America Stadium, Charlotte, North Carolina
Children’s Mercy Park, Kansas City, Kansas
Exploria Stadium, Orlando, Flórida
GEHA Field at Arrowhead Stadium, Kansas City, Missouri
Hard Rock Stadium, Miami Gardens, Flórida
Levi’s Stadium, Santa Clara, Califórnia
Mercedes-Benz Stadium, Atlanta, Georgia
MetLife Stadium, East Rutherford, New Jersey
NRG Stadium, Houston, Texas
Q2 Stadium, Austin, Texas
SoFi Stadium, Inglewood, Califórnia
State Farm Stadium, Glendale, Arizona
Edição: Fábio Lisboa
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Administração do plano piloto recebe troféu ouro no prêmio alto nível 2023, da CGDF
A Administração foi contemplada com o troféu ouro na solenidade do “Prêmio Alto Nível – 2023” da CGDF. O evento foi realizado no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF.

O prêmio é desenvolvido pela Controladoria-Geral do Distrito Federal, por meio da Subcontroladoria de Controle interno, com o objetivo reconhecer as unidades integrantes do Governo do Distrito Federal que se empenharam no atendimento às recomendações de auditorias.
“O prêmio é um marco significativo de prevenção de irregularidades no DF. 130 órgãos foram avaliados e uma boa parcela foi premiada pela entrega ao cumprimento de normas. A corrupção se combate todos os dias. O trabalho preventivo é um dos mais importantes e neste sentido a Controladoria faz questão de reconhecer quem faz jus a esse compromisso com a excelência. Expresso meu agradecimento a todos os envolvidos nesse processo. Estamos construindo juntos um governo com alto padrão de prestação de serviços”, disse o Controlador Geral do DF, Daniel Alves.
“Essa premiação demostra todo comprometimento dos servidores da Administração Regional do Plano Piloto m, em desenvolver ações para melhorar ainda mais os serviços e atendimentos ao cidadão, com cuidados pela cidade, atendendo aos pedidos que chegam via ouvidoria. É com muito empenho que toda a equipe vem trabalhando em suas áreas técnicas e cumprindo juridicamente os trâmites necessários para dar celeridade e transparência aos trabalhos desenvolvidos. Tendo como premissa de que o cidadão é a parte mais importante do atendimento público”, disse o administrador do Plano Piloto, Valdemar Medeiros.
A premiação celebra as gestões que trataram de melhorar seus procedimentos internos, de forma a buscar maior eficiência e efetividade na prestação de serviços públicos. Aqueles órgãos ou entidades do DF que passaram por auditorias e cumpriram os critérios definidos para a premiação recebem selo correspondente ao nível alcançado. O selo ficará estampado no site oficial do órgão ou entidade.
Texto:Daniela Uejo
Fotos: Amanda Duarte
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