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Atletas de ginástica artística do CEM Setor Leste disputarão finais por aparelhos

Após visita da medalhista olímpica Rebeca Andrade, ginastas do DF competiram nesta terça (19) e conquistaram vagas na última etapa dos Jogos da Juventude 2024

 

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo

 

Um dia após receber a visita da maior medalhista olímpica do Brasil, a ginasta Rebeca Andrade, a equipe de ginástica artística do Distrito Federal se apresentou no Centro de Convenções de João Pessoa, nas finais por equipe e individuais da modalidade, nos Jogos da Juventude 2024. Gabriel Castro e Rafael Fernandes, atletas da equipe masculina, garantiram vagas para as finais nos aparelhos – os dois jovens de 17 anos treinam no ginásio do Centro de Ensino Médio (CEM) Setor Leste. Já no feminino, Maria Sofia Alberto conquistou um lugar nas finais de trave, solo, barras assimétricas e salto.

A equipe masculina de ginástica artística do DF, formada por Rafael Fernandes, o técnico Carlos Bezerra, e Gabriel Castro, treina no ginásio do CEM Setor Leste | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF

Berço da modalidade em Brasília, o ginásio do CEM Setor Leste, localizado na 611/612 Sul, abriga um centro de iniciação desportiva (CID) que atende cerca de 300 estudantes da rede pública do DF. O local também é palco dos treinos das equipes de alto rendimento, como a masculina, da qual fazem parte os atletas Rafael e Gabriel. Os dois compartilham a paixão pela ginástica, que surgiu de maneira diferente para cada um.

“Temos uma evolução da ginástica masculina na cidade. Ao longo dos anos, tivemos representantes na seleção brasileira infantil, juvenil e adulta”

Carlos Augusto Bezerra, técnico

Rafael, aluno do Centro Educacional (CED) Gisno, começou no esporte aos 12 anos, movido pelo gosto de combinar técnica e expressão. “Eu fazia judô, mas, no meu tempo livre, comecei a me interessar por vídeos de ginástica e a aprender por conta própria”, relembra. Antes de ingressar nos treinos, ele fez um ano de capoeira. Em 2021, começou a competir e, neste ano, participa pela segunda vez dos Jogos da Juventude.

Nesta quarta-feira (20), Rafael disputa as finais de solo, argolas, paralelas e barras. “Ano passado, participei de três finais. Neste ano, estou em quatro, e minha expectativa é boa”, avalia.

 

Aluno do CED Gisno, Rafael deixou o judô para praticar ginástica artística aos 12 anos: “Lembro até hoje de quando cheguei [ao CEM Setor Leste] e vi aparelhos que nunca tinha visto”

Já Gabriel, estudante do Colégio Militar de Brasília, disputará uma medalha no cavalo com alças e no salto. Pela primeira vez nos Jogos da Juventude, o atleta relembra a escolha pela ginástica, aos 10 anos. Ex-estudante da rede pública de ensino, foi dentro de uma escola parque que ele ouviu falar dos treinos no Setor Leste.

 

“Foi lá que me apaixonei ainda mais pela ginástica. Lembro até hoje de quando cheguei e vi aparelhos que nunca tinha visto. Com poucos treinos, consegui entrar na equipe, na qual sigo até hoje”, conta. O ginásio do CEM Setor Leste, com 800 metros quadrados, é equipado com traves, argolas, trampolins, barras fixas, cavalos com alças e trampolins.

Evolução

Para o técnico Carlos Augusto Bezerra, professor aposentado da Secretaria de Educação, a presença dos dois jovens na competição é significativa. “Temos uma evolução da ginástica masculina na cidade. Ao longo dos anos, tivemos representantes na seleção brasileira infantil, juvenil e adulta, inclusive. Mesmo disputando com atletas de clubes de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que possuem grande estrutura, nossa competitividade é alta”, pondera.

Conversa inspiradora

No feminino, a atleta Maria Sofia, de 13 anos, logo na sua primeira participação nos Jogos da Juventude, mostrou a que veio. Ficou em oitavo lugar no individual geral e ainda brigará nesta quarta por uma medalha nos quatro aparelhos: salto, trave, solo e barras assimétricas. “A competição foi maravilhosa. Eu sabia que ela iria se sair bem porque estava muito tranquila e sorridente, com aquele brilho de determinação”, disse o técnico Weverton Felix.

Antes de competir, a atleta Maria Sofia Alberto teve a oportunidade de conversar e tirar fotos com a medalhista olímpica Rebeca Andrade

Um dia antes da competição, Maria Sofia teve a oportunidade de conversar e tirar fotos com Rebeca Andrade, que esteve no Centro de Convenções de João Pessoa. A conversa foi uma dose extra de inspiração. “Ela me falou para persistir e treinar direitinho que, um dia, eu chego lá”, contou. A brasiliense, que começou na modalidade aos 6 anos, conquistou neste ano o título de vice-campeã brasileira no salto, no Campeonato Brasileiro Juvenil.

A equipe feminina de ginástica artística do DF também conta com a atleta Ana Luísa Garcia, de 15 anos, que treina no CID do Setor Leste. Com Maria Sofia, ela conquistou a 7ª colocação geral entre os estados.

*Com informações da Secretaria de Educação

 

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Ativista Thiago Ávila está a caminho do Brasil, diz Freedom Flotilla

Ele deve chegar ao Aeroporto de Guarulhos nesta sexta

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Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil

 

O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, que foi preso em Israel ao tentar levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza está a caminho do Brasil, segundo a organização Freedom Flotilla. Ele deve chegar ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta sexta-feira (13), às 5h25. 

Thiago está há quatro dias em greve de fome em protesto contra sua detenção, que considera um sequestro por ter ocorrido em águas internacionais. O caso é tratado como crime de guerra pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do Brasil. O Itamaraty, que acompanha o caso, considera que houve violação do direito internacional e pede a libertação de Thiago.

O ativista brasileiro foi enviado ontem (11) para uma cela solitária como punição pela greve de fome, informaram ainda os advogados que acompanham o caso. Sua família, no Brasil, está sem contato com ele desde a última segunda-feira (9), quando o grupo de ativistas foi interceptado pelas forças israelenses.

Israel ainda mantém na cadeia de Givon dois ativistas, Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi, ambos da França. Segundo a Adalah, eles devem ser deportados nesta sexta-feira.

Oito dos 12 ativistas se negaram a assinar documento reconhecendo que cometeram o crime de tentarem entrar de forma ilegal no país, como queriam as autoridades israelenses. Isso impediu a deportação imediata dessas pessoas.

Segundo a Flotilha, o grupo concordou que a ambientalista Greta Thunberg e outros três ativistas assinassem o documento para que, voltando a seus países, pudessem denunciar a situação.

Entenda

O grupo de 12 ativistas da Flotilha da Liberdade tentou desembarcar em Gaza na última segunda-feira para levar alimentos e remédios para população palestina, denunciar o cerco de Israel e tentar abrir um corredor humanitário para Gaza.

Cerca de 2 milhões de palestinos vivem mais de três meses de bloqueio de Israel, que permite apenas que empresa sediada nos Estados Unidos forneça alimentos à população.

A Organização das Nações Unidas (ONU) condena o bloqueio de outras organizações e alerta que 6 mil caminhões com ajuda humanitária estão na fronteira com o Egito aguardando para ingressar em Gaza.

Os centros de distribuição e alimentos controlados por Israel são tidos como insuficientes e, durante as entregas, são registradas dezenas de assassinatos de palestinos.

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Estandes na Expotchê mostram atrativos e produtos de Brasília

Estruturas montadas pela Secretaria de Turismo contam, entre outras coisas, com peças de artesanato, chocolates e cachaças produzidos no DF; feira fica no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade até domingo (15)

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Fernando Jordão, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

 

Um dos mais tradicionais eventos do Distrito Federal, a Expotchê tem como objetivo principal celebrar a cultura gaúcha. Mas também há espaço para mostrar as belezas e os produtos da capital federal. Esse é exatamente o objetivo de dois estandes montado no local pela Secretaria de Turismo (Setur-DF).

“A Secretaria de Turismo sempre esteve presente na Expotchê, que já faz parte do calendário oficial de eventos de Brasília. Nesta edição, teremos um estande institucional [batizado de Viva Brasília] com divulgação das rotas turísticas, como as do vinho e do queijo, e a oportunidade de conhecer a produção local do café, chocolate e cachaça. Essas rotas revelam não apenas a qualidade da nossa produção, mas também o grande potencial turístico da capital em nível nacional e internacional. No segundo estande, a experiência é dedicada ao artesanato local, com peças que refletem a identidade cultural da capital”, contou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo.

“Na Expotchê, nós recebemos, durante dez dias, mais de 100 mil pessoas. Então, é uma oportunidade não só para o Rio Grande do Sul e para os produtores de lá. É uma oportunidade também para que o público conheça o trabalho dos nossos produtores, o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Turismo com esse projeto de incentivo. É uma troca, um intercâmbio de cultura, de tradição, de comércio, de tudo. Você vai achar os produtos gaúchos, mas você vai achar também produtos de outros estados, aproveitando esse grande público que a gente reúne”, emendou Leda Simone, diretora-executiva da Rome Eventos, empresa que organiza a feira.

Carlos Magnum, fundador da cachaçaria Ararauna e um dos integrantes do grupo Brasília Cachaça Tasting — que reúne produtores locais —, está entre os expositores do Viva Brasília. “O DF possui cachaças premiadas nacionalmente e internacionalmente. Apesar de ainda ser pequena, é uma produção de alta qualidade”, pontua.

Carlos Magnun: “O DF possui cachaças premiadas nacionalmente e internacionalmente. Apesar de ainda ser pequena, é uma produção de alta

 

Ele diz que os visitantes da feira se surpreendem ao provar os produtos locais. “O público não acredita que Brasília produz alguma coisa. Todo mundo acha que Brasília é só política e arquitetura, e, na verdade, não é. Hoje a gente tem que abastecer o nosso quadradinho e a produção local tem se mostrado efetiva, de qualidade. O terceiro polo gastronômico do Brasil é Brasília. Então, produzir coisas de qualidade aqui, para a gente, é satisfatório. E saber que as pessoas estão conhecendo esses produtos, graças à ajuda da Setur, torna-se mais satisfatório ainda.”

 

A designer Luciana Dias foi uma das visitantes que conheceram — e aprovaram — as cachaças produzidas no DF. “Aprovadíssima, gostei muito. Conheci agora e é muito bom, porque é um produto de Brasília, feito em Brasília mesmo, e um produto de qualidade, que é reconhecido internacionalmente. Acho superválido [expor os produtos locais na feira], porque as pessoas vão conhecendo, e, principalmente, em um evento desse, que é tão grande”, avaliou.

A 32ª edição da Expotchê fica no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade até domingo (15). De segunda a quinta-feira, o evento funciona das 16h às 23h. De sexta a domingo, das 11h às 23h. Além da presença de mais de 100 expositores, o público pode conferir shows e apresentações. Os ingressos custam R$ 20 (R$ 10 a meia), com entrada gratuita na primeira hora da feira.

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Lei busca preservar empregos ao restringir portarias virtuais em condomínios do DF

Foto: Reprodução/Web

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Os condomínios habitacionais do Distrito Federal têm prazo de 90 dias para se adequarem à Lei 7.686/2025, publicada nesta quinta-feira (12) no Diário da Câmara Legislativa. De autoria do deputado distrital Robério Negreiros (PSD), a norma restringe o uso de portarias virtuais em condomínios habitacionais que excedam a quantidade de 45 unidades. O objetivo da proposta, além de garantir a segurança dos moradores e visitantes, é preservar milhares de vagas de porteiros que estão a caminho da extinção.

De acordo com o parlamentar, o uso do sistema de automação de portaria remota, por meio da internet, vem crescendo na medida em que cresce a demanda por moradia em condomínios. Em sua justificativa, Robério Negreiros destacou que este sistema traz impactos sociais, na medida em que visa suprimir os trabalhadores que atuam em portarias, e de segurança, pois permite a entrada de pessoas sem que ninguém perceba, além de outros problemas operacionais.

Deputado Robério Negreiros (Fotp: Carlos Gandra/CLDF)

“O ideal seria poder unificar o porteiro e a tecnologia. Não obstante a tecnologia ser primordial para as atividades dos dias atuais, não podemos perder de vista que jamais um sistema de computador substituirá a capacidade humana, pois, além de uma possível falha e de vulnerabilidade do sistema de portaria à distância, ainda podemos citar o fato de que os porteiros são treinados para agir nas situações de emergências”, ressaltou.

Exceção

Para condomínios com número inferior a 45 unidades habitacionais, cabe autorização para a aplicação do sistema de portaria virtual somente nos casos em que haja apenas uma portaria de entrada e saída de pedestres e uma para saída e entrada de veículos. Nos locais em que a portaria virtual esteja implantada, fica obrigatória a contratação de seguro específico para sinistros decorrentes de acidentes envolvendo veículos e o sistema de automação dos portões, bem como sinistros ocasionados por roubos e furtos nas dependências do respectivo condomínio.

Bruno Sodré – Agência CLDF

 

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