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Começa a temporada de concertos didáticos de 2024 no DF
Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro vai se apresentar para estudantes dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas do DF
Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) dá início, nesta semana, à temporada do projeto Concertos Didáticos 2024. O foco principal são os estudantes das escolas públicas dos ensinos fundamental e médio do Distrito Federal.
O projeto tem por objetivo trazer um conhecimento mais detalhado do funcionamento de uma orquestra sinfônica e seus instrumentos musicais aos alunos das escolas públicas do DF. No ano passado, 400 estudantes participaram da ação.
As apresentações terão como palco o Teatro Plínio Marcos, localizado no Eixo Cultural Ibero-Americano. Esta é a terceira edição do projeto, após o período de pandemia da covid-19.
Confira a programação e a lista das escolas que serão as convidadas a assistir aos concertos desta semana.
Terça (27), às 8h30
→ CEM 03 – Taguatinga
→ CEM 03 – Gama
→ CEMTN – Taguatinga Norte
→ CEM 01 – Guará
→ CED Incra 08 – Brazlândia
→ Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional de Taguatinga (Cemeit)
Quarta (28), às 15h30
→ Escola Classe 02 – Guará
→ CEM 111 – Recanto das Emas
→ CED 06 – Ceilândia
→ CEF 102 – Plano Piloto – Asa Norte.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)
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Férias escolares: veja como manter alimentação saudável das crianças
Obesidade infantil é preocupante no DF. Especialistas sugerem passeios ao ar livre e receitas práticas e saudáveis para evitar o ganho de peso durante o período
Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira
Durante o período de férias, as crianças tendem a passar mais tempo em casa, o que pode levar a mudanças na rotina alimentar e ao aumento na ingestão de alimentos ultraprocessados, como doces, salgadinhos e frituras. Adotar estratégias como horários regulares para as refeições e incentivar o consumo de alimentos frescos in natura e minimamente processados ajudam a prevenir o aumento de peso e a obesidade infantil. A recomendação da Gerência de Serviços de Nutrição (Gesnut) da Secretaria de Saúde (SES-DF) é de que frutas, vegetais, castanhas, iogurtes naturais e proteínas magras ganhem protagonismo no cardápio infantil.
Para a gerente substituta da Gesnut, Carolina Cunha, aliar alimentação saudável e atividade física nesse período é fundamental, além de evitar a compra de alimentos prejudiciais à saúde. “É importante não armazenar guloseimas e alimentos ultraprocessados em casa, além de estimular atividades físicas e brincadeiras ao ar livre. Caminhadas, jogos, passeios no parque ou até mesmo danças podem ser divertidos e ajudam a equilibrar o gasto energético dos pequenos”, explica.
Embora seja um período de relaxamento e descanso, as férias podem ser uma oportunidade para introduzir mudanças positivas e ensinar as crianças sobre a importância de cuidar do corpo e da saúde, segundo Cunha. Outra alternativa é envolvê-las na cozinha, no preparo de receitas práticas e saudáveis, por exemplo.
“Além de se divertirem, elas aprendem a fazer pratos que contribuem para uma dieta rica em nutrientes, como espetinhos e picolés de frutas, palitinhos de vegetais, pastas de leguminosas, como homus, pipoca caseira, cuscuz com queijo e sanduíches naturais”, acrescenta.
Obesidade infantil
No Distrito Federal, os índices de excesso de peso e obesidade infantil são preocupantes. De acordo com o último Boletim Informativo de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN), uma a cada dez crianças estão com sobrepeso. Em 2023, o percentual foi mais elevado na faixa entre os 5 a 10 anos (12,22%) em comparação com a crianças de dois a quatro anos (9,39%) – desse total, mais de 4% já foram diagnosticadas com obesidade, uma condição que não apenas afeta o crescimento e desenvolvimento infantil, mas também aumenta significativamente os riscos de problemas de saúde na vida adulta –, já que está associada a doenças graves, como hipertensão e diabetes, por exemplo.
A médica endocrinologista pediátrica da SES-DF Alessandra Alves reforça que após as férias escolares, observa-se nos consultórios um aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade. De acordo com a profissional de saúde, o crescimento é, geralmente, associado ao consumo de alimentos hipercalóricos, excesso de tempo de tela e piora da rotina do sono das crianças.
“Uma certa flexibilização de rotina pode até ser saudável, mas é preciso ter bastante cuidado com as ‘exceções’ permitidas nesse período, para que não se tornem novos e maus hábitos – difíceis de serem desfeitos ao longo do ano. É importante que o adulto mantenha a tradição de sentar-se à mesa com os pequenos durante as principais refeições, pois é um momento de interação e observação”, afirma a médica.
O período de recesso das aulas também é o momento para aumentar o contato com a natureza, a interação social e estimular a criança a fazer novos amigos. Alves reforça que opções como colônia de férias e atrações culturais e musicais distraem as crianças e ajudam a gastar energia.
Rotina de sono
Manter a higiene do sono também é importante para o controle de peso, segundo a médica endocrinologista, pois é nesse período que há produção de hormônios importantes para um descanso de qualidade.
“ É preciso estabelecer um limite diário no uso das telas e evitar o acesso antes do horário de dormir, pois a utilização atrapalha a produção da melatonina, hormônio fundamental para o sono de qualidade. Para que as férias não resultem em ganho de peso, a palavra chave é ‘limite’. Crianças dependem do cuidado de adultos. Prevenir a obesidade é certamente melhor que tratá-la depois”, conclui.
Dados no Brasil
Segundo o Atlas Mundial da Obesidade, no Brasil, em 2035, estima-se que 50% da população entre 5 e 19 anos de idade (mais de 20 milhões de indivíduos) estarão acima do Índice de Massa Corporal (IMC) adequado.
*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
Jean de Léry explica que é vida por vida, olho por olho e dente por dente
Estamos na Parte 11 dessa viagem espetacular sobre o início da História do Brasil, num relato impressionante de Jean de Léry (1536-1613). Léry é aquele que entrou de gaiato no navio, ao acreditar na balela do poderoso Nicolas Durand de Villegaignon, embarcando em um dos navios franceses que vieram colonizar a porção Antártica da França. O relato que o artesão e futuro pastor calvinista deixou aos brasileiros é precioso. Agora, Jean de Léry conta como os índios resolvem suas desavenças na vida cotidiana da tribo.
RESUMO GERAL
Silvestre Gorgulho
Nessa altura do relato, acho que o leitor gostaria de ter um resumo das dez partes anteriores, se bem que pode buscar no site Folha esta história de Jean de Léry e de vários outros Naturalistas Viajantes. O relato que o artesão e futuro pastor calvinista deixou aos brasileiros é precioso e deveria ser leitura obrigatória em nossas escolas.
PARTE 1 – ABERTURA – Lévi-Strauss explica: “A leitura de Jean Léry me ajuda a escapar de meu século, a retomar contato com o que eu chamaria de ‘sobre-realidade’, não aquele de que falam os surrealistas, mas uma realidade ainda mais real do que aquela que testemunhei. Léry viu coisas que não têm preço, porque era a primeira vez que eram vistas e porque foi a quatrocentos anos”.
PARTE 2 – Jean Léry aporta pela primeira vez ao norte de Espírito Santo no final de fevereiro de 1557 e tem a oportunidade de observar de perto os índios, durante um escambo.
PARTE 3 – Léry observa e anota o que permanecerá por séculos como documento raro do reencontro de seres humanos, separados há 40 mil anos, desde que deixaram a África para dominar o Planeta.
PARTE 4 – O incômodo que as mulheres nativas demonstram em cobrir o corpo talvez seja a gênese da tendência moderna dos exíguos acessórios indumentários femininos praticados no Rio de Janeiro da época do Descobrimento.
PARTE 5 – Jean de Léry explica como os índios fazem o avati, a bebida do milho. São as mulheres que preparam, mastigando as raízes ou o milho.
PARTE 6 – Jean de Léry conta que “as abelhas da América não se parecem com as europeias. Antes se assemelham às pequenas moscas pretas que temos no tempo das uvas.
PARTE 7 – VOLÚPIA DOS EUROPEUS PELO PAU-BRASIL – Os Tupinambás admiram porque os estrangeiros se dão ao trabalho de vir buscar o seu ‘arabutã’ (pau-brasil).
PARTE 8 – AS GUERRAS TRIBAIS E COMO TRATAM OS PRISIONEIROS – “Quem cai no poder do inimigo não pode esperar remissão”.
PARTE 9 – A festa canibalesca entre os Tupinambás. Move-os a vingança. Para satisfazer o seu sentimento de ódio, devoram tudo do prisioneiro.
PARTE 10 – SOBRE O CASAMENTO E A POLIGAMIA ENTRE OS INDÍGENAS. Como os índios promovem seus casamentos e as regras para conseguir uma esposa e como acontece a cerimônia matrimonial.
PARTE 11 – Jean de Léry explica como resolver os desentendimentos entre os índios: é vida por vida, olho por olho e dente por dente
OS DESENTENDIMENTOS ENTRE OS INDIOS:
OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE
Miguel Flori Gorgulho
Os desentendimentos particulares são resolvidos de forma curta e grossa: “Se acontece brigarem dois indivíduos (o que é tão raro que durante a minha permanência de quase um ano entre eles só me foi dado presenciar duas vezes) não procuram os outros separá-los ou apaziguá-los. Deixam-nos até furarem os olhos mutuamente sem dar palavra. Entretanto, se um deles é ferido, prendem o ofensor, que recebe dos parentes próximos do ofendido ofensa igual e no mesmo lugar do corpo. E ocorrendo morrer a vítima, os parentes do defunto tiram a vida ao assassino. Em resumo, é vida por vida, olho por olho, dente por dente, etc…”
POSSE DE TERRAS – No que diz respeito à propriedade das terras e campos, cada chefe de família escolhe em verdade algumas jeiras onde lhe apraz, a fim de fazer suas roças e plantar mandioca e outras raízes, mas quanto a heranças e pleitos divisórios, deixam aos herdeiros avarentos e demandistas cá da Europa tais cuidados”.
A INVENÇÃO DA REDE PARA DESCANSO
A invenção da rede é coisa de indígena brasileiro e Léry recupera a técnica tupiniquim de sua fabricação: “Para a fabricação das redes, que os selvagens chamam ‘inis’, usam as mulheres teares de madeira, que não são horizontais nem tão complicados quanto os dos nossos tecelões, mas perpendiculares e da altura delas. Depois de as unirem a seu modo tecem as redes a começar pela parte inferior do tear.
Certas redes são feitas à maneira de rendas ou de redes de pescar, outras têm as malhas serradas como o brim Gross. Têm elas em geral quatro, cinco ou seis pés de comprimento por uma braça mais ou menos de largura. Trazem nas pontas argolas por onde passam as cordas com que os selvagens as amarram a dois postes fronteiros, expressamente fincados no chão para esse fim. E carregam os selvagens consigo essas redes tanto nas guerras como nas caçadas ou pescarias à beira-mar ou nos rios, suspendendo-as aos troncos das árvores para dormirem.
Quando sujas pela fumaça dos fogos que acendem dentro de suas casas, ou por qualquer outro motivo, colhem as mulheres americanas certo fruto silvestre semelhante a uma abóbora, porém muito mais volumoso. Cortam-no em pedaços, esmagam-no dentro d’água em qualquer vasilha de barro e batem-no com pauzinhos. Assim se forma grande quantidade de espuma que lhe serve de sabão e que deixa as redes alvas como neve. Que tais redes são cômodas o dirão todos os que as experimentaram, principalmente ao verão”.
PRÓXIMA EDIÇÃO 371 – fevereiro de 2025 – Parte 12
PRIMEIRA VISITA AOS TUBINAMBÁS – Jean de Léry “Os nossos tupinambás recebem com muita cordialidade os estrangeiros que os vão os visitar. Como estes, porém nãos entendem a língua, ficam a princípio meio esquerdos entre eles. Visitei esses selvagens pela primeira vez três semanas depois de nossa chegada à ilha de Villegaignon e fui em companhia de um intérprete a três ou quatro aldeias do continente. Essa aldeia distava apenas duas léguas de nossa fortaleza e quando ali entrei vi-me logo rodeado por inúmeros selvagens que me perguntavam: ‘Marapê-dererê, marapê-dererê’ (Como te chamas?)
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A TRAGÉDIA DA PONTE DE TOCANTINS TEM UM HEROI JOSÉ CARDOSO LEMOS, O ZEZINHO
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