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Hiroshima é hoje o símbolo maior da Paz
No epicentro da explosão, a temperatura chegou ao 4.000 graus C e as pessoas simplesmente evaporaram.
Hiroshima é hoje o símbolo maior da Paz
Silvestre Gorgulho
Às 08h15 da manhã do dia 06 de agosto de 1945, na 2a Guerra Mundial, a primeira bomba atômica lançada sobre alvos humanos na História da Humanidade, explodiu a aproximadamente 500 metros de altitude, no céu de Hiroshima. Naquele instante, a cidade foi reduzida a uma planície queimada, com milhares de vidas destruídas.
As perdas materiais foram extraordinárias. O ato gerou a imensa devastação física, ambiental e, talvez, mais grave ainda, moral. Lá se vai mais de meio século da tragédia. Todos nós sentimos, sofremos e pagamos por mais esta perversidade do ser humano.
Dentre as várias instituições que foram criadas em torno da Bomba de Hiroshima, destaca-se a “Stone of Hiroshima”, entidade sem fins lucrativos que, através de palestras, seminários e material áudio visual, lembra ao mundo os lamentáveis efeitos daquele ato, conclamando a todos para uma reflexão sobre a paz mundial.
Em 1995, o Governo Japonês, preparando a visita do Imperador Akihito ao Brasil, doou ao País um exemplar da Pedra da Paz, pedaço do concreto por onde trafegava o “elétrico” da cidade. Esse presente se constituiu em uma das poucas peças materiais que sobreviveram ao desastre.
Cerca de 100 países receberam esta homenagem e guardam com carinho este precioso símbolo de um ato que, pretendemos, não se repita.
O Flash atômico
O avião B-29, bombardeiro comandado pelo piloto americano Paul Tibbets, era chamado de Enola Gay. Uma homenagem à mãe do comandante.
O Enola Gay levava quatro tripulantes e uma bomba atômica de quatro toneladas. Apelidada de Little Boy, a bomba tinha três metros de comprimentos por 70 cm de largura.
Lançada a 9.000 metros de altitude, a bomba explodiu a uns 500 metros do solo, bem em cima da ponte do elétrico da cidade.
Estima-se que morreram 140 mil pessoas: 74% morreram no primeiro dia
No epicentro da explosão, a temperatura chegou ao 4.000 graus C e as pessoas simplesmente evaporaram.
Três dias depois foi lançada outra bomba atômica sobre a cidade de Nagasaki, que deixou mais de 70 mil mortos.
A bomba de Hiroshima tinha o equivalente a 17 mil toneladas de TNT. Hoje a maioria das bombas atômicas tem o equivalente a um milhão de toneladas de TNT e pesam apenas 45 quilos.
Estima-se que hoje haja mais de 35 mil ogivas nucleares no mundo em poder dos seguintes países: Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, França, China, Paquistão, Índia, Israel e Coréia do Norte – segundo os cientistas, o suficiente para destruir o planeta Terra mais de 30 vezes.
Casa do Cerrado
A Fundação Casa do Cerrado, recebeu esta pedra por indicação do presidente Fernando Henrique Cardoso e a mantém exposta em suas instalações, para que os visitantes possam refletir sobre as Guerras e levem consigo a mensagem de Paz.
A Fundação Casa do Cerrado é uma entidade sem finalidade lucrativa, responsável por vários projetos culturais, agrícolas, de biotecnologia, paisagísticos e ambientais. Todos voltados à promoção do desenvolvimento desta região brasileira. Sua sede está situada num parque de 34 hectares, na Asa Norte de Brasília, onde é mantido um belíssimo jardim japonês (o maior fora do Japão), um fantástico jardim típico do Cerrado, um Museu de Taxidermia (animais empalhados) e a Pedra da Paz de Hiroshima.
Inscrição na Pedra da Paz, que está
na Casa do Cerrado, em Brasília
“ Esta laje de granito, foi recortada do pavimento por onde circulava uma das linhas do “Elétrico”, e que foi exposta à explosão atômica sobre Hiroshima, ocorrida às 08:15 do dia 06 de Agosto de 1945.
As lajes, utilizadas para pavimentar as vias publicas por onde circulava a rede de “Elétricos” municipal, que representa o mais importante meio de transporte de Hiroshima, são testemunhas da terrível explosão nuclear que causou a morte de mais de 150.000 pessoas, na mais horrível das tragédias da história da humanidade.
Tendo bem presente um desejo profundo de uma nova ordem mundial, foi gravada nesta laje uma mensagem em prol da paz mundial bem como em algumas outras recolhidas em faixas da linha próxima da Ponte AIOI, que se encontrava localizada a cerca de 200 metros do “ponto zero” e que foram doadas pelo Governo Japonês, através da “Stone for Peace Association of Hiroshima”, a países amigos entre os quais o Brasil.
Tirando lições da calamidade que o povo japonês sofreu e da culpa sentida relativamente às restantes nações envolvidas na II Guerra Mundial, a própria constituição japonesa registra o compromisso de nunca mais desenvolver atos de agressão contra países estrangeiros.
A Fundação Casa do Cerrado sente-se orgulhosa em poder compartilhar com todo povo brasileiro, através deste símbolo, o desejo de um mundo livre da guerra ficando esta recordação do ataque atômico contra Hiroshima, a representar um testemunho constante da importância da PAZ ”.
Hiroshima
Antes e Depois
Silvestre Gorgulho
O Homem é isto:
Sabe… sente… sofre,
mas esquece
O Antes e Depois do Cristo.
O Homem é isto:
Da guerra, não ganhou a Paz
Do sangue, não refez a Vida
E, sem sorte,
O Homem é isto:
Antes e Depois da Morte.
O Homem é isto
Num clarão radioativo
Fez-se a luz
de um novo Jesus:
Hiroshima.
E essa é a nova Cruz
Antes e Depois do Cristo!
A História ensina,
1945 anos acima,
Antes e Depois
De Hiroshima.
O Homem é isto…

Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma
O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).
Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.
A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.
“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.
Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.
“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.
Chuvas
Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.
“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.
Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.
Edição: Heloisa Cristaldo
EBC



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