Reportagens
Observar aves, o novo produto do ecoturismo
Além do prazer, esta atividade esportiva favorece a formação de uma consciência ecológica
![]() Pica-Pau do Campo |
Silvestre Gorgulho, de Brasília
Curtir o vôo de um pássaro, ouvir seu cantar e se deleitar com suas cores. Mais do que isso: fotografar os passarinhos e, de álbum em punho, disputar as melhores fotos e os pássaros mais raros com os amigos. Esse é um esporte que faz bem à alma e à natureza. Observar as diversas espécies de aves, sem interesse em caçá-las ou capturá-las, é uma forma de se encontrar harmoniosamente com o ambiente. Pois essa é uma atividade praticada por ingleses, norte-americanos, canadenses e japoneses desde a década de quarenta e tem atraído novos adeptos a cada ano. Os brasileiros também despertam para esse esporte. Muitos são biólogos ou possuem atividades paralelas à biologia. No entanto, a maioria dos bird watchers é formada por amadores, que com o tempo e dedicação, aumentam os seus conhecimentos e informações com tanto entusiasmo.
A observação de aves, integrada ao turismo rural e ao ecoturismo, torna-se uma perfeita, empolgante e dinâmica atividade. O objetivo é direcionar corretamente as ações definidas pelo conceito do ecoturismo, procurando conciliar e harmonizar o uso dos recursos naturais e culturais, através de um contato íntimo do turista com a natureza. Assim, além do prazer, esta atividade esportiva favorece a formação de uma consciência ecológica.
![]() Sanhaço |
Silêncio e paciência
A observação de aves, é considerada uma atividade de baixo impacto ambiental. Pode ser praticada isoladamente ou em pequenos grupos. Mas é preciso silêncio, paciência, e sentidos aguçados para garantir o contato com a avifauna local, sendo os esforços recompensados pela a percepção dos cantos, cores das plumagens, variedades de ninhos e comportamento no ambiente em que vivem.
![]() João-de-Barro |
A Associação dos Observadores de Aves de Pernambuco – OAP, há 15 anos realiza o levantamento das espécies de aves que ocorrem no estado, e promove o desenvolvimento e popularização da ornitologia. Realizou centenas de saídas à campo, e utilizando binóculos, máquinas fotográficas, micro-cassetes e cadernetas para anotações, visitaram os mais diversificados ambientes como engenhos, fazendas, reservas particulares e unidades de conservação, no litoral, zona da mata, agreste e sertão.
Segundo o Presidente da Associação OAP, Gustavo Pacheco, “embora não haja estatísticas sobre a dimensão do mercado do ecoturismo, segmento de atividade recente na América Latina, existem estimativas de organizações internacionais, de que viagens orientadas para a natureza representam 10% das viagens dos americanos e europeus. Também grandes operadoras internacionais estimam que 4 a 6 milhões de americanos fazem turismo da natureza fora da América do Norte”.
Biodiversidade em PE
A biodiversidade do Brasil é riquíssima e sua avifauna é estimada em 1.678 espécies, 17% das aves do mundo, sendo o estado de Pernambuco possuidor de mais de 500 espécies, sendo 21 delas ameaçadas de extinção. Para quem pretende observar aves em Pernambuco, a Associação OAP recomenda alguns locais como:
• O arquipélago de Fernando de Noronha, rico em espécies de aves marinhas;
• A Ilha de Itamaracá, (Reserva da Biosfera) com seus manguezais, matas e a Coroa do Avião (importante ponto de pouso, descanso e alimentação de aves migratórias);
• O Vale do Catimbau no município do Buíque, um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil, a área se distingue por uma formação geológica generosa que premiou o local com uma das mais belas paisagens do Brasil;
• Outros municípios que possuem áreas diversificadas de matas e campos, permitindo encontrar grande variedade de aves;
• E a Caatinga com suas serras, serrotes, chapadas, pedras, riachos e açudes apresenta um conjunto de singular beleza com suas cactáceas, bromélias e flores.
A fauna nativa guarda as características do ecossistema regional, sendo a riqueza ornitológica a mais considerável.
Um dado importante e que sempre é bom lembrar: o ecoturismo é um produto frágil, que tem de ser manuseado com cautela, pois o uso inadequado pode causar irreversíveis danos econômicos, ambientais e sociais.
Mais informações: Associação OAP – (81) 3436-0709
www.hotlink.com.br/users/oapaves
Objetivos da OAP
Os Observadores de Aves de Pernambuco – OAP, tem como principais objetivos, o estudo, conhecimento e catalogação da avifauna que ocorrem em Pernambuco e estados vizinhos, além de planejar, apoiar e divulgar o desenvolvimento da ornitologia amadora , contribuindo para a ampliação dos conhecimentos que envolvem a vidas das aves e da conservação dos ambientes onde se desenvolvem as suas atividades de importância ecológica e científica.
Além de contribuir para a conscientização universal da preservação das diversas espécies de aves silvestres, a OAP divulga nas comunidades e escolas a ornitologia amadora e realiza pesquisas científicas para o maior conhecimento das aves, além de difundir os conhecimentos ornitológicos, através de atividades culturais e educativas.
Reportagens
CLDF celebra Dia Nacional do Surdo com homenagens acessíveis
Foto: Renan Lisboa/ Agência CLDF

O Dia Nacional do Surdo, comemorado nesta terça-feira (26), foi celebrado antecipadamente hoje em sessão solene na Câmara Legislativa, promovida pelo gabinete do deputado Iolando (MDB). O distrital é autor da Lei 7279/2023, que torna indeterminada a validade dos laudos médicos às pessoas com deficiência, o que as desobriga a apresentarem novos laudos para terem acesso a serviços públicos, benefícios fiscais e assistência social.
O parlamentar enfatizou a importância de garantir acesso à políticas públicas voltadas para a inclusão produtiva e social, como a educação de qualidade, oportunidade de empregos, atendimento de saúde adequada mas, acima de tudo, o respeito.
“A inclusão produtiva é essencial para que os surdos possam contribuir ativamente para a economia e para a sociedade. Precisamos criar ambientes de trabalho acessíveis, promover a capacitação profissional e incentivar a contratação de pessoas surdas”, explicou o Iolando.
O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos, comentou sobre os projetos dentro da Secretaria, como a Central de Interpretação de Libras, que atende a parcela da população surda on-line sobre os serviços do GDF, e as centrais de emprego e do esporte.
“É importante mudar a história da comunidade surda, mas para isso precisamos, principalmente, ouvir essa comunidade. Queremos uma Brasília de todos e para todos”, relatou o secretário.
Igualdade no lazer
Para dar início aos trabalhos da sessão, foi chamado o diretor de acessibilidade comunicacional da Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF, Valdemar Carvalho, que fez uma apresentação na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), com tom satírico sobre os diferentes tipos de deficiência e as problematizações que sofrem, como as promessas de cura.
Também se apresentaram alunos da Escola Bilíngue, Libras e Português Escrito de Taguatinga, com uma interpretação, também em Libras, do conto Cachinhos Dourados. A Companhia de Dança Libras em Cena também fez sua participação com três apresentações ao final da sessão.
Elogiando as apresentações e defendendo que a população surda também deve ter respeitada sua maneira de aproveitar o lazer, o deputado Iolando ressaltou: “É preciso lembrar que a língua de sinais não é apenas uma forma de comunicação, mas também uma expressão cultural rica e diversificada”.
Dentre outros que estiveram no evento, marcaram presença o secretário-executivo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman; a subsecretária da Secretaria de Educação; professores de Libras da Escola Bilíngue de Brasília, da Universidade de Brasília; e um representante do Ministério da Educação.
Vinícius Vicente (estagiário) – CLDF
Reportagens
15 anos da Lei Seca: Brasília está entre capitais com mais motoristas embriagados
Apenas Belo Horizonte (MG) tem maior número de flagrantes. Em 90% dos dias, durante 15 anos, houve pelo menos uma infração no DF, totalizando 36 mil notificações.

Em 15 anos da Lei Seca, Brasília ficou em segundo lugar em relação às capitais com o maior número de infrações. Foram 36.386 flagrantes registrados.
Brasília só perde para Belo Horizonte. A capital mineira somou 47.561 infrações.
Os dados, divulgados nesta segunda-feira (25), são da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), vinculada ao Ministério dos Transportes. Segundo o levantamento, a capital federal também somou o maior número de dias com registro de motoristas embriagados flagrados ao volante.
Conforme os dados, em 90,2% dos dias compreendidos no período de 15 anos, houve, ao menos, uma notificação na capital federal. Ou seja, em 4.943 dias houve uma infração à Lei Seca no DF, o equivalente a cerca de 13 anos.
Veja o ranking nacional das capitais com maior número de infrações:
- Belo Horizonte (MG)
- Brasília (DF)
- São Paulo (SP)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Porto Velho (RO)
- Curitiba (PR)
- Rio Branco (AC)
- Manaus (AM)
- Goiânia (GO)
- Cuiabá (MT)
- Recife (PE)
- Macapá (AP)
- Campo Grande (MS)
- Porto Alegre (RS)
- Boa Vista (RR)
- Natal (RN)
- São Luiz (MA)
- Fortaleza (CE)
- Maceió (AL)
- Teresina (PI)
- João Pessoa (PB)
- Salvador (BA)
- Florianópolis (SC)
- Aracaju (SE)
- Belém (PA)
- Vitória (ES)
- Palmas (TO)
Reportagens
Ministro Carlos Fávaro pede apoio da Embrapa para fortalecer a imagem da agricultura brasileira
Da esquerda para direita: Selma Beltrão, Carlos Favaro, Silvia Massruhá, Ana Euler e Alderi Araújo

Em reunião na sede da Empresa em Brasília, ele conversou com gestores das 43 Unidades de pesquisa de todo o Brasil
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura da segunda reunião de gestores com a nova Diretoria da Embrapa nesta segunda-feira (25/9) na Sede da Empresa, em Brasília, DF. Na oportunidade, ele solicitou aos 43 chefes de Unidades presentes ao evento apoio para enfrentar o maior desafio imposto hoje à agricultura brasileira: a valorização da sua imagem em nível mundial. Segundo o ministro, é fundamental mostrar aos outros países que as práticas adotadas por 80% dos produtores no Brasil são desenvolvidas sob bases sustentáveis e tecnológicas, graças ao aporte científico da Embrapa.
Fávaro destacou que fortalecer a imagem do agro brasileiro é fundamental para aumentar as exportações do País. Nesse sentido, ele apontou ainda como demanda fundamental continuar investindo em ações de PD&I voltadas à rastreabilidade e em métricas que mensurem a emissão de carbono. “O mercado hoje é pautado por exigências que comprovem a origem e a sustentabilidade das nossas entregas”, pontuou.
O ministro citou como exemplo a cadeia produtiva do algodão, que une sustentabilidade, tecnologia e qualidade, garantindo ao Brasil o segundo lugar no ranking de exportação mundial. “A certificação ao longo de toda a cadeia e a qualidade da fibra podem fazer com que o País ultrapasse os Estados Unidos na exportação do produto em nível mundial. É esse modelo que temos que estender às outras cadeias produtivas”, observou Fávaro.
Outro exemplo de sucesso é a carne de frango, mercado no qual o Brasil se destaca como o maior exportador mundial. A sustentabilidade dessa cadeia é o diferencial, como explicou o ministro, lembrando que o País se mantém como segundo maior produtor, utilizando metade da água e da energia utilizadas nos países europeus.
Fávaro destacou ainda que está em negociação com o Vietnam e Israel para aumentar os mercados de exportação para os produtos agrícolas brasileiros. Israel é hoje o maior consumidor de carne de frango do mundo, com 60 kg por habitante/ano.
Os próximos 50 anosO ministro destacou a relevância da pesquisa agropecuária para o crescimento desse setor ao longo dos últimos 50 anos. Graças à Embrapa e às instituições de pesquisa e ensino, saímos de importador de alimentos na década de 1970 para um dos maiores players do agro mundial. A ciência por trás do agro garantiu um aumento de 580% na produtividade brasileira. “Nosso desafio para os próximos 50 anos é manter esse alto nível de produção sob bases cada vez mais sustentáveis, com foco em automação e outras tecnologias que levem as soluções com qualidade e rapidez ao setor produtivo”, ressaltou Fávaro. Outro foco é em tecnologias capazes de transformar áreas degradadas em produtivas. Os sistemas que integram lavoura, pecuária e florestas são estratégias de produção sustentáveis que vêm despertando a atenção de outros países. De acordo com o ministro, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, sigla em inglês) quer investir cerca de 1 bilhão de dólares em arranjos produtivos desse tipo na Amazônia. |
Bioeconomia e COPDurante a abertura, os chefes-gerais das Unidades levantaram questões prementes no cenário atual, como a bioecnonomia na Amazônia. Segundo eles, a realização da COP30 na região será uma vitrine para mostrar ao mundo as ações de PD&I da Embrapa em prol da bioeconomia no bioma. A diretora de Negócios, Ana Euler, destacou as iniciativas da Embrapa voltadas à preparação para o evento, como o Pré-COP e o Café Amazônico, entre outras. O objetivo é discutir eixos estratégicos para o desenvolvimento sustentável, envolvendo cooperação com as demais instituições de pesquisa e ensino que atuam no bioma. Segundo Euler, de agora até a COP, precisamos mostrar ao mundo a força da ciência na região amazônica. “Temos 220 tecnologias desenvolvidas para 50 cadeias produtivas”, ressaltou a diretora. Hoje, a Embrapa mantém nove Unidades de pesquisa na Amazônia legal, com 337 pesquisadores, sendo 89% com pós-doutorado. Outros temas, como PAC, concurso e a sustentabilidade das cadeias do leite e da carne, também foram levantados durante o evento. Os diretores Clenio Pillon, Selma Beltrão e Alderi Araújo, além de muitos dos chefes de Unidades presentes, agradeceram pela volta do PAC. Segundo Pillon, essa estratégia será fundamental para revitalizar os campos experimentais da Embrapa distribuídos por todo o Território Nacional, inclusive com tecnologias de automação. A importância do fortalecimento das ações de assistência técnica e extensão rural em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar foi outro ponto debatido. |
Fernanda Diniz (MtB 4685/DF)
Superintendência de Comunicação (Sucom)
Contatos para a imprensa
fernanda.diniz@embrapa.br
Telefone: (61) 3448-4364
-
Reportagens1 semana ago
Lula participa de reunião com empresários em Nova York
-
Artigos3 meses ago
ALYSSON PAOLINELLI PARTIU
-
Reportagens4 meses ago
Time São Paulo terá 25 representantes no Mundial de atletismo em Paris
-
Entrevistas3 meses ago
Kátia Queiroz Fenyves fala a respeito de sustentabilidade e meio ambiente
-
Reportagens3 meses ago
Cine Brasília recebe mostra latino-americana
-
Artigos4 meses ago
“DE CASACA E CHUTEIRA – A ERA DOS GRANDES DRIBLES NA POLÍTICA, CULTURA E HISTÓRIA”.
-
Reportagens3 meses ago
Alerta do INPE: Inverno mais quente devido ao El Niño no Brasil
-
Reportagens3 meses ago
Escolas de samba fecham desfile e reforçam diversidade presente na capital