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Encontro de maquiagem artística oferece oficinas gratuitas

Curso reúne profissionais de destaque do mercado brasileiro; evento é online e vai até sábado (6)

 

Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

 

O universo da maquiagem artística é o tema de evento gratuito sediado em Brasília e transmitido online para o resto do mundo. O Esfume — primeiro encontro formativo de caracterização e maquiagem do Centro-Oeste será realizado até sábado (6), com emissão de certificado.

Com fomento de R$ 36 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o curso tem como objetivo democratizar o acesso à formação de qualidade, debater temas atuais e impulsionar a profissionalização do setor. O encontro reúne nomes conhecidos no cenário nacional que trabalharam em produções do cinema e do streaming, como AruanasCidade InvisívelBom Dia, VerônicaA Magia de ArunaA Viagem de PedroBacurau e Reality Z, entre outras.

Evento tem como foco a maquiagem para o audiovisual | Fotos: Moana Ribeiro/ Arquivo pessoal

As idealizadoras do Esfume, a maquiadora Alexandra Vinagre e a produtora cultural Moara Ribeiro, juntaram a parte artística e a operacional, criando o curso que ultrapassou 300 inscrições em apenas três dias de divulgação –  o número inicial de vagas para as oficinas era 80. Elas contam que 40% dos inscritos são de Brasília e 60% são pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo. Há participantes do Canadá, da França e dos Estados Unidos.

Caracterização e incentivo ao mercado

“O evento gera um impacto grande, porque o mercado de Brasília é emergente e muitas produções estão acontecendo aqui e expandindo com pessoas muito talentosas. É importante que esses profissionais de Brasília possam ser vistos e respeitados”Moana Ribeiro, idealizadora do Esfume

A ideia é agregar as áreas de cinema e produção artística, democratizando o acesso à aplicação dessa área técnica de forma correta e segura. O projeto foca a parte artística, que vai além da maquiagem profissional voltada para eventos e festas. A ideia é centrar na caracterização de cinema, que muitas vezes precisa de materiais mais caros e métodos específicos.

“A verdade é que, apesar do aumento da demanda do mercado, somos carentes de cursos que contemplem essa área. Além de as escolas de maquiagem serem escassas, geralmente são muito caras”, explica Moara.

Participam das oficinas online maquiadores do Brasil e de outros países

Ela ressalta que esse é um movimento inédito com a intenção de criar pontes, encurtar distâncias e democratizar o acesso, ampliando cada vez mais o diálogo nessa área e inspirando outros profissionais que consigam, dentro de suas realidades, se desenvolver. “É o embrião de um projeto que já nasceu maior do que a gente imaginava. Foi importante sermos selecionadas, pois um setor unido e que conhece seus direitos e deveres, sabe reivindicar e ser reconhecido”, lembra Moara.

Alexandra ressalta que um dos principais pontos atingidos pelo evento é dialogar com o eixo de criação para além da capital, incentivando a construção de um mercado formalizado, reconhecido e bem-remunerado.

“Dá um desespero em quem quer trabalhar com cinema e mora fora do eixo São Paulo – Rio de Janeiro por não saber como entrar, já que as atividades são concentradas nesses grandes centros. O evento gera um impacto grande, porque o mercado de Brasília é emergente e muitas produções estão acontecendo aqui e expandindo com pessoas muito talentosas. É importante que esses profissionais de Brasília possam ser vistos e respeitados”, afirma.

O curso oferece uma equipe plural e diversa entre os profissionais das oficinas e participantes de debates, como pessoas com deficiência, mulheres trans e mulheres pretas, compondo uma comunicação com acessibilidade que inclui libras e audiodescrição nas aulas.

Programação

⇒ Atividades com inscrição prévia

‌Quinta (4): Caracterização audiovisual, com Zé Lucas
Sexta (5): Descomplicando a maquiagem artística, com Koichi Sonoda
Sábado (6): Efeitos especiais direto do kit, com Zé Lucas

⇒ Atividades abertas ao público e transmitidas no canal do Esfume sem necessidade de inscrição prévia

‌Quinta (4), às 16h: O impacto da globalização no mercado da beleza, com ALY, Camila Rodrigues e Wemmia. Mediação: Alexandra Vinagre
Sexta (5), às 16h: Representatividade no set, com Mona Fiúza, Bombom, Morena Gallo, Pat Veiga e Alexandra Vinagre. Mediação: Wemmia

⇒ Esfume — Primeiro encontro formativo de caracterização e maquiagem do Centro-Oeste
Até sábado (6)
Evento online, gratuito e com certificado.
Mais sobre o evento no YouTubeInstagram e site.

 

 

 

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Cine Brasília fará exibição especial de reabertura no dia 22 de abril

Na data em que celebra 60 anos de história, espaço tradicional da cultura brasiliense terá filme sobre JK na telona

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Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

 

No marco dos 60 anos de história do Cine Brasília e em meio às comemorações do 64º aniversário da capital, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) traz uma grande novidade para os amantes do cinema. No dia 22 de abril, às 11h, o Cine Brasília reabrirá as portas com uma sessão especial, apresentando pela primeira vez nas telonas o longa-metragem JK – O Reinventor do Brasil.

O Cine Brasília será reentregue à população | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília

Produzido pela TV Cultura, o filme resgata e celebra a vida e o legado do ex-presidente Juscelino Kubitschek, responsável pela fundação da jovem capital brasileira. Narrado no estilo podcast, o documentário integra um projeto amplo da emissora dedicado ao ex-presidente, incluindo exposições e uma fotobiografia com imagens inéditas de Juscelino, figura central na história do Brasil como o fundador de Brasília e líder do país entre 1956 e 1961.

Além da exibição do filme, os visitantes do Cine Brasília poderão visitar a exposição e a fotobiografia exclusiva do ex-presidente. O evento marca não apenas a reabertura do Cine Brasília, mas também oferece aos brasilienses uma oportunidade única de explorar a trajetória inspiradora de JK e sua influência no cenário político e cultural do país.

*Com informações da Secec

 

 

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TV Câmara Distrital leva aos brasilienses o melhor da música instrumental

Lançado no dia do aniversário de Brasília, o programa será um tributo aos músicos locais. A estreia será com o Duo Mandrágora.

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Foto: Reprodução/ TV Câmara Distrital

A partir deste domingo – 21 de abril –, a TV Câmara Distrital levará ao ar o programa “Brasília Instrumental”, série de pocket shows que apresentará, a cada edição, músicos do DF em performances exclusivas. A estreia será com o Duo Mandrágora, que traz, como convidada especial, a percursionista Bety Vinyl.

Formado pelos violonistas Daniel Sarkis e Jorge Brasil, o dueto tem uma trajetória de mais de duas décadas, com temporadas em cidades brasileiras e de outros países. Na estreia do “Brasília Instrumental”, os músicos vão tocar composições autorais: “Sideral” (Brasil); “Paralelo 31” (Sarkis e Brasil); “Espiral” (Sarkis e Brasil), além de “Pega mata e come”, também da dupla.

O programa vai ao ar sempre às 21h30 de domingo e, a cada semana, será lançado um novo episódio, com duração de 30 minutos. Haverá reprises diárias – segunda, quarta e sexta, às 18h30; terças e quintas, 23h; e aos sábados, com início às 14h50.

Próximas atrações

Depois do Duo Mandrágora, será a vez do teclado de José Carrera e do contrabaixo de Paulo Dantas (28/4); de Oswaldo Amorim e Paulo André Tavares (5/5), contrabaixo e guitarra, respectivamente; Félix Junior, com seu violão 7 cordas (12/5); da gaita de Pablo Fagundes e do violão de Marcus Moraes (19/5); e da apresentação de Reco do Bandolim acompanhado do Grupo Choro Livre (26/5).

A TV Câmara Distrital é acessada pelo canal 9.3 (aberto), 11 da NET/Claro e 9 da Vivo. Também está disponível no YouTube.https://www.youtube.com/channel/UCq1lyhE02Q9I0x8gBDM9lOQ

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Programa “Brasília Instrumental”
Duo Mandrágora e Bety Vinyl
TV Câmara Distrital
Domingo (21/4), às 21h30 (com reprises)

Agência CLDF

 

 

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Anvisa discute nesta sexta regulamentação de cigarro eletrônico

Fabricação e comercialização são proibidas no país desde 2009

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A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute nesta sexta-feira (19) a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil. A reunião estava prevista para a última quarta-feira (17), mas foi adiada por causa de problemas técnicos e operacionais identificados no canal oficial de transmissão da agência no YouTube.

Desde 2009, uma resolução da agência proíbe a fabricação, comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como vape. No ano passado, a diretoria colegiada aprovou, por unanimidade, relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos e a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular, como ações de fiscalização e campanhas educativas.

Entenda

Os dispositivos eletrônicos para fumar são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, eles podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.

Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças: produtos descartáveis ou de uso único; produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém, em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; produtos de tabaco aquecido, que possuem dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, entre outros.

Consulta pública

Em dezembro, a Anvisa abriu consulta pública para que interessados pudessem participar do debate sobre a situação de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil, “com argumentos científicos e relatos relevantes relacionados ao tema”. A proposta de resolução colocada em discussão pela agência foi a de manutenção da proibição já existente. A consulta foi encerrada em fevereiro. Pouco antes do prazo ser encerrado, a Anvisa havia recebido 7.677 contribuições sobre o tema.

Perigo à saúde

Com aroma e sabor agradáveis, os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com a promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum. Entretanto, a Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.

De acordo com a entidade, nos cigarros eletrônicos, a nicotina se apresenta sob a forma líquida, com forte poder aditivo, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório. “Foram identificadas centenas de substâncias nos aerossóis, sendo muitas delas tóxicas e cancerígenas.”

Ainda segundo a AMB, o uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, além de aumentar a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio, da mesma forma que os cigarros tradicionais. Em estudos de laboratório, o cigarro eletrônico se mostrou carcinógeno para pulmão e bexiga.

Surto de doença pulmonar

Entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020, foi registrado um surto de doença pulmonar em usuários de cigarros eletrônicos. Apenas nos Estados Unidos, foram notificados quase 3 mil casos e 68 mortes confirmadas.

Congresso Nacional

Além do debate no âmbito da Anvisa, tramita no Senado o Projeto de Lei (PL) 5008/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke, que permite a produção, importação, exportação e o consumo dos cigarros eletrônicos no Brasil.

Jovens

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 22,6% dos estudantes de 13 a 17 anos no país disseram já ter experimentado cigarro pelo menos uma vez na vida, enquanto 26,9% já experimentaram narguilé e 16,8%, o cigarro eletrônico.

O estudo ouviu adolescentes de 13 a 17 anos que frequentavam do 7º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio das redes pública e privada.

Controle do tabaco

O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco. Em julho de 2019, tornou-se o segundo país a implementar integralmente todas as medidas previstas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no intuito de reduzir o consumo do tabaco e proteger as pessoas das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).

Edição: Graça Adjuto

ebc

 

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