Reportagens
INDIOS DO XINGU No coração do Brasil
Tradição, modernidade e condições de vida das aldeias e ribeirinhos ao longo de todo o rio Xingu
Silvestre Gorgulho, de Brasília
O escritor inglês Patrick Cunningham e sua mulher e fotógrafa Sue vão expor, agora em outubro, em Londres, uma aventura bem tropicalíssima vivida no coração do Brasil. O casal percorreu 2,7 mil quilômetros, visitou 48 aldeias, 18 etnias, comunidades e cidades desde a nascente até a foz do rio Xingu. A exposição será na Embaixada do Brasil, na Inglaterra, e deve percorrer outros pontos da Europa. O que essa aventura de quatro meses (de 6/abril/07 até 31/julho/07) do casal Cunningham tem de novidade? Muitas coisas: além das belíssimas fotos de Sue, o casal avaliou as condições de educação, saúde, acesso à terra e o forte impacto cultural da vida moderna sobre ribeirinhos e aldeias indígenas.
Fotos: Sue Cunningham
Para participar do Projeto No Coração do Brasil, Sue e Patrick tiveram, primeiro, que ganhar o coração dos índios. Ao lado, o mapa da bacia amazônica, com destaque para o rio Xingu.
A aventura começou, de fato, em 2006, quando um projeto de Patrick e Sue com o nome de “Coração do Brasil” recebeu o Prêmio Neville Shulman, da Royal Geographical Society de Londres. Valor do prêmio? Dez mil libras, cerca de 40 mil Reais. E qual o objetivo do projeto? Era documentar e explicar melhor as condições de vida, os anseios e os problemas das comunidades e aldeias que vivem ao longo do rio Xingu. Inclusive dentro do Parque Nacional do Xingu. Foram 117 dias desde a nascente do Xingu, em Mato Grosso, até Porto do Moz, no Pará. Sue, que passou parte da adolescência no Brasil, tem hoje o maior acervo fotográfico brasileiro na Europa. Apaixonada com o País (meu coração é brasileiro, costuma repetir) a fotógrafa se diz preocupada com a questão cultural que, para ela é uma das grandes ameaças. “A invasão de madeireiras, de garimpeiros e agora de sojeiros é um prenúncio de poluição dos rios, de desmatamento, de violência, de doenças e também de erosão cultural”. A aventura de Patrick e Sue continua.
Depois da exposição em Londres, o casal vai em busca de outro sonho: a publicação de um livro onde pretende contar todos os detalhes dos quatro meses que passou no Xingu.
PATRICK CUNNINGHAM – Entrevista
Fotos: Sue Cunningham
Patrick Cunningham:
“Visitamos 48 tribos de 18 grupos etnicos diferentes ao longo do Xingu”
Folha do Meio – Qual o ponto central da Expedição pelo Brasil?
Patrick – A expedição durou mais de quatro meses, terminando no Porto de Moz. Eu e a Sue Cunningham pegamos um barco aberto de sete metros ao longo do rio de Xingu, visitando 48 tribos indígenas, de 18 grupos étnicos diferentes.
Viajamos mais de dois mil quilômetros no rio. Nós trabalhamos juntos por quase vinte anos. Sue é fotógrafa e eu gosto de escrever. Sue cresceu no Brasil, mas a Amazônia já é parte de nossas vidas. Nós estamos envolvidos com os índios há mais de vinte anos.
FMA – Por que a expedição ao Xingu?
Patrick – Passamos os últimos vinte anos indo e voltando ao Xingu. Nesse tempo nós visitamos muitas das aldeias enquanto trabalhávamos com organizações que ajudam as comunidades indígenas.
A maioria destas visitas era em aviões pequenos. Depois resolvemos ir pelo rio, de barco, pois assim nós teríamos uma melhor compreensão da vida indígena e dos ribeirinhos.
No ano passado voamos sobre a área outra vez e vimos o quanto da floresta, até os limites das reservas indígenas, já foi devastada. A floresta foi destruída e substituída por fazendas de soja e de gado.
FMA – Onde conseguiram o suporte para a expedição?
Patrick – Ao perceber que o momento é muito importante para o Xingu, fizemos um projeto no ano passado chamado “Coração do Brasil”. Com este projeto nós ganhamos o Prêmio Neville Shulman da Royal Geographical Society (Sociedade Geográfica Real) na Inglaterra. Ainda tivemos o apoio de outras duas organizações, Artists’ Project Earth (Projeto Terra dos Artistas) e Rainforest Concern (Interesses da Amazônia).
Com isto conseguimos cobrir os custos dos equipamentos e do combustível. Mas mesmo sem cobrir o custo de nosso tempo, resolvemos fazer a expedição de qualquer maneira.
FMA – O que vocês encontraram?
Patrick – A primeira coisa que nos chamou atenção, logo no começo do Parque do Xingu, foi a cor da água. Da última vez que Sue esteve lá, o rio estava límpido, transparente. Era possível ver através da água.
Agora, pelo fato dos fazendeiros de soja terem desmatado a floresta e até a mata ciliar de rios e muitos córregos, a chuva lava o solo, provoca erosão, assoreamento e toda esta terra vai para os rios.
É tão grave, que os índios antes pescavam com arcos e flechas. Mas agora não conseguem mais ver os peixes. A chuva traz também agrotoxinas usadas pelas fazendas de soja e estes restos de agrotóxicos vão direto para os rios.
FMA – E como as aldeias estão resolvendo o problema?
Patrick – Hoje em dia, cada aldeia indígena tem um poço para sua água. Há 15 anos, a água do rio era limpa o bastante para se beber. Então os indígenas, especialmente as crianças, começaram a pegar doenças, ter diarréia por causa do esgoto e efluentes das pousadas – também chamadas de ‘eco-lodges’ ou pousadas de selva – e das fazendas de gado que se espalharam ao longo dos rios. A situação ficou tão crítica que a Funasa foi forçada a instalar os poços.
“O ruim da história é que muitos índios cresceram com dentes estragados devido ao consumo de açúcar e alimentos processados, pois ninguém explicou que ao comerem esses alimentos há a necessidade de escovar os dentes.”
PATRICK CUNNINGHAM – Entrevista
Patrick: “As áreas desmatadas estão dando lugar ao gado e à soja. Ficará ainda pior com a produção de biocombustível, que podem ser renováveis, mas causarão muitos danos ambientais.”
FMA – Como está a cultura indígena nas aldeias?
Patrick – Eles ainda dançam, fazem as lindas pinturas de corpo e têm o artesanato. Suas florestas ainda são povoadas e cheias de espíritos. Eles ainda falam suas próprias línguas na maioria das vezes, embora há cada vez mais índios que sabem falar o português. Em muitas aldeias vestem roupas das cidades, mas isso não significa que perderam sua cultura. É pré-concepção nossa de que os índios verdadeiros têm que andar pelados.
FMA – E o que tem ameaçado suas culturas?
Patrick – De fato, mudanças ameaçam influenciar sua cultura. Varia muito de tribo para tribo. As piores, são as tribos que tiveram contato com os madereiros e garimpeiros por muitos anos. Esses davam muitos presentes. De roupas a casas, de geradores a televisões e de Coca-Cola a biscoitos e carne. Mas não lhes deram nenhuma compreensão dos efeitos das coisas que trouxeram.
As casas de tijolo mudaram a estrutura social de algumas aldeias. O ruim da história é que muitos índios cresceram com dentes estragados devido ao consumo de açúcar e alimentos processados, pois ninguém explicou que ao comerem esses alimentos há a necessidade de escovar os dentes.
Muitos das gerações mais velhas se queixam que os mais novos não se interessam pela aprendizagem das tradições. Dançam forró e escutam CDs.
Usam as habilidades que aprenderam como o artesanato, para ganhar dinheiro e comprar coisas da cidade. Mas percebemos que muitos jovens ainda apreciam as danças tradicionais e alguns se conscientizam bastante de sua identidade indígena.
FMA – Há esperança para o futuro?
Patrick – Somos naturalmente otimistas. Penso que há esperança. Em toda parte encontramos pessoas interessadas em se envolver em projetos de preservação de sua cultura.
Alguns destes projetos foram filmes de rituais e gravações dos mais velhos falando de suas lendas.
Outros quiseram encontrar maneiras de ganhar dinheiro, algo que não mudaria seus hábitos e nem danificaria seu ambiente natural.
Alguns índios produzem um mel orgânico que vendem aos supermercados Pão de Açucar, outros estão colhendo breu branco para perfumes.
A floresta tem uma grande escala de produtos que podem ser extraídos, especialmente óleos como castanha do Brasil, pequi e cumaru.
Os índios também podem produzir produtos comerciais como o urucum, pimenta-do-reino e cacau. Uma das aldeias planta bananas e vende nos mercados locais.
FMA – Mas qual a maior dificuldade que encontram?
Patrick – São várias. Uma das dificuldades é a necessidade que eles têm de auxílio para desenvolver estes projetos. Freqüentemente, não têm as habilidades necessárias para conseguir assistência para escrever propostas. Não sabem aonde pedir ajuda e nem percebem o tanto de ajuda que tem disponível.
Quando produzem algum bem, muitas vezes não conseguem comercializar. Aí são explorados por intermediários e atravessadores. Se pudermos encontrar um sistema que possa superar essas dificuldades, não há nenhuma razão para os índios deixarem de dar suporte financeiro às suas próprias comunidades.
É importante que os jovens índios continuem valorizando suas próprias culturas. Evidente que o glamour das novelas, da música popular e dos filmes de Hollywood já rondam as aldeias…
FMA – E como evitar que as conquistas tecnológicas cheguem às aldeias?
Patrick – Basta orientá-los e ajudá-los usufruir das modernas tecnologias no que diz respeito à saúde, ao lazer e até à valorização de sua própria cultura. Por exemplo, em alguns lugares os índios até já ajudaram a fazer documentários sobre sua própria vida.
Nós descobrimos que esses DVDs são populares em outras aldeias – mesmo nas aldeias onde se fala uma língua diferente e onde se tem uma cultura diferente. Existem grupos que também querem estabelecer suas próprias estações de rádio. Essas são maneiras de como nossa tecnologia pode ajudar a reforçar sua extraordinária cultura e ainda permite que eles se desenvolvam organicamente.
Suas vidas estão mudando. E vai continuar a mudar. Apenas temos que nos certificar de que a mudança respeite sua cultura e não tenta substituí-la.
FMA – Quais outras comunidades vocês viram ao longo do Xingu?
Patrick – Visitamos várias comunidades ribeirinhas. Tivemos que ir a São Félix do Xingu para mandar fotos ao website. Mais abaixo do rio, nós ficamos por algumas noites em Altamira e uma noite em Porto de Moz já no fim da expedição.
Fora das cidades, os ribeirinhos convivem bem como os índios. Suas casas são similares e eles dependem da mandioca e peixe como seu alimento básico. Mas muitas famílias deixaram o rio nesses últimos anos. Algumas casas foram completamente abandonados.
A maioria dos ribeirinhos chegou na época do “boom” da borracha, evidente que fizeram famílias e seus descentes permaneceram lá. Agora não há nenhum mercado para a borracha e eles estão tendo dificuldade para se manter. Temos que achar um mercado para produtos da floresta. Temos que dar mais valor à floresta em pé do que a floresta no chão.
FMA – Como as mudanças climáticas afetam a região?
Patrick – O desmatamento e as queimadas estão mudando o clima. Todos que encontramos por lá, índios ou não, disseram-nos que hoje o rio está mais baixo do que antes e que há menos chuvas. Onde as chuvas começavam regularmente em outubro, não há chuva consistente até dezembro. Dizem que a temperatura está mais alta também. Se isto continuar, a floresta, mesmo nas reservas indígenas, pode secar e morrer.
Para Patrick e Sue há uma certeza: se os índios saírem, as motosseras
vão entrar e, então, a floresta vai cair.
FMA – São mudanças devido ao aquecimento global ou ao desmatamento?
Patrick – É, essas mudanças podem ser, também, conseqüência do aquecimento global. Mas há influência local devido ao uso da terra na região. As áreas desmatadas estão dando lugar ao gado e à soja. Isto ficará ainda pior com a produção de biocombustível. Esses podem, sim, ser renováveis e evitar o uso de combustíveis fósseis, mas causarão muitos danos ambientais.
Voamos sobre uma boa parte de fazendas no sul do Pará, mas não vimos rebanhos, muito pouco gado para tanto desmatamento. “Acho que é ‘gado virtual’, disse Sue.
FMA – Qual a mensagem que os índios deixaram para vocês?
Patrick – As represas hidroelétricas são sua maior preocupação. Os povos de todas as 48 aldeias que visitamos pediram que transmitíssemos esta mensagem: “Nós não queremos nenhuma represa no rio Xingu e em seus afluentes.”
Uma índia agarrou Sue pelos ombros, fixou-a bem nos olhos, e foi categórica: “Para onde eu vou? Onde vou pescar? Onde vou plantar mandioca para minhas crianças? O que será dos meus netos? Por que vocês brancos querem nos matar?”
FMA – Vocês visitaram algumas barragens?
Patrick – Existem diversas barragens que estão sendo planejadas para o Xingu.
Seis chamadas PCH ou Pequena Central Hidrelétrica afetam todos os tributários principais. Uma está em construção, a Paranatinga II. Embora sejam chamadas de ‘pequena’, terão um efeito drástico no rio, pois reduzem seu fluxo e interferem com o meio aquático.
Para os índios isto será muito sério. Eles dependem de peixes para sua dieta diária, especialmente no Parque Indígena Xingu, que é o mais próximo das cabeceiras dos rios (headwaters) onde não comem caça. As represas reduzirão a quantidade de peixes, pois impedem que muitas espécies de peixes desovam.
No outro extremo do rio há um projeto para construir um complexo hidrelétrico enorme, chamado Belo Monte. Isto secará o rio no entorno de Altamira, eliminando duas reservas indígenas, do Juruna e do Arara. E inundará o rio mais acima, afetando os povos de Altamira e ao longo do rio.
Não está claro, ainda, até onde os reservatórios se estenderão, mas por certo vai afetar muitas outras aldeias indígenas e ribeirinhos.
FMA – Os índios ajudam a preservar…
Patrick – A verdade é que os índios do Xingu estão preservando a floresta. Mas disso tudo só há uma certeza. E uma certeza definitiva: se eles saírem, as motosseras vão entrar e, então. a consequência é óbvia: a floresta vai cair.
SUMMARY
Xingu Brazil Expedition –
PATRICK CUNNINGHAM – Interview
The expedition lasted over four months, finishing in Porto de Moz. Patrick and Sue Cunningham took a 7-metre open boat along the length of the Xingu River, visiting 48 tribal Indian villages, of seventeen different ethnic groups. We travelled over 2,000 kilometres on the river. Sue is a photographer and Patrick is a writer. Sue grew up in Brazil, and the Amazon is a major part of our lives. We have been involved with Indians for over twenty years.
Indian life
We’ve spent the last twenty years coming and going to the Xingu. In that time we have visited many of the villages while we were working with organisations which help Indian communities. Most of these visits were by small plane, but we always thought it would give us a better understanding of Indian life if we could follow the river.
Last year we flew over the area again and saw just how much of the forest, right up to the boundaries of the indigenous reserves, has been destroyed and replaced with soya farms and cattle ranches.
Indian village
The first thing that struck us, right at the beginning of the Xingu Indigenous Park, was the colour of the water. Last time Sue was there, the river was clear and you could see right through the water. Now, because the soya farmers have cleared the forest away right up to the streams and rivers, every time it rains the soil is washed off the land and into the river.
It’s so bad in some places that the Indians who used to fish with bows and arrows can’t do it any more because they can’t see the fish. The rain also brings with it agrotoxins used by the soya farms, which are washed into the river as well.
Nowadays each Indian village has a well for their water. Fifteen years ago, the river water was clean enough to drink. But then the Indians, especially the children, became ill with diarrhoea because of the sewage and dung from the settlements and cattle ranches which have sprung up along the rivers. It got so bad that FUNASA were forced to install the wells.
Indian culture
They still dance, they still have beautiful body paint and artesanato. Their forests are still full of spirits. They still speak their own languages most of the time, though there are more and more people who can speak Portuguese. In many villages they wear clothes from the towns, but that doesn’t mean they’ve lost their culture. It’s just our preconceptions that a real Indian has to go naked.
But there are changes which threaten to undermine their culture. It varies a lot from tribe to tribe – the worst are the villages where they have had contact with loggers for many years. The loggers gave them things, from clothes to houses, from generators to televisions and from Coca Cola to biscuits and beef. But they didn’t give them any understanding of the effects of the things they brought. Brick houses have changed the whole social structure of some villages, and there are lots of Indians now who have grown up with bad teeth from the sugar and processed foods, because nobody explained that they need to use toothbrushes if they eat these foods.
Future
We are naturally optimistic, and we think there’s plenty of hope. Everywhere we found people who wanted to be involved with projects to support their culture. Some of these were things like films of their rituals and recordings of old people telling the legends. Others wanted to find ways to make money which wouldn’t change their way of life or damage their natural environment.
There are Indians producing organic honey which they sell to the Pão de Açucar supermarkets, others are collecting breu branco for perfumes. The forest has a huge range of resources which can be extracted sustainably, especially oils like Brazil nut, pequi and cumaru. The Indians can produce commercial products like urucum, pimenta do reino and cacau. One village grows bananas which they sell to local supermarkets.
Difficulties
The difficulty is that they need support to develop these projects, and they often don’t have the skills needed to apply for grants and assistance. They don’t know where to go for help, and they don’t realise how much help is available. When they do produce things, they often have no way to approach the markets, other than through middlemen who pay them a pathetically small amount.
If we can find a system to overcome these difficulties, there is no reason why the Indians can’t support their own communities financially, and why their young people can’t learn to value their cultures at least as much as they value the glitter and excitement of novelas, popular music and Hollywood films. In some places the Indians have been helped to make video documentaries about their own lives, and we found DVDs of these were very popular in other villages – even in villages where they speak a different language and have a very different culture.
Along the Xingu
We visited some ribeirinho settlements, and we had to go to São Félix do Xingu to send photos to the website. Further down the river, we stayed for a few nights in Altamira, and one night in Porto de Moz at the end of the expedition.
The ribeirinho people live very much like the Indians. Their houses are similar, and they rely on mandioca as their staple food.
Many people have left the river in recent years, and some settlements have been completely abandoned. Most of the ribeirinhos arrived at the time of the rubber boom – at least, their ancestors did – and the families just stayed on. Now there is no market for the rubber, and they are finding it hard to make a living.
Environment
Deforestation is changing the climate already. Nearly all of the people we met, Indians and non-Indians alike, told us that the river is lower today than it used to be, and that there is less rainfall. Where the rains used to begin properly in October, now there is no really heavy rain until December. They say the temperature is higher too. If this carries on, the forest even in the indigenous reserves may dry out and die.
This might be partly because of world-wide changes, but it is also due to changes in land use; the forest is being cut down to make way for cattle and soya.
This will get worse with the drive to produce biofuels; they may be renewable and save fossil fuels, but they will cause a lot of environmental damage because they need so much land.
Indians message
Hydroelectric dams are their biggest worry. People in all 48 of the villages we visited asked us to take this message from them: “We do not want any dams on the Xingu and its tributaries.”
One woman grabbed Sue by the shoulders, looked her straight in the eyes, tears welling up in her eyes, and said “Where am I going to escape to, where am I going to fish, where am I going to plant mandioca for my children, what will become of my grandchildren, why are you Whites trying to kill us?”
The dams will reduce the amount of fish because they will prevent the fish from reaching their spawning grounds. The Indians of the Xingu basin are holding up the forest. If they leave, the forest will fall and the chainsaws will come.
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Programa ensina estudantes sobre história e cultura de outros países
Alunos de Ceilândia conheceram, nesta quinta (23), a Embaixada do Quênia, durante programação especial da Secretaria de Relações Internacionais

Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger
Vinte e quatro estudantes da Escola Classe 55 de Ceilândia tiveram uma aula diferente na manhã desta quinta-feira (23). A Embaixada do Quênia virou a sala de aula para os alunos que aprenderam mais sobre a história e cultura do país africano. A visita faz parte do Programa Embaixada de Portas Abertas (Pepa), que, promovido pela Secretaria de Relações Internacionais (Serinter), foi retomado este ano e visitará sete embaixadas somente neste primeiro semestre.
“É uma grande oportunidade para que os estudantes conheçam novos mundos, novas culturas. Muitos deles não têm a chance de ir a outros países e conhecer os costumes de outros lugares, então o Pepa proporciona tudo isso”, disse o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto. Segundo ele, o programa também abre espaço para que os embaixadas conheçam um pouco mais sobre a educação brasileira, especialmente a aplicada nas escolas do Distrito Federal.

Logo cedo, a garotada chegou à embaixada, no Lago Sul, e foi recebida por um diplomata que carimbou o “passaporte mirim” dos estudantes – uma forma lúdica de dar o pontapé inicial à experiência das crianças junto ao país. Por cerca de duas horas, os alunos participaram de um intercâmbio cultural ou, “uma pequena viagem ao Quênia”, como descreveu o próprio embaixador, Lemarron Kaanto, para os convidados.
O Pepa permite que o país apresente sua cultura, história, gastronomia e curiosidades às crianças e também possibilita que o corpo diplomático estreite laços com a comunidade local, por meio das escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal.

Experiência
O embaixador participou das atividades e encantou a criançada quando contou sobre a gravação do filme O Rei Leão. “Foi gravado no Quênia, e Simba, na nossa língua nacional, o suaíli, significa leão”, disse Kaanto, fazendo referência ao nome do personagem-título de um dos maiores sucessos de bilheteria da Disney.
“A riqueza cultural representada pelas representações diplomáticas permite a junção dos conteúdos ministrados em sala de aula com a vivência direta com os mais variados usos, costumes, hábitos e relevos”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação
Durante a manhã, os alunos puderam, ainda, participar de brincadeiras populares do Quênia, como as corridas com ovo, com saco e com pneus, além de jogos com bolas, que lembram a popular queimada do Brasil. Também foi aberto espaço para que os estudantes pudessem tirar suas dúvidas e conhecer curiosidades sobre o país.
Ao aprenderem um pouco sobre a gastronomia do Quênia, os alunos fizeram um lanche e, ao final da experiência, tiraram fotos e ganharam presentes, como squeezes personalizados e chapéus. Na atividade extra, os estudantes foram acompanhados por duas professoras da escola. O transporte é fornecido pelo próprio programa, que conta com apoio da Secretaria de Educação (SEE) e da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB).
“A riqueza cultural representada pelas representações diplomáticas aqui sediadas, possibilitando ao estudante acesso rápido aos mais diferentes estágios culturais, permite a junção dos conteúdos ministrados em sala de aula com a vivência direta com os mais variados usos, costumes, hábitos e relevos, enriquecendo a caminhada no transcurso do processo ensino aprendizagem e ainda solidifica as relações transculturais”, ressaltou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Acordos bilaterais
O Brasil estabeleceu relações diplomáticas com o Quênia logo após sua independência, em 1963, tendo instalado Embaixada residente em Nairóbi em 1967. O Quênia abriu Embaixada em Brasília em 2006. Em 2010, foram assinados acordos nas áreas de comércio e investimentos, educação e energia. Nesse mesmo ano, a visita ao Brasil do então ministro de Negócios Estrangeiros do Quênia, Moses Wetang’ula, propiciou parcerias nas áreas de serviços aéreos e de cooperação cultural.
O Brasil coopera com o Quênia em diversos setores. Já foram executadas iniciativas de cooperação nas áreas eleitoral; esportiva; de meio ambiente; e de saúde. Atualmente, estão em execução programa trilateral na área de alimentação escolar, bem como iniciativas bilaterais em agricultura (mandioca e setor algodoeiro); educação superior; formação de diplomatas; e capacitação de militares.
O Pepa é uma ação alinhada com a política do governo de melhorar a educação primária do Distrito Federal, possibilitando aos estudantes o aprendizado acerca de história, geografia, cultura e línguas estrangeiras, assim como de carreiras e rotinas diplomáticas e consulares de diversos países, ao mesmo tempo que oferece às representações diplomáticas a oportunidade de conhecer e se aproximar das comunidades escolares das diferentes regiões administrativas do Distrito Federal.
*Com informações da Secretaria de Relações Internacionais
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Estudo aponta valores de referência para consumo de água em propriedades leiteiras
Trabalho das empresas proporciona aos produtores acesso aos dados que são referência em indicadores de eficiência hídrica para o consumo de água de vacas. Essas informações são diferenciadas segundo o sistema de produção confinado, semiconfinado e a pasto

No Dia Mundial da Água, a Embrapa e a Nestlé apresentam valores de referência para o consumo de água na atividade leiteira. Os resultados exclusivos proporcionam aos produtores de todo o País acesso aos dados que são referência em indicadores de eficiência hídrica para o consumo de água de vacas em lactação e também para lavagem de sala de ordenha (lavagem dos pisos, do equipamento de ordenha e do tanque de leite). Essas informações são diferenciadas de acordo com o sistema de produção confinado, semiconfinado e a pasto.
Em um sistema a pasto as vacas em lactação bebem em torno de 64 litros de água ao dia. Já no semiconfinado, são 48 litros de água por vaca em lactação ao dia e, no confinado, 89 litros. Esse consumo das vacas em lactação é influenciado por sua produtividade de leite. A pasto, a produtividade média foi de 17,6 litros de leite por vaca ao dia; no semiconfinado, 14,4 e, no confinado, 25 litros.
Assim, uma vaca em sistema confinado consome 8 litros de água ao dia a mais do que uma vaca a pasto e produz uma quantidade maior de leite, 7,4 litros adicionais.
Em relação ao consumo de água por litro de leite ao dia, os valores para os três modelos de produção variaram de 3,3 (a pasto) a 3,8 (confinado) litros de água por litro de leite ao dia.
Para a lavagem da sala da ordenha, os valores de referência foram 17 litros de água por vaca em lactação ao dia para os produtores que mantêm os animais no pasto; no semiconfinado e confinamento, foram 20 e 21 litros de água, respectivamente.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste (SP) Julio Palhares (foto à esquerda), que avaliou os dados, para esse tipo de uso da água há grande variação entre as fazendas. “Enquanto a maior parte das propriedades em sistema semiconfinado consome 20 litros de água por vaca ao dia, há fazendas consumindo em torno de 55 litros. Nos locais onde o consumo é muito alto, os produtores devem se perguntar: por que estamos consumindo essa quantidade de água se outras fazendas consomem menos para o mesmo uso?”, observa Palhares.
O pesquisador diz que a variação no valor do indicador ocorre porque esse tipo de uso da água é influenciado por vários aspectos, como raspagem ou não do piso, utilização de água com ou sem pressão, mangueira com fechamento do fluxo hídrico, condição do piso da ordenha (rachaduras, buracos etc.) e mão de obra capacitada.
Quando se fala em eficiência hídrica do produto leite, o confinamento foi o mais eficiente – um litro de água por litro de leite produzido ao dia. No semiconfinado, o consumo foi maior – 1,5 litro por litro de leite. No sistema a pasto, o valor foi de 1,2 para cada litro de leite produzido.
Com esses valores, o produtor de leite pode saber se seu consumo de água está de acordo com os valores de referência. Se o gasto for além, o pecuarista não está sendo eficiente e, consequentemente, desperdiçando dinheiro. Há uma lista de boas práticas para melhorar esses indicadores.
Boas práticas hídricas
O estudo teve como referência o programa Boas Práticas Hídricas, desenvolvido pelas duas empresas, que oferece apoio às fazendas leiteiras e instalação de hidrômetros para ajudar a mensurar o consumo de água na produção. Foram analisadas cerca de 10 mil leituras dos hidrômetros de 1.200 produtores que fornecem leite para a Nestlé, no período de 2021 e 2022, dos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
Por meio do monitoramento mensal realizado com hidrômetros instalados em diversos locais de consumo nas propriedades, ao longo desses dois anos, foi possível analisar o volume total de água utilizado em cada propriedade. Esse trabalho foi realizado por profissionais da Embrapa e da Nestlé, que computaram os dados no aplicativo Leiteria, uma ferramenta que permite aos produtores fazer a documentação hídrica e inserir mensalmente as informações referentes ao consumo dos hidrômetros. Com isso, foi possível gerar os valores de referência.
“Há cinco anos que o programa Boas Práticas Hídricas contribui, de forma prática, para o desenvolvimento da nossa jornada de sustentabilidade no campo. A cada ano, novos índices de produtividade e eficiência são alcançados. O que antes parecia distante para a cadeia leiteira agora é uma realidade que supera os desafios em cada uma das milhares de fazendas leiteiras do nosso País”, explica a gerente de Milk Sourcing da Nestlé Brasil, Barbara Sollero.
Casos práticos
No grupo analisado existem extremos, tanto positivos quanto negativos. Um exemplo é um produtor na cidade de Lagoa dos Patos, Minas Gerais. Ele trabalha com sistema confinado. No uso para lavagem da sala de ordenha, o consumo foi de 79 litros de água por litro de leite ao dia. Já a quantidade de água por vaca em lactação ao dia foi de 1.133 litros. O consumo está muito acima dos valores de referência – de um e 21 litros – para cada um desses indicadores. No mesmo estado, na cidade de Serra do Salitre, uma pecuarista consegue ser eficiente e mostra que é possível fazer melhor uso da água. A fazenda consome um litro de água por litro de leite ao dia, valor igual à referência, e 19 litros diários por vaca. Ou seja, ela é mais eficiente porque consome, diariamente, dois litros de água por vaca a menos que o referencial, que é 21.
O fato atípico da propriedade de Lagoa dos Patos, segundo o pesquisador, pode ser um erro de anotação dos tipos de consumo medidos pelo hidrômetro. É possível que outros usos passem pelo hidrômetro, como irrigação, por exemplo.
Outro produtor, agora no estado de São Paulo, que trabalha com as vacas no pasto, gasta 36 litros de água por vaca na lavagem, quando a referência é 17. Ou seja, ele consome mais que o dobro do valor referência. Além disso, usa 2,5 litros de água para cada litro de leite produzido diariamente. Nesse caso, não há problemas de anotação, mas de gestão hídrica. “É um indicativo de que há necessidade de adequação por parte do gestor da fazenda. É bem provável que exista falha na mão de obra, que não está capacitada, ou pode indicar que as vacas passam muito tempo na sala de ordenha, o que aumenta a quantidade de esterco a ser retirada”, acredita.
O pesquisador alerta que não existe sistema hidricamente melhor; cada uso de água vai determinar se a propriedade está sendo eficiente ou não.
O objetivo do trabalho é iniciar a geração desses valores de referência de indicadores do uso da água no Brasil. É uma ação contínua. “Esses não são valores de referência definitivos. O banco de dados não está fechado, continua sendo alimentado mensalmente. Quanto mais informações, maior robustez. Também vamos gerar referências para outros usos da água, como irrigação, residências etc.”, esclarece Palhares.
Essas são as primeiras referências para uso da água em propriedades leiteiras que se têm no Brasil e estão entre as poucas no mundo. Os valores irão auxiliar os produtores e o setor leiteiro para o melhor uso deste recurso natural finito e para mostrarem à sociedade que a produção de leite é feita com eficiência hídrica.
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Meta dos Objetivos do Desenvolvimento SustentávelEsses resultados contribuem para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), meta nº 6, uma vez que orienta e estimula a adoção de práticas conservacionistas nas propriedades rurais. Segundo a meta, até 2030, o Brasil precisa aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores. Além disso, deve assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para reduzir o número de pessoas que sofrem com a escassez. |
Gisele Rosso (MTb 3.091/PR)
Embrapa Pecuária Sudeste
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Telefone: (16) 3411-5625
Reportagens
Programa de Incentivo Fiscal à Cultura abre inscrições para 2023
Agentes culturais podem inscrever, até 1º de dezembro, projetos que visem o apoio mediante renúncia fiscal do ICMS e do ISS

Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) publicou, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (22), regulamentação que estabelece prazos e procedimentos para a execução do Programa de Incentivo Fiscal à Cultura do Distrito Federal em 2023. O programa é equivalente à antiga Lei de Incentivo Fiscal (LIC).
R$ 13.211.994É o valor total do Programa de Incentivo Fiscal à Cultura deste ano, com limite para pessoa jurídica de R$ 660.599,70 e, para pessoa física, de R$ 200 mil
Pela Portaria nº 54, fica estabelecido o prazo de 8h de 22 de março até as 18h de 1º de dezembro de 2023 para inscrição de projetos culturais que visem o incentivo mediante renúncia fiscal do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Já a Portaria nº 55, de 20 de março de 2023, altera a norma anterior, que regulamenta os limites e os procedimentos do programa de incentivo fiscal. O valor total do Programa de Incentivo Fiscal à Cultura deste ano é de R$ 13.211.994,00, com limite para pessoa jurídica de R$ 660.599,70, e para pessoa física continua em R$ 200 mil. Para planos anuais e plurianuais, que incluem projetos culturais que contemplem períodos de 12, 24 ou 36 meses, o valor pode chegar a R$ 1,8 milhão.

Entre as mudanças, também está o prazo de inscrição dos projetos, que agora devem ser apresentados com, no mínimo, 60 dias corridos anteriores à data de sua execução. Antes, esse prazo era de 45 dias antes da pré-produção do projeto. Também fica estabelecido que o agente cultural não pode inscrever novo projeto enquanto não apresentar a prestação de contas final de outro anteriormente incentivado.
Os percentuais de isenção podem variar de 40% a 100% e, entre as novidades está o fato de que projetos que tenham reserva de espaço para ações de marketing ou instalação de estandes, camarotes, palco ou outros espaços que levem o nome, marca ou identidade visual da empresa incentivadora terão o percentual de isenção reduzido para 75%.
Como participar
A empresa deve demonstrar interesse no projeto por meio de uma carta de intenção de incentivo, e o agente cultural inscreve sua proposta por meio de formulário online. A partir daí, o projeto é avaliado em etapas de análise de documentação, técnica e de mérito, até que seja autorizado a captar os recursos e, posteriormente, partir para a execução.
O agente cultural deve exercer, necessariamente, pelo menos uma função de relevância no projeto, tanto no aspecto artístico-cultural quanto na direção, produção, coordenação e gestão artística. Fica ainda estabelecido que o agente cultural é responsável por protocolar na Secec uma via do Termo de Compromisso de Incentivo, até cinco dias úteis antes do início da primeira atividade prevista no projeto, que, por sua vez, só pode ter início após o protocolo de um ou mais termos de compromisso, devidamente assinados pelo incentivador, indicando a captação de pelo menos 50% do valor.
Programa de Incentivo Fiscal à Cultura
Mecanismo de apoio à produção e difusão da arte, das manifestações culturais, do entretenimento de qualidade e de estímulo ao mercado criativo, o Programa de Incentivo Fiscal trabalha em parceria com a iniciativa privada, por meio de isenção fiscal. Com o incentivo, parte dos valores de ICMS ou ISS que seriam arrecadados por atividade de pessoas jurídicas do DF é revertido em financiamento de projetos culturais previamente aprovados pela Secec.
Podem apresentar projetos culturais para o programa pessoas físicas ou jurídicas estabelecidas no DF, com Ceac válido e que sejam diretamente responsáveis pela proposição e execução do projeto. Já para o patrocínio, podem participar pessoas jurídicas contribuintes do ICMS ou ISS, habilitadas para apoiar a realização de projetos culturais.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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